997 resultados para óxido nitroso
Resumo:
Foram conduzidos dois experimentos para avaliar fontes orgânicas e inorgânicas de zinco e cobre nas dietas e seus efeitos no desempenho de leitões desmamados aos 21 dias de idade. Em cada experimento, foram utilizados 90 leitões em delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco dietas, seis repetições e três animais por parcela. As dietas utilizadas nos experimentos 1 e 2 continham 120 ppm de zinco e 10 ppm de cobre na forma de sulfato. No experimento 1, foram suplementadas com 0, 300, 600 e 900 ppm de zinco na forma orgânica ou 2.400 ppm na forma de óxido (ZnO) e, no experimento 2, com 0, 50, 100 e 150 ppm de cobre na forma orgânica ou 240 ppm de cobre na forma de sulfato (CuSO4 H2O). No experimento 1, os níveis de zinco de fonte orgânica tiveram efeito linear no consumo de ração e no ganho de peso nos períodos de 0 a 15 dias e de 0 a 21 dias pós-desmame. O ganho de peso nas fases de 0 a 35 dias e de 0 a 42 dias pós-desmame e o consumo de ração dos leitões que receberam a dieta com 900 ppm de zinco de fonte orgânica não diferiram dos valores observados naqueles que receberam a dieta com 2.400 ppm de zinco na forma inorgânica. A suplementação da dieta com zinco na forma orgânica (900 ppm) ou inorgânica (2.400 ppm) aumentou o consumo de ração e o ganho de peso de leitões nas primeiras três semanas após o desmame. A suplementação da dieta com 2.400 ppm de zinco na forma inorgânica reduziu a incidência de diarreia nas primeiras três semanas pós-desmame. No experimento 2, os níveis de cobre de fonte orgânica tiveram efeito quadrático no consumo de ração dos leitões nos períodos de 0 a 31 e de 0 a 40 dias pós-desmame. A suplementação da dieta com cobre, tanto de fonte orgânica (90 ppm) como inorgânica (240 ppm), aumenta o consumo de ração e o ganho de peso de leitões nos primeiros 40 dias pós-desmame.
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O objetivo foi avaliar a acurácia, precisão e robustez das estimativas da digestibilidade aparente da matéria seca obtidas utilizando-se como indicadores fibra em detergente ácido indigestível (FDAi), fibra em detergente neutro (FDNi) indigestível, lignina em detergente ácido (LDA), LDA indigestível (LDAi) e óxido crômico em comparação ao método de coleta total de fezes. Dezoito ovinos (56,5 ± 4,6 kg PV) foram designados aleatoriamente a dietas compostas de 25, 50 ou 75% de concentrado e feno de Coast cross por 25 dias. As fezes foram coletadas por cinco dias para determinação da digestibilidade aparente da MS. As amostras de alimentos e fezes foram incubadas no rúmen de três bovinos por 144 horas, para obtenção das frações indigestíveis. Óxido crômico foi administrado a 4,0 g/animal/dia. A acurácia foi avaliada pela comparação do viés médio (DAMS predito - DAMS observado) entre os indicadores; a precisão, por meio da raiz quadrada do erro de predição e do erro residual; e a robustez, pelo estudo da regressão entre o viés e o consumo de matéria seca, o nível de concentrado e o peso vivo. A recuperação fecal e a acurácia das estimativas da digestibilidade aparente da MS foram maiores para FDAi, seguida pela FDNi, LDAi, pelo óxido crômico e depois pela lignina em detergente ácido. O viés linear foi significativo apenas para FDAi, FDNi e LDAi. O uso de óxido crômico permitiu estimativas mais precisas da digestibilidade aparente da MS. Todos os indicadores foram robustos quanto à variação no consumo de matéria seca e apenas LDAi e óxido crômico foram robustos quanto aos níveis de concentrado na dieta. O óxido crômico não foi robusto quando houve variação no peso vivo animal. Assim, a FDAi é o indicador mais recomendado na estimativa da digestibilidade aparente da MS em ovinos quando o objetivo é comparar aos dados da literatura, enquanto o óxido crômico é mais recomendado quando o objetivo é comparar tratamentos dentro de um mesmo experimento.
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Estudaram-se os efeitos da administração de enramicina e monensina sódica sobre a digestão total dos nutrientes da dieta e o consumo de matéria seca digestível em bovinos. Doze fêmeas bovinas não-gestantes e não-lactantes (675 ± 63 kg PV) foram distribuídas inteiramente ao acaso em três tratamentos (controle, enramicina e monensina) e alimentados com dieta contendo 60% de concentrados (milho, farelo de soja e minerais) e 40% de volumoso (cana-de-açúcar). A enramicina foi administrada na dose de 20 mg/animal/dia e a monensina na dose de 300 mg/animal/dia. O experimento teve duração total de 21 dias, de modo que os últimos dez dias foram utilizados para administração do marcador externo (15 g de óxido crômico/animal/dia) e os últimos cinco dias para a coleta de fezes e amostragem dos alimentos. Nenhum dos antibióticos alterou os consumos de matéria seca digestível e NDT e a digestibilidade de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente ácido, fibra em detergente neutro, amido, energia bruta e nutrientes digestíveis totais.
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Avaliaram-se a acurácia, a precisão e a robustez dos indicadores cutina, lignina em detergente ácido, óxido crômico e coleta total de fezes na estimativa da digestibilidade aparente da matéria orgânica de dietas para equinos. Para tal, foram utilizados quatro equinos machos, com idade aproximada de 10 meses e média de peso de 197kg (170 a 216kg). O experimento foi realizado em quatro períodos, com duração de 11 dias cada, sendo os oito primeiros usados para adaptação às dietas e os três subsequentes, para colheita de material. O delineamento experimental foi em quadrado latino 4X4. A ponderação dos coeficientes de digestibilidade da matéria orgânica pelos indicadores foi efetuada por meio do viés. A acurácia e a precisão foram determinadas pela comparação entre os dados preditos e observados, e a robustez pela comparação dos vieses com outros fatores estudados. A cutina não se mostrou eficiente como indicador interno, pois superestimou a digestibilidade aparente da matéria orgânica e resultou em menor acurácia e precisão. O oxido crômico apresentou baixa recuperação fecal e subestimou a digestibilidade aparente da matéria orgânica, embora tenha sido o mais preciso. A lignina em detergente ácido foi o indicador que obteve a melhor recuperação fecal e foi o mais acurado, portanto, o indicador mais eficiente.
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The well established rat hepatocarcinogen N-nitrosopytrolidine (NPYR, 1) requires metabolic activation to DNA adducts to express its carcinogenic activity. Among the NPYR-DNA adducts that have been identified, the cyclic 7,8-butanoguanine adduct 2-amino-6,7,8,9-tetrahydro-9-hydroxypyrido[2,1-f]purine-4(3H)-one (6) has been quantified using moderately sensitive methods, but its levels have never been compared to those of other DNA adducts of NPYR in rat hepatic DNA. Therefore, in this study, we developed a sensitive new LC-ESI-MS/MS-SRM method for the quantitation of adduct 6 and compared its levels to those of several other NPYR-DNA adducts formed by different mechanisms. The new method was shown to be accurate and precise, with good recoveries and low fmol detection limits. Rats were treated with NPYR by gavage at doses of 46, 92, or 184 mg/kg body weight and sacrificed 16 h later. Hepatic DNA was isolated and analyzed for NPYR-DNA adducts. Adduct 6 was by far the most prevalent, with levels ranging from about 900-3000 mu mol/mol Gua and responsive to dose. Levels of adducts formed from crotonaldehyde, a metabolite of NPYR, were about 0.2-0.9 mu mol/mol dGuo, while those of adducts resulting from reaction with DNA of tetrahydrofuranyl-like intermediates were in the range of 0.01-4 mu mol/mol deoxyribonucleoside. The results of this study demonstrate that, among typical NPYR-DNA adducts, adduct 6 is easily the most abundant in hepatic DNA. Since previous studies have shown that it can be detected in the urine of NPYR-treated rats, the results suggest that it is a potential candidate as a biomarker for assessing human exposure to and metabolic activation of NPYR.
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The effects of nitric oxide (NO) and other cysteine modifying agents were examined on cyclic nucleotide-gated (CNG) cation channels from rat olfactory receptor neurons. The NO compounds, S-nitroso-cysteine (SNC) and 3-morpholino-sydnonomine (SIN-1), did not activate the channels when applied for up to 10 min. The cysteine alkylating agent, N-ethylmaleimide (NEM), and the oxidising agent, dithionitrobensoate (DTNB), were also without agonist efficacy. Neither SNC nor DTNB altered the cAMP sensitivity of the channels. However, 2-min applications of SIN-1, SNC and DTNB inhibited the cAMP-gated current to approximately 50% of the control current level. This inhibition showed no spontaneous reversal for 5 min but was completely reversed by a 2-min exposure to DTT. The presence of cAMP protected the channels against NO-induced inhibition. These results indicate that inhibition is caused by S-nitrosylation of neighboring sulfhydryl groups leading to sulfhydryl bond formation. This reaction is favored in the closed channel state. Since recombinantly expressed rat olfactory alpha and beta CNG channel homomers and alpha/beta heteromers are activated and not inhibited by cysteine modification, the results of this study imply the existence of a novel subunit or tightly bound factor which dominates the effect of cysteine modification in the native channels. As CNG channels provide a pathway for calcum influx, the results may also have important implications for the physiological role of NO in mammalian olfactory receptor neurons.
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Previously, it was demonstrated that the heme/heme oxygenase (HO)/carbon monoxide (CO) pathway inhibits neutrophil recruitment during the inflammatory response. Herein, we addressed whether the inhibitory effect of the HO pathway on neutrophil adhesion and migration involves the reduction of intracellular adhesion molecule type (ICAM)-1 and beta(2)-integrin expression. Mice pretreated with a specific inhibitor of inducible HO (HO-1), zinc protoporphyrin (ZnPP) IX, exhibit enhanced neutrophil adhesion and migration induced by intraperitoneal injection of Escherichia coli lipopolysaccharide (LPS). These findings are associated with an increase in ICAM-1 expression on mesentery venular endothelium. In accordance, HO-1 inhibition did not enhance LPS-induced neutrophil migration and adhesion in ICAM-1-deficient mice. Furthermore, the treatment with a CO donor (dimanganese decacarbonyl, DMDC) that inhibits adhesion and migration of the neutrophils, reduced LPS-induced ICAM-1 expression. Moreover, neither DMDC nor ZnPP IX treatments changed LPS-induced beta(2)-integrin expression on neutrophils. The effect of CO on ICAM-1 expression seems to be dependent on soluble guanylate cyclase (sGC) activation, since 1H-(1,2,4)oxadiazolo (4,3-a)quinoxalin-1-one (sGC inhibitor) prevented the observed CO effects. Finally, it was observed that the nitric oxide (NO) anti-inflammatory effects on ICAM-1 expression appear to be indirectly mediated by HO-1 activation, since the inhibition of HO-1 prevented the inhibitory effect of the NO donor (S-nitroso-N-acetylpenicillamine) on LPS-induced ICAM-1 expression. Taken together, these results suggest that CO inhibits ICAM-1 expression on endothelium by a mechanism dependent on sGC activation. Thus, our findings identify the HO-1/CO/guanosine 3`5`-cyclic monophosphate pathway as a potential target for the development of novel pharmacotherapy to control neutrophil migration in inflammatory diseases.
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The anaerobic protozoa Giardia duodenalis, Trichomonas vaginalis, and Entamoeba histolytica infect up to a billion people each year. G. duodenalis and E. histolytica are primarily pathogens of the intestinal tract, although E. histolytica can form abscesses and invade other organs, where it can be fatal if left untreated. T. vaginalis infection is a sexually transmitted infection causing vaginitis and acute inflammatory disease of the genital mucosa. T. vaginalis has also been reported in the urinary tract fallopian tubes, and pelvis and can cause pneumonia, bronchitis, and oral lesions. Respiratory infections can be acquired perinatally. T. vaginalis infections have been associated with preterm delivery, low birth weight, and increased mortality as well as predisposing to human immunodeficiency virus infection, AIDS, and cervical cancer. All three organisms lack mitochondria and are susceptible to the nitroimidazole metronidazole because of similar low-redox-potential anaerobic metabolic pathways. Resistance to metronidazole and other drugs has been observed clinically and in the laboratory. Laboratory studies have identified the enzyme that activates metronidazole, pyruvate:ferredoxin oxidoreductase, to its nitroso form and distinct mechanisms of decreasing drug susceptibility that are induced in each organism. Although the nitroimidazoles have been the drug family of choice for treating the anaerobic protozoa, G. duodenalis is less susceptible to other antiparasitic drugs, such as furazolidone, albendazole, and quinacrine. Resistance has been demonstrated for each agent and the mechanism of resistance has been investigated. Metronidazole resistance in T. vaginalis is well documented, and the principal mechanisms have been defined Bypass metabolism, such as alternative oxidoreductases, have been discovered in both organisms. Aerobic versus anaerobic resistance in T. vaginalis is discussed. Mechanisms of metronidazole resistance in E. histolytica have recently been investigated ruing laboratory-induced resistant isolates. Instead of downregulation of the pyruvate:ferredoxin oxidoreductase and ferredoxin pathway as seen in G. duodenalis and T. vaginalis, E. histolytica induces oxidative stress mechanisms, including superoxide dismutase and peroxiredoxin. The review examines the value of investigating both clinical and laboratory-induced syngeneic drug-resistant isolates and dissection of the complementary data obtained. Comparison of resistance mechanisms in anaerobic bacteria and the parasitic protozoa is discussed as well as the value of studies of the epidemiology of resistance.
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This study compared the effects of zinc and odorants on the voltage-gated K+ channel of rat olfactory neurons. Zinc reduced current magnitude, depolarized the voltage activation curve and slowed activation kinetics without affecting inactivation or deactivation kinetics. Zinc inhibition was potentiated by the NO compound, S-nitroso-cysteine. The pH- and diethylpyrocarbonate-dependence of zinc inhibition suggested that zinc acted by binding to histidine residues. Cysteine residues were eliminated as contributing to the zinc-binding site. The odorants, acetophenone and amyl acetate, also reduced current magnitude, depolarized the voltage activation curve and selectively slowed activation kinetics. Furthermore, the diethylpyrocarbonate- and pH-dependence of odorant inhibition implied that the odorants also bind to histidine residues. Zinc inhibitory potency was dramatically diminished in the presence of odorants, implying competition for a common binding site. These observations indicate that the odorants and zinc share a common inhibitory binding site on the external surface of the voltage-gated K+ channel.
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The platelet inhibitory effects of the nitric oxide (NO) donor drug MAHMA NONOate ((Z-1-{N-methyl-N-[6-(N-methylammoniohexyl)amino] diazen-1-ium-1,2-diolate) were examined in anaesthetised rats and compared with those of S-nitrosoglutathione (GSNO; an S-nitrosothiol). Bolus administration of the aggregating agent ADP dose-dependently reduced the number of circulating free platelets. Intravenous infusions of MAHMA NONOate (3-30 nmol/kg/min) dose-dependently inhibited the effect of 0.3 mumol/kg ADP. MAHMA NONOate was approximately 10-fold more potent than GSNO. MAHMA NONOate (0.3-10 nmol/kg/min) also reduced systemic artery pressure and was again 10-fold more potent than GSNO. Thus MAHMA NONOate has both platelet inhibitory and vasodepressor effects in vivo. The dose ranges for these two effects overlapped, although blood pressure was affected at slightly lower doses. The platelet inhibitory effects compared favourably with those of GSNO, even though NONOates generate free radical NO which, in theory, could have been scavenged by haemoglobin. Therefore platelet inhibition may be a useful therapeutic property of NONOates. (C) 2003 Elsevier B.V. All rights reserved.
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Nitric oxide (NO) influences renal blood flow mainly as a result of neuronal nitric oxide synthase (nNOS). Nevertheless, it is unclear how nNOS expression is modulated by endogenous angiotensin II, an inhibitor of NO function. We tested the hypothesis that the angiotensin II AT1 receptor and oxidative stress mediated by NADPH oxidase contribute to the modulation of renal nNOS expression in two-kidney, one-clip (2K1C) hypertensive rats. Experiments were performed on male Wistar rats (150 to 170 g body weight) divided into 2K1C (N = 19) and sham-operated (N = 19) groups. nNOS expression in kidneys of 2K1C hypertensive rats (N = 9) was compared by Western blotting to that of 2K1C rats treated with low doses of the AT1 antagonist losartan (10 mg·kg-1·day-1; N = 5) or the superoxide scavenger tempol (0.2 mmol·kg-1·day-1; N = 5), which still remain hypertensive. After 28 days, nNOS expression was significantly increased by 1.7-fold in the clipped kidneys of 2K1C rats and by 3-fold in the non-clipped kidneys of 2K1C rats compared with sham rats, but was normalized by losartan. With tempol treatment, nNOS expression increased 2-fold in the clipped kidneys and 1.4-fold in the non-clipped kidneys compared with sham rats. The changes in nNOS expression were not followed by changes in the enzyme activity, as measured indirectly by the cGMP method. In conclusion, AT1 receptors and oxidative stress seem to be primary stimuli for increased nNOS expression, but this up-regulation does not result in higher enzyme activity.
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A mudança no mercado global do petróleo nos últimos anos, com o declínio das reservas de óleo leve, têm forçado a busca por novos campos petrolíferos em ambientes mais remotos, como nos campos localizados na camada pré-sal, e a exploração de óleos pesados que possuem elevado teor de ácidos naftênicos. Isso acarreta em grandes desafios para a previsão do desempenho de materiais frente às novas condições ambientais em que estão inseridos. No presente trabalho, o comportamento da corrosão do aço carbono AISI 1010 e do aço inoxidável AISI 316L foi estudado em soluções aquosas com elevado teor de cloreto e em solução de ácido naftênico ciclopentanóico a fim de ter melhor entendimento da ação dessas espécies no processo de corrosão e simular a corrosão pela água de produção na indústria petrolífera. Foram aplicadas as técnicas de potencial de circuito aberto, polarização potenciodinâmica, voltametria cíclica, espectroscopia de impedância eletroquímica, espectroscopia Raman, microscopia eletrônica de varredura e microscopia de força atômica, usadas, em cada caso, de acordo com a conveniência. O aumento da [Cl-] na faixa de 1,2–2,8 mol.L-1 não altera os processos catódicos e anódicos perto do Ecorr para os aços AISI 1010 e AISI 316L. Em condições de sobrepotenciais afastados do Ecorr, o aumento de [Cl-] aumenta os processos oxidativos de corrosão, o que é expresso pelas maiores densidades de corrente e carga anódica e aumento da perda de massa sofrida pelos eletrodos de ambos os aços. Portanto, os danos da corrosão são mais intensos quando se aumenta a [Cl-]. O aço AISI 1010 é ativo nas soluções de NaCl e a corrosão se propaga livremente de forma uniforme. Para o aço AISI 316L, uma ampla faixa de passividade pode ser vista nas soluções de NaCl; no Epit ocorre a ruptura do filme passivo e o crescimento de pites estáveis. Após 24 h de imersão em soluções de sulfato de sódio (branco) e de ácido naftênico ciclopentanóico ocorre crescimento de filme de óxido e as fases α-Fe2O3, Fe3O4 e δ-FeO(OH) foram identificadas nos espécimes de aço AISI 1010 e Fe3O4 foi identificado nos defeitos do filme prévio presente na superfície do aço AISI 316L. Os filmes formados em solução de ácido ciclopentanóico possuem menor resistência à polarização, maior rugosidade e maior taxa de corrosão quando comparado aos filmes crescidos na solução branco, para ambos os aços. A presença do ácido naftênico muda a forma como a reação de corrosão se procede e contribui para o aumento da corrosão. A corrosão naftênica foi mais pronunciada no aço carbono porque a presença dos elementos de liga no aço inox reduzem o número de sítios ativos ricos em Fe e tornam menos oportuna a ligação do Fe com o naftenato.
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Os danos causados pelos processos corrosivos em equipamentos presentes nas refinarias de petróleo, durante as destilações, foram descritos inicialmente em 1920. Inúmeras são as referências reportando estudos de processos corrosivos envolvendo tanto os ácidos naftênicos como os compostos sulfurados; em contrapartida, raras são as fontes de estudo envolvendo simultaneamente ambos. Neste trabalho, escolheram-se dois tipos de óleos: um óleo A - com alto teor de enxofre e um petróleo B com elevada acidez. Fez-se então um blend 50/50 em volume obtendo assim o óleo C para verificar a influência tanto da acidez quanto dos teores de enxofre nos processos corrosivos pelos cortes destes óleos. Após a destilação das três amostras, os derivados obtidos foram caracterizados e submetidos aos testes laboratoriais de corrosão. Os cortes do petróleo A apresentaram teores de enxofre e taxas de corrosão crescentes em função do aumento da temperatura final dos derivados, apresentando uma corrosão máxima de 1,66 mm/ano e produtos de corrosão como troilita (FeS) e pirrota (Fe1-xS). As frações de B apresentaram altos valores de NAT na faixa de temperatura de 220-400 °C, enquanto as taxas de corrosão foram de 0,83 mm/ano para esta faixa de temperatura; os produtos de corrosão encontrados foram o óxido de ferro (Fe2O3) e goetite (α-FeOOH). Por fim, os derivados do blend C, apresentaram propriedades intermediárias aos cortes anteriores o que corroborou para taxas de corrosão menores de 0,50 mm/ano até uma temperatura de 300 °C, expondo assim, a eficiência em utilizar a técnica de misturas de petróleos para o refino.
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O Brasil é um dos países que possuem as maiores jazidas de minério de ferro do mundo. Devido aos recursos financeiros envolvidos, mão-de-obra, arrecadação de impostos, envolvimento de atividades logísticas e comercialização exterior, a mineração é uma das principais atividades econômicas do país, envolvendo nesse contexto as plantas de pelotização de minério de ferro. As pelotas de minério de ferro são um dos insumos essenciais utilizados na produção mundial do aço. Compostas essencialmente de óxido de ferro (Fe2O3), são aglomerados com diâmetro que varia de 6,3 a 16 mm, cuja sua produção envolve a combustão para que obtenham a resistência mecânica necessária para serem utilizadas nos alto fornos siderúrgicos. Tal característica impede que as pelotas se quebrem e se transformem em finos, dificultando a permeação do ar através da carga do alto forno e consequentemente reduzindo a eficiência da queima e produção do ferro gusa, o qual é transformado em aço nas etapas posteriores de refino. Para garantir a produção de pelotas com a qualidade desejada, especialmente nos aspectos de composição e resistência mecânica, foi proposta queima controlada em reator de leito fixo simulando as características dos fornos utilizados na indústria. Com os resultados obtidos, foi possível correlacionar nível de temperatura, consumo de O2 e geração de CO2 e resistência à compressão, permitindo o aprimoramento do processo de combustão de pelotas, além de atestar a possibilidade de utilização de outros combustíveis sólidos como alternativas ao gás natural.
Resumo:
As espécies da família Amaryllidaceae estão distribuídas em regiões quentes e temperadas ao redor do mundo. Essa família produz um grupo bem conhecido de alcaloides, os isoquinolínicos, que demonstram ampla variedade de atividades biológicas, assim como antiviral, anticâncer, inibição da acetilcolinesterase (AChE), antimalárica, entre outras. Nesse trabalho, são relatados o estudo químico dos alcaloides presentes na espécie brasileira Hippeastrum aulicum e a investigação de atividades antiparasitárias contra Trypanosoma cruzi e Leishmania infantum dos alcaloides isolados. Para tanto, foi realizada extração ácido-base dos extratos metanólicos de bulbos e folhas de H. aulicum, seguida por técnicas cromatográficas de separação, com o objetivo de isolar os alcaloides presentes na espécie. Foram obtidos 11 alcaloides: haemantamina (1), albomaculina (2), haemantidina (3), 6- epihaemantidina (4), N-óxido haemantamina (5), 7-metoxi-O-metillicorenina (6), aulicina (7), licorina (8), trisfaeridina (9), galantina (10) e norpluvina (11). O N-óxido haemantamina é relatado pela primeira vez a partir de fonte natural e nesse trabalho foi totalmente caracterizado por métodos espectrométricos e espectroscópicos. Os alcaloides 1, 2, 6, 7 e 8 foram testados in vitro contra os parasitas Trypanosoma cruzi e Leishmania infantum em diferentes concentrações e haemantamina (1) apresentou-se como importante agente contra a forma promastigota de L. infantum com IC50 de 0,6 M, enquanto 7-metoxi-O-metillicorenina (6) mostrou atividade contra a forma tripomastigota de T.cruzi, sendo mais ativo (IC50 = 89,55 M) e mais seletivo (IS > 2,2) que o padrão utilizado (benzonidazol, IC50 = 440,7 M, IS = 1,0).