885 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente


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O estudo analisa os discursos de homens e da revista Mens Health acerca do corpo, saúde e sexualidade. Para a construo dos discursos dos homens, realizamos entrevistas semi-estruturadas com 19 homens leitores e nove no leitores. E dois eventos de grupos focais que reuniram 11 homens no total. Foi entrevistado tambm o editor da revista. Os principais conceitos norteadores deste trabalho foram os de gnero, sexualidade, poder e masculinidades hegemnicas e subalternas. Evidenciou-se que a revista est fortemente atrelada sociedade de consumo ao estimular a insero dos homens em um mercado de produtos e servios at ento estranhos a esse gnero. E que suas concepes sobre saúde esto relacionadas a de bem-estar e de individualizao que se articulam com os discursos hegemnicos que vm dando sentido s concepes de saúde e doença atualmente. A publicao investe fortemente na ideia de um corpo musculoso que proporcionar ganhos sociais, sexuais e profissionais aos sujeitos, nem sempre atrelado s questes de saúde. Ela ratifica a heterossexualidade do leitor projetado, expondo o corpo feminino e o sexo heterossexual e silenciando sobre outras formas de sexualidade. Por isso consideramos que a revista se vincula a uma concepo tradicional da masculinidade. Seus discursos, no entanto, no so monolticos ou isentos de contradio, e tambm manifestam nuances relativas a um modelo mais contemporneo de masculinidade, como quando apresenta a ideia de uma nova pedagogia da sexualidade e a valorizao dos cuidados estticos e de saúde com o corpo, aspectos considerados pouco prximos da masculinidade tradicional. Com relao aos discursos dos homens, evidenciou-se que a classe social e a gerao so as variveis mais importantes nas suas concepes sobre corpo, saúde e sexualidade masculina. Que, entre os no leitores, de modo geral, h evidncias mais fortes de flexibilizao com relao aos padres mais tradicionais entre os homens mais jovens e/ou de classes mais altas. Enquanto os homens com idade acima dos 30 anos e das classes populares esto mais atrelados s concepes tradicionais. Entre os leitores, observou-se uma grande reflexividade com relao aos discursos da revista demonstrando que eles vm se apropriando de forma importante dos discursos da revista e ressignificando suas concepes e prticas sobre os trs temas da pesquisa a partir desses discursos. E, assim como os discursos da revista, os discursos dos homens, leitores ou no, tambm apresentaram aspectos contraditrios, ora demonstrando mais afiliao a um novo modelo de masculinidade, ora ao modelo mais tradicional.

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Este estudo tem por objeto a trajetria profissional e de escolarizao do Agente Comunitrio de Saúde (ACS), entendendo a escolarizao como um processo de avanar no aprendizado dentro da escola formal e no apenas na formao profissional. Entende-se o trabalho como um princpio emancipatrio, mas ao mesmo tempo repleto de contradies e, ainda, campo de explorao, na lgica do modelo de acumulao em curso. O objetivo geral do estudo descrever e discutir a trajetria de trabalho, formao e escolarizao dos Agentes Comunitrios de Saúde inseridos na rea Programtica 5.2 (AP 5.2). O estudo apresenta uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas sobre o trabalho e vida dos ACS e o mtodo de anlise dos dados foi de base interpretativa com apoio do referencial da Hermenutica-Dialtica. Alm disso, foi obtido um perfil quantitativo de escolaridade de todos os ACS. O campo da pesquisa foi a AP 5.2, no municpio do Rio de Janeiro. Os resultados evidenciam ampliao significativa em todas as faixas de escolaridade desses ACS aps o incio do trabalho. As razes apontadas para o ingresso no trabalho de ACS esto relacionadas oportunidade de ingresso ou reingresso no mercado formal de trabalho e a proximidade da residncia. A desvalorizao e a falta de reconhecimento so apontadas como os principais motivos para os ACS deixarem a profisso. Alguns sujeitos apontaram como provisrio o trabalho de ACS e sua permanncia est vinculada a falta de outras perspectivas e tambm a sua identificao com o trabalho comunitrio, remetendo a um carter de ddiva. O princpio emancipatrio do trabalho tambm foi apontado por alguns sujeitos, j que o trabalho propiciou a retomada de antigos objetivos, no caso, voltar a estudar. Tambm foram encontrados achados da influncia do enfermeiro no trabalho do ACS e na sua opo profissional. Parece haver um desejo deste trabalhador em mudar de funo, porm continuando na rea da saúde, mas a garantia dessa mudana s ser possvel com uma ordem social mais justa. Com base nos resultados e no referencial terico, conclui-se que o ACS deve ser olhado no apenas como um trabalhador que reproduz um modelo de relao de trabalho, mas que, como membro das classes populares, permite pensar mudanas a partir do conceito de indito vivel. Sua permanncia como ACS e a garantia de que se cumpra a proposta de mudana indicada pela Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) depende do reconhecimento tcnico e poltico desse trabalhador.

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Estima-se que, no ano de 2025, 23% da populao total dos pases desenvolvidos estaro com mais de 60 anos, evidenciando-se assim o envelhecimento gradativo do contingente populacional destes pases. Deste modo, perceptvel o contingente de mulheres que estaro vivenciando a fase da menopausa com seus efeitos biolgicos, psicolgicos e sociais. As mudanas hormonais e fisiolgicas que acontecem nas mulheres durante a fase da menopausa, acompanhadas pela desvalorizao esttica do corpo e por toda uma sintomatologia fsica e psquica, tm sido interpretadas como perda da feminilidade, sinalizando o envelhecimento inevitvel e a finitude. No entanto, muitos dos desconfortos que as mulheres vivenciam nesta fase no se devem s mudanas biolgicas, mas ao seu processo de socializao, caracterizando a influncia de gnero. Neste contexto, este trabalho teve como objeto o estudo da influncia da relao de gnero na vivncia e no significado do processo da menopausa, tendo como objetivos: descrever a vivncia da menopausa a partir da perspectiva de mulheres que a vivenciam e identificar as particularidades relacionadas ao gnero diretamente envolvidas na experincia da menopausa a partir da perspectiva das mulheres. Para desenvolvimento do trabalho foi utilizada abordagem qualitativa de natureza descritiva com vinte mulheres de idade entre 45 e 55 anos que apresentavam menopausa espontnea e eram clientes das Unidades Bsicas de Saúde da cidade de Curitibanos-SC, no perodo de 1 a 15 de outubro de 2009. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada com uma questo norteadora: Fale-me como para voc estar vivenciando a menopausa. A interpretao e anlise foram feitas atravs de anlise de contedo do tipo temtica descritas por Bardin. Nas narrativas, identificaram-se categorias que foram integradas em quatro temas principais: 1- Vivenciando a Menopausa, 2- Identificando Transformaes no Corpo e na Vida, 3- Cuidando de Si, 4- Buscando Informaes/Influncias e Construindo Conhecimento. Foi possvel identificar nessas categorias que as mulheres trazem o conceito de que a fase da menopausa uma doença, e relacionam essa fase com envelhecimento e declnio fsico, a qual traz grandes sofrimentos, o que demonstra a influncia de gnero no vivenciar desta fase. As entrevistadas explicitaram em suas falas diversos sintomas que as incomodavam e interferiam em suas atividades dirias e na sua maneira de ser, repercutindo muitas vezes no seu comportamento familiar e profissional. O conhecimento sobre a menopausa, neste grupo de mulheres, foi construdo ao longo de suas vidas e reflete as suas realidades culturais e sociais, deixando evidente a escassez de fontes de informao e os tabus relacionados com relao fase da menopausa. Este estudo contribui com a gerao de conhecimentos levando em considerao os efeitos que a influncia de gnero pode ter na vivncia e percepo da menopausa, desmistificando-a para que a vivncia das mulheres durante esse perodo no seja condicionada por esteretipos e crenas relacionadas ao gnero.

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O objetivo desta dissertao foi estudar as vrias interfaces e possveis insuficincias no atendimento prestado aos adolescentes que vivem com HIV / AIDS. Assim, a rea de pesquisa concentrou-se em algumas unidades de saúde da rea do Rio de Janeiro - Programa municipal 2.2. O primeiro captulo descreve um esboo histrico da formao do Estado moderno e as bases para a poltica social sustentvel do Estado capitalista contemporneo culminando com a anlise da construo de um modelo de proteo social no Brasil, depois dos anos trinta. Desta forma, o Estado visto como uma rea atravessada por paradoxal interesses conflitantes e as polticas sociais, administradas no interior do estado, sendo fruto de processos histricos, econmicos e polticos. No segundo captulo, os problemas da poltica de saúde no Brasil so discutidos, enfocando as orientaes das polticas sobre a AIDS e a adolescncia. Em primeiro lugar, os aspectos histricos sobre as polticas de AIDS so analisados e, em seguida, h uma investigao do conceito de adolescncia e os princpios norteadores do Estatuto da Criana e do Adolescente e do Programa Saúde do Adolescente. No terceiro captulo o material coletado na pesquisa por profissionais de saúde analisado e relacionado com o estudo documental com a crtica das polticas destinadas. A concluso mostra que, apesar de todo o progresso clnico e / ou farmacolgico para o tratamento de pessoas vivendo com AIDS e na formulao de polticas pblicas para garantir os direitos, os adolescentes precisam de espaos de boas-vindas nas relaes sociais, onde nem a famlia, a religio, a escola e seus pares esto preparados para essa proximidade. Outra questo importante a incapacidade dos profissionais de saúde para lidar com os vrios aspectos da doença. Contas de conteno e abuso so comuns, revelando que as unidades de saúde nem sempre desenvolvem o seu potencial para cuidar.

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A magnitude e as modificaes resultantes da epidemia de Aids no Brasil levaram o Ministrio da Saúde a recomendar, a partir de 2001, a incorporao do diagnstico sorolgico da infeco pelo HIV em servios de ateno bsica da rede pblica de saúde, visando a universalidade e a ampliao do acesso da populao a esses exames. O processo diagnstico, no caso da AIDS, envolve para alm da simples disponibilizao da testagem; cobre demandas de preveno, profilaxia, tratamento e referncias adequadas para o interior do sistema assistencial. O estudo realizado teve por objetivo investigar como vem se dando a oferta deste diagnstico, previsto de estar acontecendo acompanhado de aconselhamento pr e ps-teste, usando como lcus um conjunto de servios da rede bsica de saúde no Municpio do Rio de Janeiro. Do tipo descritivo-analtico, o trabalho utilizou-se de uma abordagem metodolgica qualitativa, realizando entrevistas semi-estruturadas com vinte e dois profissionais de saúde de diversas categorias, envolvidos nos processos de testagem anti-HIV, e com trs gestores, buscando compreender como vem sendo ofertado esse cuidado em saúde. O exame do material obtido permitiu a identificao das seguintes categorias analticas: oferta do teste na rede de ateno bsica e dilemas relacionados a esse processo; aes de aconselhamento que acompanham a testagem; resultados do teste anti-HIV e dificuldades na sua comunicao aos usurios; dimenses estrutural e organizacional e gesto do processo de testagem; capacitao dos recursos humanos. Identificou-se que o processo de oferta do teste anti-HIV se circunscreve frequentemente representao da doença e necessria maior interlocuo na relao profissional de saúde/usurio, considerando a intersubjetividade dos sujeitos envolvidos. Este processo diagnstico demanda tcnicas como apoio, acolhimento e escuta qualificada das necessidades de saúde, entendidas para alm das queixas biolgicas dos sujeitos, que nem sempre esto se fazendo presentes nos servios de ateno investigados. Como desafio premente na oferta do diagnstico anti-HIV, destaca-se que o aconselhamento deve ser uma ferramenta utilizada e reforada no contexto dos servios de saúde que atendem pacientes com DST/Aids. Outro desafio, alm da capacitao qualificada dos recursos humanos envolvidos, necessidade de permanente avaliao do processo de oferta que vem sendo oferecido nos servios da rede bsica, que possibilite repensar as atividades de preveno, o acolhimento e a escuta, e o compartilhamento de idias entre profissionais que atuam no cotidiano das unidades de saúde e os gestores locais. A pluralidade de questes no fazer em saúde exige que os servios de saúde e seus responsveis promovam novos arranjos para que a oferta do teste anti-HIV, como ao de saúde, seja realizada com base na humanizao, na integralidade e no respeito aos direitos de cidadania, contribuindo para que a melhoria do atendimento na rede bsica se concretize com qualidade.

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Este estudo teve por objetivo investigar a relao trabalho / saúde em trabalhadores de cozinhas industriais, focalizando o aspecto socioeconmico e outras dimenses da vida social (estresse no trabalho e eventos de vida produtores de estresse), incluindo-se morbidade (obesidade, doenças crnicas e transtornos mentais comuns), condio laboral (incmodos ambientais e acidentes de trabalho) e comportamentos relacionados saúde (consumo alimentar, tabagismo e lcool). Utilizando dados coletados nos nove Restaurantes Populares do Estado do Rio de Janeiro, apresentam-se trs artigos. O primeiro descreve a populao de estudo, considerando trs grupos ocupacionais: Administrativos, Cozinheiros e Copeiros, e os Auxiliares de Servios Gerais. O segundo artigo investiga a associao entre as caractersticas psicossociais e o impedimento laboral por motivos de saúde, considerando uma anlise hierarquizada e, finalmente, o terceiro artigo discute a certificao da reprodutibilidade, na populao de estudo, do questionrio sueco da verso para o portugus do Demand-Control Questionnaire (DCQ), utilizado para avaliar estresse no ambiente de trabalho. Os homens representaram 62,7% do total de trabalhadores. A idade mdia dos funcionrios foi de 35,1 anos, (DP=10,3). A renda familiar lquida foi de at dois salrios mnimos para 60% dos trabalhadores. Obteve-se para o tempo de trabalho em cozinhas, uma mdia de 59,8 meses, tendo variado de um mnimo de 2 meses e mximo de 30 anos. A prevalncia de doenças que tinham diagnstico mdico foi de 15,0% para Doença Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT); 14,3% para Hipertenso Arterial Sistmica; 12,7% para Gastrite; e, 2,1% para Diabete Mellitus tipo II. O acidente de trabalho corte foi relatado por 20,2% dos trabalhadores, seguido de contuso com 16,0%. A prevalncia de acidentes de trabalho foi mais expressiva entre os ASG. A prevalncia de impedimento laboral por motivos de saúde foi de 10,8%. Os modelos resultantes das anlises multivariadas de associao entre impedimentos das atividades laborais e as variveis que permaneceram no modelo final aps o ajustes das variveis indicaram que aqueles que referiram estado geral de saúde regular e ruim tiveram uma razo de prevalncia de trs para impedimento das atividades laborais comparados aos de muito bom e bom estado geral de saúde (RP: 3,59; IC:1,44-8,97). Os trabalhadores que exerciam suas atividades nos restaurante localizados na rea 2 (Bangu, Central do Brasil, Maracan e Niteri) apresentaram RP:2,38; IC:1,15-4,91) para ausncias no trabalho quando comparados aos da rea 1 (Barra Mansa, Campos, Itabora, Duque de Caxias e Nova Iguau). A confiabilidade da escala do DCQ, teste-reteste, produziu um Coeficiente de Correlao Intraclasse para as dimenses: demanda psicolgica, controle do trabalho e apoio social no trabalho de 0,70, 0,68 e 0,80, respectivamente, sendo considerados bom. Este estudo refora a importncia dos aspectos psicossociais na ocorrncia do impedimento por motivos de saúde e contribui para o conhecimento dessas relaes. Sugere-se realizar estudos com desenho longitudinal, que permitam aprofundar o conhecimento sobre os determinantes psicossociais do trabalho e o absentesmo.

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A Doença Celaca (DC) uma doença autoimune que afeta o intestino delgado de indivduos geneticamente susceptveis aps contato com o glten. Diversos estudos tm relatado aumento da prevalncia ao longo dos anos. Objetivo: Determinar a prevalncia de DC em pacientes adultos sem diarreia encaminhados Disciplina de Gastroenterologia do HUPE da UERJ para serem submetidos a Endoscopia Digestiva Alta (EDA).Comparar os resultados do histopatolgico das bipsias duodenais com os resultados sorolgicos, utilizando o anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA (ATGt IgA). Mtodos: Pacientes que foram encaminhados ao nosso servio para serem submetidos a EDA entre Julho de 2008 e Julho de 2010, com idade entre 18 e 85 anos foram aceitos no estudo. Critrios de excluso foram cirrose, neoplasias do trato gastrointestinal, HIV, uso de imunossupressores e anticoagulantes, diarreia, hemorragia digestiva e DC. Coleta de sangue para pesquisa do anticorpo ATGt IgA (utilizando KIT ORGENTEC - Alemanha), avaliao endoscpica e exame histopatolgico das bipsias de segunda poro duodenal foram feitos para cada paciente. Bipsias foram avaliadas de acordo com o critrio de Marsh modificado. Resultados: Trezentos e noventa e nove pacientes consecutivos (112 homens, 287 mulheres), mdia de idade 49,616,4 anos, variando de 18-85 anos, sem diarreia, foram prospectivamente aceitos. Os sintomas clnicos mais prevalentes foram dor abdominal em 99,5%, pirose em 41,1%, plenitude ps prandial em 30,6%, nuseas e vmitos em 21,3%. Os achados endoscpicos foram: normais em 41,6%, leses ppticas (esofagite, gastrite, duodenite e lceras) em 41,6%, hrnia hiatal em 5,5%, plipos gstricos em 3%, neoplasias em 1,3% e miscelnea em 7%. DC foi endoscopicamente diagnosticada em 13 pacientes (3,3%) com mucosa duodenal exibindo serrilhamento das pregas em 8 (2%), diminuio do pregueado em 2 (0,5%) e mucosa exibindo padro nodular e mosaico em 3 (0,75%). Os achados histopatolgicos de duodeno foram normais em 96,7%, duodenites inespecficas em 2,7% e 3 pacientes (0,75%) confirmaram DC pelos critrios de Marsh modificado (IIIa, IIIb e IIIc). O anticorpo ATGt IgA foi positivo (>10 U/ml) em 1,3% (5/399). Concluso: Este estudo mostrou que a prevalncia de DC em pacientes disppticos sem diarreia atendidos na Disciplina de Gastroenterologia e Endoscopia do HUPE/UERJ foi de 0,75% (1:133). A acurcia diagnstica do anticorpo ATGt IgA boa para pacientes com Marsh III e achados endoscpicos sugestivos. Nenhum dos pacientes tinha alteraes Marsh I ou II. A EDA se mostrou um excelente mtodo de triagem para definir os pacientes com graus mais acentuados de atrofia e que se beneficiariam de bipsia e sorologia para confirmao diagnstica. Os resultados obtidos neste trabalho no justificam uma triagem rotineira de DC.

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A partir da formalizao do Programa de Agentes Comunitrios de Saúde e do Programa Saúde da Famlia pelo Ministrio da Saúde (anos 90), as discusses sobre a reorientao dos modelos assistenciais ganham destaque. O Programa Saúde da Famlia passa a ser visto por boa parte dos profissionais de saúde coletiva como um modelo capaz de imprimir mudanas no apenas na ateno em si como tambm na dinmica dos processos. Ao propor a substituio das estratgias tradicionais, voltadas para a doença e centradas no hospital, a nova proposta voltase, entre outros aspectos, para a ao preventiva e para a promoo da saúde. Busca contemplar tambm a ateno s necessidades de saúde da populao adscrita, a famlia e seu territrio, aes intersetoriais e tem na equipe multiprofissional pilar importante no cuidado. O Agente Comunitrio de Saúde se apresenta como ator importante na possibilidade de mudana de modelo assistencial; atuando intensamente na produo do cuidado assim como na organizao de tal assistncia. Criam-se conflitos acerca da percepo de potencialidades e da possibilidade de interao entre os diversos aspectos envolvidos neste contexto. Este trabalho buscou investigar a percepo de Agentes Comunitrios de Saúde do municpio de Petrpolis RJ acerca dos saberes envolvidos na sua prtica. A estratgia metodolgica utilizada para coleta de dados em campo foi a de entrevistas semi estruturadas. O corpo textual gerado pelas entrevistas foi analisado com base na teoria da Anlise do Discurso. Este estudo concluiu que o saber do Agentes Comunitrios de Saúde aponta para uma posio que vai alm de ser ponte ou de fazer ponte. Argumenta que a potencialidade deste saber a de ser como a linha de costura entre comunidade e as propostas de cuidado. Esta imagem indica que ao pertencer em algum momento a ambos tecidos, e ao fazer o movimento de pertencer ora ao tecido comunidade e hora ao tecido UBS, o ACS pode aproximar essas partes na busca da construo de algo mais unificado. Como em uma colcha de retalhos, onde cada tecido mantm suas caractersticas e padronagens iniciais, mas aos serem costurados, formam algo nico, inteiro.

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Durante minha trajetria profissional experenciando o cuidar de clientes portadores de doença onco-hematolgica percebi a luta destes seres humanos pela vida e como a relao enfermeiro-cliente era vital para a realizao do cuidado. O enfermeiro interage grande parte do tempo com esta clientela a qual percorre uma trajetria de re-internaes e longos perodos de tratamento. Nesse sentido, entendendo que a relao interpessoal como uma condio importante para que o enfermeiro compreenda o outro em sua totalidade e preste um cuidado singular, delimitei como objeto de estudo as relaes interpessoais do enfermeiro na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico. Para tanto, o objetivo foi compreender o significado das relaes interpessoais na ao de cuidar do enfermeiro junto ao cliente internado para tratamento onco-hematlgico. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, cujo referencial terico pautou-se nas concepes da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio de realizao do estudo foi a enfermaria de Hematologia de um Hospital Universitrio Federal do estado do Rio de Janeiro e os sujeitos foram todos os seis enfermeiros lotados nessa unidade. Antes da etapa de campo e em cumprimento aos princpios ticos da Resoluo 196/96 do CNS que trata da pesquisa com seres humanos, o projeto foi submetido ao Comit de tica dessa instituio cenrio do estudo, sendo aprovado com o Parecer n 092/11. A captao das falas deu-se por meio de entrevista com a utilizao das seguintes questes orientadoras: fale para mim sobre as aes que voc desenvolve junto ao cliente internado para tratamento onco-hematolgico; o que significam as relaes interpessoais na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico?; e o que voc faz para que esta relao acontea? A anlise compreensiva das falas possibilitou a apreenso das categorias: cuidar atravs de procedimentos tcnicos e cientficos, orientando para o enfrentamento da doença e atender o paciente na perspectiva de suas necessidades estabelecendo a relao interpessoal entre enfermeiro e o cliente. O enfermeiro descreve as aes desenvolvidas junto ao cliente em tratamento onco-hematolgico como um fazer tcnico, rico em procedimentos, que tem em vista apoiar o cliente para enfrentar o tratamento difcil de uma doença grave, a partir de suas necessidades, estabelecendo uma relao ntima, transparente e forte, ocorrendo de forma espontnea e natural. Para estabelecer esta relao os enfermeiros utilizam estratgias como: a empatia, a brincadeira, o carinho, a confiana e a disponibilidade para promover o cuidado de enfermagem. As relaes interpessoais se mostraram inerentes ao de cuidar desse enfermeiro, ator social da equipe de saúde, o qual possui a disponibilidade para interagir com o cliente, transcendendo o aspecto tecnicista, fazendo parte de sua identidade profissional o constituinte relacional.

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O estudo emergiu da minha experincia profissional como enfermeira de um hospital especializado em oncologia, no qual me deparei com crianas internadas e consideradas fora de possibilidade de cura atual acompanhadas de um familiar. considerado fora de possibilidade de cura atual, o paciente para o qual foram esgotados todos os recursos atuais conhecidos para sua cura, a incorporao dessa concepo de cuidar, possibilitou o desenvolvimento do cuidado paliativo. Cuidados paliativos so os cuidados ativos totais de pacientes cuja doença no responde a um tratamento curativo. O objetivo do cuidado paliativo alcanar a melhor qualidade de vida para os pacientes e suas famlias. O objeto de estudo desta pesquisa foi ao de cuidado do enfermeiro criana hospitalizada portadora de doença oncolgica e fora de possibilidade de cura atual. Tendo como objetivo: analisar compreensivamente o cuidado do enfermeiro criana hospitalizada portadora de doença oncolgica fora de possibilidade de cura atual. Estudo de natureza qualitativa, desenvolvido com o apoio da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz por possibilitar a apreenso da ao desse cuidar, como uma conduta humana, num processo contnuo a partir de um projeto pr-concebido. Os sujeitos do estudo foram 12 enfermeiros que trabalham nas enfermarias de oncologia e hematologia do setor de internao peditrica de um hospital pblico federal especializado em oncologia, localizado no municpio do Rio de Janeiro. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica (n 43-11). A apreenso das falas deu-se por meio de entrevista fenomenolgica guiada pela seguinte questo orientadora: Quando voc cuida da criana em tratamento oncolgico fora de possibilidade de cura atual, O que voc tem em vista? A anlise compreensiva mostrou duas categorias concretas do vivido emergidas das falas dos sujeitos da pesquisa. So elas: conforto e minimizar a dor. O estudo possibilitou entender que ao cuidar da criana considerada fora de possibilidade de cura atual o enfermeiro desenvolve suas aes na perspectiva de confortar e minimizar a dor da criana. Neste contexto, tambm direciona o seu cuidar para o familiar ali presente, promovendo apoio e ajuda, estabelecendo uma relao de confiana construda em funo do longo perodo de hospitalizao que ocorre nas doenças oncolgicas. Nesse sentido, o enfermeiro se volta para o familiar como foco central de sua ao de cuidar, com o intuito de apoi-lo nesse momento especial de sofrimento pela doença de sua criana. A criana deixa de ser o centro das atenes de cuidar que passa, ento, a ser o familiar de cada criana.

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Vulnerabilidade e empoderamento apresentam-se como elementos presentes na vida profissional e pessoal dos enfermeiros. Delimitou-se como objeto de estudo as representaes sociais elaboradas por enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidar em enfermagem. O objetivo geral foi analisar as representaes sociais construdas por enfermeiros acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidado que exercem. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, orientada pelo referencial terico-metodolgico das Representaes Sociais em sua abordagem processual. Participaram do estudo trinta enfermeiros de um hospital pblico municipal do Rio de Janeiro. Como tcnicas de coleta de dados foram utilizados o questionrio sociodemogrfico e a entrevista semiestruturada em profundidade. Como tcnica de anlise de dados adotou-se a anlise de contedo temtico-categorial proposta por Bardin, sistematizada por Oliveira e operacionalizada pelo software QSR NVivo 9.0. Entre os sujeitos, h predomnio do gnero feminino, da faixa etria de 41 a 45 anos, da realizao de ps-graduao lato sensu e de tempo de atuao mnimo de 16 anos em HIV/Aids. Sete categorias emergiram na segmentao do material discursivo: 1) O acesso a informaes, a formao profissional e o desenvolvimento da naturalizao da aids atravs da experincia: elementos de vulnerabilidade e de empoderamento; 2) A instituio hospitalar e sua infraestrutura como polo de vulnerabilidade e de empoderamento nas construes simblicas de enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids; 3) Entre o risco e a preveno: a vulnerabilidade e o empoderamento no contexto dos acidentes ocupacionais biolgicos e as prticas preventivas adotadas por enfermeiros frente ao HIV/Aids no cotidiano hospitalar; 4) Relaes interpessoais entre enfermeiro e paciente soropositivo para o HIV enquanto mediadoras da vulnerabilidade e do empoderamento de ambos; 5) As limitaes psquicas enfrentadas por enfermeiros no vivenciar do trabalho junto a portadores do HIV/Aids; 6) A busca pela espiritualidade e pela religiosidade como bases de apoio para a vida profissional contextualizada na aids; e 7) O HIV e a aids no contexto de diferentes modalidades de relacionamento: a presena do risco como elemento organizador da discursividade. Na vida profissional, as representaes sociais da vulnerabilidade so compostas pela fragilidade, pelo risco e pela dificuldade. O empoderamento, por sua vez, emerge sustentado por um tripformado pela proteo, suporte e satisfao como elementosdo bem-estar. Na vida pessoal, o risco possui centralidade nas representaes. J o empoderamento se mostra oriundo do bem-estar e da proteo. Conclui-se que a reconstruo sociocognitiva da vulnerabilidade e do empoderamento permitiu o acesso ao arsenal simblico do qual o grupo dispe para a superao do que o ameaa. Vulnerabilidade e empoderamento so, portanto, diversificados e mutveis em suas bases e produtos e, em movimentos de balano e contrabalano, corporificam a dade vulnerabilidade-empoderamento.

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Esta tese de doutorado tem como foco as limitaes que se colocam aos gestores do nvel local para produzir servios de qualidade em sistemas de saúde. A definio tradicional do conceito de gesto de recursos humanos foi ampliada por abarcar questes relacionadas configurao federalista do pas, considerando diversidades estruturais e culturais. Utilizou como fonte primria, dados selecionados a partir de entrevistas com gestores de RH com reconhecida experincia na rea. Como fonte secundria, utilizou-se as informaes pr-selecionadas de pesquisas disponveis sobre o campo de gesto do trabalho da saúde. A anlise do autor confronta as caractersticas estruturais do federalismo brasileiro e os desafios decorrentes da base da concepo do sistema nacional de saúde. Os resultados deste estudo iluminam possveis caminhos alternativos para superar as limitaes presentes na gesto de recursos humanos no nvel local.

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A farmcia comunitria ocupa um importante espao no cenrio da saúde pblica brasileira, como local de dispensao de medicamentos e de contnua promoo do consumo de medicamentos para a populao. Nesses estabelecimentos, o usurio busca atravs do consumo de produtos, prescritos ou no, o restabelecimento da sua saúde. O farmacutico o profissional de saúde com formao especfica sobre medicamentos e que, pelo imperativo da legislao sanitria, colocado como responsvel tcnico, nesse lcus. Qual sua motivao para ingressar nessa carreira? Como a sua prxis e qual a realidade percebida por ele nesse cotidiano? Este trabalho teve como objetivo identificar a concepo que os farmacuticos responsveis tcnicos, atuantes em farmcias comunitrias do estado do Rio de Janeiro, tm sobre a sua prtica profissional e como essa viso pode estar relacionada implementao de prticas focadas no paciente, tais como a Ateno Farmacutica. Foram realizadas 15 entrevistas semi-estruturadas com farmacuticos responsveis tcnicos de farmcias do estado do Rio de Janeiro, representando a seguinte tipologia: farmcias de rede estadual, de rede local e familiar. A categorizao do discurso dos farmacuticos mostrou, pelo menos, quatro convergncias: a deficincia no processo de formao acadmica, a prtica farmacutica migrando para o paciente, as contnuas dificuldades da populao quanto ao uso de medicamentos e o conhecimento superficial do conceito de Ateno Farmacutica. Pensa-se que a realidade encontrada possa no ser muito diferente da de grande nmero de farmcias comunitrias do prprio estado do Rio de Janeiro, sendo necessrio fazer reflexes sobre esse tema, para nos conduzir a um momento de discusso sobre quais elementos podero vir a garantir, que a prxis farmacutica se insira com complementaridade nos servios de saúde.

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A autoavaliao do estado de saúde (AAS) um indicador de saúde amplamente utilizado e influenciado por uma grande variedade de fatores. Em particular, existem evidncias crescentes de que a discriminao racial um importante fator de risco para eventos mrbidos em saúde e seu impacto na saúde da populao brasileira ainda pouco explorado. No primeiro artigo, o objetivo principal investigar a associao entre AAS e fatores sociodemogrficos, comportamentais e de morbidade. No segundo artigo, o objetivo estimar a associao entre discriminao racial e diferentes desfechos em saúde, a saber, AAS, morbidade fsica e depresso ajustando por variveis sociodemogrficas, comportamentos relacionados saúde e ndice de Massa Corporal, na populao de pretos e pardos. O presente estudo possui delineamento seccional, baseado nos dados do inqurito de abrangncia nacional Pesquisa Dimenso Social das Desigualdades. Os entrevistados responderam a questionrios estruturados e suas medidas antropomtricas foram aferidas. No primeiro artigo, foram avaliados 12.324 indivduos, entre chefes de famlia e cnjuges, com idade maior ou igual a 20 anos. No segundo artigo, foram avaliados 3.863 chefes de famlia que responderam a pergunta sobre discriminao racial e que se classificaram como pretos e pardos. AAS foi avaliada por meio de pergunta obtida do instrumento de qualidade de vida SF-36 e, para o primeiro artigo, foi analisada de forma dicotmica em AAS boa (categorias de resposta excelente, muito boa e boa) e AAS ruim (categorias de resposta razovel e ruim). No segundo artigo, esse desfecho foi analisado utilizando-se as 5 categorias de resposta. As anlises foram realizadas utilizando-se modelos de regresso logstica uni e multivariados, para dados binrios (artigo 1) ou ordinais (artigo 2). Os resultados foram apresentados na forma de Odds Ratios com os respectivos intervalos de 95% de confiana. Maior faixa etria, analfabetismo, tabagismo, obesidade e doenças crnicas estiveram associados a maior chance de AAS ruim. Para cada incremento na faixa de renda, observou-se uma reduo de 20% na chance de relatar AAS ruim. Atividade fsica esteve associada a menor chance de AAS ruim. No segundo artigo, exposio discriminao racial esteve associada com aumento na chance de relato de pior AAS, de morbidade fsica e de depresso. O presente estudo identificou a influncia de diversos fatores sociais, demogrficos, comportamentos relacionados saúde e morbidade fsica na AAS. O estudo demonstrou ainda que a discriminao racial est associada negativamente aos trs desfechos em saúde avaliados (AAS, morbidade fsica e depresso). Esses resultados podem traar um perfil de subgrupos populacionais mais vulnerveis, ou seja, com maior risco de contrair doenças ou de procurar o servio de saúde por uma doença j existente, auxiliando na definio de populaes-alvo para o adequado planejamento de polticas e de programas de promoo de saúde.

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O controle da Hipertenso Arterial central para que seja alcanada maior eficincia na reduo de eventos adversos secundrios ao descontrole crnico da presso arterial. Os resultados de uma ateno integral aos portadores no se esgotam no acesso e disponibilizao de frmacos eficazes no controle da presso arterial. Ela envolve a rede integrada de servios, orientada pela ateno primria, com servios especializados e hospitalares na ateno das intercorrncias. O cuidado aos portadores destes agravos crnicos exige dos servios e profissionais da ateno primria a implantao de estratgias de acolhimento, efetivao de vnculos e projetos teraputicos e uma interveno que abrange a promoo, preveno, assistncia e reabilitao. Com esta questo em mente que este projeto buscou analisar a ateno prestada aos portadores de Hipertenso Arterial no municpio de Pira com base nos registros dos pronturios ambulatoriais e hospitalares. Foram computados e analisados os pronturios de pacientes internados por agravos que, direta ou indiretamente, esto relacionados ao descontrole da presso arterial. Identificaram-se um total de 61 pacientes internados com diagnstico de internao de Crise Hipertensiva e Acidente Vascular Enceflico no ano de 2010, no Hospital Flvio Leal. A partir dos registros hospitalares foram selecionados 35 pacientes. Estes eram moradores do municpio de Pira, adscritos a equipes bsicas no municpio e tiveram seus diagnsticos de internao confirmados na alta hospitalar. A segunda etapa do estudo analisou, na Unidade de Saúde da Famlia, os pronturios familiares dos casos de internao. Foi observado que no havia uniformidade na forma de registro e de arquivamento dos pronturios entre as unidades bsicas. Nos pronturios clnicos no havia campos destinados aos registros de aspectos psicossociais, mudana de comportamento ou adeso. As anotaes eram centradas na doença e nos tratamentos farmacolgicos. A participao de profissionais no mdicos nos registros clnicos era escassa. A Ficha B do SIAB (Ficha de Acompanhamento do Paciente Hipertenso) que contm os dados sobre comportamento e risco cardiovascular foi encontrada apenas em 3 das 8 unidades visitadas. Segundo os dados dos pronturios analisados a distribuio de consultas e visitas domiciliares foi muito irregular. Com um total de 10 pronturios sem registros de consultas no ano em que o pacientes foi internado. A gravidade dos pacientes internados pode ser identificada pelo elevado nmero de bitos entre os casos analisados. Muitos dos casos apresentavam sequelas neurolgicas e comorbidades que provavelmente dificultava suas idas s unidades de saúde da famlia. Aspectos psicossociais, familiares e da comunidade estavam, em sua maioria, ausente dos pronturios familiares analisados dos pacientes internados. Tambm no foram encontrados anotaes sobre projetos teraputicos multidisciplinares que individualizassem e hierarquizassem os agravos e os riscos fsicos e psicossociais dos pacientes. A anlise evidencia que os registros nos pronturios no traduzem a abrangncia de uma ateno integral aos portadores de Hipertenso Arterial no mbito da Ateno Primria.