863 resultados para Health Status
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a validade e a confiabilidade da versão brasileira de índice de capacidade para o trabalho. MÉTODOS:Estudo transversal com amostra de 475 trabalhadores de empresa do setor elétrico no estado de São Paulo (dez municípios em Campinas e região), realizado em 2005. Foram avaliados os seguintes aspectos da versão brasileira do Índice de Capacidade para o Trabalho: validade de construto, por meio de análise fatorial confirmatória e da capacidade discriminante; validade de critério, correlacionado o escore do índice com medidas de saúde auto-referidas; e confiabilidade, por meio da análise da consistência interna utilizando o coeficiente alfa de Cronbach. RESULTADOS: A análise fatorial indicou três fatores do construto capacidade para o trabalho: questões relativas aos "recursos mentais" (20,6% da variância), à autopercepção da capacidade para o trabalho (18,9% da variância) e à presença de doenças e limitações decorrentes do estado de saúde (18,4% da variância). O índice discriminou os trabalhadores segundo nível de absenteísmo, identificando média estatisticamente significativa (p<0,001) entre aqueles com absenteísmo elevado (37,2 pontos) e baixo (42,3 pontos). A análise de critério mostrou correlação do índice com todas as dimensões do estado de saúde analisadas (p<0,0001). O índice apresentou boa confiabilidade com coeficiente alfa de Cronbach (0,72). CONCLUSÕES: A versão brasileira do Índice de Capacidade para o Trabalho mostrou propriedades psicométricas satisfatórias quanto à validade de construto, de critério e de confiabilidade, representando uma opção adequada para avaliação da capacidade para o trabalho em abordagens individuais e inquéritos populacionais.
Resumo:
OBJETIVO: Investigar fatores sociodemográficos, de risco ou de proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que se associem ao aumento do índice de massa corporal (IMC) após os 20 anos de idade. MÉTODOS: Estudo transversal com 769 mulheres e 572 homens do Sistema Municipal de Monitoramento de Fatores de Risco para DCNT, 2005, Florianópolis, SC. O aumento do IMC foi definido em percentagem, pela diferença entre o IMC em 2005 e aos 20 anos. RESULTADOS: Desde os 20 anos, o aumento do IMC foi superior a 10% para a maioria dos indivíduos. Nas análises múltiplas, o aumento do IMC foi associado a aumento da idade, baixo nível educacional (mulheres), ser casado (homens), não trabalhar, baixo nível de percepção de saúde, pressão alta, colesterol/triglicerídeos elevados (homens), realização de dieta, sedentarismo e ex-tabagismo (mulheres). CONCLUSÕES: Estratégias de saúde para prevenir o ganho de peso em nível populacional devem considerar principalmente os fatores sociodemográficos.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever resultados da aplicação de um sistema de monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) por meio de entrevistas telefônicas (SIMTEL) no município de Botucatu/SP. MÉTODOS: Entrevistou-se amostra probabilística (n = 1.410) da população de indivíduos com 18 ou mais anos de idade residente em domicílios do município de Botucatu/SP, conectados à rede de telefonia fixa. A amostragem foi realizada em três etapas: sorteio de linhas do cadastro da companhia telefônica; seleção de linhas residenciais ativas; sorteio para entrevista de um morador com 18 ou mais anos de idade por linha elegível. A taxa de sucesso (entrevistas realizadas: linhas elegíveis sorteadas) foi de 86,9%, sendo de 5,8% a proporção de recusas. Foi aplicado um questionário com 74 questões sobre consumo alimentar, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, peso e estatura recordados e auto-referência a diagnósticos médicos de hipertensão arterial e diabetes. Apresentam-se estimativas brutas da prevalência de fatores de risco/proteção para DCNT e estimativas ajustadas que levam em conta a distribuição segundo idade, sexo e escolaridade da população adulta total do município no Censo Demográfico de 2000. RESULTADOS: Foram observadas altas prevalências de excesso de peso (46.7%) e sedentarismo (57.9%). Houve desvantagem para os homens quanto ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e vantagem no que se refere à prática de atividade física em 1 ou mais dias da semana. Nas mulheres, observou-se associação inversa entre escolaridade e os seguintes fatores de risco: obesidade, excesso de peso, sedentarismo, consumo de carnes com gordura e hábito de fumar. Resultado semelhante foi observado para homens, exceto com relação a obesidade e excesso de peso. CONCLUSÕES: A segunda experiência de aplicação do SIMTEL confirmou o desempenho satisfatório e a utilidade do sistema em nosso meio.
Resumo:
OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo verificar a influência de fatores sociodemográficos, condições de saúde, capacidade funcional e dinâmica familiar na qualidade de vida de idosos dependentes residentes em domicílio em uma cidade do interior da região do Nordeste. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de caráter analítico com delineamento transversal. A amostra deste estudo foi composta por 117 idosos dependentes, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família da área de abrangência do bairro do Jequiezinho, no município de Jequié, BA. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram o WHOQOL-OLD, o Índice de Barthel, o Apgar de Família e o levantamento de dados sociodemográficos e condições de saúde. RESULTADOS: Com a aplicação do Teste do qui-quadrado (x²) encontrou-se diferença estatística entre comprometimento da qualidade de vida e da dinâmica familiar, com exceção do domínio autonomia (p = 0,061) da qualidade de vida. CONCLUSÕES: Apenas o comprometimento da dinâmica familiar influencia de maneira negativa a qualidade de vida dos idosos dependentes, uma vez que, quanto mais prejudicada a funcionalidade familiar, pior a qualidade de vida desses.
Resumo:
The Healthy Cities and Agenda 21 programs improve living and health conditions and affect social and economic determinants of health. The Millennium Development Goals (MDG) indicators can be used to assess the impact of social agendas. A data search was carried out for the period 1997 to 2006 to obtain 48 indicators proposed by the United Nations and a further 74 proposed by the technical group for the MDGin Brazil. There is a scarcity of studies concerned with assessing the MDG at the municipal level. Data from Brazilian health information systems are not always consistent or accurate for municipalities. The lack of availability and reliable data led to the substitution of some indicators. The information systems did not always provide annual data; national household surveys could not be disaggregated at the municipal level and there were also modifications on conceptual definitions over time. As a result, the project created an alternative list with 29 indicators. MDG monitoring at the local community can be important to measure the performance of actions toward improvements in quality of life and social iniquities.
Resumo:
Ratite farming of has expanded worldwide. Due to the intensive farming methods used by ratite producers, preventive medicine practices should be established. In this context, the surveillance and control of some avian pathogens are essential for the success of the ratite industry; however, little is known on the health status of ratites in Brazil. Therefore, the prevalence of antibodies against Newcastle Disease virus, Chlamydophila psittaci, Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae, and Salmonella Pullorum were evaluated in 100 serum samples collected from commercial ostriches and in 80 serum samples from commercial rheas reared in Brazil. All sampled animals were clinically healthy. The results showed that all ostriches and rheas were serologically negative to Newcastle disease virus, Chlamydophila psittaci, Mycoplasma gallisepticum, and Mycoplasma synoviae. Positive antibody responses against Salmonella Pullorum antigen were not detected in ostrich sera, but were detected in two rhea serum samples. These results can be considered as a warning as to the presence of Salmonella spp. in ratite farms. Therefore, the implementation of good health management and surveillance programs in ratite farms may contribute to improve not only animal production, but also public health conditions.
Resumo:
Analisar diferenças quanto a características sociodemográficas e relacionadas à saúde entre indivíduos com e sem linha telefônica residencial. Foram analisados os dados do Inquérito de Saúde (ISA-Capital) 2003, um estudo transversal realizado em São Paulo, SP, no mesmo ano. Os moradores que possuíam linha telefônica residencial foram comparados com os que disseram não possuir linha telefônica, segundo as variáveis sociodemográficas, de estilo de vida, estado de saúde e utilização de serviços de saúde. Foram estimados os vícios associados à não-cobertura por parte da população sem telefone, verificando-se sua diminuição após a utilização de ajustes de pós-estratificação. Dos 1.878 entrevistados acima de 18 anos, 80,1% possuía linha telefônica residencial. Na comparação entre os grupos, as principais diferenças sociodemográficas entre indivíduos que não possuíam linha residencial foram: menor idade, maior proporção de indivíduos de raça/cor negra e parda, menor proporção de entrevistados casada, maior proporção de desempregados e com menor escolaridade. Os moradores sem linha telefônica residencial realizavam menos exames de saúde, fumavam e bebiam mais. Ainda, esse grupo consumiu menos medicamentos, auto-avaliou-se em piores condições de saúde e usou mais o Sistema Único de Saúde. Ao se excluir da análise a população sem telefone, as estimativas de consultas odontológicas, alcoolismo, consumo de medicamentos e utilização do SUS para realização de Papanicolaou foram as que tiveram maior vício. Após o ajuste de pós-estratificação, houve diminuição do vício das estimativas para as variáveis associadas à posse de linha telefônica residencial. ) A exclusão dos moradores sem linha telefônica é uma das principais limitações das pesquisas realizadas por esse meio. No entanto, a utilização de técnicas estatísticas de ajustes de pós-estratificação permite a diminuição dos vícios de não cobertura
Resumo:
As estatísticas de mortalidade são usadas em epidemiologia e saúde pública como indicador de nível de saúde, em avaliações de programas de saúde e em estudos populacionais visando a comparar tendências temporais e diferenças geográficas. Uma das variáveis utilizadas nesse tipo de análise é a causa básica da morte. Entretanto, existem críticas quanto à qualidade das estatísticas baseadas nas causas de morte declaradas pelos médicos nos atestados de óbito. O objetivo deste artigo é refletir sobre a fidedignidade das causas de morte declaradas pelos médicos nos atestados de óbito, com base em estudos realizados segundo diferentes metodologias, e comenta a validade das estatísticas de mortalidade segundo causas
Resumo:
Eating attitudes are defined as beliefs, thoughts, feelings, behaviors and relationship with food. They could influence people’s food choices and their health status. Objective: This study aimed to adapt from Portuguese to English the Disordered Eating Attitude Scale (DEAS) and evaluate its validity and reliability. The original scale in Portuguese was translated and adapted into English and was applied to female university students of University of Minnesota—USA (n = 224). Internal consistency was determined (Cronbach’s Alpha). Convergent validity was assessed by correlations between Eating Attitude Test-26 (EAT-26) and Restrain Scale (RS). Reliability was evaluated applying twice the scale to a sub-sample (n = 30). The scale was back translated into Portuguese and compared with the original version and discrepancies were not found. The internal consistency was .76. The DEAS total score was significantly associated with EAT-26 (r = 0.65) and RS (r = 0.69) scores. The correlation between test–retest was r = 0.9. The English version of DEAS showed appropriate internal consistency, convergent validity and test–retest reliability and will be useful to assess eating attitudes in different population groups in English spoken countries
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar condições de trabalho associadas à qualidade de vida relacionada à saúde entre profissionais de enfermagem. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um hospital universitário de São Paulo, SP, em 2004-2005. A população estudada foi de 696 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, predominantemente feminina (87,8 por cento) e que trabalhava em turnos diurnos e/ou noturnos. Os dados sociodemográficos, de condições de trabalho e de vida, hábitos de vida e sintomas de saúde auto-referidos foram obtidos por meio de questionários auto-aplicados: Resultados de Estudos de Saúde - versão reduzida, Escala de Estresse no Trabalho e Desequilíbrio Esforço-Recompensa. Valores do coeficiente 1,01 significam mais esforços do que recompensas no trabalho. Modelos de regressão logística ordinal de chances proporcionais foram ajustados para cada dimensão do SF-36. RESULTADOS: Aproximadamente 22 por cento da população foi classificada como trabalhando em condições de alto desgaste e 8 por cento com mais esforços do que recompensas no trabalho. As dimensões com piores escores médios no SF-36 foram vitalidade, dor e saúde mental. Alto desgaste no trabalho, ter mais esforços que recompensas e ser enfermeira associaram-se de maneira independente aos baixos escores da dimensão de aspectos emocionais. As dimensões relacionadas à saúde mental foram as que mais sofreram influência dos fatores psicossociais do trabalho. CONCLUSÕES: Apresentar mais esforços do que recompensas no trabalho foi mais significativo para a qualidade de vida associada à saúde do que o alto desgaste no trabalho (altas demandas e baixo controle). Os resultados indicam que a análise conjunta dos fatores psicossociais de desequilíbrio esforço-recompensa e demanda-controle contribuiu para a discussão sobre os papéis profissionais, condições de trabalho e qualidade de vida relacionada à saúde de profissionais de enfermagem
Resumo:
In the last decades there was an increase in stress at work and its effects on workers' health. These issues are still little studied in the electric utility sector. This study aims to evaluate factors associated with stress at work and to verify its associations with health status among workers of an electric company in São Paulo State, Brazil. A cross-sectional study was conducted with 474 subjects (87.5% of the eligible workers). Data were collected using self-reported questionnaires. A descriptive analysis, a multiple linear hierarchical regression analysis and a correlation analysis were performed. The majority of participants were males (91.1%) and the mean age was 37.5 yr. The mean score of stress level was 2.3 points (scale ranging from 1.0 to 5.0). Hierarchical multiple analyses showed that: regular practice of physical activities (p=0.025) and individual monthly income (p=0.002) were inversely associated with stress level; BMI was marginally associated with the stress level (p=0.074). The demographic characteristics were not associated with stress. Stress at work was significantly associated with physical and mental health status (p<0.001). To improve health of electric utility workers, actions are suggested to decrease stress by remuneration and an appropriate practice of physical activity aiming reduction of BMI
Resumo:
In the last decades there was an increase in stress at work and its effects on workers' health. These issues are still little studied in the electric utility sector. This study aims to evaluate factors associated with stress at work and to verify its associations with health status among workers of an electric company in Sao Paulo State, Brazil. A cross-sectional study was conducted with 474 subjects (87.5% of the eligible workers). Data were collected using self-reported questionnaires. A descriptive analysis, a multiple linear hierarchical regression analysis and a correlation analysis were performed. The majority of participants were males (91.1%) and the mean age was 37.5 yr. The mean score of stress level was 2.3 points (scale ranging from 1.0 to 5.0). Hierarchical multiple analyses showed that: regular practice of physical activities (p=0.025) and individual monthly income (p=0.002) were inversely associated with stress level; BMI was marginally associated with the stress level (p=0.074). The demographic characteristics were not associated with stress. Stress at work was significantly associated with physical and mental health status (p<0.001). To improve health of electric utility workers, actions are suggested to decrease stress by remuneration and an appropriate practice of physical activity aiming reduction of BMI.
Resumo:
This study assessed the quality of life (QoL) of 124 people with coronary artery disease who had coronary artery bypass surgery in a hospital in Brazil, by using the Modified Flanagan`s QoL instrument as the outcome measure. In addition, we studied the association between QoL and demographic, clinical, and perceived health status (using SF-36 Health Survey) measures. The mean for the Modified Flanagan`s QoL was high (M = 84.8, SD = 13.6) when compared to similar studies in the United States. In a linear regression analysis, the SF-36 subscales of vitality, and general and mental health were statistically significant (p < .01 for all), after adjusting for other demographic and clinical variables. Increasing values of those SF-36 subscales corresponded to increasing Modified Flanagan`s QoL. Despite the limitations of the study, this result suggests that future clinical interventions aimed to improve QoL in this population could focus on the patient`s psychological conditions after the surgery.
Resumo:
Purpose. This study was designed to explore the cultural meaning and dimensions of quality of life from the perspective of Brazilian burn patients. Method. A qualitative research approach was used. Nineteen burn patients and their close relatives participated in this ethnographic study. Data were collected by means of direct observation and semi-structured interviews, conducted in a hospital outpatient clinic and during visits to patients` homes. The following inter-related phases guided the analysis process: reading of the material and data reduction, data display, conclusion outlining and verification. Results. Participants reported that the quality of life is related to autonomy and the ability to work. The dimensions of quality of life included: resuming work and functional ability, body image, having leisure and interpersonal relationships. Their descriptions revealed their feelings and attitudes about resuming their previous activities and social lives, particularly concerning the work. Conclusion. For burn patients, quality of life is associated with the concept of normality, the satisfactory performance of social roles in the context of family life and the social world. The results showed the importance of the sociocultural dimension in the concept of quality of life for persons undergoing burn rehabilitation.
Resumo:
Small area health statistics has assumed increasing importance as the focus of population and public health moves to a more individualised approach of smaller area populations. Small populations and low event occurrence produce difficulties in interpretation and require appropriate statistical methods, including for age adjustment. There are also statistical questions related to multiple comparisons. Privacy and confidentiality issues include the possibility of revealing information on individuals or health care providers by fine cross-tabulations. Interpretation of small area population differences in health status requires consideration of migrant and Indigenous composition, socio-economic status and rural-urban geography before assessment of the effects of physical environmental exposure and services and interventions. Burden of disease studies produce a single measure for morbidity and mortality - disability adjusted life year (DALY) - which is the sum of the years of life lost (YLL) from premature mortality and the years lived with disability (YLD) for particular diseases (or all conditions). Calculation of YLD requires estimates of disease incidence (and complications) and duration, and weighting by severity. These procedures often mean problematic assumptions, as does future discounting and age weighting of both YLL and YLD. Evaluation of the Victorian small area population disease burden study presents important cross-disciplinary challenges as it relies heavily on synthetic approaches of demography and economics rather than on the empirical methods of epidemiology. Both empirical and synthetic methods are used to compute small area mortality and morbidity, disease burden, and then attribution to risk factors. Readers need to examine the methodology and assumptions carefully before accepting the results.