1000 resultados para Saúde e Sociedade
Resumo:
Este estudo teve como objetivo avaliar as condições de trabalho, treinamento, saúde e segurança dos brigadistas de combate a incêndios florestais no Distrito Federal. A pesquisa foi realizada nas Unidades de Conservação da Fazenda Água Limpa, Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Instituto Jardim Botânico de Brasília. A coleta de dados foi feita com a aplicação de um questionário em forma de entrevista individual. Participaram da avaliação todos os 53 brigadistas das Unidades de Conservação. De acordo com os resultados, a brigada do Jardim Botânico de Brasília tinha significativo porcentual de treinados (92,8%), todos com cursos de primeiros socorros, e um alto porcentual de trabalhadores com problemas de saúde (33,3%). Os brigadistas da Reserva Ecológica do IBGE exerciam, em sua grande maioria, o trabalho por gosto pela atividade (84,6%), eram bem treinados (92,3%) e todos participaram de cursos de primeiros socorros, sendo o porcentual de acidentes o mais baixo (7,7%). Na brigada da Fazenda Água Limpa foram encontrados os menores porcentuais de treinados (39,1%), maiores porcentuais de acidentes (17,4%), menores porcentuais de pessoas que exerciam a função por gosto pela atividade (30,4%) e menores porcentuais de pessoas com problemas de saúde (8,7%). A grande maioria dos brigadistas nas três Unidades de Conservação ressaltou a questão da necessidade de regulamentação das brigadas e atentou para a insatisfação quanto aos equipamentos de proteção individual utilizados e inadequada reposição.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo caracterizar a saúde dos trabalhadores florestais envolvidos na atividade de extração de madeira em regiões montanhosas. A pesquisa foi realizada em uma empresa florestal localizada no Distrito Florestal do Vale do Rio Doce, sendo estudados 100% dos trabalhadores. Para caracterização da saúde destes, foi utilizado um questionário estruturado em forma de entrevista, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). Os resultados evidenciaram que as atividades de extração florestal têm causado impactos negativos sobre a saúde dos trabalhadores, visto que 66% deles disseram sentir dor em alguma parte do corpo, 79% afirmaram ter algum problema dentário, 86% relataram ficar expostos a fatores que prejudicavam sua saúde, 20% apresentaram algum distúrbio do sono, 9% não tinham acesso a saneamento básico e 29% já havia sofrido acidentes de trabalho. Ao término deste estudo, conclui-se que os trabalhadores florestais da extração de madeira estão expostos a situações de vida e trabalho que não contribuem para a promoção e manutenção da saúde desse pessoal.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi diagnosticar as condições de saúde de trabalhadores florestais envolvidos na atividade de extração manual de madeira. O estudo foi desenvolvido em uma empresa prestadora de serviços na área florestal, com 12 trabalhadores que realizavam extração manual de madeira no mês de maio de 2006, correspondendo a 100% dos trabalhadores. Um questionário foi utilizado para o diagnóstico das condições de saúde dos indivíduos. Os dados foram analisados por meio do programa Epi Info, versão 3.3.2. Dos participantes do estudo, 100% eram do gênero masculino, 56% eram solteiros, 100% possuíam primeiro grau incompleto e casa própria - com relação à autoavaliação do estado de saúde - e 67% afirmaram ter boa saúde. Ao término do trabalho foi possível concluir que os trabalhadores florestais estão expostos a precárias condições de saúde e vida
Resumo:
Foi realizado levantamento quantiqualitativo de vegetais de porte arbóreo em dois bairros paulistanos, Vila Vera e Jardim da Saúde, situados na região Sudeste de São Paulo, não distando muito entre si, porém com características de ocupação de uso do solo bastante distintas. No Jardim da Saúde, encontraram-se 1.033 exemplares de 72 espécies botânicas, cuja altura média de todas as árvores foi de 8,07 m. A Caesalpinea peltophoroides Benth. foi a espécie mais frequente, com 20,68%, seguida da Largestroemia indica L., com 7,48%. Predominavam árvores com mais de 8,50 m de altura, sendo o pior indicador de sanidade vegetal a infestação de cupins, com 8,33% do total. Apenas 23,33% tinham situações de permeabilidade do passeio suficiente, e 5,71% delas se encontravam com conduções de podas para desobstrução das redes aéreas; o rebaixamento das árvores aconteceu em 7,74% dos exemplares. Na Vila Vera havia 178 árvores pertencentes a 42 espécies botânicas, sendo a média da altura total de 6,31 m. A espécie mais abundante foi a Caesalpinea peltophoroides Benth., com 24,71%; a segunda seria a Ligustrum lucidum W.T. Aiton, com 17,24% do total. Em 42,70% das árvores, a altura foi inferior a 4,50 m, e a sanidade vegetal estava comprometida em 12,37% dos exemplares pela infestação de cupins. Somente 7,87% dos exemplares estavam em situações de permeabilidade suficiente, as conduções de poda para desobstrução de redes eram de 3,38% e as podas de rebaixamento, de 13,48%. Havia uma média de 16,85 m de afastamento entre árvores no Jardim da Saúde, enquanto na Vila Vera esse indicativo era de 38,68 m.
Resumo:
O presente artigo se propõe a analisar o show da banda gospel Ministério Diante do Trono, no Complexo do Alemão, realizado três meses após sua ocupação pelo Exército no contexto da política de pacificação, visando discutir mediadores e mediações privilegiados da relação entre religião, política e mídia no Rio de Janeiro. Tal perspectiva parte da ideia de que a paisagem midiática é crucial para a discussão de questões políticas, sociais e religiosas na atualidade, no Estado do Rio. Através de um olhar sobre o programa de pacificação promovido pela segurança pública fluminense, este artigo aborda o processo de produção e manutenção efetiva de um projeto moral de redenção conduzido pelo Estado do Rio de Janeiro, de modo associar a "libertação" político-estatal dos territórios do domínio do crime, com a libertação religiosa cristã do pecado, do mal e do inimigo.
Resumo:
Dentro do contexto de assegurar à população dietas equilibradas em relação aos elementos essenciais e uma monitoração dos elementos tóxicos, este trabalho teve por objetivo a determinação dos níveis desses elementos, em refeições servidas no restaurante da Faculdade de Saúde Pública/USP freqüentada pelos estudantes universitários e funcionários, durante uma semana. Foram analisadas refeições servidas no almoço. Os alimentos foram recolhidos em bandejas completas em número de 3 por refeição, tomando-se por base as porções servidas, consideradas como análise em duplicata. Foram feitas análises para determinação da composição centesimal das refeições utilizando-se os métodos preconizados pela AOAC. As amostras foram submetidas também a análise multielementar utilizando-se a técnica de análise por ativação neutrônica, onde os seguintes elementos puderam ser determinados: Ba, Br, Ca, Ce, Cl, Co, Cr, Cs, Fe, K, Mg, Mn, Mo, Na, Rb, Sb, Sc, Se e Zn, níveis de m g/g a ng/g. Os resultados de ingestão por refeição obtidos no presente trabalho foram comparados com os valores diários recomendados pelo RDA, WHO e Homem Padrão. Salienta-se em relação aos macronutrientes, uma alta adequação protéica e excesso de lípides em algumas refeições, interferindo no valor calórico total. Dentre as causas de maior variação dos resultados a dieta entre os diferentes dias é a que mais contribui. Em relação à fração fibra alimentar, os valores obtidos foram adequados. Quanto aos micronutrientes, observa-se adequação quanto a Br, Ca, Fe, Mg, Mn, Rb, Se e Zn, entretanto, níveis acima do recomendado para K, Mo, Na, Cl e Cr. Para os elementos Ba, Co, Cs e Sb os níveis de ingestão foram comparados com os dados de ingestão diária para Homem Padrão. Os demais elementos traço determinados como Ce e Sc, observa-se que não existe recomendação, tendo-se observado grandes variações nos valores obtidos para estes elementos nos dias estudados.
Resumo:
As aflatoxinas são metabólitos secundários tóxicos, produzidos por fungos do gênero Aspergillus. As técnicas de ensaio imunoenzimático (ELISA) e cromatografia em camada delgada (CCD) foram utilizadas na determinação de aflatoxina total, em produtos alimentícios à base de milho comercializados em Maringá e Marialva, Paraná, Brasil, entre abril de 2003 e março de 2004. Foram analisadas 123 amostras, das quais sete apresentaram-se positivas na CCD e 16 no ELISA. O valor médio de aflatoxina total encontrado nas amostras utilizando-se a CCD foi 0,62 µg/kg, enquanto que pela técnica ELISA foi encontrado o valor de 0,78 µg/kg. Os resultados apresentaram diferenças significativas entre ELISA e CCD (T=12, p=0,0469). Os dados demonstraram baixa ocorrência de aflatoxinas nos produtos à base de milho analisados. Entretanto, a Ingestão Diária Provável Média (IDP M) de AFB1 foi acima da Ingestão Diária Tolerável (IDT), indicando um risco de hepatocarcinogenicidade na população brasileira da Região Sul do Brasil, devido ao consumo de produtos à base de milho. O método ELISA mostrou-se simples, rápido e com menor uso de solventes orgânicos, porém apresentou resultados presuntivos positivos e negativos, tornando necessária a confirmação da identidade das micotoxinas pesquisadas por CCD.
Resumo:
O objetivo principal deste estudo foi identificar e caracterizar o oferecimento de informação nutricional e de saúde em restaurantes comerciais do município de Campinas-SP. Com a utilização de questionários previamente testados, foram entrevistados, entre outubro e dezembro de 2005, 20 gerentes de restaurantes do tipo fast food e 94 do tipo full service, localizados nas cinco regiões de Campinas. Após a coleta das informações, foi construído um banco de dados utilizando o software Excel. Para o tratamento estatístico, utilizou-se o teste do qui-quadrado e o teste T de Student. O software estatístico utilizado nas análises foi o MINITAB versão 14.2. Entre os principais resultados, destaca-se que 25,4% dos restaurantes fazem uso de informação nutricional e/ou de saúde. O tipo de informação nutricional mais empregado é a "declaração de nutrientes", com relevância para a informação do valor energético e de macronutrientes de alguns pratos. A fonte mais citada para a disposição da informação nutricional foi o cardápio, com 48,3% das citações. A freqüência de oferecimento dessas informações é significativamente maior entre as redes de fast food do que entre os restaurantes full service. Aponta-se a necessidade de se estudar formas de regulamentação dessas informações pelo poder público.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Objetivou-se avaliar a dimensão educativa das percepções e atitudes de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem na saúde bucal de crianças e adolescentes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em três hospitais do Rio de Janeiro. MÉTODOS Realizou-se uma entrevista com perguntas abertas e fechadas com 43 profissionais de saúde. Os dados foram coletados e tabulados no programa SPSS 13.0. Empregou-se o teste Qui-quadrado, com nível de significância estatística p < 0,05. RESULTADOS: A média de idade foi 36,5 anos (± 11,3), com 80% do sexo feminino. A maioria dos médicos (71,4%, n = 10) e enfermeiros (72,4%, n = 21) acredita que esses pacientes podem ter alguma alteração bucal decorrente da doença, sendo perda de esmalte e descalcificação as mais citadas. Em relação à orientação sobre higiene bucal, pouco mais da metade da amostra respondeu que orienta seus pacientes no sentido de realizar escovação (72,7%, n = 16), usar fio dental (9%, n = 2), fazer bochecho (18,1%, n=4) e limpar a língua (9%, n = 2). Apenas 9% (n = 2) orientam a higiene após o uso de medicamentos. Quanto à necessidade de cuidados diferenciados para esses pacientes, 65,5% dos enfermeiros e auxiliares de enfermagem acreditam que estes devam ocorrer. Para a maioria dos médicos (57,1%, n = 8), não há necessidade de tais cuidados. Apesar disso, 78,6% (n = 11) dos médicos têm o hábito de encaminhar os pacientes a serviços odontológicos. CONCLUSÕES: Diante da metodologia empregada, concluiuse que a maioria dos profissionais de saúde têm algum conhecimento sobre saúde bucal, porém suas atitudes não refletem esse fato.
Resumo:
Letramento em Saúde (LS) ou habilidade de leitura e numeramento que permite ao indivíduo transitar no ambiente de saúde, é um tema relativamente novo e que vem ganhando espaço nas agendas de pesquisa e política de saúde, particularmente nos países desenvolvidos. Onde estudado, o LS inadequado associa-se com cuidados de saúde de pior qualidade e maior custo. Mesmo assim, a maioria dos médicos não conseguem identificar o problema e não têm preparo para lidar com o paciente que apresenta LS inadequado. Na presente revisão, os autores discutem aspectos importantes do LS, tais como a sua epidemiologia, associações com desfechos clínicos, avaliação, determinantes e oportunidades de intervenções, particularmente na nefrologia. Por ser comum e associar-se com desfechos clínicos indesejáveis, o LS inadequado deveria ser regularmente avaliado nos pacientes com doença renal.
Resumo:
Introdução: Estudos recentes demonstram o aumento da prevalência de Disfunção Cognitiva em pacientes com Doença Renal Crônica. Objetivo: Avaliar a referida associação nos utentes inscritos na Unidade de Saúde Familiar-Ponte. Métodos: Estudamos uma amostra constituída por 246 idosos. Avaliamos a função cognitiva por meio do Mini Mental State Examination e a Taxa de Filtração Glomerular com recurso à equação Modification of Diet in Renal Disease. Os valores da Taxa de Filtração Glomerular obtidos (ml/min/1,73 m2) foram distribuídos por três categorias: < 60,00, 60-89,99 e ≥ 90. Recolhemos variáveis adicionais do Serviço de Apoio ao Médico e estudamos os dados recorrendo a análises bivariadas e a modelos de regressão logística. Resultados: Os grupos com Taxa de Filtração Glomerular < 60 e ≥ 90 apresentaram maior prevalência de Disfunção Cognitiva, independentemente de outros fatores. Os odds-ratio foram, respectivamente, de 4,534 (IC95%: 1,257-16,356) e 3,302 (IC95%: 1,434-7,607). Discussão: Conforme a literatura, verificamos maior prevalência de Disfunção Cognitiva no grupo com Taxa de Filtração Glomerular < 60. A elevada prevalência de Disfunção Cognitiva nos utentes com Taxa de Filtração Glomerular ≥ 90 está descrita em alguns estudos e poderá dever-se a situações que induzam a sobrestimação da mesma taxa, como nos estados de caquexia, ou a situações de hiperfiltração glomerular. Conclusão: Constatamos que a relação entre a função renal e a prevalência de Disfunção Cognitiva não foi linear, mas sim parabólica. Novos estudos são necessários para se explicar o porquê deste achado e para se averiguar a necessidade de vigilância da Disfunção Cognitiva em pacientes com alterações da função renal.
Resumo:
ResumoIntrodução:A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública e, no Brasil, ainda são identificadas carências de dados sobre características de um dos principais tratamentos, a hemodiálise.Objetivo:Determinar, por meio da descrição do consumo de recursos para o tratamento e suas complicações, o custo associado à hemodiálise e às terapias medicamentosas suplementares em pacientes financiados pelo SUS.Métodos:Métodos de análise observacional transversal e coorte prospectiva foram utilizados considerando dados públicos, dos quais foram coletadas informações referentes a procedimentos hospitalares e ambulatoriais, além de características dos pacientes. Os custos foram calculados a partir dos recursos descritos. Na análise transversal foram considerados indivíduos que realizaram hemodiálise entre janeiro de 2008 e novembro de 2012 e na coorte prospectiva, iniciada em 2009. Análises descritivas foram conduzidas.Resultados:Um total de 91.475 e 118.847 procedimentos de hemodiálise foram realizados em 2008 e 2012, respectivamente, e, para o ano 2017, foi estimado um aumento de 24,8%. A análise por unidade federativa mostrou que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro representam quase metade dos procedimentos, com média de custo, por paciente, de US$ 7.932,52 em 2008, e de US$ 9.112,75 em 2011. Na coorte, composta por 96.600 indivíduos, o medicamento mais utilizado foi a alfapoetina, além de 8% da amostra utilizar calcitriol 1,0 mcg. Foi observada a ocorrência de complicações em 28,2% dos pacientes.Conclusão:Após análise dos dados, diferentes aspectos da utilização da hemodiálise foram demonstrados, sendo observado um aumento na quantidade de procedimentos e, também, nos gastos decorrentes do procedimento.
Resumo:
ResumoEm consonância com o Editorial "Como explicar a baixa penetração da diálise peritoneal no Brasil" publicado em 2014 no Jornal Brasileiro de Nefrologia, escrito pelo Professor Hugo Abensur,1 mostramos os resultados de um estudo denominado "Avaliação do conhecimento sobre terapia renal substitutiva dos profissionais de saúde nas microrregiões de Juiz de Fora, São João Nepomuceno e Santos Dumont" (Aprovado pelo Comitê de Ética da UFJF CAAE: 23659213.8.0000.5147 e financiado pela FAPEMIG sob número APQ 03626-12).Objetivo:Avaliar o conhecimento sobre TRS dos profissionais de saúde das microrregiões de Juiz de Fora, São João Nepomuceno e Santos Dumont.Métodos:Estudo transversal no período de abril de 2014 a abril de 2015. A população estudada foi de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem) que trabalhavam nas unidades de pronto atendimento (UPA) e atenção primária à saúde (UAPS). Os profissionais de saúde foram entrevistados com o uso de um questionário semiestruturado, baseado em um caso clínico de uma paciente com diagnóstico de Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e Doença Renal Crônica que evoluiu com piora da função renal, de uma creatinina de 1,8 mg/dL para 12 mg/dL e com diferentes perguntas conforme trabalhasse na UAPS ou UPA e categoria profissional e nele continha uma questão qualitativa.Resultados:Foram entrevistados 75 profissionais de 8 municípios, sendo 26,7% médicos, 32% enfermeiros e 41,3% técnicos de enfermagem. A idade média foi de 38 anos. Destes, 70,7% trabalhavam em UAPS e 29,3% em UPA. Tanto na UPA quanto na UAPS a frequência referida de atendimento de casos semelhantes ficou entre uma vez por mês e uma vez a cada três meses. A maioria encaminharia o paciente para unidade hospitalar e indicaria TRS. A TRS mais indicada pelos médicos é a HD (> 90% dos casos) e menos de 10% indicariam DP como primeira escolha. A associação de "creatinina" e função renal" é adequada em mais de 90% das respostas, a despeito de não haver associação da mesma com nível de filtração glomerular, quando esta pergunta é feita. Mais de 90% dos profissionais não médicos desejam realizar treinamento/capacitação em nefrologia/TRS.Conclusão:Observamos que a maioria dos profissionais não indicam diálise peritoneal, principalmente profissionais médicos, tanto das UAPS quanto das UPAs; 90% destes indicaram HD. Sobre enfermeiros e técnicos de enfermagem das UAPS, 52,1% indicaram HD e 9,4% DP. Aqueles da UPA 41,6% indicaram HD e 26,6% DP. Concluímos que uma minoria dos profissionais de saúde indicaria DP como primeira escolha e, na questão qualitativa referem frequente déficit de "conhecimento na área", estão interessados em realizar treinamento/capacitação.
Resumo:
Resumo Introdução: Doença renal crônica (DRC) é um importante problema de saúde pública que, no Brasil, tem como principais etiologias a hipertensão arterial (HA) e odiabetes mellitus (DM). O diagnóstico precoce possibilita a implementação de medidas preventivas que retardam ou mesmo interrompem a progressão para os estágios mais avançados da DRC. Objetivo: Identificar a prevalência e os fatores associados à DRC entre adultos atendidos pela Estratégia de Saúde da Família (ESF). Métodos: Estudo transversal com delineamento epidemiológico, descritivo e observacional, realizado com 511 adultos maiores de 20 anos, atendidos na ESF em região de Goiânia, GO. Definiu-se DRC como TFG < 60 mL/min/1,73 m2 e/ou albuminúria ≥ 30 mg/g. A taxa de filtração glomerular (TFG) foi estimada pela equação de Cockcroft-Gault e a albuminúria por meio da razão entre albumina e creatinina urinária em amostra de urina. Constituíram variáveis independentes: idade, sexo, pressão arterial, uso de álcool, DM, tabagismo e sobrepeso/obesidade. Resultados: A prevalência de DRC foi 32,53%, enquanto TFG < 60 mL/min/1,73 m2 ocorreu em 10,64% e albuminúria em 25,29% da amostra. A análise identificou associação significativa entre idade ≥ 60 anos e TFG < 60 mL/min/1,73 m2 (p < 0,001). Quanto à albuminúria ≥ 30 mg/g, encontrou-se associação com sexo masculino (p = 0,043), DM (p = 0,002) e consumo de álcool (p = 0,035). Conclusão: Observou-se alta prevalência de DRC nos estágio iniciais na ESF, sendo os fatores associados à doença idade ≥ 60 anos, sexo masculino, DM e consumo de álcool. Logo, sugere-se a realização de triagem e monitoramento para DRC em adultos atendidos na ESF.
Resumo:
Resumo Introdução: Alguns índices são utilizados para avaliar a qualidade da terapia dialítica oferecida aos pacientes com doença renal crônica (DRC). Em 2014, o Ministério da Saúde do Brasil publicou a Portaria n° 389/2014, que estabelece metas no cuidado desses pacientes. Objetivo: Avaliar o desempenho de diferentes clínicas de hemodiálise (HD) em relação às metas estabelecidas nessa Portaria. Métodos: Estudo transversal, prospectivo, observacional, envolvendo 1.633 pacientes em HD em oito clínicas. As características demográficas, Kt/V, hemoglobina, fósforo, paratormônio (PTH) e a taxa de mortalidade foram registradas. Os resultados foram comparados com as metas estabelecidas na Portaria: Kt/V > 1,2 em mais de 70% dos pacientes, hemoglobina entre 10 e 12g/dl em mais de 80%, fósforo entre 3,5 e 5,5mg/dl em mais de 50% e o PTH < 600pg/ml em mais de 80% dos pacientes. Resultados: A idade foi de 56,4 ± 15,2 anos, a mediana do tempo em diálise foi de 28,4 meses. A duração da HD foi de 3,74 ± 0,31 horas. Para o Kt/V, seis clínicas atingiram a meta. Para a hemoglobina, nenhuma clínica atingiu a meta. Para o fósforo, duas clínicas atingiram a meta e para o PTH quatro clínicas. Seis clínicas atingiram duas metas e duas clínicas não atingiram nenhuma meta. A mortalidade foi menor nas clínicas que atingiram metas (10,2vs. 21,6% ao ano; p = 0,0546). Conclusão: Para o Kt/V a maioria das clínicas atingiu a meta estabelecida. Para a hemoglobina e fósforo, as metas não foram atingidas na maioria das clínicas. Para o PTH, a resposta foi variável e dependente de características da clínica.