875 resultados para Uvas para vinho
Resumo:
No Rio Grande do Sul (RS), as aplicações foliares de nitrogênio, quando necessárias, têm sido usadas para complementar a adubação via solo. Entretanto, carece-se de informações dos efeitos da freqüência e da quantidade de N aplicado sobre a sua dinâmica na folha e de reservas nitrogenadas e de carboidratos nas partes perenes da videira, que compõem o objetivo deste trabalho. O trabalho foi conduzido em um vinhedo da cultivar Chenin Blanc, safra 2004/05, na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), sobre um Neossolo Litólico. Os tratamentos consistiram de uma, duas e três aplicações foliares de 0 (água); 1,11; 2,23; 3,31 e 4,41g de N planta-1. Após cada aplicação de nitrogênio, foram coletadas folhas inteiras (limbo+pecíolo) no terço médio dos ramos do ano, no interior e exterior dos diferentes lados da planta, secas, moídas e preparadas para a análise de N total. Na última época de coleta de folhas, foram coletados três ramos do ano em cada planta, retiradas seis gemas em cada ramo, as quais foram submetidas à análise de amido, carboidratos solúveis totais, carboidratos redutores, aminoácidos totais e proteínas totais. As aplicações foliares de N aumentaram o teor do nutriente na folha inteira, de forma destacada, nas épocas de coletas próximas às aplicações; entretanto, essas aplicações diminuíram os teores de amido e carboidratos solúveis totais nas gemas dos ramos do ano e não afetaram os teores de carboidratos redutores e os totais de aminoácidos e proteínas.
Resumo:
Considerando a redução ou eliminação do uso de substâncias sintéticas que preconizam os sistemas sustentáveis de produção de frutas, este trabalho teve como objetivo a busca de novas alternativas para a quebra de dormência e o controle de doenças em videiras. Estacas de videira contendo uma gema foram pulverizadas com os seguintes tratamentos: 1) testemunha; 2) OV (óleo vegetal) 1%; 3) extrato de alho (EA) 3%; 4) EA 3% + OV 1%. Posteriormente, as estacas foram mantidas em câmara de crescimento (25±2.5ºC) por 56 dias. O único tratamento que estimulou a brotação das estacas de videira cv. Isabel Precoce foi o EA 3% + OV 1%, que atingiu 35% de brotação, diferindo estatisticamente dos tratamentos- testemunha (12,5%), OV 1% (17,5%) e EA 3% (15,0%). Provavelmente, o estádio de endodormência profunda das gemas, após apenas 90 horas de frio ( < 7,0ºC), impediu melhores resultados dos tratamentos para quebra de dormência. Três experimentos, foram conduzidos in vitro, com diferentes doses de extrato de alho, com o objetivo de avaliar o controle do fungo Elsinoe ampelina. Em todos os experimentos, houve efeito quadrático no crescimento micelial, sem ter havido diferenças entre os tratamentos com extrato de alho, evidenciando o seu efeito fungicida, mesmo na dose mais baixa de EA (0,0615%).
Resumo:
Os efeitos da cobertura plástica (CP) sobre a fenologia e o requerimento térmico da Vitis vinifera L. 'Moscato Giallo' foram estudados em dois ciclos (2005/2006 e 2006/2007). Determinou-se a duração média dos principais períodos fenológicos por meio de avaliações semanais, desde a poda até a queda das folhas. O somatório térmico em graus-dia acumulados (GD) foi calculado considerando-se a temperatura-base de 10ºC, e medidas da temperatura do ar máxima e mínima ao longo de todo o ciclo, nas áreas coberta e descoberta (testemunha). A cobertura plástica aumentou o somatório térmico e antecipou o início da brotação, reduzindo a duração das etapas fenológicas da poda até a mudança de cor das bagas. Entretanto, a redução da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) proporcionada pela cobertura plástica atrasou, em média, 18 dias o processo de maturação das uvas da cultivar Moscato Giallo. A soma térmica acumulada (poda até colheita) das áreas coberta e descoberta foi, respectivamente, 2.079 e 1.847 GD no primeiro ciclo, e 1.864 e 1.640 GD no segundo ciclo. A cobertura plástica exige uma alteração nas práticas culturais, como a necessidade de poda verde para reduzir os efeitos da restrição de RFA e o atraso na data de colheita, em relação ao cultivo convencional, em função da menor taxa de evolução da maturação sob a cobertura.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar o efeito de concentrações de ácido giberélico no raleio e melhoria da qualidade de cachos de uva da cv. Superior Seedless, foi realizado este experimento em pomar comercial na Fazenda Copa Fruit S.A., município de Petrolina-PE. o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos (GA3: 0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 mg.L-1), quatro repetições e duas plantas por parcela, e os dados foram interpretados por meio de análise de variância e regressão. As aplicações dos tratamentos foram realizadas em três fases, a primeira antes da antese e a segunda e terceira com aproximadamente25% e 80% de flores abertas, respectivamente, utilizando-se de um volume de calda de 2.000 litros/ha. Os cachos foram colhidos com 60 dias após a poda, e as características avaliadas foram: comprimento médio de cacho, engaço e "ombros"; densidade de bagas; massa da matéria fresca do cacho e bagas; e diâmetro e comprimento de bagas. os melhores resultados para o raleio foram obtidos com a concentração de 0,5 mg.L-1, que proporcionou uma densidade de 5,39 bagas/cm de cacho, contra 8,24 bagas/cm de cacho obtido pela testemunha. Em relação à melhoria da qualidade de cachos e bagas, aplicações de GA3 acima de 2,0 mg.L-1, apesar de mostrarem eficiência no aumento do comprimento de cachos, tiveram efeitos negativos na massa da matéria fresca de cachos e bagas, inviabilizando os cachos comercialmente.
Resumo:
A produção de uvas viníferas nas regiões de altitude do Estado de Santa Catarina é recente e existem poucos dados de pesquisa sobre o comportamento das diferentes cultivares neste local. Os objetivos do trabalho foram testar o efeito de diferentes níveis de desponte do dossel vegetativo e avaliar a influência de dois porta-enxertos nas características dos frutos produzidos. O experimento foi realizado em São Joaquim-SC (28º17'38" S e 49º55'54" W), a uma altitude média de 1.250 m, na Vinícola Villa Francioni, com a cultivar Merlot enxertada em 'Paulsen 1103' e 'Couderc 3309'. Os tratamentos consistiram no desponte em diferentes níveis, mantendo as áreas foliares de 4,5; 2,5; 2,0 e 1,5 m² kg-1 de uva em dois porta-enxertos. Foram avaliados número de bagas por cacho, diâmetro de bagas, pH, sólidos solúveis totais, antocianinas, índice de polifenóis totais, comprimento e peso de cacho. As plantas enxertadas em 'Paulsen 1103' apresentaram a máxima eficiência para o nível de desponte de 3,4 m² kg-1de uva, já as plantas enxertadas sobre 'Couderc 3309' apresentaram a máxima eficiência com a manutenção de uma área foliar de 3,0 m² kg-1 de uva. Os diferentes porta-enxertos não interferiram nos compostos fenólicos dos frutos. No ciclo de 2005/06, Couderc 3309 produziu frutos com maiores teores de sólidos solúveis totais e, no ciclo de 2006/07, produziu cachos mais pesados.
Resumo:
Visando a avaliar o efeito do vapor de ácido acético (AA) como medida alternativa no controle pós-colheita do mofo-cinzento (Botrytis cinerea) em uva 'Itália', foram conduzidos dois ensaios in vivo onde se avaliou o efeito direto e indireto do AA através do tratamento dos cachos antes e após a inoculação do patógeno, sendo: 1) cachos de uva foram inoculados e, após 4 h, vaporizados com AA (0,0; 0,25; 0,5; 1,0 ou 2,0 mL 100 L-1 vol. de câmara) em tambores herméticos (200 L), a 25±1 ºC / 70-80 % UR, por 30 min; 2) cachos foram, ou não, vaporizados com AA (1 mL 100 L-1 vol. de câmara) e, após 24; 48; 72 ou 96 h, inoculados com B. cinerea. Para inoculação, em cada cacho, 10 por tratamento, foram feridas 10 bagas, fazendo-se um furo por baga de ±2 mm de profundidade, procedendo-se, em seguida, aspersão de suspensão de esporos (±105 conídios mL-1). Após os tratamentos, os cachos foram mantidos a 25±1 ºC / 80-90 % UR e avaliados diariamente quanto à incidência e severidade da podridão. O efeito in vitro do vapor de AA no controle do patógeno foi avaliado com o intuito de verificar se tal agente estaria exercendo efeito direto sobre o crescimento micelial e a germinação de conídios de B. cinerea. Nos ensaios in vivo, o vapor de AA controlou a podridão de B. cinerea em uva 'Itália', nos cachos inoculados antes ou após o tratamento com AA, sendo as uvas inoculadas 48 h após o tratamento, as que apresentaram menor índice de doença. In vitro, o AA exerce efeito direto sobre o crescimento micelial e a germinação de conídios de B. cinerea.
Resumo:
A variedade Goethe é símbolo da vitivinicultura da região de Urussanga, sul do Estado de Santa Catarina, a qual, atualmente, busca a Indicação Geográfica da Uva e do Vinho Goethe. Para isto, um dos requisitos necessários é a identificação precisa do material genético. Os marcadores microssatélites constituem a ferramenta molecular mais utilizada para a identificação varietal de videira em todo o mundo e têm a capacidade de produzir um perfil genético único para cada material vitícola. O objetivo deste trabalho foi caracterizar duas seleções de uva 'Goethe', presentes no município de Urussanga, por meio de marcadores moleculares microssatélites, visando a atender aos requisitos de denominação de origem e indicação de procedência controlada. A extração do DNA genômico foi realizada a partir de folhas jovens e ramos de nove acessos de cada seleção de 'Goethe Classica' e 'Goethe Primo' provenientes de uma coleção pública e de oito coleções privadas da região de Urussanga. Dez loci microssatélites VVS2, VVMD5, VVMD7, VVMD27, VrZAG62, VrZAG79, VVMD25, VVMD28, VVMD31 e VVMD32 foram genotipados através de eletroforese capilar. As análises realizadas mostraram que as duas variantes da uva 'Goethe' apresentaram um perfil molecular idêntico e único, isto é, representam a mesma variedade e sem nenhuma correspondência com variedades descritas anteriormente na literatura e nos bancos de dados consultados. As diferenças fenotípicas observadas provavelmente são devidas a mutações somáticas em regiões funcionais do genoma, fenômeno que dá origem aos clones em videira.
Resumo:
A produção de uvas de mesa é uma importante atividade econômica no Estado de São Paulo. A região de Porto Feliz, em clima Cwa, apresenta grande número de agricultores familiares dedicados a esta atividade. Condições climáticas e manejo da cultura durante a fase de amadurecimento determinam a qualidade dos bagos, sendo o uso de fitorreguladores uma ferramenta útil para o ajustamento de atributos da qualidade. Avaliaram-se sete concentrações de ethephon, aplicadas por imersão dos cachos no início da mudança de coloração dos bagos, sobre a qualidade de uva 'Rubi', durante os ciclos de 2007 e de 2008, em propriedade comercial localizada em Porto Feliz-SP. Os atributos de qualidade avaliados foram a coloração de bagos, teor de sólidos solúveis totais e desbagoamento pós-colheita, sendo determinado também o índice de velocidade de desbagoamento. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e de regressão. Em 2007, observaram-se maiores coloração e teor de sólidos solúveis totais, associados às maiores temperaturas registradas no período entre o início de maturação e a colheita. O uso de ethephon, independentemente da concentração utilizada, promoveu coloração mais avermelhada dos bagos de 'Rubi' nas duas safras. Não houve efeito do uso do ethephon sobre o teor de sólidos solúveis totais. Não foi possível inferir sobre o efeito do etephon no desbagoamento em função do elevado coeficiente de variação. Estudos básicos para avaliar o efeito de fatores climáticos, nutricionais e de manejo do vinhedo são necessários no desenvolvimento de coloração dos bagos da cultivar 'Rubi' em clima tropical.
Resumo:
RESUMO Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do sistema de condução na qualidade de bagas de uvas 'Niágara Rosada' e 'Folha-de-Figo' cultivadas em Caldas-MG. Foram avaliados a produção por planta, o diâmetro, a massa, o teor de potássio e a temperatura das bagas, pH, teor de sólidos solúveis, açúcares redutores, acidez total e ácidos orgânicos do mosto, compostos fenólicos nas cascas e sementes, e antocianinas. As plantas foram conduzidas em espaldeira, lira, latada ou cordão simples, e os frutos, avaliados nas safras de 2006 e 2007. As videiras de 'Niágara Rosada' cultivadas em latada e 'Folha-de-Figo' em lira apresentaram produção significativamente superior aos demais sistemas de condução. Em todos os casos, as bagas apresentaram temperatura inferior à ambiente, indicando sombreamento completo ou parcial dos cachos. No sistema latada, houve menor acúmulo de sólidos solúveis e açúcares redutores nas duas cultivares. Estes resultados preliminares indicam que a composição das bagas foi pouco influenciada pelo sistema de condução.
Resumo:
Neste trabalho, foi realizado o censo das áreas cultivadas com uvas finas de mesa sob cultivo protegido e a identificação das principais espécies de pragas e estratégias de controle empregadas pelos produtores, no município de Caxias do Sul-RS. Na safra de 2007/2008, foram identificados os produtores envolvidos com a atividade no município e através de entrevista presencial e semiestruturada ao estabelecimento produtivo, registrou-se a área cultivada e variedades. Para produtores com cultivo de áreas superiores a 2.000m² da cultivar Itália, com dois anos ou mais de produção, foi aplicado outro questionário na safra de 2008/2009 com o objetivo de levantar as informações referentes: a) espécies de insetos e ácaros-praga que danificam as uvas finas de mesa na propriedade, segundo o viticultor; b) conhecer a realidade do manejo de insetos e ácaros-praga na cultura; c) verificar os parâmetros que o produtor utiliza para a aplicação de inseticidas; d) conhecer os produtos aplicados, e e) identificar o tipo de assistência técnica recebida pelo viticultor. Foram identificados 43 produtores de uvas finas de mesa sob cultivo protegido com área total cultivada de 30,36 ha, sendo 70,31% desta área da cultivar Itália. As pragas mais importantes mencionadas pelos produtores foram tripes - Frankliniella rodeos Moulton e a mosca-das-frutas-sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied). O manejo realizado para controle destas pragas é através da aplicação de inseticidas com os ingredientes ativos acefato e fentiona, respectivamente, com base em calendário. Os principais problemas enfrentados para implementar estratégias de manejo de pragas no cultivo são a falta de assistência técnica, a ausência de metodologias confiáveis para o monitoramento e o reduzido número de inseticidas autorizados para a cultura.
Resumo:
O presente trabalho objetivou identificar o ponto de colheita, os índices de maturação e a qualidade dos frutos da envireira-caju (Onychopetalum periquino). Os frutos foram colhidos em cinco estádios de maturação (1-verde; 2-verde-laranja; 3-laranja; 4-laranja-vinho, e 5-vinho), sendo o estádio 5 colhido já amadurecido na planta e usado como padrão na determinação do ponto de colheita e do índice de qualidade do fruto. Os frutos colhidos foram armazenados a 26 ± 3 ºC e 85-90% de UR. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema de parcela subdividida no tempo com tratamento adicional, com quatro repetições de três frutos cada. As parcelas compreenderam os estádios de maturação na colheita, e as subparcelas, a maturação no dia da análise (0 dia para todos os estádios, 4 dias para os estádios 1 e 2, e 2 dias para os estádios 3 e 4). A interação entre o ponto de colheita e o armazenamento afetou significativamente todas as variáveis analisadas, exceto o rendimento de polpa. Os frutos colhidos no estádio verde-laranja atingiram índices de qualidade equivalente aos frutos amadurecidos na planta, após o amadurecimento. O ponto de colheita dos frutos corresponde à cor verde-laranja da casca, contendo 0,14% de acidez total titulável (AT); 8,62% de sólidos solúveis (SS); 64,17 de SS/AT; 60,55 g de peso médio, e 60,37% de rendimento de polpa, constituindo índices confiáveis do ponto de colheita.
Resumo:
Atualmente, a preferência por uvas sem sementes vem aumentando nos mercados interno e externo, sendo uma alternativa a produção de uvas sob cultivo protegido. No entanto, o custo de produção de uvas finas para mesa tem sido afetado pela intensa necessidade de controle de doenças fúngicas, como o míldio (Plasmopara viticola). O trabalho teve como objetivo avaliar a produção e as características físicoquímicas dos frutos da videira 'BRS Clara' sobre os porta-enxertos 'IAC 572 Jales' e 'IAC 766 Campinas', sob diferentes tipos de cultivo protegido. O experimento foi realizado no município de Marialva-PR, durante duas safras regulares (set.-dez.2007, ago-dez.2008). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em arranjo fatorial 7 x 2 (sete tipos de cultivo protegido e dois porta-enxertos). Os tratamentos foram os seguintes tipos de cultivo: a. tela plástica sem fungicidas para míldio; b. tela plástica com fungicidas para míldio (padrão de controle da região); c. cobertura plástica sem fungicidas para míldio; d. cobertura plástica e 50% de redução do padrão de fungicidas para míldio; e. cobertura plástica e 75% de redução do padrão de fungicidas para míldio; f. cobertura plástica com fosfito e cobre, e g. cobertura plástica sem fungicidas. Verificou-se que o cultivo protegido não alterou as características produtivas da videira 'BRS Clara', como número de cachos e produção por planta; os porta-enxertos 'IAC 766' e 'IAC 572' são indicados para a produção da uva 'BRS Clara', e a utilização da cobertura plástica permite a redução do número de aplicações de fungicidas para míldio no cultivo da uva 'BRS Clara'.
Resumo:
A fruticultura está presente em todos os estados brasileiros e, como atividade econômica, envolve mais de cinco milhões de pessoas que trabalham de forma direta e indireta no setor. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com colheita em torno de 40 milhões de toneladas ao ano, mas participa com apenas 2% do comércio global do setor, o que demonstra o forte consumo interno (ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2010). A área plantada com plantas frutíferas no Brasil está distribuída em 1.034.708 ha com frutas tropicais, 928.552 ha com frutas subtropicais e 151.732 ha com espécies de clima temperado. Dentre as frutas de clima temperado, destaca-se a produção de uvas de mesa e viníferas (81.355 ha); maçãs (38.205 ha); pêssegos, ameixas e nectarinas (19.043 ha); caqui (8.638 ha); morango, amora, framboesa, mirtilo (3.560 ha); figo (2.886 ha); pera (1.394 ha) e marmelo (211 ha). Mesmo com uma área inferior em relação às espécies de clima tropical e subtropical, as frutas de clima temperado têm uma importância socioeconômica destacada em diversas regiões do Brasil, principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e o Vale do São Francisco, seja como cultivo in natura, agroindústria e/ou agroturismo. Para que ocorra a produção de frutas de qualidade nas regiões de clima temperado no Brasil, é necessário o desenvolvimento de programas de melhoramento genético e/ou estudos de manejo e controles sobre a fisiologia das plantas para adaptá-las às condições de inverno ameno e com oscilação de temperaturas, muito frequentes nas principais regiões produtoras brasileiras. Os verões longos e excesso de precipitação ocasionam muitas doenças e pragas, obrigando muitas vezes ao excesso de tratamentos fitossanitários. O manejo dos pomares com a produção integrada de frutas está possibilitando a produção de qualidade e, ao mesmo tempo, reduzindo o impacto ambiental da atividade no setor. Os desafios estão relacionados à adaptação das espécies às mudanças climáticas, à necessidade de se reduzir o uso de agrotóxicos e insumos, aos manejo pré e pós-colheita realizados nas frutas, logística para atender aos diferentes mercados, controle de doenças e pragas e aos programas de melhoramento genético para atender às novas demandas de cada uma das espécies de clima temperado.
Resumo:
En la presente revisión se presenta información sobre superficie, producción, y rendimiento de los frutales en Venezuela. Además se hacen consideraciones sobre los sistemas de producción, destacando limitaciones, avances y sugerencias. La fruticultura en Venezuela ocupa el 3er. lugar dentro del sector agrícola vegetal. Existen 167.691 Ha de frutales y una producción 2.232.088 TM por año. Se producen comercialmente una docena de rubros frutícolas, siendo los principales: plátano, banano, naranjo y piña. Las áreas de producción van desde zonas bajas y áridas, en donde se obtienen uvas y piñas; hasta zonas altas y húmedas donde se hallan duraznos y fresas. Ha habido reducción de la superficie plantada, con excepción de lechosa, piña y aguacate. El manejo hortícola de los huertos frutícolas es heterogéneo, ya que se observa desde bajo hasta alto nivel de tecnología. La incorrecta aplicación de las prácticas hortícolas origina baja productividad y calidad de fruta. La poscosecha podría mejorarse a través del desarrollo e implementación de normas de clasificación, empaque, embalaje, y cadena de frío. La exportación de frutas venezolanas se ha reducido en los últimos años y se concentra en mango, naranja y lima Tahití. Los principales destinos son Colombia, Europa, Norteamérica y las islas del Caribe. Sólo la naranja se procesa de manera importante en Venezuela. Las perspectivas para la fruticultura venezolana es continuar como una actividad dirigida al mercado interno, no se vislumbra una mayor participación del país en el mercado internacional.
Resumo:
O trabalho teve como objetivo avaliar a evolução da maturação e as características físico-químicas e produtivas das uvas 'BRS Carmem' (Vitis labrusca) e 'Isabel' (V. labrusca) enxertadas sobre o porta-enxerto 'IAC 766 Campinas', para a elaboração de suco, no norte do Paraná. As videiras foram conduzidas em espaldeira vertical, em cordão bilateral, no espaçamento de 1,5 x 2,5m. Foram avaliadas semanalmente as características químicas das bagas de 20 plantas representativas de cada cultivar, como teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT), índice de maturação (SST/AT) e pH, a partir do início da maturação até a colheita. A evolução da maturação das duas cultivares foi comparada por meio da análise de regressão. No momento da colheita, foram avaliadas a massa e o comprimento dos cachos, a massa e o diâmetro das bagas, e o número de cachos por planta. Foram também estimadas a produção (kg.planta-1) e a produtividade (t.ha-1) das cultivares. A uva 'Isabel' apresentou teor de SST e relação SST/AT (15,3ºBrix e 19,2) superior à 'BRS Carmem' (13,7ºBrix e 15,7). No entanto, para AT e pH não houve diferença significativa entre as cultivares. Para a massa e o comprimento dos cachos, a 'BRS Carmem' (0,09 kg e 15,0 cm) apresentou maiores médias em relação à videira 'Isabel' (0,06 kg e 10,9 cm), não sendo observadas diferenças significativas entre as cultivares em relação às características produtivas. As videiras 'BRS Carmem' e 'Isabel' apresentam matéria-prima adequada para a elaboração de suco, quando produzidas na região norte do Paraná.