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Resumo:
Esta pesquisa documental analisa as concep����es de alfabetiza����o, leitura e escrita subjacentes �� Provinha Brasil no per��odo 2008-2012 e o panorama em que esse programa de avalia����o �� produzido. Parte do referencial bakhtiniano e do conceito de alfabetiza����o de Gontijo (2008, 2013). Ao tomar a Provinha como g��nero do discurso, discute os elos precedentes dentro do contexto de produ����o dessa avalia����o, a autoria do Programa e seus principais destinat��rios. Constata que a Provinha �� criada como resposta ��s demandas de avalia����o da alfabetiza����o provenientes de organismos internacionais como o Banco Mundial e a Organiza����o das Na����es Unidas para a Educa����o (Unesco). A avalia����o �� elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An��sio Teixeira (Inep) como ��rg��o que coordena as avalia����es no Pa��s, em colabora����o com pesquisadores de universidades e de organiza����es da sociedade civil, para demonstrar confiabilidade cient��fica aliada �� participa����o democr��tica no processo de produ����o. Seus principais destinat��rios s��o gestores de Secretarias de Educa����o e professores. Aos primeiros, cabe aderir ao programa de avalia����o e tomar medidas administrativas para sua operacionaliza����o nas redes. Os docentes t��m o papel central de seguir as orienta����es do material e reorganizar sua pr��tica em fun����o de melhorias nos desempenhos das crian��as no teste. Estas, por sua vez, s��o desconsideradas como sujeitos de dizeres e �� legitimado um discurso homogeneizador sobre seu desenvolvimento. A partir dos testes aplicados e das matrizes de refer��ncia e seus eixos, a pesquisa analisa como a diferencia����o te��rica entre alfabetiza����o e letramento se concretiza na organiza����o das provas. A alfabetiza����o, entendida como apropria����o do sistema de escrita, �� avaliada no primeiro eixo do teste principalmente como identifica����o de unidades menores da l��ngua, como letras, s��labas e fonemas. As habilidades de leitura, ligadas ao letramento como concebido nos pressupostos do programa, s��o aferidas ora como decodifica����o de palavras e frases descontextualizadas, ora como apreens��o de significado predeterminado do texto. A escrita somente �� avaliada no ano de 2008 e por meio de itens que solicitavam codifica����o de palavras e frases ditadas pelo aplicador. Desse modo, a Provinha Brasil contribui para a subtra����o das potencialidades pol��ticas e transformadoras do aprendizado da l��ngua materna no Pa��s.
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A leishmaniose tegumentar americana (LTA) �� uma doen��a que acomete pele e mucosas causada por parasitos dermotr��picos do g��nero Leishmania Ross, 1903. Os parasitos s��o transmitidos atrav��s da picada de pequenos d��pteros da fam��lia Psychodidae, os flebotom��neos. O munic��pio de Cariacica, Esp��rito Santo, Brasil, esteve nos ��ltimos cinco anos (2009 a 2013) entre os cinco que apresentaram maior n��mero de casos notificados no estado, segundo a Secretaria de Estado de Sa��de (SESA-ES, 2014). A localidade de Roda D�����gua demonstra grande import��ncia, por concentrar elevado n��mero de casos, contribuindo com grande parte das notifica����es do munic��pio. Avaliando os casos da doen��a na regi��o, registrados nos prontu��rios m��dicos do servi��o de refer��ncia, na Unidade de Medicina Tropical da Universidade Federal do Esp��rito Santo, observou-se que estes ocorriam a at�� 550 m de altitude, numa ��rea que vai de 20 a 718 m. A hip��tese mais prov��vel seria a de que o fen��meno fosse relacionado aos vetores, j�� que o homem e os animais estariam presentes em todas as altitudes. De fevereiro de 2002 a janeiro de 2004 foram realizadas coletas mensais de flebotom��neos em Roda D�����gua, que aconteciam simultaneamente em tr��s n��veis de altitude, sendo: n��vel 1 - at�� 250 m; n��vel 2 - entre 250 e 500m e n��vel 3 - acima de 500m. Em cada n��vel as coletas aconteciam em dois ambientes: mata e peridomic��lio. As capturas eram feitas em armadilhas de Shannon modificadas e por busca ativa em repouso, com capturador de Castro. Avaliou-se o comportamento das esp��cies quanto �� pluviosidade (per��odos seco e chuvoso) e ��s esta����es do ano. Analisaram-se estatisticamente as principais esp��cies antropof��licas de import��ncia epidemiol��gica (Falqueto, 1995). Foram calculados os ��ndices ecol��gicos abund��ncia, riqueza, diversidade, equitabilidade e domin��ncia. Coletou-se um total de 13233 flebotom��neos, com identifica����o de 23 esp��cies. A esp��cie predominante foi Nyssomyia intermedia (61,12%), seguida por Pintomyia fischeri (18,20%) e Migonemyia migonei (8,68%), todas antropof��licas. Somou-se a estas a esp��cie Pintomyia monticola, que representou 1,67% do total de esp��cimes coletados e tamb��m �� altamente antropof��lica. As demais esp��cies somaram 10,10% do total de flebotomineos. A altitude influenciou a distribui����o das quatro esp��cies analisadas, tendo Ny. intermedia e Pi. fischeri sido mais abundantes no n��vel 2, Mg. migonei mais abundante no n��vel 1 e Pi. monticola no n��vel 3. Em rela����o ao ambiente, as esp��cies Ny. intermedia e Mg. migonei foram estatisticamente mais abundantes no peridomic��lio e Pi. monticola na mata. A distribui����o de Pi. fisheri n��o apresentou diferen��a significativa entre os dois ambientes, por��m foi a ��nica afetada pelas chuvas e esta����es do ano, sendo a esp��cie mais encontrada no per��odo seco e no inverno. Nyssomyia intermedia parece ser a principal esp��cie vetora da LTA em Roda D�����gua, com Mg. migonei provavelmente tendo papel secund��rio. Pi. fisheri n��o parece estar envolvido localmente na transmiss��o da doen��a para humanos, apesar de j�� ter sido incriminado em outras regi��es. A distribui����o de Pi. monticola em rela����o �� altitude e ao ambiente indica ser improv��vel sua participa����o na transmiss��o da LTA naquela regi��o.
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Em um contexto de amplia����o dos lugares p��blicos participativos no Brasil h�� de se considerar expectativas de despertar valores sociopol��ticos nos estudantes universit��rios em seu processo de qualifica����o cidad�� e profissional, diante das cr��ticas �� forma����o dos administradores. Portanto, este trabalho visa compreender a din��mica da consci��ncia pol��tica dos estudantes da gradua����o em administra����o de uma universidade p��blica federal no sudeste do Brasil em sua rela����o com a participa����o cidad�� nos lugares p��blicos participativos no estado e munic��pios. Adota-se o modelo anal��tico de consci��ncia pol��tica para a compreens��o da participa����o em a����es coletivas de Sandoval (2001) como marco te��rico, associado �� literatura sobre participa����o cidad��. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos dados foram coletados atrav��s de documentos, aplica����o de 30 question��rios e 17 entrevistas semiestruturadas, com 30 estudantes universit��rios da gradua����o em administra����o matriculados em 2014/1. Os dados foram submetidos �� an��lise de conte��do (BARDIN, 2004). Os resultados revelam 12 estudantes que n��o participam nos lugares p��blicos participativos e 18 estudantes que participam em pelo menos um destes lugares. O interesse em exercer a cidadania, melhorar as pol��ticas p��blicas, gostar de implicar-se com os assuntos p��blicos e defender seus interesses em circunst��ncias de conflito s��o as justificativas citadas pelos que participam. Evidenciam-se nos estudantes com participa����o mais ativa, cren��as, valores e expectativas societais, articuladas �� efic��cia pol��tica, identidade coletiva, interesses antag��nicos, sentimentos de justi��a e injusti��a, favorecendo a vontade de agir coletivamente, devido �� percep����o de conex��o de seus interesses com as metas e a����es coletivas dos movimentos que se envolvem. Os estudantes que n��o participam desconfiam dos lugares p��blicos participativos e demonstram desinteresse pelos assuntos p��blicos, embora apontem um desconforto em n��o participar. Suas cren��as, valores e expectativas societais, associadas aos sentimentos de inefic��cia pol��tica dificultam o desenvolvimento da consci��ncia pol��tica. Conclui-se que estes estudantes possuem uma consci��ncia pol��tica de senso comum, demonstrando valores sociais e pol��ticos inerentes aos modismos presentes na vida cotidiana das pessoas. J�� os estudantes com participa����o mais ativa apresentam uma consci��ncia pol��tica de conflito, motivando-os �� participa����o nos lugares avaliados como eficazes ��s suas proposi����es. Entretanto, o Centro Acad��mico Livre de Administra����o Honestino Guimar��es (CALAD), principal lugar de representa����o e participa����o dos interesses dos estudantes no curso, encontra-se sem dire����o e participa����o nas inst��ncias institucionalizadas na universidade.
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As a����es de reflorestamento com o pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) depende de informa����es de suas caracter��sticas ecofisiol��gicas sujeitas ��s varia����es ontogen��ticas e ambientais. O objetivo desse trabalho foi caracterizar alguns aspectos morfol��gicos, anat��micos, fisiol��gicos e estruturais de parede celular de C. echinata nas fases juvenil, jovem e adulto em condi����es naturais em um fragmento da Floresta Atl��ntica. Foi analisada a biometria, concentra����o de nutrientes e dos pigmentos cloroplast��dicos dos foli��lulos, anatomia foliar e do xilema secund��rio do caule e a constitui����o dos pol��meros estruturais de parede celular. Os indiv��duos juvenis localizados no estrato inferior da floresta se destacaram pela maior ��rea foliar espec��fica e maiores teores de pigmentos cloroplast��dicos bem como pelas maiores dimens��es de suas c��lulas guardas associado ��s maiores concentra����es de K e Ca foliar. Estruturalmente, os indiv��duos juvenis apresentaram menores elementos de vasos e teores de lignina. Os indiv��duos jovens apresentaram valores intermedi��rios das vari��veis analisadas. J�� os indiv��duos adultos, cujas copas alcan��avam o dossel, se destacaram pelo maior espessamento do limbo, da cut��cula e do par��nquima lacunoso, teor de ��gua foliar, densidade estom��tica e teor de lignina foliar e caulinar cuja capacidade de s��ntese foi associada ao maior teor de P foliar. O conte��do de celulose foliar e caulinar n��o variou entre as diferentes fases ontogen��ticas. As hemiceluloses s��o do tipo xilanos com possibilidade de presen��a de xiloglucano dada a maior fra����o de xilose (��12% MS) e galactose (��1% MS). A glucose foi o monossacar��deo mais representativo (��40% MS) sem diferen��as ontogen��ticas. As diferen��as morfol��gicas, anat��micas, fisiol��gicas e estruturais parecem, tamb��m, estarem sob controle da irradi��ncia mais intensa na copa dos indiv��duos adultos. Os resultados denotam que o plantio consorciado com esp��cies de crescimento r��pido seja a melhor a����o para o reflorestamento de C. echinata.
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O presente trabalho re��ne os elementos que comp��em a atual concep����o de assist��ncia social no Brasil, a partir da promulga����o da constitui����o de 1988, quando a assist��ncia social foi reconhecida pela primeira vez como direito de cidadania e dever legal do Estado, garantido pela Lei Suprema. Nesta lei, a assist��ncia social pressupunha uma l��gica de pleno emprego, destinada, portanto, prioritariamente aos incapazes para o trabalho. No entanto, em um contexto de desemprego estrutural esta passa a ser compreendida em termos de garantias de seguran��as, buscando assumir a prote����o social daqueles capazes para o trabalho, tendo em vista a deteriora����o do mercado de trabalho, restri����o de oportunidades e de renda e o crescimento progressivo do desemprego e da informalidade. A ideia central �� a de que se trata de uma descri����o cr��tica da concep����o de assist��ncia social no Brasil, problematizando cada um de seus argumentos mais expl��citos com o intuito de revelar uma intencionalidade vinculada �� uma perspectiva de Estado. Utilizamos o termo concep����o no sentido de conceber, pensar, sentir, entender ou interpretar algo. A assist��ncia social, na atualidade, responde a um ��nico processo que re��ne aspectos hist��ricos, econ��micos, pol��ticos, sociais e ideol��gicos e neste sentido, representa uma concep����o de mundo e um projeto de sociedade, defendido pela classe dominante, pautado pela explora����o do trabalho. A atual concep����o de assist��ncia social segue, portanto, uma nova forma de pol��tica social a partir da perspectiva de desenvolvimento humano e combate �� pobreza em que a grande ��nfase tem sido a de retirar as discuss��es e a interven����o na pobreza do ��mbito da quest��o social, alocando-a nos indiv��duos e em suas ���incapacidades���. A assist��ncia social ao assumir a responsabilidade ou coresponsabilidade no desenvolvimento de capacidades dos indiv��duos sinaliza a tend��ncia de uma nova concep����o de bem-estar social.
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O objetivo desta disserta����o, de forma geral, foi estimar empiricamente a probabilidade de imigra����o interestadual de trabalhadores qualificados para o Brasil. Consideraram-se tanto as vari��veis relativas ao indiv��duo quanto as vari��veis relacionadas aos fatores regionais de origem e destino do imigrante e as an��lises foram feitas para os anos de 2001, 2006 e 2011. Para estimar os coeficientes das vari��veis explicativas foram utilizados os modelos probit e logit. Os bancos de dados utilizados foram os microdados da PNAD e os principais resultados mostram que o principal polo de atra����o de trabalhadores qualificados �� o estado de S��o Paulo. Em geral a probabilidade de migra����o de trabalhadores qualificados �� maior para os indiv��duos do sexo masculino, brancos e solteiros. Pessoas mais jovens e com maiores sal��rios tamb��m s��o mais propensas a serem imigrantes qualificados.
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Este estudo tem como objetivo discutir a mem��ria hist��rica do primeiro foco guerrilheiro no Brasil, organizado pelo Movimento Nacional Revolucion��rio (MNR), em 1966-1967, com o apoio de Leonel Brizola e de Cuba, na regi��o do Capara��, divisa dos Estados de Minas Gerais e Esp��rito Santo. Assim, o estudo se prop��e a analisar o pouco conhecido epis��dio da forma����o, do idealismo e do desfecho que envolveu a Guerrilha do Capara��, apresentando as mem��rias dos guerrilheiros (sendo em sua grande maioria ex-militares), dos agentes da repress��o, dos setores conservadores da sociedade e dos habitantes das comunidades do entorno do atual Parque Nacional do Capara��, demonstrando, assim, as diferentes percep����es e representa����es sobre a referida Guerrilha. Para tanto, ser�� exposto todo o contexto hist��rico da ��poca em quest��o. Como metodologia, utilizaremos o conceito de mem��ria, que, em suas ramifica����es, abranger�� a hist��ria oral, al��m de an��lises bibliogr��ficas, pesquisas em jornais do per��odo (A Gazeta, O Globo, Jornal do Brasil, A ��ltima Hora, Tribuna da Imprensa, Correio da Manh��, O Estado de S��o Paulo, Estado de Minas, O Di��rio da Tarde), em revistas (O Cruzeiro, Opini��o e Revista Capixaba) e em documentos da Delegacia de Ordem Pol��tica e Social (DOPS) dos Arquivos P��blicos dos estados do Esp��rito Santo e Minas Gerais, e documentos do Servi��o Nacional de Informa����o (SNI), do Arquivo Nacional.
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Entre mar��o de 2011 e dezembro de 2012 foram realizadas 30 sa��das de campo para avaliar os padr��es de uso de habitat e estrutura de grupo de Sotalia guianensis na regi��o da foz do rio Doce, costa norte do Esp��rito Santo. A coleta de dados foi realizada com aux��lio de uma embarca����o a partir de rotas pr��-determinadas distribu��das homogeneamente na ��rea de estudo. Informa����es sobre as vari��veis ambientais foram coletadas a cada hora de amostragem e a cada grupo de golfinhos avistado. Atrav��s da an��lise de Cluster foram identificados tr��s diferentes habitats baseados na similaridade entre vari��veis ambientais. Durante 242hs48min de amostragem foram percorridos 1.523km e 119 grupos de botos-cinza foram avistados. Grupos de Sotalia guianensis, assim como indiv��duos imaturos, foram observados ao longo de todo o ano na ��rea de estudo, n��o apresentando diferen��a sazonal entre as esta����es seca (abril a setembro) e chuvosa (outubro a mar��o). Os grupos apresentaram uma m��dia de 9,9 indiv��duos. Animais imaturos estavam presentes na maioria dos grupos (71%), apresentando uma rela����o direta com o n��mero de adultos. Os botos-cinza apresentaram o uso quase exclusivo da regi��o marinha aberta adjacente �� desembocadura do rio apontando um padr��o de uso de habitats heterog��neo, onde as ��reas de maior concentra����o de golfinhos n��o corresponderam ��s ��reas preferenciais de alimenta����o. Os resultados obtidos neste trabalho refletem como S. guianensis responde a complexidade dos fatores bi��ticos e abi��ticos da ��rea de estudo, apontando um padr��o de uso de habitat diferenciado para a esp��cie.
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Esta disserta����o de Mestrado tem como objetivo analisar comparativamente a forma pela qual a tem��tica da Ra��a foi discutida pelo ��talo-argentino Jos�� Ingenieros e pelo brasileiro Manoel Bomfim nas duas primeiras d��cadas do s��culo XX. A hip��tese deste trabalho �� que ambos os autores buscaram definir qual seria o ���leg��timo povo��� dos seus respectivos pa��ses a partir de um crit��rio racial. Esta pesquisa est�� dividida em tr��s partes. O primeiro cap��tulo busca tra��ar o perfil intelectual de Ingenieros e de Bomfim para que os leitores possam visualizar a trajet��ria profissional destes homens e entend��-los melhor; o segundo cap��tulo demonstra as concep����es de mundo em meio a qual estes autores cresceram e como elas repercutiram em seus escritos; o ��ltimo cap��tulo �� dedicado a fazer a an��lise das fontes Sociologia Argentina, de Ingenieros, e Am��rica Latina: males de origem, de Bomfim, para que seja poss��vel refletir sobre como estes intelectuais pensaram a quest��o da ra��a e como eles a relacionaram ��s suas concep����es de ���povo ideal��� em seus respectivos pa��ses.
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O g��nero Guerlinguetus, pertencente �� fam��lia Sciuridae, possui sete esp��cies existentes no Brasil. Essas esp��cies t��m sido tratadas como sin��nimos de Sciurus aestuans, mas foram distinguidas em um g��nero pr��prio com base nas revis��es taxon��micas mais abrangentes dispon��veis at�� recentemente. Apesar disso, pouco h�� na literatura sobre a distribui����o das esp��cies desse g��nero no Brasil e nenhuma pesquisa visando o conhecimento de sua distribui����o futura havia sido realizada. A modelagem de distribui����o potencial de esp��cies tem se tornado um componente importante dos planos de conserva����o e uma grande quantidade de t��cnicas t��m sido desenvolvidas com esta finalidade. Ela pode ser uma ferramenta importante para determinar o grau de amea��a principalmente em esp��cies ou grupos com poucas informa����es dispon��veis sobre sua distribui����o. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi verificar a influ��ncia das poss��veis mudan��as clim��ticas na distribui����o das esp��cies de Guerlinguetus no Brasil, atrav��s da modelagem potencial das distribui����es atual e futura dessas esp��cies. Para isso foram utilizados dados clim��ticos e topogr��ficos e o cen��rio pessimista de emiss��o de CO2 (A2) para o ano 2070, do Modelo de Circula����o Geral CSIRO, com base no quarto relat��rio do Painel Intergovernamental de Mudan��as Clim��ticas. Os modelos gerados apresentaram perda significativa de ��reas consideradas ambientalmente adequadas, do modelo de distribui����o atual para o modelo de distribui����o futura para as esp��cies de Guerlinguetus, com exce����o de G. aestuans. Apesar da expans��o da regi��o potencial de distribui����o de G. aestuans para o ano de 2070, a m��dia dos valores de adequabilidade ambiental diminuiu em rela����o ao modelo de distribui����o atual. A localiza����o dessas esp��cies de h��bito arbor��cola em ��reas geograficamente espalhadas dentro da Amaz��nia, Cerrado e Mata Atl��ntica �� preocupante, devido a grande perda de ��rea original desses biomas, tornando poss��vel a hip��tese de amea��a �� sobreviv��ncia das esp��cies devido a mudan��as ambientais futuras.
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A anta Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758), ��ltimo representante da megafauna Pleistoc��nica na regi��o Neotropical, representa um importante grupo funcional, pois dispersam uma grande variedade de esp��cies vegetais, especialmente frutos. No entanto, o padr��o de frugivoria da esp��cie pode variar entre diferentes ��reas. Dessa forma, nosso interesse foi investigar o grau de frugivoria da esp��cie em duas diferentes ��reas no estado do Esp��rito Santo e a sua import��ncia para a din��mica florestal. Para isso, foram coletadas amostras fecais, atrav��s de busca ativa em diferentes ambientes na Reserva Biol��gica do C��rrego do Veado (Rebio C��rrego do Veado) e na Reserva Particular do Patrim��nio Natural Recanto das Antas (RPPN Recanto das Antas), durante o per��odo de janeiro de 2011 a novembro de 2013. Ap��s a triagem do material biol��gico, as sementes foram individualizadas, classificadas quanto ��s caracter��sticas e grupos ecol��gicos e identificadas at�� o menor n��vel taxon��mico poss��vel. Foi obtido um esfor��o amostral de 130 dias, resultando em 325 amostras fecais coletadas, sendo 53,2% da Rebio C��rrego do Veado e 46,8% da RPPN Recanto das Antas. Do total de amostras, 41,8% estavam depositadas dentro ou pr��ximas a corpos d�����gua e 58,2% na serrapilheira/substrato seco. A dieta da anta foi composta por 94,1% de fibras e 5,9% de frutos. Foram encontradas duas vezes mais amostras contendo sementes na RPPN Recanto das Antas do que na Rebio C��rrego do Veado. Das 30 morfoesp��cies encontradas nas amostras, 15 foram identificadas em n��vel espec��fico, as quais est��o distribu��das em oito fam��lias. As fam��lias mais representativas foram Anacardiaceae, Fabaceae e Myrtaceae. As esp��cies mais freq��entemente encontradas nas amostras foram Spondias macrocarpa Engl. e S. venulosa (Engl.) Engl. Do total de sementes encontradas 60% apresentam dispers��o zooc��rica e 46,7% s��o sementes grandes e muito grandes e 50% possuem fruto do tipo carnoso. Das morfoesp��cies encontradas, sete foram registradas em ambas as unidades de conserva����o, 21 foram encontradas apenas na RPPN Recanto das Antas e duas foram encontradas na Rebio C��rrego do Veado. Isso pode indicar que o ambiente na RPPN Recanto das Antas pode fornecer mais frutos que na Rebio C��rrego do Veado, o que pode ser um resultado do hist��rico de perturba����es da ��ltima reserva. Na d��cada de 1980, 80% da Rebio C��rrego do Veado foi queimada em um inc��ndio e, atualmente, o entorno da reserva �� composto principalmente por pastagens. Ao contr��rio, a RPPN Recanto das Antas, apesar de sua ��rea ter sofrido extra����o seletiva na d��cada de 50, est�� inserida no maior remanescente de Mata Atl��ntica do Esp��rito Santo. Ainda que a anta possua uma dieta composta por uma variedade de frutos nas ��reas de estudo, ela aparenta ser menos frug��vora do que em outras ��reas da Mata Atl��ntica. Contudo, �� evidente a import��ncia de T. terrestris na dispers��o de um grande n��mero de esp��cies vegetais, especialmente as esp��cies com sementes grandes, aumentando o recrutamento de esp��cies de plantas que n��o s��o dispersadas por outras esp��cies animais.
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O escopo deste trabalho buscou compreender as percep����es de mulheres que passaram pela decis��o do aborto provocadona Microrregi��o de S��o Mateus (norte do estado do Esp��rito Santo, Brasil), a partir do percurso e das intera����es que se sustentaram nesse processo. Foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado com sete mulheres sobre essa experi��ncia no ambiente domiciliar dos sujeitos do presente estudo. Os dados foram colhidos em entrevistas abertas e foram analisados �� luz do referencial te��rico de autores que discorrem acerca do tema e tamb��m acerca da ci��ncia bio��tica.O estudo apresenta seis categorias: O aborto na perspectiva da decis��o ��ntima; o aborto como fonte de revela����es de sentimentos; o contemplar perempt��rio da atitude;t��cnicas empregadas na intencionalidade e no ato de abortar; sustentando a decis��o pelas rela����es comunit��rias; e conte��dos e confid��ncias femininas. A experi��ncia das mulheres foi marcada poruma diversidade de sentimentos, como tristeza, culpa, arrependimento, desespero e dor emocional, todavia, tamb��m, pelo al��vio com o fim da gravidez e do risco de morte. Ang��stia adicional foi condicionadaa partir da percep����o de fatores contribuintes da decis��o, como falta de condi����es financeiras, falta de apoio da fam��lia ou do parceiro e instabilidade no relacionamento com parceiro. Este estudo tamb��m sinalizou que o car��ter cultural e hist��rico da gesta����o, no sentido da norma social, faz-se presente nas mulheres que vivenciam o aborto provocado; demonstrou que as mulheres do presente estudo encontram-se �� margem das pol��ticas p��blicas e de sa��de; assinalou que os programas de planejamento familiar ou de sa��de reprodutiva deveriam ser estruturados de forma a ajudar tamb��m a lidar com problemas de destitui����o social, econ��mica e educacional dessa popula����o vulnerada, no sentido de que essas mulheres ultrapassem a prote����o social b��sica e sejam amparadas por servi��os de sa��de, que constituam espa��os equ��nimes de escuta, orienta����o e resolu����o.
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O estudo da morfologia das casas da rua Dr. Ant��nio Ricaldi na Cidade Alta de Porto Seguro no estado da Bahia tem como objetivo esclarecer os limites da influ��ncia da arquitetura portuguesa na constru����o das casas do s��tio hist��rico referido tombado pelo IPHAN desde 1973. Foi realizado um estudo comparativo da tipologia das casas do mesmo conjunto arquitet��nico e atrav��s da refer��ncia te��rica da hist��ria da arquitetura portuguesa e da evolu����o urbana nos primeiros n��cleos populacionais no Brasil �� apresentado a aproxima����o tipol��gica portuguesa mais semelhante as casas do conjunto estudado em Porto Seguro. A pesquisa de campo foi realizada na Cidade Alta de Porto Seguro de 2012 �� 2014. O recorte escolhido para o estudo foram 25 casas da rua Dr. Ant��nio Ricaldi, com ��nfase na casa de Edson Ramalho Jr n��mero 65; por sua relev��ncia na conserva����o da tipologia como um exemplo mais semelhante a uma casa vern��cula1 de porta e janela an��loga ��s primitivas constru����es desse s��tio. Esta casa tem um destaque especial por sua localiza����o privilegiada dentro do s��tio e como um ponto de refer��ncia da hist��ria da arquitetura portuguesa no Brasil. O uso da casa como museu: Casa Hist��rica aconteceu de 1996 �� 2004 como um modelo capaz de elencar projetos culturais e educativos para a Cidade Alta, visando o uso, conserva����o, difus��o e sustentabilidade do patrim��nio hist��rico e cultural. A documenta����o levantada com a pesquisa �� relevante para o est��mulo da arquitetura vern��cula e uma refer��ncia �� mem��ria da arquitetura portuguesa no Brasil. Fomentando novos estudos e empreendimentos sobre o tema, para um s��tio hist��rico pouco estudado, em uma regi��o de grande visita����o tur��stica no Brasil mas, sem projetos que visem a devida conserva����o, apresenta����o e uso desse s��tio de forma sustent��vel
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Esta disserta����o foi desenvolvida com o objetivo de investigar os efeitos da instala����o e das caracter��sticas do Conselho Fiscal e do Comit�� de Auditoria sobre a qualidade das informa����es cont��beis no Brasil. As caracter��sticas estudadas foram �� independ��ncia e a qualifica����o dos membros. As proxies da qualidade da informa����o cont��bil foram relev��ncia, tempestividade e conservadorismo condicional. A amostra utilizada foi composta por empresas brasileiras, listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de S��o Paulo (BM&FBovespa), com liquidez anual superior a 0,001, no per��odo de 2010 a 2013. Os dados foram coletados na base de dados Comdinheiro e nos Formul��rios de Refer��ncia das empresas, dispon��veis no s��tio eletr��nico da Comiss��o de Valores Mobili��rios (CVM) ou BM&FBovespa. Os modelos de qualidade da informa����o foram adaptados ao recorte metodol��gico e estimados pelo m��todo dos m��nimos quadrados ordin��rios (MQO), com erros-padr��o robustos clusterizados por firma. Os resultados revelaram efeitos da instala����o dos ��rg��os analisados sobre as proxies de qualidade da informa����o cont��bil. A instala����o do Conselho Fiscal impactou positivamente a relev��ncia do patrim��nio l��quido, enquanto a instala����o do Comit�� de Auditoria, a relev��ncia do lucro. Esses resultados podem indicar diferen��as no direcionamento da aten����o desses ��rg��os: em proteger o patrim��nio da entidade para os acionistas (Conselho Fiscal) ou em assegurar n��meros mais confi��veis sobre o desempenho dos administradores (Comit�� de Auditoria). Paralelamente, os resultados para a instala����o do Conselho Fiscal de forma permanente inferiu for��a desse ��rg��o como mecanismo de controle, ao inv��s da instala����o somente a pedido dos acionistas. J��, a implementa����o do Conselho Fiscal Turbinado se mostrou ineficiente no controle da qualidade das informa����es cont��beis. Na an��lise das caracter��sticas, a independ��ncia dos membros do Comit�� de Auditoria impactou a relev��ncia do lucro. Ao passo que a independ��ncia do Conselho Fiscal impactou a relev��ncia do patrim��nio l��quido e o conservadorismo condicional (reconhecimento oportuno de perdas econ��micas). Essas associa����es foram mais significantes quando os membros do Conselho Fiscal eram independentes dos acionistas controladores. Na an��lise da qualifica����o dos membros, foram encontradas evid��ncias positivas na rela����o entre a relev��ncia do patrim��nio l��quido e a maior propor����o de membros do Conselho Fiscal com qualifica����o em Business (Contabilidade, Administra����o e Economia). O conservadorismo condicional foi maior na medida em que a qualifica����o dos membros do Conselho Fiscal convergia para a Contabilidade. Os resultados da qualifica����o dos membros do Comit�� de Auditoria demonstraram relev��ncia do lucro na presen��a de, ao menos, um Contador e na maior propor����o de membros com qualifica����o tanto em Contabilidade como em Business; sendo mais significante conforme a qualifica����o dos membros do Comit�� de Auditoria convergia para a Contabilidade.
Resumo:
The edification of the landscape in the scientific and social field, in speech as in the method, is taken in this study as a complex process, from which were developed relationships of dominance on the perception of space, which persist strongly consolidated, since the genesis of the conceptual practice till its actual praxis. Historically, the landscape studies took place slowly, immersed in many questions, in face of the multiplicity of meanings that the concept offers. In the psyche, the notion of landscape is present since a long time ago, as an unconscious human being practice, even before any ideological hypothesis formulation. However its materialization in the social conscious will come only from painting, and specially with the perspective, through the technicity of the view, at first wandering the infinity, now ordained in a frame���. Since then, the landscape is perceived according to the order of the view, as the equivalent of nature and beauty, assuming at the same time, an important symbolic value, since it is linked to mnemonic and subjective processes that the being build with the territory. The domain on this space-cognitive experience, characteristic of the contemporary, consolidates in the social imaginary, building consensus on the landscape, whose aesthetic references make a cultural appeal, very pertinent to the actual capitalist dynamics of production the space worldwide, mainly of the spectacle and commodification of cities promoted by the city marketing. In Brazil, this consensual ideology of the landscape surpass the social imaginary and also dominates the political imaginary, whereas the main instrument for preserving the landscape, Decree-law 25, from November 30, 1937, and its limit to those of exceptional value or remarkable feature. The analysis of the processes for putting under governmental trust for inscription of goods by the landscape value, reveals the dominant, if not exclusive, adoption of selection criteria related to aesthetic aspects. Abstain, therefore, from what the nation considers patrimony , other landscapes that, besides not having, at first, remarkable aesthetic value, play a crucial role as an inheritance from ancestor relations between man and space and pre- existing condition for the same present and future relations. From this historical background, the research seeks to transfer into contemporaneity, the ideological analysis of the concept and its relation with the building of the landscape in the collective imaginary, in order to recognize, in current practices to landscape preservation, as much this genesis, rooted in aesthetics, remains strongly consolidated, feeding the current dynamics of consumption and commodification of the city. Therefore, as preliminary conclusion, one can state that the identification of landscapes of different value, especially aesthetic, maintains and intensify the treatment of the city as an object, a standard��� commodity to be sold / traded on the world market, in detriment of its recognition as a dynamic process that, even though inserted in the global context, develops specificifities and peculiarities, inherent to the production of space, as Lefebvre preconizes, that is, to the production of life, social product , as characteristic, dissent generator