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Resumo:
OBJETIVO: Relatar a experiência e os resultados da Seção de Cirurgia Abdôminopélvica do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com a esofagectomia de resgate em paciente portador de câncer de esôfago recidivado após tratamento quimiorradioterápico exclusivo. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 14 pacientes portadores de câncer de esôfago recidivado e que foram submetidos à esofagectomia de resgate entre março de 1999 e maio de 2006. Todos os pacientes incluídos no estudo receberam tratamento primário quimiorradioterápico radical exclusivo conforme protocolo RTOG 85-01 e apresentaram persistência ou recidiva de doença. RESULTADOS: A idade média foi de 63 anos (39-72 anos). Oito pacientes eram do sexo masculino e seis pacientes do sexo feminino. Nove pacientes apresentavam o tumor localizado no esôfago médio e cinco pacientes apresentavam doença no esôfago distal, sendo carcinoma epidermóide em 12 pacientes e adenocarcinoma em dois pacientes. A mediana do tempo cirúrgico foi de 305 minutos (240-430 minutos). A ressecção completa do tumor (cirurgia R0) foi realizada em 13 pacientes e somente um paciente apresentou doença residual macroscópica em ápice pulmonar. A morbidade total da série foi de 69,2 %. A mortalidade operatória foi zero (todos os pacientes evoluíram para alta hospitalar). CONCLUSÃO: A esofagectomia de resgate demonstrou-se factível tecnicamente porém apresenta elevada morbidade operatória. Esta modalidade cirúrgica corresponde atualmente ao melhor tratamento disponível para se obter cura nos casos de tumor recidivado ou que tenho persistido com doença após quimiorradioterapia radical exclusiva. Todos os outros tipos de tratamento são considerados paliativos e com resultados de sobre-vida desapontadores.
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OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi relatar a morbimortalidade associada à técnica de reconstrução pancreática utilizando anastomose pancreato-jejunal tipo ducto-mucosa, sem cateter transanastomótico, em pâncreas de consistência mole e ducto de Wirsung menor que três mm. MÉTODOS: Analisamos consecutivamente os resultados de 16 pacientes submetidos à GDP com técnica de anastomose pancreato-jejunal tipo ducto-mucosa no Serviço de Cirurgia Abdômino-pélvica do INCA. Todos pacientes eram portadores de pâncreas de consistência mole e ducto pancreático fino (< 3mm). RESULTADOS: Dos 16 pacientes analisados, oito eram do sexo masculino e com mediana de idade de 55 anos. No período pós-operatório um paciente apresentou fístula pancreática e houve um caso que evoluiu para óbito. CONCLUSÃO: Acreditamos que é possível a realização de anastomose pancreática tipo ducto-mucosa, sem cateter transanastomótico, em pacientes com ducto pancreático menor que três mm sem aumento da morbimortalidade.
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OBJETIVO: Avaliar a factibilidade e os resultados de uma técnica pouco invasiva para a pesquisa do linfonodo sentinela (LFNsn) com o uso do corante vital azul patente. MÉTODO: A pesquisa do LFNsn foi realizada em 12 pacientes portadores de adenocarcinoma gástrico que não apresentavam linfonodos suspeitos de metastases durante o estadiamento clínico pré-operatório. Injetou-se nos quatro quadrantes do tumor, 0,5 ml de corante vital azul patente. Os linfonodos que se coraram de azul foram classificados como LFNsn e foram obtidos após a gastrectomia com linfadenectomia D2. Utilizou-se a coloração HE para avaliação anatomopatológica dos LFNsn, e nos casos com LFNsn negativo para HE, foi realizada imuno-histoquímica com pan-citoqueratinas AE1/AE3. RESULTADOS: Dos 12 pacientes, oito eram mulheres, com média de idade de 64,5 (48-87) anos. Identificaram-se em média 3,25 (2-6) LFNsn por paciente. A factibilidade da técnica foi de 100%. A acurácia do método foi de 91,6% . Em 11 de 12 casos foi possível predizer as características linfonodais regionais pela concordância da análise anatomopatológica entre os LFNsn e não sentinelas(LFNñsn). CONCLUSÃO: A pesquisa do linfonodo sentinela em câncer gástrico é factível com o uso da técnica do corante azul patente. O método mostrou ser promissor como técnica minimamente invasiva para estadiar tumores gástricos, nesta casuística inicial.
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OBJETIVO: Relatar a experiência com as principais técnicas de reconstrução do trato alimentar após esofagectomia por câncer de esôfago. METODOS: Foram analisados retrospectivamente 68 pacientes submetidos à esofagectomia entre fevereiro de 1997 e novembro de 2005. Todos os pacientes incluídos no estudo foram submetidos à esofagectomia com reconstrução com tubo gástrico ou colônico e anastomose cervical. RESULTADOS: A idade média foi de 55,4 anos (25-74 anos), 50 pacientes eram do sexo masculino e 18 pacientes do sexo feminino, 27 pacientes apresentavam o tumor localizado no esôfago médio e 41 pacientes no esôfago distal, sendo carcinoma epidermóide em 35 pacientes e adenocarcinoma em 33 pacientes. A ressecção foi por via transtorácica em 35 indivíduos e por via transhiatal em 33. A reconstrução com tubo gástrico se deu em 58 pacientes e com tubo colônico em 10 pacientes. A morbidade total da série foi de 52,9%. A mortalidade operatória foi de 5,8%. A sobrevida média foi de 35 meses. CONCLUSÃO: A esofagectomia com reconstrução com tubo gástrico e anastomose cervical é factível tecnicamente, sendo um procedimento realizado de rotina nos pacientes portadores de câncer de esôfago com indicação cirúrgica. Utilizamos, e recomendamos, a reconstrução com tubo colônico principalmente nos pacientes com cirurgia prévia no estômago ou quando da necessidade de ressecção ampliada deste, impossibilitando a confecção da reconstrução do trânsito alimentar com a gastroplastia.
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OBJETIVO: Avaliar as indicações, sobrevida e fatores prognósticos da esofagogastrectomia com linfadenectomia em dois campos no câncer do esôfago torácico. MÉTODOS: Foram avaliados 111 pacientes retrospectivamente no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2001 sendo 83 homens e 29 mulheres. A idade média dos pacientes foi 55,1 anos (variando entre 35-79). A linfadenectomia em dois campos foi parcial (Standard) em 34 pacientes(30,6%) e ampliada em 77(69,4%). RESULTADOS: A média de linfonodos dissecados foi de 22,6(variando entre 4 e 50). A doença R0 ocorreu em 53 pacientes(47,7%) a doença residual microscópica (R1) em 57 (52,3%) e a doença residual R2 em um paciente(0,9%). A recidiva ocorreu em 32 pacientes (28,8%) sendo em sete (6,3%) cervical, 17 (15,3%) locorregional e 19 (17,1%) sistêmica. A morbidade e mortalidade pós-operatória foram de 31,5% e 9% respectivamente, sem diferença significativa em relação á extensão da linfadenectomia mediastinal. A sobrevida global dos 111 pacientes em cinco anos foi de 48,4%, sem diferença significativa na sobrevida em relação á extensão da linfadenectomia, porém, houve aumento significativo na sobrevida livre de doença a favor dos paciente submetidos a linfadenectomia mediastinal ampliada(p=0,01). A ausência de doença residual (R0), comprometimento linfonodal (pN0) e o número de linfonodos comprometidos inferior a quatro, indicaram bom prognóstico. CONCLUSÃO: A esofagogastrectomia com linfadenectomia em dois campos apresentou um impacto positivo na taxa de sobrevida em cinco anos nos pacientes com câncer do esôfago torácico, particularmente em relação aos pacientes com ECIII. A linfadenectomia mediastinal ampliada aumentou significativamente a sobrevida livre de doença.
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OBJETIVO: Quantificar as fístulas após cirurgia de câncer da cavidade oral e identificar fatores de risco. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, interessando pacientes submetidos à cirurgia. Seguimento pós-operatório mínimo de dois anos. Variáveis estudadas: sexo, comorbidades, tabagismo, etilismo, risco anestésico e pulmonar, estadiamento clínico, linfadenectomia cervical, tratamento radioterápico, acidentes cirúrgicos, infecção ou deiscência de ferida operatória, seroma ou hematoma de sítio cirúrgico, infecção respiratória no pós-operatório, tipo de cirurgia e reconstrução realizadas. RESULTADOS: Estudados 159 pacientes. Ocorreu fístula orocutânea em 30,3% (48 pacientes). Pacientes T3 tiveram fístula em 16% dos casos, T4 em 40,3% e naqueles estádio T1 ou T2, 26,6% e 1,8% respectivamente (p=0,0138). Os casos N+ evoluíram com fístula em 22.9% (N2c com 42,8%, p=0,0136), os com radioterapia pré-operatória em 63,6% (p=0,0346). Aqueles com infecção de sítio cirúrgico em 47,3% (p=0,0146) e aqueles com deiscência de ferida operatória em 53,7% (p=0,0030). O índice de fístula foi de 60% nos retalhos regionais mucocutâneos, de 39,2% nos miocutâneos e de 12,5% com retalho microcirúrgico (p=0,0286). CONCLUSÃO: O índice de fístulas foi de 30,3%. Foram estatisticamente significativos para ocorrência de fístulas: estádio T, linfadenectomia cervical bilateral, radioterapia pré ou pós-operatória, infecção e deiscência de ferida operatória, e o uso de retalhos para reconstrução.
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OBJETIVO: Analisar comparativamente a morbimortalidade e sobrevida após esofagectomia trans-hiatal (TH) ou transtorácica (TT). METODOS: Estudo retrospectivo não randomizado de 68 pacientes com neoplasia de esôfago operados no INCA entre 1997 e 2005, divididos em dois grupos: 1 - TH (33 pacientes); e 2 - TT (35 pacientes). RESULTADOS: A idade média foi 40,7 anos (25 - 74 anos), sendo 73,5% homens. Tumores do 1/3 médio predominaram no Grupo 2 (48,6% versus 21,2%, p = 0,02). A média de linfonodos dissecados foi maior no Grupo 2 (21,6 versus 17,8 linfonodos, p = 0,04), porém sem diferença no número de linfonodos metastáticos (4,1 versus 3,9 linfonodos, p = 0,85). O tempo cirúrgico médio foi maior no Grupo 2 (410 versus 270 minutos, p = 0,001). O tempo médio de internação também foi maior no Grupo 2 (19 versus 14 dias, p = 0,001). A morbidade operatória foi 50%, sem diferença significativa (42,4% versus 57,1%, p = 0,23). Fístula esofágica ocorreu em 13,2%, sem diferença significativa (9,1% versus 17,1%, p = 0,23). A mortalidade foi 5,8% (04 pacientes), sem diferença significativa (1,4% versus 4,4%, p = 0,83). CONCLUSÃO: Neste estudo, a morbimortalidade não apresentou diferença em relação à via de acesso para a esofagectomia, apesar do maior tempo cirúrgico e de permanência hospitalar na via TT. A sobrevida global em 3 e 5 anos também foi maior na TT, possivelmente devido a maior freqüência de estágios iniciais em pacientes submetidos à transtorácica.
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OBJETIVO: Avaliar a sobrevida livre de doença nos tumores de hipofaringe submetidos ao tratamento operatório e à radioterapia pós-operatória. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 174 pacientes com distribuição, de acordo com o estádio clínico em: dois casos de estádio clínico I; quatro II; 46 III e 122 IV. Quanto ao gênero, 163 eram masculinos e 11 femininos, com idade média de 56 anos. Todos os casos foram submetidos à faringolaringectomia e realizados 206 esvaziamentos cervicais radicais e 16 seletivos. Cento seis pacientes foram submetidos à radioterapia pós-operatória, com dose média de 58,2 Gy. RESULTADOS: O exame histológico demonstrou dois casos de estádio clínico pT1, 15 pT2, 100 pT3 e 57 pT4. Quanto aos linfonodos, 25 pacientes apresentavam ausência de linfonodos comprometidos pela neoplasia (pN0) e 149 com linfonodos comprometidos pela neoplasia (pN+). A sobrevida livre de doença há cinco anos foi de 40% e a global de 28%. A sobrevida livre de doença há cinco anos foi de 75% no estádio clínico III versus 28% no IV, de acordo com o resultado do exame histológico. CONCLUSÃO: A manifestação inicial do carcinoma epidermóide de hipofaringe ocorre na fase avançada (estádios III e IV), com sobrevida livre de doença a cinco anos superior no estádio clínico III.
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OBJETIVO: Analisar os aspectos epidemiológicos-cirúrgicos dos pacientes com câncer de vesícula biliar (CAVB) atendidos em um Hospital Universitário de Belém/PA, no período de 1999-2009. MÉTODOS: estudo observacional, retrospectivo, descritivo-analítico de fonte secundária dos pacientes com diagnóstico de CAVB, no período de 1999-2009. Foram analisados 75 prontuários, sendo 34 pacientes estudados. As informações coletadas foram utilizadas para o estadiamento tumoral TNM do CAVB e para a caracterização clínico-cirúrgica da população estudada. RESULTADOS: 79% eram do sexo feminino, com média de idade de 66,2±11 anos e tempo de sintomatologia de 10,8±17,2 meses, não obtendo relação estatística com o estadio da doença. Dor no hipocôndrio direito, náuseas e icterícia predominaram como sinais/sintomas. A litíase biliar esteve presente em 91% dos casos, sendo positiva em 100% dos pacientes com estadios I/II. A sensibilidade ultrassonográfica para sugestionar o CAVB no pré-operatório foi 14,28%. A operação mais executada foi a colecistectomia simples, tendo como achado intra-operatório predominante, invasão hepática. O adenocarcinoma foi o tipo histológico preponderante, com destaque para os estadios III e IV. CONCLUSÃO: A série estudada apresentou alta incidência de litíase biliar, o adenocarcinoma com estadio avançado foi o mais prevalente. acarretando um pequeno índice de operações com intenção curativa, 30% dos pacientes operados, e uma taxa de mortalidade de 21%. A valorização dos sintomas e a investigação precoce por exames de imagem poderiam favorecer o tratamento, em fases iniciais do CAVB, proporcionando um melhor prognóstico para os pacientes operados.
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OBJETIVO: Analisar a variabilidade interobservadores no diagnóstico de lesões precursoras do câncer anal no cenário mais comum de um serviço constituído por patologistas sem experiência prévia no diagnóstico destas lesões. MÉTODOS: Quinhentas e duas lâminas histopatológicas com espécimes anais retirados de 372 pacientes HIV-positivos e HIV-negativos foram analisadas no Departamento de Patologia da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas por três patologistas com ampla experiência no diagnóstico de doenças tropicais e infecciosas, mas sem experiência prévia importante no diagnóstico de lesões precursoras do câncer anal. As leituras individuais de cada patologista foram comparadas com a que se seguiu a diagnóstico de consenso em microscópio de ótica compartilhada. Os diagnósticos individuais foram confrontados com os de consenso mediante análise da estatística kappa. RESULTADOS: A concordância absoluta entre cada diagnóstico individual e o de consenso correspondente foi ruim (kappa=-0,002). Considerando os resultados apenas positivos ou negativos para lesões intraepiteliais escamosas anais, obteve-se concordância regular entre os observadores (kappa=0,35), enquanto que a concordância foi moderada quando os resultados histopatológicos foram considerados positivos ou negativos para lesão intraepitelial de alto grau ou câncer (kappa=0,52). CONCLUSÃO: A variabilidade interobservadores no diagnóstico histopatológico do câncer anal e de suas lesões precursoras entre patologistas sem grande experiência na área, apesar de experts em outras, é tal que os diagnósticos neste campo e neste cenário comum devem sempre ser de consenso.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento de GIST no INCA. MÉTODOS: Análise retrospectiva de todos os casos de GIST tratados no INCA no período de 1997 a 2009. RESULTADOS: Analisamos 146 pacientes, com média de idade de 44,5 anos e predomínio do sexo feminino. O principal sintoma foi dor abdominal. Tivemos ocorrência de segundo primário em 22% dos casos e na imuno-histoquímica, 92% foram positivos para CD117. A localização mais frequente foi estômago e predominou o grupo de alto risco. A cirurgia foi R0 (extenso) em 70% e os principais sítios de metástases foram fígado e peritônio. A sobrevida global foi, respectivamente, em dois e cinco anos de 86% e 59%. Houve significante diferença entre a sobrevida global (p=0,29) do grupo de alto risco versus os demais. CONCLUSÃO: Os nossos pacientes apresentam-se principalmente sob forma de doença de alto risco com repercussão óbvia na sobrevida. O uso de Imatinib melhorou a sobrevida dos pacientes com doença metastática e recidivada. Devemos estudar seu uso no cenário de adjuvância e neoadjuvancia visando melhorar os índices do grupo de alto risco. A criação de centros referenciais é uma necessidade para o estudo de doenças pouco frequentes.
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OBJETIVO: Avaliar a imunoexpressão dos receptores de estrogênio e progesterona em biópsias e peças cirúrgicas de pacientes com câncer de mama pré e pós-quimioterapia neoadjuvante e correlacionar suas alterações com o padrão de resposta à quimioterapia e diagnóstico de menopausa. MÉTODOS: Selecionaram-se 47 pacientes com diagnóstico histopatológico de carcinoma primário de mama localmente avançado. Para cada paciente existiam dois blocos: o espécime da biópsia e o da ressecção cirúrgica. A partir destes blocos foi avaliada a expressão dos receptores hormonais por imunoistoquímica com a técnica da streptoavidina-biotina-imunoperoxidase e anticorpos primários anti-RE e anti-RP. A análise estatística utilizou o teste paramétrico t de Student e o não-paramétrico exato de Fisher, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Das 47 pacientes, 30 apresentavam imunoexpressão positiva dos receptores hormonais. Observou-se redução significativa tanto nos níveis de receptor de estrogênio e progesterona quanto em sua imunoexpressão. Em 53,3% observaram-se mudanças nos níveis expressos de receptor de estrogênio, 56,6% em receptor de progesterona, 26,6% na imunoexpressão do receptor de estrogênio e 33,3% na imunoexpressão do receptor de progesterona. Não foi encontrada significância estatística ao correlacionar-se a influência da resposta à quimioterapia e do diagnóstico de menopausa nas pacientes com a variação na expressão dos receptores hormonais. CONCLUSÃO: A quimioterapia neoadjuvante alterou significativamente a imunoexpressão dos receptores hormonais nas pacientes da amostra, reduzindo sua positividade nas células tumorais.
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OBJETIVO: Estudar a pesquisa de linfonodo sentinela em câncer gástrico precoce como método diagnóstico de metástase ganglionar insuspeita, e que permita a realização, naqueles com gânglios negativos, de ressecções gástricas menores, com linfadenectomia limitada. MÉTODOS: Foram avaliados sete pacientes portadores de câncer gástrico precoce, tratados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no período de setembro de 2008 a maio de 2011, e submetidos à pesquisa de linfonodo sentinela, realizada através da injeção endoscópica, peritumoral, transoperatória, do corante azul patente. RESULTADOS: Foram encontrados, em média, três linfonodos sentinelas por paciente. A biópsia por congelação destes linfonodos foi negativa para metástases, o que permitiu a realização de ressecção gástrica atípica em três casos e antrectomia com reconstrução a BI em quatro. A linfadenectomia realizada foi a D1 modificada. Não houve mortalidade operatória. O tempo de acompanhamento pós-operatório variou de cinco a 37 meses, sem evidências de recidivas. Uma paciente apresentou um segundo tumor precoce 13 meses depois da primeira cirurgia e foi submetida à gastrectomia total. CONCLUSÃO: A pesquisa de linfonodo sentinela em câncer gástrico precoce, nos sete pacientes estudados, mostrou-se um método eficaz para a avaliação de metástases ganglionares e permitiu a realização de ressecções gástricas menores e linfadenectomias limitadas. Estes procedimentos de menor porte diminuem o risco de complicações pós-operatórias, mantendo, por outro lado, a radicalidade oncológica que se exige no tratamento do câncer gástrico.
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OBJETIVO: Comparar a sobrevivência e os fatores prognósticos, após o tratamento cirúrgico de pacientes com adenocarcinoma gástrico que compromete a camada muscular própria (T2), e de pacientes cujo tumor invade a subserosa (T3). MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 122 pacientes com câncer gástrico invadindo a muscular própria e subserosa, submetidos ao tratamento cirúrgico no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2008 e acompanhados até dezembro de 2010. Foram analisadas variáveis demográficas, cirúrgicas e anatomopatológicas. RESULTADOS: Dos 122 pacientes, 22 (18%) foram excluídos da análise final porque apresentaram: margem positiva, mortalidade pós-operatória, segundo tumor primário e menos de 15 linfonodos na peça cirúrgica. Entre os 100 pacientes incluídos, 75 apresentavam tumores com invasão da muscular própria (T2) e 25 com invasão da subserosa (T3). A sobrevivência global foi 83,8%, sendo 90,6% no T2 e 52,1% no T3. Na análise univariada apresentaram significância: metástase linfonodal (p=0,02), tamanho do tumor (p=0,000), estadiamento patológico do tumor (p=0,000), estadiamento patológico linfonodal (p=0,000) e estadiamento por grupos da classificação TNM-UICC/AJCC, 2010 (p=0,000) Na análise multivariada, os fatores prognósticos independentes foram o tamanho do tumor e o estadiamento patológico linfonodal (pN). CONCLUSÃO: O comprometimento linfonodal e o tamanho do tumor são fatores prognósticos independentes nos tumores com invasão da muscular própria e nos tumores com invasão da subserosa. O T2 apresenta menor tamanho, menor taxa de linfonodos metastáticos e consequentemente, melhor prognóstico que o T3.
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OBJETIVO: avaliar os tipos de tratamentos cirúrgicos para o câncer de mama executados pelo Programa de Mastologia do Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). MÉTODOS: estudo de coorte transversal no histórico de operações mamárias realizadas no HC-UFG, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2009. Foram avaliados através do boletim cirúrgico: o tempo e o porte cirúrgicos; o cirurgião responsável, o tipo de operação; o diagnóstico, e o tipo de anestesia. Através dos prontuários foram analisados: o laudo anatomopatológico do tumor, o comprometimento linfonodal, o tamanho do tumor primário, o estadiamento e a realização de terapias neoadjuvantes. Foram excluídas as operações realizadas para a retirada de tumores benignos da mama. A variação temporal foi analisada pela regressão de Poisson, considerando a mudança percentual anual (MPA). RESULTADOS: foram realizadas 403 operações de câncer de mama no período estudado, com uma média de 50,38 operações por ano. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma ductal invasor (72,6%). A média de idade das pacientes foi 52 anos, e 29% encontravam-se com doença nos estádios III e IV. A tendência temporal mostrou que houve aumento significativo do tamanho do tumor (p<0,01), dos estadios clínicos III e IV (p=0,01), e de quimioterapia neoadjuvante (p=0,02). Observou-se aumento de mastectomias (MPA=9 casos/ano, p=0,04). Não houve aumento dos casos de tratamentos com conservação mamária, nem de reconstruções imediatas. CONCLUSÃO: nos últimos anos, no HC-UFG, tem ocorrido aumento do número de mastectomias em decorrência do aumento de casos de câncer de mama locorregional avançado.