999 resultados para Ácidos graxos Ômega-6
Resumo:
Vinte e quatro variedades de abacate provenientes da coleção de abacateiros, situada no Núcleo Experimental de Campinas e pertencente ao Centro de Fruticultura do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), foram analisadas quanto às proporções dos componentes dos frutos (polpa, casca e caroço) e quanto aos teores de lipídeos e umidade da polpa fresca. Determinaram-se, na maioria das variedades, o perfil de ácidos graxos dos óleos extraídos da polpa e, em algumas das variedades, a composição química dos caroços dos frutos. As variedades mais indicadas para serem cultivadas, visando à utilização industrial dos frutos para a extração de óleo, baseando-se nos teores de lipídeos encontrados na polpa fresca e estabelecidos acima de 18%, foram: Anaheim, Carlsbad, Collinson, Fuerte, Glória, Hass, Itzamna, Mayapan, Ouro Verde e Wagner. O período de colheita dessas variedades estendeu-se por sete meses, iniciando em maio e terminando em novembro. Houve correlações lineares negativas, altamente significativas, entre as proporções de polpa com caroço e casca dos frutos, entre os teores de umidade e lipídeos nas polpas e entre os teores de umidade e amido nos caroços dos frutos. Ocorreram grandes variações na composição de ácidos graxos constituintes do óleo das polpas e na composição química das sementes.
Resumo:
O maracujá (Passiflora edulis) é originário da América Tropical, muito cultivado no Brasil, rico em vitamina C, cálcio e fósforo. Cascas e sementes de maracujá, provenientes do processo de corte e extração da fruta para obtenção do suco, são ainda, atualmente, em grande parte descartadas. Como este descarte representa inúmeras toneladas, agregar valor a estes subprodutos é de interesse econômico, científico e tecnológico. Neste trabalho, realizou-se um estudo para caracterizar e verificar um melhor aproveitamento das sementes excedentes do processamento do suco do maracujá na alimentação humana. Procedeu-se, para tanto, à separação das partes da fruta, com posterior quantificação gravimétrica. As sementes obtidas foram secas em estufa, e posteriormente moídas para a obtenção de um farelo. O óleo do farelo obtido foi extraído em soxhlet e caracterizado através da metodologia oficial da AOCS (1995). O farelo desengordurado obtido foi também caracterizado por métodos físico-químicos, através da determinação do teor de umidade, proteínas, lipídeos, fibras, cinzas e carboidratos por metodologia oficial AOAC (1984). O óleo extraído das sementes apresentou elevado teor de ácidos graxos insaturados (87,54%), com predominância do ácido linoléico, com índice de iodo de 136,5g I2/100g. O farelo desengordurado obtido apresentou teor da 10,53% de umidade; 15,62% de proteínas; 0,68% de lipídeos; 1,8% de cinzas, um elevado teor de fibras de 58,98 e 12,39% de carboidratos.
Resumo:
O conhecimento da composição química dos alimentos é fundamental para se avaliarem a disponibilidade de nutrientes e o seu consumo por populações. Neste trabalho, o pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) foi caracterizado pela composição centesimal e pela presença de compostos bioativos na polpa e na amêndoa. Os dados do perfil lipídico mostram alto teor de lípides tanto na polpa quanto na amêndoa, destacando-se nos mesmos a presença dos ácidos graxos insaturados, predominando o ácido oléico como principal componente entre os ácidos graxos. Foi observada também a relação entre os elevados teores de ácidos graxos insaturados com os compostos fenólicos e carotenóides presentes, tendo a polpa quantidades mais expressivas dessas substâncias quando comparada à amêndoa, além de conter uma quantidade superior de fibra alimentar. Os resultados obtidos abrem a perspectiva de se utilizar o pequi como fruto que apresenta, na sua composição, compostos importantes para a formulação de uma dieta saudável.
Resumo:
Visando a ampliar os conhecimentos sobre os teores nutricionais de frutos de barueiro, planta nativa do Cerrado, com a finalidade de subsidiar o manejo econômico da cultura, determinaram-se as características químicas de amêndoas de barueiros provenientes de diferentes regiões geográficas do Cerrado goiano. Onze regiões do Estado de Goiás com elevada ocorrência natural de barueiro foram selecionadas e em cada região foram escolhidas, aleatoriamente, doze plantas em plena produção. Coletaram-se aproximadamente 60 frutos e, após seleção, amostraram-se 20 frutos por árvore. As amêndoas foram retiradas dos frutos e, trituradas, constituindo uma amostra composta. Determinaram-se: umidade, proteína, extrato etéreo, minerais e perfil de ácidos graxos. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias foram comparadas pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. Os teores médios de umidade das amêndoas de baru variaram nas regiões estudadas entre 2,93-5,07 g (100 g)-1, a proteína entre 25,16-27,69 g (100 g)-1 e o teor de extrato etéreo de 32,42-37,36 g (100 g)-1. Os teores médios de ácidos graxos saturados variaram de 19,93-25,74 g (100 g)-1 e deácidos graxos insaturados de 73,47-79,19 g (100 g)-1. Os ácidos graxos de maior ocorrência foram oleico e linoleico, seguidos pelos ácidos palmítico, lignocérico, esteárico, behênico, gadoleico e araquítico. Os macronutrientes minerais que apresentaram maiores teores, foram potássio, fósforo e enxofre. Com relação aos micronutrientes minerais, o ferro apresentou maior concentração.
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O fruto do pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) apresenta considerável variabilidade em suas características físicas e químicas, segundo a região de origem, e pesquisas com frutos procedentes do Estado de Mato Grosso são escassas na literatura. Neste estudo, foram analisadas as características físicas, a composição químico-nutricional e os constituintes voláteis da polpa de pequi coletado em diferentes locais do Estado de Mato Grosso. Os frutos foram analisados quanto à cor (L*, a*, b*, hº e C*), à massa e ao rendimento do mesocarpo externo, pirênios e polpa. Foram determinados a composição centesimal, os teores de carotenoides totais, o perfil de ácidos graxos e de constituintes voláteis da polpa, e analisada a composição físico-química do solo dos locais de coleta.. Constatou-se que o fruto é composto por 80-85% de mesocarpo externo, 11-15% de pirênios e 4-7% de polpa, que é rica em lipídios (46-51g 100g-1), carotenoides totais (15-27mg 100g-1) - que foram associados à tonalidade e à intensidade da cor (hº e C*) da polpa - e fibra alimentar (8-15g 100g-1). Os principais constituintes voláteis da polpa de pequi foram o hexanoato de etila, (E)-β-ocimeno e octanoato de etila. O isobutirato de alila, 3-hexanol, 4-metil-2-pentanol, mirceno, (Z)-di-hidroapofarnesol, β-eudesmol e (E-E) geranilalinalool foram descritos pela primeira vez nos óleos essenciais da polpa de C. brasiliense. Grande parte da variância total dos voláteis foi explicada pelo conjunto de variáveis do solo, destacando-se o silte, o P e o Mg2+.
Resumo:
A macadâmia apresenta-se como uma importante alternativa para a fruticultura paulista, principalmente pela sua rusticidade e pelo valor alcançado por seus frutos. No entanto, estudos relacionados ao seu desenvolvimento e às suas características produtivas e químicas säo necessários para a adequada escolha da cultivar. Com o objetivo de caracterizar o desenvolvimento e a produção de diferentes cultivares de macadâmia nas condições climáticas, no sudoeste do Estado de Säo Paulo, foram conduzidos experimentos instalados no município de Dois Córregos-SP, nos ciclos produtivos de 2009/2010 e 2010/2011, para avaliação do ciclo fenológico da cultivar HAES-344, o desempenho produtivo, a caracterização física e o perfil de ácidos graxos das cultivares HAES-344, HAES-660, IAC 1-21, HAES-816, IAC 4-20, IAC Campinas-B, Aloha e IAC 4-12 B de macadâmia. O intumescimento de gemas ocorreu de maio a junho, a antese de final de julho a início de agosto e a queda de frutos de fevereiro a março. As cultivares HAES-344, IAC 1-21 e IAC 4-12 B apresentaram a maior produção. A cultivar HAES-816 apresentou os maiores valores para as variáveis diâmetro da casca e da amêndoa e massa da amêndoa. Para a taxa de recuperação de noz (TR), os melhores resultados foram obtidos pelas cultivares HAES-344, HAES-660 e Aloha. As cultivares HAES-660 (68,48%), IAC 4-20 (66,88%) e IAC 1-21 (66,76%) apresentaram as maiores porcentagens de óleo. Todas as cultivares apresentaram em sua composição os ácidos palmitoleico, palmítico, oleico, linoleico e linolênico.
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O estudo químico das cascas de Ochroma lagopus Swartz levou ao isolamento e ou, identificação de uma mistura de ácidos graxos e triacilglicerídeos, de b-sitosterol (1), estigmasterol (2), daucosterol (3), estigmasterol-3-O-b-D-glicosídeo (4) e manitol (5).
Resumo:
Quantificou-se a mobilização de reservas no eixo embrionário, nos cotilédones e no tegumento de sementes de Apuleia leiocarpa (garapa), durante a germinação. Os resultados mostram que houve aumento significativo das reservas de amido, ácido esteárico e proteína nos cotilédones durante o processo de embebição. Por outro lado, no embrião houve aumento significativo somente nos teores de manose, enquanto as reservas dos ácidos graxos mirístico, palmítico, esteárico, oléico e linoléico decresceram significativamente. Os teores de manose e galactose aumentaram significativamente no tegumento. Com exceção do ácido láurico, todos os demais não foram detectados após 48 horas de embebição.
Resumo:
Sementes de Archontophoenix alexandrae extraídas de frutos coletados no Parque Estadual da Cantareira, São Paulo, foram analisadas quanto à composição química, ao perfil de ácidos graxos do óleo e aos teores de minerais, visando avaliar o seu potencial alimentício. Detectaram-se alto teor de fibras alimentares (38,80% p/p) e umidade (47,72% p/p). Na fração oleosa, apesar do baixo conteúdo de óleo encontrado (2,74% p/p), predominaram os ácidos palmítico (19,80% p/p), entre os saturados, e oléico (42% p/p) e linoléico (13% p/p), quanto aos insaturados. A presença, no óleo, de alfa-tocoferol (vitamina E) equivalente a 4,0 mg 100 g-1 e de delta-tocoferol (1,8 mg 100 g-1) confere ao óleo certa estabilidade oxidativa. Embora contendo minerais como K, P, S, Ca, Fe, Zn, Se e Cu, lipídios e fibras alimentares, a presença do elemento Pb (2,74 mg kg-1) inviabiliza o consumo dessas sementes como alimento da avifauna e sinaliza contaminação antrópica no local de coleta.
Resumo:
Avaliaram-se as principais alterações qualitativas de soja armazenada em silos tipo bolsa e do óleo bruto extraído de soja com teores de água de 17,4% e 13,3%, armazenada em dois silos tipo bolsa, por 180 dias. Realizaram-se amostragens no dia do enchimento das bolsas, aos 30; 90 e 180 dias de armazenamento. Analisaram-se o teor de água, a condutividade elétrica, o percentual de germinação, a massa específica aparente da soja, além do teor de ácidos graxos livres e o índice de peróxido do óleo bruto extraído dela. Os teores de água da soja armazenada úmida e seca mantiveram-se próximos dos valores obtidos no início do período de armazenamento. Observou-se tendência de elevação da condutividade elétrica e decréscimo do percentual de germinação somente na soja úmida, principalmente após 90 dias de armazenamento. Não foi verificado decréscimo da massa específica aparente do material armazenado úmido e seco. Com relação aos parâmetros qualitativos do óleo bruto, observou-se que os valores obtidos se mantiveram abaixo do limite máximo exigido pela legislação para a comercialização de óleo bruto de soja. Pode-se concluir que os silos tipo bolsa representam alternativa viável do ponto de vista qualitativo para armazenagem de soja, e esse tipo de estrutura não ocasiona alterações qualitativas significativas no óleo bruto obtido desse material, em condições similares àquelas deste estudo.
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A colite de derivação fecal (CD) é um processo inflamatório que ocorre no segmento colorretal desfuncionalizado, após uma cirurgia de desvio do trânsito intestinal. As principais características dessa entidade clínica são: apresenta-se na desfuncionalização do cólon ou reto; não há doença inflamatória intestinal preexistente; nunca acomete o sítio proximal à colostomia e ocorre resolução do processo após a restauração do trânsito intestinal. Diversas são as hipóteses postuladas para explicar o seu aparecimento; todavia, a deficiência nutricional do epitélio colônico, pela ausência dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), no segmento desfuncionalizado, é a mais aceita na atualidade. Os autores fazem uma revisão da literatura enfocando os aspectos clínicos, histopatológicos e terapêuticos desta doença.
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OBJETIVO: Medir a espessura das criptas e quantificar o número de células caliciformes comparando a mucosa cólica com e sem trânsito intestinal, relacionando-as ao tempo de exclusão. MÉTODOS: Sessenta ratos Wistar, foram distribuídos em três grupos com 20 animais segundo a operação final para a retirada dos cólons, realizadas em seis, 12 ou 18 semanas. Em cada grupo, 15 animais foram submetidos à derivação do trânsito por colostomia proximal no cólon esquerdo e fístula mucosa distal e cinco apenas à laparotomia (controle). Os cólons com e sem trânsito fecal foram removidos, processados, submetidos a cortes histológicos corados pela hematoxilina-eosina. A altura das criptas colônicas e o número de células caliciformes foram mensurados por morfometria computadorizada. Foram utilizados os testes t de Student e Kruskal-Wallis para comparação e análise de variância, estabelecendo-se nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: A altura das criptas diminui nos segmentos sem trânsito fecal (p=0,0001), reduzindo entre seis e 12 semanas de exclusão (p=0,0003), estabilizando-se após este período. O número de células caliciformes nas criptas é menor nos segmentos sem trânsito após 12 e 18 semanas (p=0,0001), porém aumenta com o decorrer do tempo de exclusão (p=0,04) CONCLUSÃO: A exclusão do trânsito intestinal diminui a espessura das criptas colônicas e o número de células caliciformes nos segmentos sem trânsito. Existe aumento do número de células caliciformes com o decorrer do tempo de exclusão.
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As micobacterioses afetam várias espécies de peixes, tanto comerciais como ornamentais. É uma enfermidade sistêmica com formação de granulomas, conhecida como micobacteriose de peixes. O desenvolvimento da aquicultura tem aumentado o número de casos com essa enfermidade que muitas vezes é de difícil diagnóstico. Neste trabalho apresentamos dois casos de micobacterioses em Paralichthys orbignyanus e Elacatinus figaro provenientes do Laboratório de Piscicultura Estuarina e Marinha da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). As micobactérias de peixes possuem menos ácidos graxos que as de mamíferos, por isso foi utilizado o protocolo de coloração de Fite-Faraco, uma vez que o protocolo de coloração clássico de Ziehl Neelsen pode resultar em falsos negativos. Para determinar o tipo de micobactéria foi utilizada a imuno-histoquímica com a qual se pode diagnosticar a presença de Mycobacterium marinum. A enfermidade pode ser transmitida para o homem e com esse trabalho ressalta-se a necessidade de fazer o diagnóstico correto e implantar medidas de proteção para as pessoas que estão em contato com os peixes infectados.
Resumo:
Este estudo teve por objetivo avaliar o metabolismo energético, proteico e mineral de ovelhas Santa Inês hígidas e com mastite subclínica acompanhadas durante o final da gestação e na lactação. Foram acompanhadas ovelhas submetidas ao mesmo sistema de criação semi-intensivo. Os animais foram avaliados conforme os momentos a seguir: 10 dias que precedeu o parto (dap) e 15 dias pós parto (dpp), 30 dpp, 60 dpp e 90 dpp. Os metabólitos sanguíneos foram avaliados a partir do momento que antecedeu ao parto e os metabólitos no soro lácteo nos momentos subsequentes. Após exame clínico e bacteriológico foi realizada a triagem das ovelhas acompanhadas neste estudo, sendo 12 hígidas e 18 com mastite subclínica. Durante a lactação, mantendo os mesmos critérios de triagem, foram selecionadas 11 glândulas mamárias sadias e 20 infectadas, das quais foi colhido o leite para obtenção do soro lácteo. Foram mensurados no soro sanguíneo os metabólitos do perfil energético (ácidos graxos não esterificados (AGNEs), β-hidroxibutirato (BHB), frutosamina, colesterol e triglicérides), do perfil proteico (proteína total, albumina, uréia e creatinina) e do perfil mineral (ferro, cobre, zinco, magnésio, cálcio total, cálcio ionizado, sódio e potássio). No soro lácteo foram mensurados os íons cálcio, sódio e potássio, bem como os AGNEs e o BHB. A bioquímica sanguínea revelou haver influência (P<0,05) do período do periparto e da lactação sobre as concentrações sanguíneas dos AGNEs, BHB, colesterol, albumina, uréia, cálcio ionizado e no soro lácteo sobre o íon potássio. As ovelhas portadoras de mastite subclínica apresentaram valores sanguíneos superiores (P<0,05) de colesterol, albumina e cobre e no soro lácteo teores superiores do íon sódio e dos AGNEs e inferiores do íon potássio. O bom escore corporal das ovelhas observado durante o estudo aliado aos achados bioquímicos permitiu concluir ter ocorrido maior requerimento energético no primeiro mês da lactação, porém não o suficiente para desencadear qualquer transtorno metabólico e o aparecimento de um quadro de cetonemia, sendo estas discretas alterações mais expressivas nas ovelhas com mastite subclínica.
Resumo:
A abrangência dos estudos sobre a toxemia da prenhez (TP) tem sido constante e inovadora em alguns conceitos, porém o estudo dos casos clínicos naturais em cabras é inexistente no Brasil. Diante disso, realizou-se análise das alterações clínicas, do perfil bioquímico, eletrolítico e hormonal com o objetivo de compreender a fisiopatogenia da enfermidade. Foram avaliadas 22 cabras atendidas na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns/UFRPE, diagnosticadas com TP, no período de 2007 a 2012. Realizou-se exame clínico e coleta de sangue e urina, para análise do perfil bioquímico e hormonal. Acentuadas alterações clínicas foram observadas, como decúbito, apatia, dispneia, aumento da temperatura corpórea, mucosas congestas, vasos episclerais injetados, desidratação, anorexia, hipomotilidade ou atonia ruminal, edema nos membros. Os resultados laboratoriais revelaram valores elevados para ureia, creatinina, ácidos graxos não esterificados (AGNE), β-hidroxibutirato, amilase e cortisol, enquanto as variáveis: proteína total, albumina, cálcio total, cálcio ionizado, fósforo, a relação cálcio e fósforo, sódio e insulina encontraram-se diminuídos. Outros parâmetros bioquímicos e eletrolíticos, como frutosamina, globulina, cloro, potássio e magnésio mantiveram-se dentro da faixa de normalidade. Quanto a glicemia, foram constatados três condições nas cabras com TP, normoglicêmicas (50%), hiperglicêmicas (27,28%) e hipoglicêmicas (22,72%). Dos 17 (77,27%) animais que obtiveram alta 10 (58,82%) eram normoglicêmicos. Vieram a óbito 22,8 % (5/22), no qual 60% (3/5) delas estavam hiperglicêmicas. A média de nascimento por cabra foi superior a duas crias. Verificou-se existir associação fortemente positiva dos AGNE's com a albumina (r=0,60), fraca com o β-hidroxibutirato (r=0,10) e glicose (r=0,03). Porém, existiu relação fortemente negativa dos AGNE's com a insulina (r= -0,70), moderada com o cortisol (r= -0,52) e amilase (r= -0,30). Marcadas alterações clínicas e metabólicas são observadas em cabras com TP, em que o aumento de certos metabólitos do perfil energético e hormonal se torna importante ferramenta para o diagnóstico e constitui um bom instrumento para avaliar a magnitude da condição clínica dos animais enfermos. Os dados encontrados servem de referência para estudos sobre nutrição e metabolismo em cabras com TP.