995 resultados para Imaginary body
Resumo:
Investiga-se, nesta tese, o corpo, a partir da trilogia freudiana: inibição, sintoma e angústia. De forma particular, interessam à pesquisa o corpo ideal, propagado pela cultura, e seus efeitos. Para tanto, desenvolvemos os elementos teóricos de Freud e Lacan, a partir dos quais se dividiu a tese em três partes. Na primeira parte, considerou-se o conceito de inibição ao lado do da imagem, privilegiando-se o corpo, seu caráter de imagem e a anorexia. O estudo se baseou na teoria freudiana do narcisismo, incluindo-se seus derivados, as noções de Eu ideal, Ideal do Eu e o Estádio do Espelho lacaniano. Na intenção de ilustrar a busca imperativa por um corpo ideal, apresentou-se um caso clínico. Demarquei a segunda parte desta tese elucidando o sintoma no corpo. Para verificar sua incidência, revisitou-se a História, desde Hipócrates até o início da psicanálise, quando a histeria aparece na clínica; ressaltando-se alguns casos clínicos da clínica freudiana. Verifiquei que o corpo tem ressonância com alguns conceitos essenciais da psicanálise, tal como a pulsão e o inconsciente, além de ilustrarem sua relação com o narcisismo, o sintoma e a angústia. Na terceira parte, privilegiei o estudo da angústia relacionada ao corpo em Freud e Lacan, e o referencial usado para essa etapa foi a clínica da fobia. Procurou-se, ainda, exemplificar as diversas figuras do corpo tal como modificado na atualidade. Como resultado desta pesquisa, verificou-se que ser dono do próprio corpo não significa ficar reduzido a ele, mas apropriar-se de sua imagem. Embora o corpo fale através de seus sintomas, ele pode também ganhar nova moldura, através dos significantes constituídos pela linguagem. Foi possível constatar, como as diferentes dimensões do corpo é ligada aos três registros propostos por Lacan: imaginário, simbólico e real, percebendo-se, por fim, o lugar que o corpo ganha na topologia borromeana, na última etapa do ensino de Lacan.
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A articulação entre a psicanálise e a música, mais especificamente a produzida a partir do paradigma de Arnold Schönberg, renovado por John Cage, se mostra emblemática para pensar a constituição do sujeito em Sigmund Freud e Jacques Lacan, bem como para refletir sobre a escuta clínica, o ato analítico enquanto poético, e a escrita pulsional do sujeito como resposta à invocação da voz. O momento de estruturação do sujeito implica a dimensão de musicalidade da linguagem que permite o ato da fala. O sujeito nasce em um ponto em que o significante (simbólico) escreve no real do corpo um possível, um começo, uma marca que invoca uma nota e uma letra, sendo estes os dois aspectos da linguagem: a musicalidade (continuidade) e a fala (descontinuidade em movimento). Este ponto escreve e cria um vazio no sujeito que está e estará sempre em pulsação. Se o real grita caoticamente, é possível que se cante e se musique a vida com a criação de notas singulares, efeito do movimento desejante e de uma escrita pelo circuito da pulsão invocante na partitura já dada pelo Outro e face aos encontros com pedaços de real. A música tem a capacidade de retirar o sujeito de uma surdez de seu próprio desejo, o convocando a recriar a linguagem por seus atos. O paradigma de Schönberg, bem como a música criada a partir deste momento, nos dá a ouvir um saber-fazer com a voz no qual a dimensão equivocante (de equivoco e de invocação) da linguagem pode ressurgir por uma via nova. A transmissão de um saber-fazer com o objeto voz por ele efetuado se apresenta como uma radicalização do efeito de verdade do real, ressoando borromeanamente sobre o simbólico e o imaginário, invocando o momento originário do sujeito, de um começo sempre a recomeçar, que se faz ouvir como uma invocação de musicar a vida de uma maneira ética, estética e poética. É através dos eixos acima expostos que nos é possível sustentar, com Lacan, uma prática clínica orientada para além da repetição em direção a um significante novo. Trata-se de uma orientação que parte dos encontros com o real aos quais o sujeito é confrontado ao acaso visando o movimento renascente pelo qual ele pode re-escutar o inaudito do real contínuo perdido, o que faz com que seu ritmo singular possa ser, uma vez mais e de modo inédito, reinventado. A psicanálise pode ser, portanto, entendida como uma prática invocante, como uma abertura para que o sujeito possa, com entusiasmo, musicar a vida.
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[EN] Considerando el celebérrimo desnudo masculino heleno, el presente trabajo investiga las coordenadas del imaginario griego que dieron lugar a esta rompedora «puesta en escena» del cuerpo humano e investiga la yuxtaposición vestido/desnudo como un principio diferenciador de primera magnitud en el proceso formativo de las categorías de Ciudadano, Mujer y Bárbaro.
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A presente dissertação de mestrado propõe uma reflexão sobre os lugares da arte no contexto de um mundo globalizado em que o deslocamento se coloca como uma questão fundamental em diversas esferas da vida, dos homens, das coisas. Nesse mundo da mobilidade física ou virtual, concreta ou imaterial, objetiva ou simbólica, as obras de arte percorrem caminhos diversos e nos interrogam sobre como suportam, em seus deslocamentos, serem carregadas de um sistema de visibilidade para outro. O artista assume diferentes papéis e se relaciona com as questões da arte a partir de perspectivas móveis. Quando se deslocam artista e obra partem de um lugar conhecido e se movem para desconhecer. Caminham por Algum Lugar para chegar a Lugar Algum. Com o objetivo de especular sobre o que chamei de Algum Lugar, Lugar Algum, construo uma sequência de ações possíveis: caminhar, parar, compartilhar / perceber, imaginar / modificar, inventar, re-significar / afastar, aproximar / entrar, sair. Construir meu trabalho é orientar-me por um conjunto de ações em aberto nem sempre na mesma ordem. Como estratégia, exercito a ação de mover-me por lugares desconhecidos e busco manter sempre aumentado o meu nível de percepção dos lugares por onde passo. Uso meu corpo como um mediador sensível e me permito ser afetada. Procuro, de forma proposital, variar entre o estado de conhecer e de desconhecer. Trabalho a partir do cotidiano para tirar dele o que se mostre saliente e para me dedicar a reinventar lugares com o meu corpo e na minha mente. Ao relacionar a geografia do que está visível com um amplo universo que ainda se encontra num estado de vir a ser, coloco-me diante de uma geografia imaginária, busco uma forma de continuar infinitamente a construir hipóteses sobre Algum Lugar. Através de relações entre o meu processo de trabalho e algumas obras de artistas contemporâneos procuro estabelecer conexões que contribuam para deixar em aberto um campo potencial de investigações sobre os lugares da arte
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A case study of the reproductive biology of the endemic Hawaiian grouper or hapu’upu’u (Hyporthodus quernus) is presented as a model for comprehensive future studies of economically important epinephelid groupers. Specimens were collected throughout multiple years (1978–81, 1992–93, and 2005–08) from most reefs and banks of the Northwestern Hawaiian Islands. The absence of small males, presence of atretic oocytes and brown bodies in testes of mature males, and both developed ovarian and testicular tissues in the gonads of five transitional fish provided evidence of protogynous hermaphroditism. No small mature males were collected, indicating that Hawaiian grouper are monandrous (all males are sex-changed females). Complementary microscopic criteria also were used to assign reproductive stage and estimate median body sizes (L50) at female sexual maturity and at adult sex change from female to male. The L50 at maturation and at sex change was 580 ±8 (95% confidence interval [CI]) mm total length (TL) and 895 ±20 mm TL, respectively. The adult sex ratio was strongly female biased (6:1). Spawning seasonality was described by using gonadosomatic indices. Females began ripening in the fall and remained ripe through April. A February–June main spawning period that followed peak ripening was deduced from the proportion of females whose ovaries contained hydrated oocytes, postovulatory follicles, or both. Testes weights were not affected by season; average testes weight was only about 0.2% of body weight—an order of magnitude smaller than that for ovaries that peaked at 1–3% of body weight. The species’ reproductive life history is discussed in relation to its management.
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Body-size measurement errors are usually ignored in stock assessments, but may be important when body-size data (e.g., from visual sur veys) are imprecise. We used experiments and models to quantify measurement errors and their effects on assessment models for sea scallops (Placopecten magellanicus). Errors in size data obscured modes from strong year classes and increased frequency and size of the largest and smallest sizes, potentially biasing growth, mortality, and biomass estimates. Modeling techniques for errors in age data proved useful for errors in size data. In terms of a goodness of model fit to the assessment data, it was more important to accommodate variance than bias. Models that accommodated size errors fitted size data substantially better. We recommend experimental quantification of errors along with a modeling approach that accommodates measurement errors because a direct algebraic approach was not robust and because error parameters were diff icult to estimate in our assessment model. The importance of measurement errors depends on many factors and should be evaluated on a case by case basis.
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We investigated developmental changes in the body compositions and fatty acid (FA) profiles of embryos and preparturition larvae of the quillback rockfish (Sebastes maliger). Comparisons of proximate composition data from early-stage embryos with data from hatched preparturition larvae taken from wild-caught gravid females indicated that embryos gain over one-third their weight in moisture while consuming 20% of their dry tissue mass for energy as they develop into larvae. Lipid contributed 60% of the energy consumed and was depleted more rapidly than protein, indicating a protein-sparing effect. Oil globule volume was strongly correlated with lipid levels, affirming its utility as an indicator of energetic status. FA profiles of early embryos differed significantly from those of hatched larvae. Differences in the relative abundances of FAs between early embryos and hatched larvae indicated different FA depletion rates during embryonic development. We conclude that some metabolically important FAs may prove useful in assessing the condition of embryos and preparturition larvae, particularly 20:4n-6, which cannot be synthesized by many marine fish and which is conserved during embryogenesis. Variability in body composition and energy use among rockfish species should be considered when interpreting any measures of condition.
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Quantification of predator-prey body size relationships is essential to understanding trophic dynamics in marine ecosystems. Prey lengths recovered from predator stomachs help determine the sizes of prey most influential in supporting predator growth and to ascertain size-specific effects of natural mortality on prey populations (Bax, 1998; Claessen et al., 2002). Estimating prey size from stomach content analyses is often hindered because of the degradation of tissue and bone by digestion. Furthermore, reconstruction of original prey size from digested remains requires species-specific reference materials and techniques. A number of diagnostic guides for freshwater (Hansel et al., 1988) and marine (Watt et al., 1997; Granadeiro and Silva, 2000) prey species exist; however they are limited to specific geographic regions (Smale et al., 1995; Gosztonyi et al., 2007). Predictive equations for reconstructing original prey size from diagnostic bones in marine fishes have been developed in several studies of piscivorous fishes of the Northwest Atlantic Ocean (Scharf et al., 1998; Wood, 2005). Conversely, morphometric relationships for cephalopods in this region are scarce despite their importance to a wide range of predators, such as finfish (Bowman et al., 2000 ; Staudinger, 2006), elasmobranchs (Kohler, 1987), and marine mammals (Gannon et al., 1997; Williams, 1999).
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Standard and routine metabolic rates (SMRs and RMRs, respectively) of juvenile sandbar sharks (Carcharhinus plumbeus) were measured over a range of body sizes (n=34) and temperatures normally associated with western Atlantic coastal nursery areas. The mean SMR Q10 (increase in metabolic rate with temperature) was 2.9 ±0.2. Heart rate decreased with increasing body mass but increased with temperature at a Q10 of 1.8−2.2. Self-paired measures of SMR and RMR were obtained for 15 individuals. Routine metabolic rate averaged 1.8 ±0.1 times the SMR and was not correlated with body mass. Assuming the maximum metabolic rate of sandbar sharks is 1.8−2.75 times the SMR (as is observed in other elasmobranch species), sandbar sharks are using between 34% and 100% of their metabolic scope just to sustain their routine continuous activity. This limitation may help to explain their slow individual and population growth rates, as well as the slow recoveries from overfishing of many shark stocks worl
The evolution of body muscle composition of the African catfish (Clarias gariepinus) (Burchell 1822)
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Changes in body muscle composition of Clarias gariepinus were studied in fish reared from 1.08 g to 383 g mean body weight in a 201-day culture period. Changes in the amount of protein content, dry matter and ash free dry matter in the muscle tissue can be described as a function of body weight. The percentage of protein content was observed to be higher in bigger fish. Fat content was low throughout the fingerling stage. Specific growth rate decreased significantly at 400 g mean body weight (P<0.05) while feed conversion rate increased. The conclusion, based on the culture conditions in this study, is that the optimal weight for harvesting C. gariepinus is 400 g.
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Biological/fisheries parameters (L sub(oo) M, F) are presented for four fish species (Gadiculus argenteus; Gaidropsarus mediterraneous; Symphurus ligulatus; Lepidorhombus boscii) as well as body length-weight and length-height relationships for 11 and 12 fish species, respectively, estimated from trawl samples collected using three different cod-ends (stretched mesh size: 14 mm and 20 mm diamond-shaped and 20 mm square-shaped) during 1993-1994, in the western Aegean and North Euboikos Gulf, Greece. The fisheries paramaters, estimated from length-frequency using the ELEFAN approach and software, are discussed in the light of recent information on the selectivity of the presently used trawl cod-end (14 mm diamond shaped)
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Through most of their annual migration, gray whales, Eschrichtius robustus, remain within 10 km of shore, but in the Southern California Bight many individuals migrate much farther from shore. This paper summarizes aerial survey and photogrammetric efforts to determine body lengths and temporal and spatial distributions of migratory gray whales in the southern portion of the Southern California Bight. Aerial surveys were flown along 13 east–west transects between lat. 32°35′N and 33°30′N during the southbound gray whale migratory seasons of 1988–90 in the Southern California Bight. Photogrammetry was used to obtain body length estimates of animals during some of the surveys. A total of 1,878 whales in 675 groups were sighted along 25,440 km of transect distance flown and 217 body lengths were measured. Using position and heading data, three major migratory pathways or corridors in the southern portion of the bight are defined. Those migrating offshore were split almost evenly between two corridors along the west sides of Santa Catalina and San Clemente Islands. These corridors converge on the mainland coast between San Diego and the United States–Mexico border. No whales larger than 11.5 m were photographed within 30 km of the mainland coast, suggesting that smaller, and presumably younger, whales use the coastal migratory corridor through the California Bight.