1000 resultados para População em Situação de Rua
Resumo:
Os servios de assistncia odontolgica so analisados como uma das variveis que condicionam os padres de doenas bucais de uma população. Outros fatores como o nvel socio-econmico, condies culturais, hbitos alimentares e o grau de desenvolvimento global de cada pas usualmente exercem um papel bem mais representativo na determinao do nvel de sade de uma comunidade. mostrada a situação dramtica dos pases em desenvolvimento, os quais seguiram os modelos de prestao de servios odontolgicos e de formao de recursos humanos das naes industrializadas (grande nmero de profissionais que se dedicam a atender apenas as pessoas que podem remunerar os seus servios), o que levou ocorrncia de ndices crescentes de doenas bucais. Mostra que o principal desafio a ser vencido pela profisso, nos dias atuais, a construo de uma odontologia com contedo social, dirigida para todos.
Resumo:
Foram estudados os conhecimentos e opinies dos profissionais de sade do Municpio de Botucatu, SP (Brasil), acerca da freqncia e gravidade de treze sintomas e sinais de doenas, visando comparao com as opinies emitidas pela população urbana do Municpio. Foram entrevistados 435 profissionais de sade ativos (mdicos, enfermeiros, auxiliares e atendentes de enfermagem e outros), a maioria do sexo feminino, com idade de 25 a 44 anos. A categoria de atendentes foi a mais numerosa. De modo geral, os cinco ltimos sintomas da relao constante do formulrio - sangue no escarro, sangramento vaginal, caroo no seio, acessos e sangue na urina, foram considerados menos freqentes e mais graves, comparativamente aos oito primeiros: falta de ar, febre, fraqueza, dor nas costas, dor no peito, dor de cabea, tosse e diarria. Dentre as categorias, os mdicos diferenciaram-se atribuindo, com menor freqncia, escores altos para a freqncia e gravidade. Os clnicos valorizaram mais do que os cirurgies, esses dois fatores, para quase todos os sintomas. O cotejo com a opinio dos leigos entrevistados revelou semelhanas nas tendncias, embora tenha havido, por parte destes, maior valorizao da freqncia e gravidade.
Resumo:
So discutidos os procedimentos propostos no estudo-piloto de confiabilidade e validao do segmento de sade mental do questionrio BOAS. Sugere-se a necessidade de se ajustar os instrumentos numa primeira etapa pela anlise pormenorizada de cada entrevista, com o propsito de prepar-los para a etapa posterior de um estudo de confiabilidade e validao, onde prevalecer uma abordagem de carter quantitativo. So propostos alguns delineamentos para estudos de confiabilidade e validade para pesquisa epidemiolgica.
Resumo:
O exerccio uma arma de dois gumes. Quando inconvenientemente orientado pode repercutir-se negativamente na sade do indivduo.
Resumo:
Foi realizado estudo com base nos dados de uma pesquisa que analisou 550 mortes de crianas menores de 15 anos, residentes no Municpio de So Paulo, SP (Brasil), e ocorridas em 1985 por todos os tipos de acidentes e violncias. Objetivou-se comparar entre si as informaes existentes no Instituto de Medicina Legal (IML) e as constantes da Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados (SEADE), responsvel pelas estatsticas oficiais em So Paulo, com a opinio do investigador - formada com base em toda a informao adicional possvel, de modo a: analisar a fidedignidade das estatsticas oficiais quanto causa bsica da morte; e conhecer a possvel deficincia da transcrio das informaes do IML para a Fundao SEADE, quanto mesma causa. Os resultados permitiram mostrar que: a informao existente no IML esteve bastante prxima da opinio do investigador (71,54%) quando se trabalhou em nvel de categoria da Classificao Internacional de Doenas (CID-9), chegando a 84,77% quando se considerou o nvel de agrupamento; as estatsiticas oficiais, em relao opinio do investigador, so mais fidedignas quando analisadas em nvel de agrupamento do que de 3 dgito (respectivamente 67,13% e 24,05% de concordncia); a comparao entre o IML e a Fundao SEADE mostrou que, relativamente s categorias da CID-9, s existe 40% de concordncia; dado que se eleva a 75% quando os agrupamentos so analisados. Esses valores comprovam a hiptese formulada de que o IML, embora possua um arquivo com informaes pormenorizadas, no as transfere Fundao SEADE, diminuindo assim a fidedignidade das estatsticas oficiais, medida que se detalhe cada causa de morte. Sugere-se um maior entrosamento entre essas Instituies para que estatsticas de melhor qualidade, relativamente s causas externas de morte, venham a ser produzidas.
Resumo:
Com o objetivo de conhecer o perfil scio-econmico dos indivduos que se deslocaram das reas endmicas de malria do pas, foram estudadas 566 pessoas com suspeita de malria que procuraram a confirmao diagnostica no Laboratrio de Malria da Regio Metropolitana de So Paulo da Superintendncia de Controle de Endemias (SUCEN). As informaes foram obtidas atravs da aplicao de formulrio, no perodo de novembro de 1986 a junho de 1987. Da população estudada, 345 (61,0%) residiam na rea endmica, 479 (84,6%) eram do sexo masculino, 513 (90,7%) estavam na faixa etria de 15 a 55 anos e 307 (54,2%) apresentaram hemoscopia positiva para plasmdio. Com relao ocupao na rea de transmisso, observou-se que 109 (19,3%) estavam ligados a atividade de extrao de minerais, 74 (13,2%) agricultura e 46 (8,1%) atividade de transporte. A anlise da escolaridade mostrou que 486 (85,9%) tinham 1 ou 2 grau. Quanto ao conhecimento sobre a doena, 384 (67,8%) declararam pelo menos 1 malria anterior e 491 (86,8%) associavam doena a presena do vetor. Dentre os 221 indivduos residentes em So Paulo, 207 (93,7%) conheciam o risco de contrair malria por ocasio do deslocamento para rea de transmisso. Daqueles residentes na rea endmica, 336 (97,4%) tinham conhecimento do risco de contrair a doena naquela regio. O intervalo transcorrido entre os primeiros sintomas e a procura de atendimento mdico em 386 (68,2%) indivduos variou de 0 a 3 dias. As freqncias das variveis estudadas mostraram de acordo com o resultado hemoscpico e o local da residncia, diferenas estatsticas relevantes.
Resumo:
Considerando-se a ausncia de dados sobre a prevalncia de crie dental em uma população tipicamente amaznida, foi feito um levantamento epidemiolgico em 103 escolares na regio da Ilha de Sirituba, no Municpio de Abaetetuba, Estado do Par, Brasil. O CPOD mdio encontrado foi de 6,5 e o ceo de 5,4. Apesar da primitividade do local, o alto ndice de crie pode estar relacionado a diversos fatores, dentre os quais deve ser includa a influncia urbana na alimentao, principalmente pelo acar, criando novos hbitos alimentares que alteraram fundamentalmente a dieta da regio.
Resumo:
Tendo em vista a melhora de condies de sade em uma favela da cidade de So Paulo, Brasil, foram realizados dois estudos sobre a alterao de comportamento relacionados coleta e triagem do lixo, com participao ativa da população. Utilizando tcnicas da aprendizagem, foram conseguidas modificaes no comportamento coletivo de modo a melhorar as condies de salubridade no local. Os resultados, que mostram a adequao dos procedimentos empreendidos, sugerem possveis contribuies da psicologia sade pblica.
Resumo:
mostrada a importncia atual da atividade de "notificao de barbeiros" pela população, na vigilncia epidemiolgica da doena de Chagas no Estado de So Paulo. So estudadas as variaes ocorridas no nmero de notificaes encaminhadas pela população no perodo de 1974 a 1983, relativa a uma rea da Regio Nordeste do referido Estado, com infestao por Panstrongylus megistus. Observou-se que a população responde aos estmulos sua participao. Verificou-se aumento do nmero de notificaes a partir do ms de outubro, mantendo-se similar nos meses de novembro e dezembro. No foi encontrada relao entre os ndices de infestao e o de notificao.
Resumo:
So apresentados dados de um estudo de prevalncia de sndrome cerebral orgnica e depresso em uma população de idosos em trs distritos da cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, assim como discutem aspectos metodolgicos relacionados com a confiabilidade interavaliadores e teste-reteste e estabelecimento do ponto de corte do instrumento utilizado (BOAS). As taxas de prevalncia de sndrome cerebral orgnica variaram de 5,9%, 9,8% e 29,8% entre os distritos estudados, enquanto as taxas de Depresso variaram de 20,9%, 23,0% e 36,8%. Foram ainda calculadas as taxas de prevalncia corrigidas pelos dados de sensibilidade e especificidade para ambos os diagnsticos. So discutidos os fatores associados com tais diferenas, tomando como referncia a literatura nacional e internacional.
Resumo:
Considerando-se que a informao acerca de como professores e alunos conceituam doena e o que fazem para cuidar de sua sade tem importantes implicaes para a educao em sade, estes conceitos foram estudados numa amostra de docentes e escolares de primeiro grau, representativa da zona norte do Municpio do Rio de Janeiro, RJ (Brasil). Os resultados encontrados so discutidos luz de duas perspectivas: (a) as contribuies provenientes de teorias cognitivas que abordam formao de conceitos; (b) a influncia do contexto social na aquisio, no desenvolvimento e caracterizao dos conceitos estudados. Teve-se por finalidade contribuir para a educao em sade no sentido de uma reviso e reflexo crtica da concepo do processo sade-doena no mbito escolar atentando-se para os aspectos complexos e multifacetrios que este processo envolve.
Resumo:
Objetivou-se estudar a morbidade referida pela população urbana amostrada, no Municpio de Botucatu, SP, Brasil, em 1983/84, segundo sexo, idade, escolaridade e renda per capita. O mtodo consistiu em entrevistas domicilirias, com aplicao de dois formulrios pr-codificados. Os entrevistadores eram leigos treinados e supervisionados, e a pessoa entrevistada foi quase sempre a me de famlia. O perodo recordatrio estabelecido em relao aos eventos informados (queixas, sintomas, acidentes comuns e diagnsticos) foi de trs semanas. Das 7.075 pessoas amostradas (12% da população), 56% apresentaram episdios mrbidos, totalizando 6.649 episdios. As mulheres, bem como o grupo etrio de 50 e mais anos apresentaram maior freqncia de queixas. A escolaridade e a renda per capita no diferenciaram os entrevistados quanto ocorrncia maior ou menor de episdios. A prevalncia de episdios mrbidos foi de 939/1.000 entrevistados. Predominaram queixas do aparelho respiratrio (20% do total de queixas), principalmente as infeces respiratrias agudas. Em segundo lugar, os sinais e sintomas mal definidos (19%) e, a seguir, as doenas do sistema osteo-muscular, do sistema nervoso e do sistema circulatrio, com propores similares (ao redor de 9%) e, finalmente, as do sistema digestivo e as leses e envenenamentos (ao redor de 8%). Foram estimados os coeficientes de prevalncia por grupos de doena (pela CID), segundo as variveis estudadas. So comentadas as dificuldades de comparao dos resultados obtidos com os de trabalhos congneres, face s diferenas nos mtodos usados, apontando-se para a necessidade de uma padronizao metodolgica dos estudos de morbidade referida, cuja importncia epidemiolgica e para o planejamento em sade vem sendo amplamente reconhecida.
Resumo:
Levantamento sorolgico realizado em 200 estudantes da Universidade de So Paulo, nos anos de 1984 e 1985, demonstrou ampla prevalncia sorolgica do vrus da influenza tipos A e B. Os anticorpos dos indivduos foram detectados pela tcnica de Hemlise Radial Simples (HRS), cujas mdias aritmticas de ttulos foram maiores entre as cepas dos subtipos (H1N1) e (H3N2) do vrus da influenza tipo A, mais recentemente isoladas da população. Porm, com relao ao tipo B, deste vrus, a situação foi inversa, pois apesar da cepa B/Engl./ 847/73 ser a mais antiga incidente, revelou melhor reatogenicidade sobre as demais cepas avaliadas e de acordo com a doutrina do "Pecado original antignico", suposto que tenha sido responsvel pela primo infeco na maioria do grupo investigado. A avaliao sorolgica dos subtipos do vrus influenza tipos A e B, desta população, revelou ndices de anticorpos de baixos ttulos HRS (2,5 a 3,5 mm) e de altos ttulos (> 4,0 mm) que esto relacionadas ao menor e maior nvel de proteo infeco. Sendo que a capacidade individual da imunidade e da persistncia de anticorpos contra o vrus, dependeram da atualidade e freqncia de exposio influenza.
Resumo:
Com o objetivo de descrever a prevalncia de anemia na população de uma rea endmica de malria - o distrito de Candeias, localidade periurbana do Municpio de Porto Velho, no Estado de Rondnia, Amaznia Ocidental Brasileira, - uma amostra casual de 1.068 indivduos (14,1% da população total) de todas as idades submeteu-se dosagem de hemoglobina e microscopia em gota espessa para diagnstico de malria. O diagnstico de anemia foi positivo em 299 indivduos (28,0% da amostra), sendo as maiores prevalncias encontradas em crianas com idade entre 6 meses e um ano (70,0%) e entre um e 6 anos (38,4%), alm de gestantes (41,2%), 7/17) e pacientes com malria (44,4%, 8/18). Realizaram-se exames parasitolgicos de fazes em amostra voluntria de 476 indivduos (44,6% da população amostral), dos quais 118 (26,3%) foram positivos. Nessa amostra voluntria, no houve diferena significante na prevalncia de anemia entre indivduos parasitados e no-parasitados. Acima de 14 anos de idade, a prevalncia de anemia foi tanto maior quanto mais recente o ltimo episdio de malria referido pelos pacientes. Nesta faixa etria, economicamente produtiva, destaca-se o papel da malria entre as causas subjacentes anemia.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar o estado nutricional de crianas de uma população urbana perifrica de Porto Alegre, RS (Brasil) que apresentaram quadro de desnutrio moderada ou grave antes dos 5 anos de idade, 61 famlias foram procuradas aps 2 a 4 anos de uma avaliao inicial. Das 39 crianas localizadas, 4 (10,3%) foram a bito e 22 (56,4%) apresentaram um incremento na relao peso/idade maior que 10%. Entre as 35 crianas sobreviventes, 29 (82,3%) apresentavam algum grau de desnutrio (peso/idade < 90% do padro), 25 (71,4%) tinham baixa estatura (altura/idade < 95% do padro) e 5 (14,3%) possuam pouco peso para a altura < 90% do padro). Os irmos menores de 5 anos de idade apresentaram estado nutricional semelhante ao das crianas reavaliadas. Os fatores que mostraram alguma associao com um melhor estado nutricional (incremento maior que 10% na relao peso/idade no perodo do seguimento e/ou altura/idade ou peso/altura adequados na segunda avaliao) foram: histria de pelo menos uma hospitalizao entre a primeira e a segunda avaliao, deteco da desnutrio at os 6 meses de idade e me alfabetizada. Os programas de suplementao alimentar e/ou reabilitao nutricional disponveis na comunidade no influram na melhoria do estado nutricional, tanto das crianas-alvo como de seus irmos. Concluiu-se pela necessidade de uma abordagem mais eficaz das famlias que apresentam um alto risco para desnutrio e morbimortalidade infantil.