1000 resultados para Transplantação de Coração
Resumo:
Este documento foi redigido no âmbito da Tese, do Mestrado em Engenharia Informática na área de Tecnologias do Conhecimento e Decisão, do Departamento de Engenharia Informática, do ISEP, cujo tema é classificação de sons cardíacos usando motifs. Neste trabalho, apresenta-se um algoritmo de classificação de sons cardíacos, capaz de identificar patologias cardíacas. A classificação do som cardíaco é um trabalho desafiante dada a dificuldade em separar os sons ambiente (vozes, respiração, contacto do microfone com superfícies como pele ou tecidos) ou de ruído dos batimentos cardíacos. Esta abordagem seguiu a metodologia de descoberta de padrões SAX (motifs) mais frequentes, em séries temporais relacionando-os com a ocorrência sistólica (S1) e a ocorrência diastólica (S2) do coração. A metodologia seguida mostrou-se eficaz a distinguir sons normais de sons correspondentes a patologia. Os resultados foram publicados na conferência internacional IDEAS’14 [Oliveira, 2014], em Julho deste ano. Numa fase seguinte, desenvolveu-se uma aplicação móvel, capaz de captar os batimentos cardíacos, de os tratar e os classificar. A classificação dos sons é feita usando o método referido no parágrafo anterior. A aplicação móvel, depois de tratar os sons, envia-os para um servidor, onde o programa de classificação é executado, e recebe a resposta da classificação. É também descrita a arquitetura aplicacional desenhada e as componentes que a constituem, as ferramentas e tecnologias utilizadas.
Resumo:
pp. 11-15
Resumo:
Apresenta-se o caso de um homem de 62 anos de idade com um episódio de dispneia súbita que motivou estudo ecocardiográfico, o qual revelou uma massa na aurícula direita. A avaliação posterior demonstrou tratar-se de extensão de neoplasia do rim direito. A massa tumoral foi removida através duma abordagem multidisciplinar, com cirurgia torácica e abdominal. O estudo anatomopatológico mostrou tratar-se de um carcinoma de células renais.
Resumo:
A síndrome de Churg-Strauss (SCS) ou angeíte granulomatosa alérgica é uma doença rara caracterizada pela presença de asma, eosinofilia e vasculite dos pequenos e, por vezes, dos médios vasos. O pulmão, coração, pele e nervos periféricos são frequentemente atingidos. Os autores descrevem o caso clínico de uma doente do sexo feminino de 47 anos de idade, internada por lesões purpúricas dolorosas com uma semana de evolução, localizadas nas superfícies extensoras dos membros inferiores. Nos antecedentes pessoais destacava-se asma brônquica com 7 anos de evolução, rinite alérgica e sinusite. A avaliação laboratorial revelou leucocitose com eosinofilia e elevação dos parâmetros de inflamação. Os anticorpos citoplasmáticos anti-neutrófilos eram negativos. A avaliação neurológica e o estudo electroneuromiográfico mostraram uma polineuropatia periférica assimétrica. A biopsia cutânea revelou uma vasculite necrotizante com infiltrado perivascular rico em eosinófilos. O diagnóstico de SCS foi apoiado pelos achados clínicos e histopatológicos, pelo que se iniciou corticoterapia sistémica que resultou numa melhoria clínica marcada. As manifestações cutâneas podem ser uma forma de apresentação clínica do SCS, sendo o seu reconhecimento essencial para a instituição precoce de terapêutica e para a prevenção de lesões irreversíveis em órgãos vitais.
Resumo:
O diagnóstico de metástases cardíacas pré-mortem é raro. Apresenta-se um caso de metástases cardíacas de adenocarcinoma do cólon - massa intracavitária na aurícula direita e massa vegetante na válvula tricúspide - as quais foram diagnosticadas por ecocardiografia transtorácica bidimensional. As autoras fazem uma breve referência aos aspectos clínicos e imagiológicos dos tumores cardíacos secundários, com especial ênfase para a ecocardiografia.
Resumo:
A formação de trombos intraventriculares é um complicação frequente nos doentes com miocardiopatia dilatada e enfarte agudo do miocárdio, sendo o risco de embolização sistémica muito variável em função da patologia subjacente e características subjacentes dos trombos. Os autores descrevem dois casos clínicos relativos a dois doentes internados no mesmo dia com trombos intraventriculares, volumosos, protuberantes e muito móveis, no contexto de miocardiopatia dilatada e enfarte agudo do miocárdio, que embolizaram para os membros inferiores. Salientam a importância da ecocardiografia no diagnóstico, caracterização morfológica inicial e controlo evolutivo dos trombos intraventriculares, aspectos fundamentais na avaliação do risco embólico. Na ausência de recomendações específicas quanto às opções terapêuticas – anticoagulação, trombólise ou remoção cirúrgica, os autores sublinham a necessidade de avaliação individualizada, «caso a caso», tendo em conta o risco embólico, hemorrágico, e cirúrgico.
Resumo:
Nos doentes com carcinoma hepatocelular a incidência de metástases cardíacas é de 0.67-3%. Mesmo na ressecção com intuito curativo, o prognóstico é reservado, sendo a sobrevida aos 5 anos de 12-39%. Descrevemos um caso clínico, pouco habitual, de um indivíduo do sexo masculino, de 51 anos de idade, que apresentava uma massa localizada à aurícula direita, diagnosticada por exame histopatológico, como sendo metástase de um carcinoma hepatocelular, tendo sido necessária a ressecção cirúrgica urgente, devido a instabilidade cardiovascular.
Resumo:
Descreve-se a utilização de um sistema de assistência mecânica bi-ventricular, para-corpórea (Berlin Heart), como ponte para transplante, numa criança de dois anos, sofrendo de miocardiopatia dilatada. O período de assistência durou três meses e meio e o transplante foi bem sucedido. Descreve-se o caso clínico, os protocolos usados e revêem-se as indicações, as técnicas e os problemas com a assistência ventricular mecânica em crianças.
Resumo:
Mais do que a transcrição de um protocolo anestésico, o nosso objectivo foi salientar a importância dos protocolos anestésicos em geral e do transplante pulmonar em particular como indicador de processo na qualidade de cuidados anestésicos perioperatórios. Para isso exemplificamos a forma como foi elaborado um protocolo específico como o do transplante pulmonar e evidenciamos a necessidade de articulação com as diferentes especialidades e grupos profissionais directamente envolvidos.
Resumo:
A utilização do catéter de Foley na prática da algaliação está desde há muito definida. Os autores têm, no entanto, utilizado o catéter Foley em diversas situações de recurso, no âmbito da cirurgia cardíaca. A utilização deste método de enorme simplicidade e de muito baixo custo representa um verdadeiro "ovo de Colombo" e deve fazer parte do armentarium cirúrgico alternativo de cada um de nós. Descreve-se o uso do catéter Foley, como alternativa de recurso, nas seguintes situações: 1. Laceração de uma cavidade cardíaca na re-esternotomia com hemorragia catastrófica; 2. Realização de anastomoses proximais em aortas que não devem ou podem ser clampadas (calcificações extensas); 3. Realização de anastomoses de condutos ventrículo-direito artéria pulmonar com o coração a bater.
Resumo:
Recentemente, surgiram alguns trabalhos que ressaltaram a importância do cálculo do volume da aurícula esquerda (VAE) como um marcador de eventos cardíacos adversos. Foi objectivo deste estudo avaliar a importância prognóstica deste parâmetro em doentes (dts) com deficiente função ventricular esquerda e correlacioná-lo com outros parâmetros clássicos de prognóstico – consumo de O2 (VO2 max) e pro-BNP (pBNP). Métodos: Analisou-se o volume da aurícula esquerda (VAE) por método de Simpson, numa população de 35 dts com cardiopatia dilatada (idiopática e isquémica) com fracção de ejecção (FE) 31±9,6% doentes (dts) eram de sexo masculino e a média de idades foi de 50,5±10,5 anos. Toda a população efectuou estudos de ecocardiografia convencional (incluindo avaliação por M-mode, bidimensional e Doppler), prova cardiorespiratória (VO2max) e doseamento de pro-BNP. O tempo médio de seguimento foi de 24 ± 4 meses, tendo-se considerado como eventos cardíacos (EC): internamento por insuficiência cardíaca, transplante e morte. Resultados: Dos parâmetros da ecocardiografia - o diâmetro da AE foi de 46,6±5,7mm, as dimensões do VE em diástole – 73,5±10mm e em sístole -58,9±11mm, a média da fracção de ejecção foi de 31±9,6%, o VAE foi de 78,6±33 ml, os volumes do VE foram de 214±82ml em diástole e de 153±75ml em sístole, 15 dts tinham padrão restritivo de enchimento ventricular (E/A>2), a média da área (Doppler cor) da insuficiência mitral foi de 4±3,3cm2, 14 dts tinham E/E’>15. O VO2 max médio foi de 20±5,8ml/kg/min e o pro-BNP de 3146±4629pg/mL. Para além da correlação de outros parâmetros clássicos ecocardiográficos com o prognóstico (volumes VE, FE e E/E’), o VAE e o volume indexado da AE (VAE/SC) mostraram uma correlação com o prognóstico (EC) com r=0,4 (p=0,02) que não se verificou para o diâmetro da AE (p=ns). Em relação à tolerância ao esforço, houve uma correlação inversa entre o diâmetro, o volume e o volume indexado da AE e o VO2max, com maior significado estatístico para o VAE e VAE/SC com r=-0,48, p=0,008. Quanto ao pro-BNP, quer o diâmetro, quer o VAE (ou volume indexado) tiverem o mesmo nível de significado estatístico (r=0,43; p=0,02). O valor predictivo de eventos (curvas ROC) para o VAE foi de 70ml e de 37ml/m2 para o VAE/m2. Conclusão: O volume da aurícula esquerda/volume indexado é um parâmetro ecocardiográfico com significado prognóstico em dts com deficiente função ventricular esquerda, correlacionando-se com a tolerância ao esforço e pro-BNP.
Resumo:
INTRODUCTION: Peripheral embolism is frequently related to a cardiac source of embolism. Transesophageal echocardiography (TEE) is a useful tool for identifying such sources. OBJECTIVES: Our laboratory has gained wide experience in TEE, with a large number of exams performed to search for a cardiac source of embolism. We therefore thought it would be useful to present our experience in the last 12 years following the introduction of the technique. METHODS: This was a retrospective study of 1110 consecutive patients undergoing TEE to search for a cardiac source of embolism, after an embolic event and a transthoracic echocardiogram. RESULTS: The patients' mean age was 53 +/- 14 years, 52% male. There was peripheral embolism in 5% of cases and cerebral embolism in the remainder. The exam identified a potential embolic source in 35.6% of cases, the most frequent diagnoses being intracardiac shunt at the atrial level (9.5%), atrial septal aneurysm (ASA) (6.6%), intracardiac thrombi (6.4%) and atherosclerotic plaques in the thoracic aorta (9.6%). The presence of ASA was frequently associated with patent foramen ovale (27%), which was more frequent in younger patients. Overall, we identified a cardiac source of embolism more often in elderly patients, with a predominance of atherosclerotic plaques in the aorta. ETE was more frequently diagnostic in patients with peripheral embolism, but there were no differences in terms of etiology. CONCLUSIONS: TEE is very useful to search for cardiac sources of embolism, especially in younger patients, in whom causes potentially treatable surgically or percutaneously can be identified. In elderly patients, therapeutic strategy will probably not be changed by the findings (mostly thrombi and atherosclerotic plaques). The presence of ASA and embolic events makes it essential to perform a thorough search by TEE for intracardiac shunts, which are frequently associated.
Resumo:
Atrial electrical remodeling plays a part in recurrence of atrial fibrillation (AF). It has been related to an increase in heterogeneity of atrial refractoriness that facilitates the occurrence of multiple reentry wavelets and vulnerability to AF. AIM: To examine the relationship between dispersion of atrial refractoriness (Disp_A) and vulnerability to AF induction (A_Vuln) in patients with clinical paroxysmal AF (PAF). METHODS: Thirty-six patients (22 male; age 55+/-13 years) with > or =1 year of history of PAF (no underlying structural heart disease--n=20, systemic hypertension--n=14, mitral valve prolapse--n=1, surgically corrected pulmonary stenosis--n=1), underwent electrophysiological study (EPS) while off medication. The atrial effective refractory period (AERP) was assessed at five different sites--high (HRA) and low (LRA) lateral right atrium, high interatrial septum (IAS), proximal (pCS) and distal (dCS) coronary sinus--during a cycle length of 600 ms. AERP was taken as the longest S1-S2 interval that failed to initiate a propagation response. Disp_A was calculated as the difference between the longest and shortest AERP. A_Vuln was defined as the ability to induce AF with 1-2 extrastimuli or with incremental atrial pacing (600-300 ms) from the HRA or dCS. The EPS included analysis of focal electrical activity based on the presence of supraventricular ectopic beats (spontaneous or with provocative maneuvers). The patients were divided into group A--AF inducible (n=25) and group B--AF not inducible (n=11). Disp_A was analyzed to determine any association with A_Vuln. Disp_A and A_Vuln were also examined in those patients with documented repetitive focal activity. Logistic regression was used to determine any association of the following variables with A_Vuln: age, systemic hypertension, left ventricular hypertrophy, left atrial size, left ventricular function, duration of PAF, documented atrial flutter/tachycardia and Disp_A. RESULTS: There were no significant differences between the groups with regard to clinical characteristics and echocardiographic data. AF was inducible in 71% of the patients and noninducible in 29%. Group A had greater Disp_A compared to group B (105+/-78 ms vs. 49+/-20 ms; p=0.01). Disp_A was >40 ms in 50% of the patients without A_Vuln and in 91% of those with A_Vuln (p=0.05). Focal activity was demonstrated in 14 cases (39%), 57% of them with A_Vuln. Disp_A was 56+/-23 ms in this group and 92+/-78 ms in the others (p=0.07). Using logistic regression, the only predictor of A_Vuln was Disp_A (p=0.05). CONCLUSION: In patients with paroxysmal AF, Disp_A is a major determinant of A_Vuln. Nevertheless, the degree of nonuniformity of AERP appears to be less important as an electrophysiological substrate for AF due to focal activation.