1000 resultados para Espaço biográfico.
Resumo:
O presente ensaio clnico comparou clinicamente, a resposta periodontal em humanos a procedimentos restauradores com invaso do espaço biolgico do periodonto, restaurados transcirurgicamente ou aps aumento de coroa clnica em 10 pacientes com idade entre 19 e 35 anos. Os exames inicial, 45, 90 e 180 dias, foram realizados por um examinador calibrado, que avaliou ndice de Placa Visvel (IPV) e de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS), Perda de Insero Clnica (PIC). Tambm foi registrada, a medida da distncia da parede cervical da restaurao at a crista ssea; aps a concluso das restauraes e ao final de 6 meses. Foram utilizadas resinas compostas tipo Filtek Flow (3M-ESPE) e Charisma (Hareuas-Kulser). Generalized Estimating Equations, Teste de Wald e Teste t foram utilizados para anlise estatstica (p 0,05). IPV e ISG mantiveram-se abaixo dos 10% ao final do estudo. Aos 180 dias a PS retornou a valores semelhantes do nvel inicial para ambos os grupos, de 2,5 mm para 2,4 mm nos stios tratados. Os stios tratados com restaurao transcirrgica, a perda de insero clnica manteve-se estvel ao longo do estudo, de 0,8 mm no nicio para 0,6 mm ao final; Enquanto que nos locais onde foi realizado aumento de coroa clnica a perda de insero clnica foi significativa, de 0,6 mm para 2,2 mm nos stios tratados, de 0,5 mm para 1,7 mm nos stios contguos e de 0,7 mm para 1,1 mm nos stios opostos. Com relao margem gengival, a posio da parede cervical da restaurao aps 180 dias, ficou mais freqentemente localizada subgengivalmente para os locais onde foram realizadas restauraes transcirrgicas. A distncia da parede cervical da restaurao crista ssea se manteve inalteralda nos locais onde foram realizadas restauraes transcirrgicas, enquanto que nos locais onde foram feitos aumentos de coroa clnica, a distncia diminuiu de 3,0 mm para 2,2 mm, sendo esta diferena significativa. A resposta periodontal associada a restauraes adesivas realizadas transcirurgicamente com invaso do espaço biolgico do periodonto foi semelhante aquela observada em locais onde as restauraes foram realizadas aps procedimentos de aumento de coroa clnica e respeitando o espaço biolgico do periodonto.
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Como forma de reduzir os riscos, recentes aparatos tecnolgicos promovem uma arquitetura funcional de maior controle tanto entre as diversas reas das empresas quanto nas relaes entre seus funcionrios. Esses controles tm como uma de suas caractersticas o reforo do poder organizacional nas empresas por meio dos objetos-fronteira. O objetivo deste trabalho a anlise desta arquitetura funcional no tocante s prticas de produo de poder entre as vrias reas organizacionais da empresa Embratel, tendo como principal ponto de partida o seu Sistema de Servio ao Cliente (SSC) caracterizado como objeto-fronteira. A pesquisa classifica-se, quantos aos seus fins, como exploratria e explicativa. No que se refere aos meios de coleta de dados, fez uso de dois instrumentos. O primeiro foi pesquisa de campo para busca de dados e informaes na Embratel e foram desenvolvidas por meio de entrevistas cujo objetivo foi investigar a percepo dos indivduos com relao ao objetofronteira. O segundo foi pesquisa documental, recurso a uso de materiais e documentos oficiais acessveis internamente na Embratel. O mtodo de pesquisa utilizado no estudo foi a anlise de discurso. Entre as principais concluses do trabalho, possvel destacar que os objetos-fronteira manifestam efeitos de poder por haver uma prtica discursiva que os legitima, atravs de instrumentalidades racionais possibilitadas pelo contexto sciohistrico. So efeitos de poder conjurados pelos objetos as seguintes categorias: classificar, controlar, selecionar, organizar, padronizar, disciplinar, normalizar, examinar, tornar visvel, vigiar, acompanhar, registrar, ordenar, hierarquizar, objetivar as relaes, tolher subjetividades, dominar acontecimento aleatrio, reduzir a indeterminao envolvida, primar pela eficincia e naturalizar.
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Dispositivos microeletrnicos como clulas solares e circuitos integrados MOS em satlites, esto sujeitos ao bombardeamento de partculas de alta energia, especialmente os uxos de prtons. Os danos causados pela irradiao de prtons podem ser facilmente simulados usando as tcnicas implantao inica, uma vez que os estudos de con abilidade dos dispositivos em condies reais (no espaço) so despendiosos. A proposta deste trabalho usar capacitores MOS para estudar a in uncia do bombardeamento de prtons na degradao do tempo de vida de portadores minoritrios, na mudana de corrente de fuga atravs do SiO2 e na mudana da carga efetiva na interface SiO2/Si. Assim como o tempo de vida est relacionado aos defeitos criados na estrutura cristalina devido s colises das partculas com os tomos de Si, a corrente de fuga caracteriza a estabilidade do dieltrico e a carga efetiva mostra o quanto a tenso de limiar dos transistores MOS (VT) afetada. Uma combinao de formao de zona desnuda na regio de depleo e gettering por implanta o inica na face inferior das lminas garantiu o melhoramento do tempo de vida nos capacitores MOS. Os aceleradores de ons do Laboratrio de Implantao Inica da UFRGS foram usados para produzir bombardeamentos de prtons com energias de 100keV , 200keV , 600keV e 2MeV , e doses no intervalo de 1x10 9 cm-2 a 3x10 12 cm-2 O tempo de vida de gerao foi obtido atravs do mtodo C-t (Zerbst modificado), a corrente de fuga atravs do mtodo I-V e a carga criada no xido atravs do mtodo C-V de alta freqncia. A literatura apresenta dados de uxos de prtons no espaço possibilitando a conexo entre os efeitos simulados por implantao inica e o espectro solar real. Como eventos solares apresentam variabilidade, alguns casos de atividade solar proeminente foram estudados. Foi de nida a funo (x) que relaciona a concentrao defeitos eletricamente ativos com a profundidade e foi feito um clculo para estimar as conseqncias sobre o tempo de vida dos portadores minorit rios. Os resultados mostram que um dia de atividade solar expressiva su ciente para degradar o tempo de vida intensamente, tendo como conseqncia a destruio de uma clula solar sem blindagem.
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Esta uma pesquisa sobre mdia e poltica que aborda o uso do rdio pelo governo da Frente Popular em Porto Alegre, no perodo entre abril de 1989 e setembro de 1990. um estudo de caso que trata do sistema de monitorao de rdio adotado pelo governo da Frente Popular em seis emissoras de rdio ( Gacha, Guaba, Farroupilha, Princesa, Bandeirantes e Pampa) durante 24 horas. Defende-se a tese de que o governo da Frente Popular, em Porto Alegre, ao responder aos ouvintes, apropriou-se de um lugar especfico da mdia para dar visibilidade ao seu projeto poltico de esquerda constituindo um novo cenrio da disputa poltica. Com esta estratgia de responder a interpelao dos ouvintes, a Frente Popular pautou a mdia e provocou uma alterao nos critrios de noticiabilidade no rdio ao mesmo tempo em que estabeleceu um controle da programao das emissoras. Os objetivos do estudo so verificar se a estratgia de Comunicao da Prefeitura Municipal de Porto Alegre de controlar as demandas dos cidados, atravs do rdio, resulta em crditos poltico; entender como, em uma sociedade dominada pela informao, produto de grandes empresas de comunicao, consegue ser seduzida pela estratgia poltica de um governo; compreender a eficcia do rdio como instrumento de uso poltico de governos democrticos; reafirmar que a pesquisa de campo, que leva em conta a prtica e a observao dos cidados comuns e seu cotidiano, a base para todo e qualquer estudo sobre a ao da comunicao, especialmente, do jornalismo na sociedade. O governo da Frente Popular atravs das diferentes secretarias e autarquias respondia aos ouvintes, prometendo executar o servio no espaço da prpria emissora que havia veiculado a reclamao. Esta trama entre rdio, ouvinte e governo resulta no fortalecimento do projeto poltico da Frente Popular.
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Esta pesquisa envolve a anlise de um processo construtivo que resulta em dez objetos-ninho que compem a srie denominada Aninhos. O texto, integrado tessitura do trabalho, investiga vestgios, motivaes e influncias na feitura do mesmo, o que o torna repleto de referncias pessoais, culturais e histricas. E isto atravs do olhar transpositivo um olhar especial, reflexivo, distanciado, que resgata a trajetria dessa poitica, onde so alinhavados temas tais como o desenvolvimento do processo simblico (Cassirer), visto pela teoria da constituio de linguagem, tratada por Lacan; as coneces com o espaço social, atravs das teorias de Leroi-Gourhan e de Arnau Puig; as coneces com o espaço perceptivo, atravs da leitura de Merlot-Ponty, Arnhein e Pareyson; as vertentes histricas tratadas por Argan e Calabrese; e um cdigo imagtico, recuperado por vertentes simblicas (mitolgicas e literrias). Associados ao processo construtivo dos objetos-ninho, todos esses assuntos revelam-se em um espaço de caractersticas neobarrocas, que nomeio espaço topolgico, baseada em uma definio de Arnau Puig. Um espaço que o objetivo deste processo e pertence tanto ao plano fsico como ao imaginrio; que se instaura a partir do processo de comunicao e que, contentor da dinmica que movimenta a obra, possibilita interseces, atravs de gestos e reflexes, entre obra-artista-contexto-espectador.
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O processamento de imagens tem sido amplamente utilizado para duas tarefas. Uma delas o realce de imagens para a posterior visualizao e a outra tarefa a extrao de informaes para anlise de imagens. Este trabalho apresenta um estudo sobre duas teorias multi-escalas chamadas de espaço de escala e transformada wavelet, que so utilizadas para a extrao de informaes de imagens. Um dos aspectos do espaço de escalas que tem sido amplamente discutido por diversos autores a sua base (originalmente a gaussiana). Tem se buscado saber se a base gaussiana a melhor, ou para quais casos ela a melhor. Alm disto, os autores tm procurado desenvolver novas bases, com caractersticas diferentes das pertencentes gaussiana. De posse destas novas bases, pode-se compar-las com a base gaussiana e verificar onde cada base apresenta melhor desempenho. Neste trabalho, foi usada (i) a teoria do espaço de escalas, (ii) a teoria da transformada wavelet e (iii) as relaes entre elas, a fim de gerar um mtodo para criar novas bases para o espaço de escalas a partir de funes wavelets. O espaço de escala um caso particular da transformada wavelet quando se usam as derivadas da gaussiana para gerar os operadores do espaço de escala. com base nesta caracterstica que se props o novo mtodo apresentado. Alm disto, o mtodo proposto usa a resposta em freqncia das funes analisadas. As funes bases do espaço de escala possuem resposta em freqncia do tipo passa baixas. As funes wavelets, por sua vez, possuem resposta do tipo passa faixas Para obter as funes bases a partir das wavelets faz-se a integrao numrica destas funes at que sua resposta em freqncia seja do tipo passa baixas. Algumas das funes wavelets estudadas no possuem definio para o caso bi-dimensional, por isso foram estudadas trs formas de gerar funes bi-dimensionais a partir de funes unidimensionais. Com o uso deste mtodo foi possvel gerar dez novas bases para o espaço de escala. Algumas dessas novas bases apresentaram comportamento semelhante ao apresentado pela base gaussiana, outras no. Para as funes que no apresentaram o comportamento esperado, quando usadas com as definies originais dos operadores do espaço de escala, foram propostas novas definies para tais operadores (detectores de borda e bolha). Tambm foram geradas duas aplicaes com o espaço de escala, sendo elas um algoritmo para a segmentao de cavidades cardacas e um algoritmo para segmentao e contagem de clulas sanguneas.
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Tem como tema central a organizao do espaço vinculada s transformaes da agricultura brasileira. O que propomos aqui que se repense a organizao do espaço, privilegiada no seu recorte rural, fundamentada na compreenso da realidade espacial, mediante o entendimento das suas dimenses e das suas transformaes.
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Uma metodologia de modelagem para a explorao do espaço de projeto de processadores apresentada. A explorao do espaço de projeto constitui uma das etapas do fluxo de projeto dos atuais processadores de alto desempenho e de sistemas embarcados, que auxilia os projetistas no tratamento da complexidade inerente ao processo contemporneo de projeto de sistemas computacionais. A principal caracterstica desta metodologia um processo de modelagem simples e rpido. Isso obtido atravs da disponibilizao dos recursos de modelagem em camadas com propsitos e nveis de complexidade de uso diferenciados e da limitao do nmero de elementos (palavras-chave, classes e mtodos) que devem ser conhecidos pelo projetista para o acesso a estes recursos, independentemente da camada na qual eles se encontram. A nica exigncia para o uso de tais recursos so conhecimentos que estudantes de Computao adquirem ao longo dos seus cursos da rea de Computao e Informtica. Outras caractersticas da metodologia de modelagem incluem: recursos especficos e distintos para a descrio da organizao, da arquitetura e de aspectos temporais do processador; um estilo de descrio estrutural de alto nvel da organizao; a possibilidade de uso de recursos grficos em tempo de modelagem e em tempo de simulao; e a existncia de informaes nos modelos que podem ser usadas para a traduo das descries para uma Hardware Description Language Todas estas caractersticas constituem um conjunto de solues de modelagem e simulao de processadores que no encontrado em outros ambientes usados na explorao do espaço de projeto, baseados em Architecture Description Languages, Hardware Description Languages e ferramentas de simulao. Alm disso, os modelos de processadores, desenvolvidos com esta metodologia, fornecem os recursos para a acelerao do aprendizado de contedos de arquitetura de computadores que s so encontrados em simuladores para ensino. Uma infra-estrutura de software que implementa a metodologia de modelagem foi desenvolvida e est disponvel. Ela foi usada no ensino e no contexto da pesquisa para a modelagem e simulao de diversos processadores. Uma comparao com a metodologia de modelagem de uma Architecture Description Language demonstra a simplicidade e a rapidez do processo de modelagem previsto na metodologia apresentada.
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Esta dissertao apresenta um estudo histrico da creche no Brasil, tendo por objetivo analisar como a mesma instituio que carrega o estigma de lugar de abandono compreendida atualmente por alguns segmentos sociais como espaço educativo. A questo da creche particular privilegiada. A partir de uma abordagem que reconhece a importncia da influncia do contexto scio-econmico nas propostas educativas, inicialmente foi feito um acompanhamento da trajetria histrica da creche no Brasil, analisando luz de alguns estudos sobre a problemtica da mulher, as relaes entre a demanda por creches e a situao feminina no que diz respeito ao trabalho e famlia. Em seguida destacaram-se as relaes entre os ob jetivos que historicamente foram sendo definidos para as instituies destinadas criana pequena, e o desenvolvimento dos conhecimentos sobre esta criana, privilegiando-se o estudo do movimento da Escola Nova. Posteriormente, realizou-se a anlise das primeiras revistas que desde a dca da de 70 popularizam estes conhecimentos e que vm criando determinada viso de creche. Finalmente, a entrada da classe mdia como clientela desta instituio, que vai dar enfase ao seu aspecto educativo, compreendida a partir do processo de modernizao da sociedade, com o aumento da presena da mulher no mercado de trabalho, e a difuso do conhecimento sobre a criana pequena.
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Este trabalho - As imagens do povo e o espaço vazio da arte - educao - o desenvolvimento de uma reflexos sobre a arte, suas condies de produo e o seu conteudo, na busca de subsdio para o desenvolvimento da educao artstica no contexto da Educao Formal. Esta refleo se fundamenta no pressuposto de que a arte no um momento separado da praxis humana, mas que se constitui num objeto de apropriao do real, que ao express-lo cria uma realidade humano-social e a ela se integra, estabelecendo uma rede de interaes. A metodologia empregada para as verificaes concernentes aos pressupostos tericos, situa-se no que se convencionou denominar "estudo de caso". Analisa-se a produo do artista plstico, Antnio Poteiro, ceramista e pintor, de origem popular, procurando nela instncias de crtica e renovao social. Do ponto de vista da apresentao, este estudo se constitui de quatro partes. Na primeira parte, introdutria, sao abordados aspectos tericos da arte em sua relao com a realidade social. Enfatiza-se o problema da fruio nas artes figurativas.A segunda dedicada vida do artista. Faz-se transcrio da histria de vida, segue-se um comentrio evidenciando aspectos da capacidade criadora do artista. A terceira dedicada a sua obra, pintura e escultura. Procede-se o deciframento de um conjunto de obras, a partir de um tema recorrente. Numa fase final, reunem-se as questes concernentes a produo do artista, para que venham contribuir para a educao, supondo-se que a arte ocupe nos processos educacionais, um espaço que leve ao desenvolvimento da sensibilidade humana.
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Este trabalho procura analisar um Projeto-piloto de educao de adultos com trabalhadores rurais lumpem-proletarizados pelo violento e acelerado processo de modernizao da agro-indstria sucro-alcooleira do municpio de Campos dos Goytacazes. Expropriados de seus meios de trabalho, 50% destas populaes foram expulsas do meio rural durante o perodo de 1950-91, sendo que 25% delas foram obrigadas a se mudar para a cidade de Campos durante a dcada de 80, multiplicando o nmero de favelas de 13 para 30, em reas insalubres e perigosas. Dados do mGE/IPEA apontam uma populao atual de 26.000 famlias vivendo na indigncia, o que representa 130.000 pessoas ou 33% do total de residentes do municpio de Campos que demandam a criao urgente de programas habitacionais, de sade preventiva, educao, lazer, reciclagem profissional, empregos, etc. Dada a brutalidade e intensidade do processo de lumpem-proletarizao destes trabalhadores rurais, a partir da dcada de 80, toma-se necessrio que o Poder Pblico Municipal defina como prioridade de ao a criao de Programas especficos, e com metodologias adequadas, para o atendimento a estas populaes. O Projeto de Gerao de Renda atravs da Metodologia da Educao de Rua, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Promoo Social-SMDPS, da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, durante os anos de 1991-92, mostrou-se uma alternativa adequada para estimular a conquista da cidadania por parte das populaes com elevado nvel de empobrecimento. Realizado no meio-ambiente destas populaes e tendo como principal pressuposto pedaggico o resgate de seus saberes e a identificao de seus principais problemas, necessidades, interesses e desejos, este projeto conseguiu mobilizar e envolver as populaes atendidas por ele promovendo a elevao de seus nveis de participao, de auto-estima e auto-confiana, assim como a melhoria dos nves de relacionamento entre os participantes do projeto, tanto entre tcnicos- educadores e populaes, quanto destas populaes com suas vizinhanas. Esta melhoria dos nveis de relacionamento entre os participantes do projeto pde ser observada atravs do aumento da capacidade de tolerncia, dilogo, respeito, reconhecimento e valorizao dos aspectos positivos de cada um.
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A crescente criminalidade nas reas urbanas e o sentimento de insegurana dos cidados, bem como as formas de preveno a estes problemas atravs do projeto urbano, so questes que tem sido investigadas em estudos relacionados aos efeitos do ambiente construdo sobre a ocorrncia de crimes. Muitas pesquisas tem evidenciado o importante papel do projeto fsico na reduo do crime no espaço urbano, sugerindo que a organizao dos espaços pode minimizar as oportunidades do crime ocorrer. O layout do ambiente no ir causar ou inibir a atividade criminal, ou determinar o nvel de segurana do espaço, mas nos locais onde o problema da falta de segurana existe, o layout e a organizao do espaço podem torn-lo mais seguro. Partindo da premissa que a falta de segurana urbana se reflete em ambientes residenciais, mais especificamente em conjuntos habitacionais, tendo um forte impacto na qualidade de vida, atitudes e comportamento dos usurios, esta pesquisa tem como objetivo verificar a influncia de determinadas variveis fsicas de projeto na ocorrncia de crimes em seis conjuntos habitacionais localizados na cidade de Porto Alegre, que apresentam diferentes tipologias e configuraes, inseridos em diferentes contextos urbanos, destinados populao de baixa renda. A escolha do local para realizar o estudo tambm objetivou expandir o reduzido conhecimento existente sobre as variveis fsicas associadas ao crime em conjuntos habitacionais de Porto Alegre. Foram selecionados indicadores para analisar estes fatores, atravs do uso de mtodos de avaliao ps-ocupao. Os resultados sustentaram a influncia de fatores relacionados ao controle territorial, conexes visuais e funcionais, localizao do conjunto e criminalidade da rea, no sustentando totalmente a influncia de fatores relacionados definio territorial, configurao dos acessos, manuteno das edificaes e reas livres, nvel de integrao das vias de circulao e uso dos espaços na ocorrncia de crime nestes ambientes. Assim, fica evidenciada a importncia da considerao das variveis fsicas do layout de conjuntos habitacionais como agentes na reduo da suscetibilidade destes locais ao crime.