699 resultados para Adolescência
Resumo:
A adolescência é um período fundamental para a aquisição da massa óssea. em adolescentes atletas, o pico de massa óssea pode apresentar maior incremento, em virtude do estresse mecânico imposto aos ossos pelo exercício físico praticado. O objetivo desta revisão foi investigar o papel do treinamento esportivo vigoroso e precoce sobre a saúde óssea de atletas adolescentes. Através da revisão da literatura científica, envolvendo adolescentes atletas de diferentes modalidades e de ambos os sexos, é possível inferir que a densidade mineral óssea é potencializada pelos exercícios, quando grupos de atletas são comparados com grupos de controle. Entretanto, muito se discute na literatura quanto à recomendação da intensidade adequada da prescrição de exercício físico para população adolescente, uma vez que, caso o treinamento se torne muito extenuante, os benefícios gerados pela atividade sobre a saúde dos ossos podem ser minimizados ou anulados. Embora muita controvérsia ainda envolva o tema, independente do tipo de esporte praticado, o aumento de intensidade do treinamento deve ser razoável e coerente com as metas, sendo enfatizado treinamento seguro e eficaz para cada uma das faixas de idade e momentos da maturação biológica, independente dos calendários competitivos.
Resumo:
A sociedade atual tem valorizado de forma significativa a aparência alta e esbelta. Essa constituição física tem sido reforçada desde a infância e atinge a população adolescente, que deseja enquadrar-se nos estereótipos, particularmente aqueles veiculados pela mídia. Nesse sentido, profissionais de saúde são questionados rotineiramente sobre os efeitos positivos que o exercício físico exerce sobre o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes. Procurou-se revisar a literatura especializada a respeito dos principais efeitos que o exercício físico exerceria sobre a secreção e atuação do hormônio de crescimento (GH) nos diversos tecidos corporais, durante a infância e adolescência. Através dessa revisão, foi possível verificar que o exercício físico induz a estimulação do eixo GH/IGF-1. Embora muito se especule quanto ao crescimento ósseo ser potencializado pela prática de exercícios físicos, não foram encontrados na literatura científica específica estudos bem desenvolvidos que forneçam sustentação a essa afirmação. No tocante aos efeitos adversos advindos do treinamento físico durante a infância e adolescência, aparentemente, esses foram independentes do tipo de esporte praticado, porém resultantes da intensidade do treinamento. A alta intensidade do treinamento parece ocasionar uma modulação metabólica importante, com a elevação de marcadores inflamatórios e a supressão do eixo GH/IGF-1. Entretanto, é importante ressaltar que a própria seleção esportiva, em algumas modalidades, recruta crianças e/ou adolescentes com perfis de menor estatura, como estratégia para obtenção de melhores resultados, em função da facilidade mecânica dos movimentos. Através dessa revisão, fica evidente a necessidade de realização de estudos longitudinais, nos quais os sujeitos sejam acompanhados antes, durante e após sua inserção nas atividades esportivas, com determinação do volume e da intensidade dos treinamentos, para que conclusões definitivas relativas aos efeitos sobre a estatura final possam ser emanadas.
Resumo:
Adolescência é época de crise, mudança, readaptação ao novo corpo e de novas atitudes frente a vida. Se somarmos a isso o significado da gravidez, dos pontos de vista pessoal, social e familiar, compreenderemos como a gestação pode ser um evento difícil para a adolescente. O presente estudo teve como objetivo identificar onde as adolescentes grávidas buscam apoio. Evidenciou-se que as entrevistadas puderam contar com o apoio da família, principalmente dos pais e, com menos freqüência com o do pai do bebê, bem como a aceitação da gravidez, sua relação com o abandono escolar, a visão idealizada dessas garotas acerca da gestação e expectativas futuras, a preocupação com aspectos biológicos e a despreocupação com problemas concretos.
Resumo:
A participação paterna na gravidez de adolescentes ainda é pouco discutida, embora a ausência do companheiro seja apontada como um dos problemas sociais dela decorrente. Esta investigação, de cunho qualitativo, teve por objetivo descrever como se dá a participação do pai do bebê durante a gestação, nacimento e criação do filho nos primeiros meses de vida, na perspectiva de adolescentes que passaram pela experiência de engravidar e ter um filho. Na sistematização dos dados, os mesmos foram agrupados em duas categorias: vivenciando a gravidez e valorizando a presença e participação do companheiro/pai.
Resumo:
Analisa-se a mortalidade de adolescentes no Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil, no período de 1984 a 1993, segundo dois subgrupos (10 a 14 e 15 a 19 anos), sexo, ocupação e causas de óbito. Os dados de óbitos foram obtidos no Setor de Estatística do Centro de Saúde-Escola. As estimativas populacionais foram calculadas com base nos censos demográficos. Observou-se variação dos coeficientes de mortalidade nos diferentes anos e maior mortalidade no grupo masculino de 15 a 19 anos, atingindo tanto estudantes como trabalhadores. Houve predomínio de causas externas de mortalidade, principalmente acidentes de trânsito e ferimento por arma de fogo, exigindo averigüação de seus determinantes e o desenvolvimento de programas de saúde destinados aos adolescentes, suas famílias e à sociedade, considerando-se que as causas de morte são evitáveis e preveníveis.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
OBJETIVO: Investigar os níveis séricos de retinol de 218 adolescentes de ambos os sexos com idade entre 10 e 19 anos, matriculados em colégio da rede privada de ensino da cidade de São Paulo, foi o objetivo deste trabalho. MÉTODOS: Para a avaliação da condição nutricional dos adolescentes, utilizaram-se as medidas antropométricas de peso e altura e também a história dietética. A dosagem de retinol foi realizada pela técnica de espectrofotometria, considerando como níveis séricos inadequados valores <1,05µmol/L (30µg/dL). RESULTADOS: A média de ingestão, de acordo com a faixa etária, foi maior que a recomendação, porém com altos valores de desvios padrão, em ambos os sexos. A prevalência de adolescentes com níveis séricos de vitamina A abaixo do adequado foi de 30% em ambos os sexos e a análise da correlação de Índice de Massa Corporal com os níveis séricos de retinol não mostrou significância, como também a análise da correlação entre a densidade de ingestão de vitamina A e níveis séricos de retinol. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo sugerem a necessidade da realização de mais investigações sobre vitamina A no período da adolescência, para verificar se o nível sérico baixo desse nutriente é um fator de risco para a saúde do adolescente ou é reflexo da captação acelerada que ocorre para atender necessidades metabólicas.
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Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de lesões de cabeça e pescoço em mulheres, frente aos inquéritos policiais registrados como lesão corporal e maus-tratos na Delegacia de Defesa da Mulher de Araçatuba, São Paulo, Brasil, no ano de 2002. Foram totalizados 204 inquéritos policiais no ano de 2002, e destes extraídos 33 laudos periciais referentes aos crimes de lesões corporais e maus-tratos em mulheres. Analisou-se nos laudos médicos da perícia, aspectos relativos à idade das vítimas e local das lesões por elas apresentadas na ocasião do exame. Os resultados encontrados revelam que as agressões ocorrem em faixas etárias diversas, com predominância na infância e adolescência. Além disso, ocorreu a maior prevalência de lesões na região da cabeça e pescoço, área de atuação do cirurgião-dentista que necessita estar preparado para atender, entre outros, o paciente vítima de violência.
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Na fase da adolescência, o indivíduo experimenta os melhores índices de saúde, os quais podem ser mantidos e/ou melhorados, dependendo da percepção e valorização dos mesmos, influenciando na sua qualidade de vida. O estudo avaliou a opinião de adolescentes (n=493) da Fundação Mirim do Município de Araçatuba - SP, quanto à saúde geral e bucal, bem como sua percepção sobre elas, por meio questionário semiestruturado, durante o ano letivo de 2006, já que os mesmos possuem acesso à atenção à saúde bucal e palestras sobre saúde. Dentre os entrevistados 34,5% conceituaram a saúde como coisa ou algo que precisa(mos) cuidar; 26,6%, como bem-estar; 18,1%, como a própria existência; e 14,5%, como ausência de doença. em relação aos conceitos de saúde bucal, 68,4% definiram como higiene; 16,2%, como aparência; e 15,5%, como ausência de doenças bucais. A percepção desses jovens quanto a sua saúde em geral foi para 46,5%, ótima, e 44,1%, boa, enquanto que a da sua saúde bucal foi para 53,6%, boa, e 24%, ótima. Pode-se concluir que os adolescentes têm uma ideia tanto sobre saúde geral como saúde bucal, porém a classificação é menor no que tange à saúde bucal, pois envolve aspectos afetivos, estéticos e sociais. Ademais, percebe-se a necessidade de programas educativo-preventivos direcionados a esse grupo.
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OBJETIVO: o presente ensaio científico põe em pauta o efeito imediato da distalização unilateral de molares superiores, lançando mão do distalizador intrabucal Pendex de ação unilateral. METODOLOGIA: o estudo prospectivo foi conduzido em três pacientes na dentadura permanente madura, no estágio de adolescência, que apresentavam uma má oclusão Classe II, subdivisão. O aparelho Pendex foi instalado com a mola distalizadora de TMA, construída apenas no lado direito. A metodologia baseou-se nas radiografias panorâmicas inicial e pós-distalização para quantificar a inclinação axial mesiodistal dos molares superiores. RESULTADOS E CONCLUSÕES: os resultados mostraram que os molares do lado esquerdo mantiveram sua inclinação mesiodistal inicial, sugerindo ancoragem, enquanto os molares do lado direito foram inclinados para distal, à semelhança do que ocorre com a distalização simétrica dos molares superiores, obtida com o aparelho Pendex convencional. Os primeiros molares foram inclinados 11,5º, enquanto os segundos molares foram inclinados 21º para distal.
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OBJETIVOS: determinar a morfologia das 3ª e 4ª vértebras cervicais representativa dos estágios de pré-pico, pico e pós-pico de velocidade de crescimento estatural, definidos previamente pelos centros de ossificação do primeiro dedo em radiografias carpais ou do dedo polegar. MÉTODOS: foram utilizadas 120 telerradiografias em norma lateral de 106 pacientes selecionados da clínica de Ortodontia Preventiva e Interceptiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP e Profis/HRAC-USP que apresentavam as correspondentes radiografias carpais ou do dedo polegar. As telerradiografias foram divididas em três grupos de 40 radiografias, de acordo com os estágios maturacionais pré-pico, pico e pós-pico, definidos pela imagem do primeiro dedo. A morfologia dos corpos das 3ª e 4ª vértebras cervicais foi determinada por dois examinadores devidamente calibrados em dois tempos diferentes. CONCLUSÕES: concluiu-se que o formato retangular horizontal com borda inferior reta foi representativo do estágio de pré-pico, independentemente da vértebra analisada. Já o formato retangular horizontal com borda inferior curva, especialmente se encontrado em C4, ou o formato quadrado com borda inferior reta caracterizaram o pico de velocidade de crescimento. O formato quadrado ou, principalmente, o retangular vertical com borda inferior curva determinaram o estágio de pós-pico de velocidade de crescimento da adolescência.
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O objetivo geral do presente estudo foi descrever a experiência de construção e aplicação de uma proposta pedagógica no campo da educação sexual, fundamentada em algumas premissas contidas na concepção de Paulo Freire, visando atender adolescentes de uma comunidade carente do interior paulista. A partir dos questionamentos iniciais levantados pelos jovens foram realizados quatro encontros focando questões sobre sexualidade, anatomia e fisiologia humana, métodos anticoncepcionais e DST/Aids. Com a realização desse trabalho, os jovens tiveram oportunidade de participar de um processo educativo que possibilitou, pelo resgate de suas próprias experiências e crenças, a reflexão sobre sua autonomia na vivência de uma sexualidade saudável, respeitando a si próprio e ao outro.
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O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de periodontite agressiva localizada, periodontite agressiva generalizada e periodontite incipiente em uma população de 15 a 25 anos de idade (19,4 ± 3,44) da região do Vale do Paraíba - SP que procuraram tratamento odontológico clínico geral no Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté, SP. Seiscentos pacientes, 244 do sexo masculino e 356 do sexo feminino, foram incluídos neste estudo. A condição periodontal da população estudada foi determinada em 6 sítios por dente por meio da avaliação das medidas de profundidade à sondagem e nível clínico de inserção, e confirmada por meio de exame radiográfico. Dez indivíduos (1,66%) apresentaram periodontite agressiva localizada, 2 do sexo masculino (18,5 ± 2,12) e 8 do sexo feminino (19,2 ± 3,91), 22 (3,66%) receberam diagnóstico de periodontite agressiva generalizada, sendo 6 do sexo masculino (19,1 ± 3,06) e 16 do sexo feminino (20,1 ± 2,71) e 86 (14,3%) foram diagnosticados com periodontite incipiente, 29 do sexo masculino (20,2 ± 2,87) e 57 do sexo feminino (21,1 ± 2,79). Houve correlação positiva entre sexo feminino e doença periodontal.
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O presente artigo visa apresentar as principais idéias e conceitos sobre resiliência, tendo como parâmetro a produção de Michael Ungar. Inicialmente será apresentada a perspectiva pós-moderna, na qual discutir-se-á sobre a construção social do conceito de resiliência e em seguida será introduzido ao leitor o conceito de hidden resilience, aqui traduzido como resiliência oculta e relacionado a estratégias de coping não-convencionais. As pesquisas com adolescentes no Canadá e em vários países possibilitou a consolidação da proposta elaborada pelo autor, para o qual resiliência refere-se a uma experiência relacionada à capacidade do indivíduo de navegar por recursos associados ao bem-estar e à capacidade de suas famílias e comunidade em prover tais recursos de formas culturalmente significativas. Implicações para práticas profissionais na área da adolescência e juventude serão discutidas.
Resumo:
O uso de álcool entre adolescentes é um tema que preocupa profissionais da saúde pelos prejuízos acarretados e pela displicência da sociedade quanto ao uso desta droga por essa faixa etária. Este artigo analisa o consumo de álcool entre alunos do ensino médio de três escolas de Cascavel-PR. O instrumento utilizado foi o Alcohol Use Disordens Identification Test (AUDIT), além de levantamento de informações sobre o nível socioeconômico, religião e o beber problemático de familiar. O resultado mostrou que 34,7% dos estudantes bebem de maneira arriscada, não havendo diferenças significativas por escola, gênero e nível socioeconômico. Ter familiar que bebe foi considerado fator de risco e ter religião, fator protetor. Esta pesquisa pode alertar a sociedade paranaense para a necessidade de estudos mais amplos, com o objetivo de desenvolver políticas públicas que incluam projetos de prevenção e intervenção dirigidos à população jovem.