1000 resultados para pares de idade
Resumo:
OBJETIVO: Determinar a correlação entre as velocidades diastólicas do Doppler tissular com a idade em amostra de adultos saudáveis, e correlacionar a idade com as velocidades do fluxo transmitral e de veias pulmonares. MÉTODOS: Estudados, através da ecocardiografia, 51 indivíduos saudáveis, com idades entre 21 e 69 anos e registradas as velocidades miocárdicas diastólicas ao Doppler tissular e determinadas as velocidades dos fluxos transmitral e venoso pulmonar. RESULTADOS: As velocidades miocárdicas diastólicas iniciais septal basal e lateral basal apresentaram correlação inversa com a idade, com r = - 0,40 (p = 0,004) e r = - 0,60 (p = 0,0001) respectivamente. As velocidades atriogênicas do Doppler tissular foram diretamente correlacionadas com a idade, sendo no segmento septal basal r = 0,56 (p = 0,0001) e no segmento lateral basal r = 0,50 (p = 0,0001). As velocidades do fluxo transmitral e do fluxo venoso pulmonar também mostraram correlação com a idade. CONCLUSÃO: Existe correlação entre a idade e as velocidades miocárdicas diastólicas do Doppler tissular e com as velocidades do fluxo transmitral e fluxo venoso pulmonar, demonstrando em indivíduos saudáveis uma variação de parâmetros da função diastólica do ventrículo esquerdo com a evolução natural da idade.
Resumo:
Tendo em consideração a importância da identificação das necessidades das famílias para organizar os recursos e os apoios no âmbito da intervenção centrada na família (Dunst, Trivette & Deal, 1994), o presente estudo tem como objetivos identificar e diferenciar as necessidades e prioridades das famílias de crianças com PEA apoiadas pela Intervenção Precoce. A amostra era constituída por 123 casais e respetivos filhos (116 do género masculino e 17 do género feminino) com PEA, PRC ou Síndrome de Asperger, e idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos. As famílias eram oriundas de quatro zonas diferentes de Portugal. Foi utilizado o Inventário sobre as Necessidades e Prioridades da Família, a partir do qual nos foi possível verificar que existem diferenças entre as necessidades das famílias quanto às necessidades referentes à criança e quanto às referentes aos recursos existentes na comunidade. Também foram encontradas diferenças quando se compararam os pais e as mães, com estas a manifestarem maiores necessidades, e quando se compararam idades dos pais, com os mais novos a manifestarem maiores dificuldades. No que se refere à comparação entre níveis socioeconómicos e entre regiões geográficas de residência, os resultados não são tão conclusivos. O inventário parece, assim, ser adequado para identificar as necessidades e prioridades das famílias de crianças com PEA, facilitando a organização dos recursos e dos apoios.
Resumo:
OBJETIVO: As informações sobre a disfunção sexual (DS) após o infarto do miocárdio (IM) são esparsas, principalmente em nosso meio e em relação aos seus preditores. Avaliamos pacientes de ambos os sexos, com vida sexual ativa e sem disfunção sexual prévia ao IM, para estudar a incidência de DS após o IM, e identificar as possíveis variáveis associadas às mesmas. MÉTODOS: Estudamos consecutivamente 43 pacientes, utilizando questionários estruturados para diagnóstico das DS e dos distúrbios psicológicos (DP). Analisamos a influência dos fatores de risco clássicos para aterosclerose, dos DP e do uso de medicamentos na ocorrência de DS até o sexto mês após o IM. RESULTADOS: Após o IM, 91% dos pacientes reiniciaram a atividade sexual. Vinte e seis pacientes (60%) apresentaram disfunção sexual até o 6º mês da alta hospitalar (9 com ejaculação precoce, 15 com disfunção erétil e 20 com desejo sexual hipoativo). Os pacientes com DP apresentaram disfunção sexual em maior freqüência que aqueles sem DP (100%x47%, p=0,001). O grupo com disfunção sexual era significativamente mais velho que o grupo sem disfunção sexual: 53±8,9 anos versus 47±8,7 anos (p=0,04). CONCLUSÃO: Os pacientes apresentaram significativa redução da freqüência da atividade sexual e elevada incidência de DS após o infarto agudo do miocárdio. A presença de DP e a idade mais elevada estiveram associadas à maior incidência de DS após o infarto.
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OBJETIVO: Avaliar a função autonômica na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) através da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) e correlacioná-la com dados ecocardiográficos. MÉTODOS: Foram estudados 2 grupos pareados por sexo, idade e freqüência cardíaca: A) 10 pacientes com CMH septal (70% não obstrutiva); B) 10 voluntários saudáveis. A VFC foi analisada durante quatro estágios sucessivos: repouso, respiração controlada, teste de inclinação e respiração controlada associada ao teste de inclinação. Compararam-se as médias das variáveis entre os grupos, intragrupos durante os estágios, e no grupo A, correlacionando com as medidas ecocardiográficas (septo interventricular e diâmetro atrial esquerdo). RESULTADOS: Não observamos diferença na VFC entre os grupos nos 3 primeiros estágios. No 4º estágio, constatamos que medidas de atividade vagal apresentaram valores maiores no grupo A [logaritmo da raiz média quadrática das diferenças entre intervalos RR (LogRMSSD) - 1,35±0,14 vs 1,17±0,16; p=0,019; logaritmo do componente alta freqüência (LogAF)-4,89±0,22 vs 4,62±0,26; p=0,032]. Durante os estágios, também verificamos que medidas vagais [proporção de pares de intervalos RR consecutivos cuja diferença > 50ms (pNN50) e LogAF] apresentaram menor redução durante o 3º estágio no grupo A, e o LogAF, um aumento no último estágio (p=0,027), indicando marcante atividade parassimpática neste grupo. A análise da VFC do grupo A não revelou diferença entre pacientes com maior hipertrofia ou diâmetro atrial. CONCLUSÃO: 1) ocorreu predomínio parassimpático durante estimulação autonômica nos pacientes com CMH; 2) não encontramos correlação entre VFC e as medidas ecocardiográficas analisadas.