748 resultados para feridas cutâneas
Resumo:
Sumário O presente estudo envolveu utentes que usufruíram dos serviços prestados pelas farmácias comunitárias (FX e FY) na cidade da Praia, baseado num levantamento de dados feitos a partir de observações e questionários. Na população estudada foi analisado características relevantes e constatou-se o seguinte nas respectivas farmácias (FX / FY): prescrição de anti-bacterianos (63% FY FX / 60% FY ), analgésicos e antipiréticos (24% ) e anti-histamínicos (19% FX / 18% FY FX / 26% FY ), anti-hipertensores (19% ); com denominação genérica (100% ); prescreve-se uma (1) embalagem (83% FY ), suspensões (43% FX / 36% FY FX / 72% ), cápsulas (29% FY ); em forma de comprimidos (76% FX / 36% FY ), e pomadas (27% ); administradas via oral (91% FX /96% FY ), dérmica (26% FX / 3% ); a dosagem em miligramas (86% FX FX / 54% / 94% FY FY ) e em mililitros (54% ), pelo médico ORL (11% FX FX / 44% / 6% FY FY FY FX FX / 16% / 88% FX FX FY / 82% / 38% ); atendimento pelo médico clínico geral (53% ), e restantes pelos médicos ginecologista (7% / 6% FY ), cirurgião (7% FX / 16% FY ) e pediatra (3% FX / 2% ); atendidas em clínicas área adulta (29% FX / 48% FY ), e em hospital área pediatria (18% FX FY / 8% ). Da avaliação feita ao receituário quanto a presença de elementos essenciais, destaca-se a ausência de posologia (10% FY ) e data (1% FX / 6% FY FY ). Quanto a legibilidade, em parte ausente, o medicamento prescrito (4% FX / 14% FY ) e o carimbo médico (28% FX / 28% ). Os utentes automedicaram de forma significativa nas farmácias comunitárias (FX e FY), e os medicamentos mais usados foram: Paracetamol (23%), Ibuprofeno (18%), Hidroclorotiazida (16%), Ácido ascórbico (10%), e Diclofenac de sódio (9%), justificando a prática segundo sintomas como, febre e dores (42%), inflamações cutâneas e dores (34%), HTA (30%), e dores nas articulações e músculos (17%). Os resultados demostram que o uso racional de medicamentos depende de uma prescrição médica racional, automedicação responsável, e intervenções específicas para melhorias de qualidade de serviços de saúde.
Resumo:
Este trabalho cuja temática é a Assistência de Enfermagem no pré e no Pósoperatório mediato realça a necessidade da enfermagem desenvolver estratégias de prevenção e controlo das infecções do local cirúrgico mais eficazes e eficientes, mediante controlo dos factores de risco nos períodos pré e pós-operatório mediato. As transformações na área da saúde, as inovações tecnológicas e o desenvolvimento de técnicas invasivas têm contribuído para a incidência das infecções hospitalares, e consequentemente, das infecções do local cirúrgico. Essas fragilidades revelam uma oportunidade para os enfermeiros terem uma função mais activa no controlo dessas infecções através do desenvolvimento de estratégias de intervenção ao longo do percurso cirúrgico do utente. Trata-se de um estudo quantitativo, de carácter descritivo-correlacional cujo objectivo é identificar os factores de risco para infecção do local cirúrgico predominantes nos utentes intervencionados cirurgicamente internados no serviço de Cirurgia do Hospital Baptista de Sousa. A amostra foi constituída por 24 utentes submetidos à intervenção cirúrgica internados no serviço de cirurgia do Hospital Baptista de Sousa entre Abril e Junho de 2015. Como instrumento de recolha de informações foi utilizado um questionário cujo objectivo foi identificar os factores de risco para infecção do local cirúrgico. A par desse instrumento foi utilizado um guião de observação visando observar as feridas cirúrgicas dos inquiridos. Fora também aplicado um guião de observação aos enfermeiros a fim a observar as intervenções de enfermagem realizadas no pré e no pós-operatório mediato. Os resultados evidenciaram que os factores de risco predominantes na população alvo foram o sedentarismo, a realização de tricotomia, episódios de infecção recentes e o internamento antes da cirurgia. Foram também observadas algumas lacunas quanto às intervenções de enfermagem realizadas no pré e no pós-operatório mediato que podem constituir riscos para infecção do local cirúrgico.
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Visando a avaliar o efeito do vapor de ácido acético (AA) como medida alternativa no controle pós-colheita do mofo-cinzento (Botrytis cinerea) em uva 'Itália', foram conduzidos dois ensaios in vivo onde se avaliou o efeito direto e indireto do AA através do tratamento dos cachos antes e após a inoculação do patógeno, sendo: 1) cachos de uva foram inoculados e, após 4 h, vaporizados com AA (0,0; 0,25; 0,5; 1,0 ou 2,0 mL 100 L-1 vol. de câmara) em tambores herméticos (200 L), a 25±1 ºC / 70-80 % UR, por 30 min; 2) cachos foram, ou não, vaporizados com AA (1 mL 100 L-1 vol. de câmara) e, após 24; 48; 72 ou 96 h, inoculados com B. cinerea. Para inoculação, em cada cacho, 10 por tratamento, foram feridas 10 bagas, fazendo-se um furo por baga de ±2 mm de profundidade, procedendo-se, em seguida, aspersão de suspensão de esporos (±105 conídios mL-1). Após os tratamentos, os cachos foram mantidos a 25±1 ºC / 80-90 % UR e avaliados diariamente quanto à incidência e severidade da podridão. O efeito in vitro do vapor de AA no controle do patógeno foi avaliado com o intuito de verificar se tal agente estaria exercendo efeito direto sobre o crescimento micelial e a germinação de conídios de B. cinerea. Nos ensaios in vivo, o vapor de AA controlou a podridão de B. cinerea em uva 'Itália', nos cachos inoculados antes ou após o tratamento com AA, sendo as uvas inoculadas 48 h após o tratamento, as que apresentaram menor índice de doença. In vitro, o AA exerce efeito direto sobre o crescimento micelial e a germinação de conídios de B. cinerea.
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OBJETIVO: Descrever os achados clínicos, radiológicos e patológicos da síndrome SAPHO e sugerir que, apesar de ser considerada rara, esta síndrome deve estar sendo subdiagnosticada por clínicos e radiologistas, provavelmente em função do desconhecimento das suas características. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo de seis casos confirmados desta síndrome, dando-se ênfase aos achados clínicos (idade, sexo e sintomas) e de imagem (cintilografia óssea, radiografia convencional, tomografia computadorizada e ressonância magnética). RESULTADOS: A manifestação clínica inicial de todos os pacientes foi dor na parede torácica ântero-superior há pelo menos quatro meses. Todos apresentavam achados de imagem de processo inflamatório e/ou osteíte e hiperostose nas articulações da parede torácica ântero-superior. As alterações cutâneas da síndrome, tipo pustulose palmoplantar, estiveram presentes em cinco dos seis pacientes. Em nenhum dos seis casos o diagnóstico foi sugerido na consulta clínica inicial ou na primeira interpretação das imagens feita por radiologistas não especialistas em sistema músculo-esquelético. CONCLUSÃO: Os nossos achados estão de acordo com os descritos na literatura, devendo ser considerado este diagnóstico em todo paciente que apresente quadro doloroso de parede torácica acompanhado de manifestações dermatológicas e/ou osteíte.
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OBJETIVO: Avaliar a ação radioprotetora do selenito de sódio no processo de reparação tecidual. MATERIAIS E MÉTODOS: Ratos Wistar foram submetidos a procedimento cirúrgico para a realização de ferida na região dorsal. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: controle, selênio, irradiado e selênio-irradiado. Os grupos selênio e selênio-irradiado receberam 2,0 mg/kg de selenito de sódio, 48 horas após a cirurgia. Os grupos irradiado e selênio-irradiado foram submetidos à irradiação em dose única de 6 Gy, administrada somente nas bordas das feridas. Após 4, 7, 13 e 21 dias do procedimento cirúrgico, os animais foram sacrificados e avaliados por meio de análise morfológica, histoquímica e birrefringência do tecido. RESULTADOS: O aspecto estrutural e morfológico, assim como a qualidade do tecido e sua maturação através da quantidade e disposição dos feixes de fibras colágenas, juntamente com o seu grau de orientação macromolecular, permitiu observar a presença de intenso retardo provocado pela irradiação, bem como o efeito radioprotetor do selenito de sódio no processo de reparação. CONCLUSÃO: Dentro das condições experimentais utilizadas, o selenito de sódio apresentou-se como radioprotetor eficaz, visto que o processo de reparação no grupo selênio-irradiado comportou-se, histologicamente, semelhante ao grupo controle.
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Presentamos un caso de pie neurológico secundario a una Espina Bífida Quística en región lumbosacra con afectación de L5- SI. El paciente presenta una marcha en pseudoestepagge. Pie derecho equino y pie izquierdo cavo anterior que provocan lesiones cutáneas plantares múltiples, interfiriendo todo ello el curso normal de la vida del paciente. Se realizó un tratamiento ortopodológico durante seis años, ensayándose distintos tipos de plantillas y diversos materiales, que han dado como resultado una marcha casi normal en la actualidad.
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Objetivando o diagnóstico e quantificação das doenças da acerola (Malpighia emarginata) no Estado da Paraíba, realizou-se um levantamento nas microrregiões do Sertão, Curimatau, Brejo e Litoral. As doenças identificadas foram a cercosporiose (Cercospora sp.), fusariose (Fusarium oxysporum), fumagina (Capnodium sp.), antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) e mancha de Alternaria (Alternaria sp.). Além dessas, no teste de patogenicidade, verificou-se o desenvolvimento de lesões circulares, secamento e queda de folhas que foram previamente feridas e inoculadas com um fungo do gênero Pestalotiopsis,isolado de material doente coletado em áreas de plantio. Nas microrregiões do Brejo e Curimatau verificaram-se, respectivamente, o maior e o menor número de doenças. A cercosporiose ocorreu em todas as microrregiões, enquanto a antracnose e a fumagina foram verificadas no Brejo e Litoral, e a fusariose nas áreas irrigadas do Sertão e Curimataú. No Sertão e no Brejo, ocorreu, ainda, a mancha de Alternaria e pestalotiose, respectivamente. Os maiores valores de incidência e severidade da fumagina, antracnose e cercosporiose foram associados a elevações da precipitação pluviométrica nas microrregiões em que foram assinaladas, como também a presença de insetos sugadores para a primeira doença.
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Com o objetivo de avaliar a influência de bloqueadores H2 no processo de cicatrização de lesões gástricas suturadas foram estudadas vinte cobaias machos. Após anestesia geral, laparotomia, gastrotomia de 0,5cm de extensão na parede anterior do corpo gástrico e gastrorrafia, os animais foram separados em dois grupos (GI e GII) com dez cobaias cada. As do GI receberam injeções de 0,1ml de água destilada e as do GIl 0,75mg de ranitidina, por via intramuscular, de 12/12 horas, iniciadas imediatamente após a operação e mantidas até as datas de sacrifício, realizado em número igual de cobaias, no segundo e no décimo dias de pós-operatório (PO). As peças operatórias ressecadas foram avaliadas detalhadamente. À macroscopia observou-se deiscência de sutura gástrica em um animal do GI no décimo dia de PO. A face mucosa de todas as peças apresentava enantema na linha de sutura no segundo dia de PO, porém, no décimo dia de PO o aspecto era normal, com pequena cicatriz branca no local. À microscopia, no segundo dia de PO, observou-se processo inflamatório agudo grave em ambos os grupos. No décimo dia de PO evidenciou-se inflamação moderada no GI e leve no Gil. À morfometria não houve diferença significante entre os grupos, em relação ao número de células inflamatórias, mas a densidade volumétrica de fibroblastos e de fibras colágenas foi significativamente maior no GII no décimo dia de PO. Concluiu-se que o tratamento de cobaias com bloqueadores H2 não provocou retardo da cicatrização de feridas gástricas suturadas.
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É grande o número de pessoas que inalam nicotina diariamente através do hábito de fumar e eventualmente têm que ser submetidos a intervenção cirúrgica no aparelho digestivo. Sendo a nicotina um agente que tem sido implicado no retardo da cicatrização das feridas, foi realizado estudo experimental em ratos com o objetivo de testar o seu efeito na evolução histológica da cicatrização de anastomoses intestinais. Foram utilizados 17 ratos Wistar com média de peso 275±14g, divididos aleatoriamente em grupo I (n=9) e grupo II (n=8), anestesiados com éter sulfúrico e operados com técnica asséptica. A nicotina foi administrada por via subcutânea na dose de 5mg/kg em dias alternados, durante 17 dias nos ratos do grupo I e foi usado placebo no grupo II. Após sete dias de uso da nicotina e do placebo, foi feita secção transversal do jejuno a 5 cm do duodeno e anastomose com polipropileno 6-0. No décimo dia os ratos foram mortos com superdose de éter sulfúrico e foi feita biópsia da anastomose. Após processamento dos cortes histológicos e coloração pela hematoxilina-eosina, os dados foram quantificados por escores. A análise histológica revelou que o grupo I atingiu o escore 135 (média 15±4,41) e o grupo II, 218 (média 27,25±4,89). De acordo com o teste t, a diferença mostrou-se significativa (p<0,05). Os dados permitem concluir que a nicotina, quando administrada por via subcutânea em ratos, contribui para prejudicar a cicatrização de anastomoses intestinais.
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O reservatório ileal pélvico tem sido a melhor opção cirúrgica para a retocolite ulcerativa (RCU) e polipose adenomatosa familiar (PAF). Desde 1983 esta técnica vem sendo empregada, e o objetivo deste trabalho é apresentar revisão desta casuística, analisando seus resultados e seus pontos controversos. Setenta e três pacientes, com média de idade de 34,6 (13-63) anos e com predomínio do sexo feminino (42 pacientes, 56,7%) se submeteram ao procedimento para tratamento de RCU (46 pacientes - 63,0%) e PAF(27 - 37,0%). Foram utilizadas as seguintes variantes técnicas: em S, de grande tamanho e ramo eferente longo (oito); em S pequeno e ramo eferente reduzido (22); em "dupla câmara" (20); em J (23). Todos os procedimentos foram seguidos da construção de ileostomia de proteção. De 1993 em diante, todos os pacientes tiveram a arcada do colo direito preservada. Setenta pacientes têm pelo menos um ano de pós-operatório e 61 têm dois anos ou mais com média de 7,01 (1-16) anos. Foram consideradas complicações precoces aquelas que ocorreram até o 30º dia de pós- operatório e tardias, após esse tempo. Resultados funcionais foram analisados após um ano do fechamento da ileostomia. Ocorreram 35 complicações precoces em 22 pacientes e 39 complicações tardias em 35 pacientes. Vinte e cinco pacientes não apresentaram complicações. As principais complicações foram: obstrução intestinal (19,1 %), fistulizações cutâneas, com vagina ou trato urinário (10,9%), isquemia de reservatório (parcial ou total), (9,5%), e ileíte do reservatório (pouchitis) (6,8%). Nove pacientes (12,3%) têm ileostomia funcionante, sendo que sete pacientes têm ainda o reservatório mantido no lugar e dois tiveram-no ressecado. A mortalidade diretamente relacionada ao procedimento foi em dois pacientes, mas outros quatro pacientes evoluíram tardiamente ao óbito, por causas como desnutrição crônica e tumor de cerebelo. Em conclusão, apesar da morbidade e da existência ainda de questões controversas, as perspectivas tardias têm sido animadoras e têm estimulado a indicação deste tipo de procedimento.
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O objetivo do presente estudo foi avaliar a importância dos fatores de risco na gênese das complicações pleuropulmonares, pós-drenagem pleural fechada. Analisou-se, prospectivamente, no período de janeiro de 1998 a junho de 1999, um total de 167 pacientes submetidos à drenagem pleural fechada, sendo estratificados em dois grupos selecionados para um estudo de acompanhamento de coortes. Ao grupo controle, de 104 pacientes, não foi administrada antibioticoterapia e, no grupo experimental, de 63 pacientes, a cefalotina foi a droga utilizada. A idade no grupo-controle variou entre 13 e 53 anos (26,8±8,9) e no grupo experimental entre 15 e 57 (24,9±7,9), predominando o sexo masculino (95,2%), nos dois grupos estudados. O trauma aberto incidiu em 92,8% dos pacientes, com predominância para as feridas por arma branca em 58,7%, contra 24,6% de feridas por projétil de arma de fogo. As complicações pleuropulmonares estiveram presentes em 35 pacientes (33,78%) do grupo controle, ao passo que, no grupo experimental, apenas 18 (28,6%) evoluíram com este tipo de complicação. Não ocorreram óbitos em ambas as séries estudadas. Nas análises estatísticas, o modelo bivariado mostrou que o tipo de trauma e o tempo de drenagem pleural foram as variáveis que mais importância tiveram como fatores preditivos de complicações. Na análise de regressão logística multivariada, as variáveis tempo de internação, trauma fechado e volume de sangue drenado maior do que 500ml, quando associadas, influenciaram de maneira positiva a ocorrência de complicações.
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OBJETIVO: Detectar índices de complicações pós-operatórias e de letalidade, identificando fatores de risco (mecanismo de trauma, sítio da lesão cardíaca, local da intervenção cirúrgica, lesões associadas, necessidade de transfusão e escores anatômicos de trauma) em pacientes com traumatismo cardíaco que apresentavam sinais vitais à admissão na sala de operações. MÉTODO: Realizou-se um estudo descritivo e analítico, de cunho retrospectivo, através dos prontuários de 52 pacientes, submetidos à toracotomia para tratamento de lesões cardíacas penetrantes entre julho/91 e março/97 em um centro de trauma no Nordeste do Brasil. RESULTADOS: O instrumento lesivo mais freqüente foi a arma branca em 28 pacientes (53,85%), seguidos pela arma de fogo em 24 (46,15%). A lesão de ventrículo direito isolada ocorreu em 25 casos (48,08%). As medianas dos escores anatômicos de trauma foram: injury severity score (ISS)=26; penetrating trauma index (PTI)=23; penetrating thoracic trauma index (PTTI)=20; e penetrating cardiac trauma index (PCTI)=15. A taxa de complicação pós-operatória foi de 36,54% e a de letalidade de 13,45%. O sangramento pós-operatório, a necessidade de reoperação e o uso de mais de três concentrados de hemácias aumentaram o risco relativo de morte. Os escores anatômicos de trauma não estiveram associados a aumento do risco relativo de letalidade. CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes com lesão cardíaca desta série apresentou bons fatores prognósticos, justificando a baixa taxa de mortalidade observada.
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OBJETIVO: O efeito da corticoterapia sobre a cicatrização de feridas cirúrgicas vem apresentando resultados conflitantes na literatura, principalmente quando usada por tempo prolongado. O objetivo do presente trabalho foi comparar a resistência cicatricial da pele de camundongos submetidos à administração de hidrocortisona, em distintos períodos pós-operatórios. MÉTODO: Foram estudados 150 camundongos machos submetidos à incisão e sutura da pele dorsal, divididos em cinco grupos. No Grupo 1 (n=6) avaliou-se apenas a resistência da pele íntegra. Nos demais grupos (n = 36) realizaram-se incisão e sutura na pele, sendo que o Grupo 2 (controle) submeteu-se apenas à operação, enquanto o Grupo 3 recebeu, ainda, solução salina a 0,9% e os Grupos 4 e 5 receberam 10mg/kg/dia de hidrocortisona local e sistêmica, respectivamente. Avaliaram-se a resistência cicatricial e a variação ponderal nos sétimo e 21º dias pós-operatórios. RESULTADOS: Os camundongos que receberam corticóide, Gupos 4 e 5, apresentaram decréscimo ponderal significativo (p < 0,02). Quanto à resistência cicatricial da pele, os Gupos 3, 4 e 5 apresentaram valor inferior ao Grupo 2 no sétimo dia pós-operatório (p < 0,02). No 21º dia, a queda foi observada apenas no grupo submetido à solução salina (p < 0,05). CONCLUSÃO: Os resultados indicam uma diminuição da resistência cicatricial apenas nos camundongos tratados com corticóide em intervalos menores de tratamento.
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OBJETIVOS: Observar o efeito do fator XIII da coagulação (Fibrogamin®) na cicatrização de feridas incisas da pele de ratos tratados com corticosteróide. Foi feita a avaliação quanto ao aspecto histopatológico dos tecidos em cicatrização e sua resistência à tensão. MÉTODO: Foram utilizados 40 ratos Wistar, divididos em quatro grupos. No grupo A (n=10), foi administrado corticosteróide. No grupo B (n=10) foi usado corticosteróide e fator XIII. No grupo C (n=10) foi injetado fator XIII e no grupo D (n=10) foi administrado placebo (controle). A resistência à tensão foi medida através de tensiômetro computadorizado e as alterações histopatológicas quantificadas por análise digital. RESULTADOS: Ocorreu uma significativa diminuição da resistência da ferida de pele no grupo A (523,6gf), quando comparado com o controle (1480,4gf). No grupo B (868,8gf) notou-se significativa diferença em relação ao grupo A (p<0,0001). O grupo C não mostrou diferença (p=0,067) em relação ao grupo controle (D), entretanto foram observadas diferenças significativas quando comparados os grupos A e C; A e D (p<0,0001). A análise da densidade do colágeno e de células inflamatórias revelou as mesmas diferenças observadas na resistência à tensão. CONCLUSÕES: Foi observado que a ação do corticosteróide dificultou a cicatrização da pele de ratos e diminuiu a resistência à tensão, ação revertida pelo uso do fator XIII . A utilização do fator XIII sem uso de corticosteróide não demonstrou ação de melhora nos resultados da cicatrização em relação ao controle.
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OBJETIVO: A infecção prévia do sítio cirúrgico é um forte determinante para o desenvolvimento de uma nova infecção do sítio cirúrgico. É a chamada infecção latente do sítio cirúrgico. O objetivo deste estudo foi de analisar a taxa de infecção de pacientes com história prévia de infecção do sítio cirúrgico e tentar correlacionar com o agente etiológico da infecção anterior. MÉTODO: A população estudada compreendeu 389 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico eletivo de hérnia incisional. Os dados foram analisados de acordo com as informações contidas na ficha de controle de infecção, que é anexada ao prontuário de cada paciente, sendo, após a alta encaminhada à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. RESULTADOS: A incidência de infecção do sítio cirúrgico foi de 6,7% (26/389). Nos pacientes com história pregressa de infecção de ferida operatória (69/389) um novo quadro de infecção ocorreu em 27,6%(19/69) enquanto que a taxa de infecção de feridas dos pacientes que não apresentaram episódios anteriores de infecção de sítio cirúrgico foi de 2,2% (7/320). Esta diferença foi estatisticamente significativa (p < 0,001). Nos 19 pacientes que apresentaram infecção do sítio cirúrgico e história pregressa de infecção do sítio cirúrgico, conseguimos resgatar apenas cinco culturas (quatro Staphyloccocus aureus e um Proteus sp). Houve coincidência de culturas em quatro ocasiões (quatro Staphyloccocus aureus). CONCLUSÕES: No estudo apresentado, observamos uma diferença estatisticamente significativa entre a taxa de infecção nos paciente com historia de infecção de ferida operatória prévia (27,6% contra 2,2%). Este dado nos leva a considerar a possibilidade da existência da infecção latente de sítio cirúrgico.