350 resultados para faculdades
Resumo:
Neste trabalho pretendemos analisar a evolução do ensino superior brasileiro e sua relação com o estabelecimento dos modelos de formação do professor de Geografia, buscando demonstrar que o estabelecimento desses modelos não resulta apenas de políticas educacionais no campo curricular, mas de uma combinação dessas políticas e das características assumidas pelo ensino superior brasileiro em seu processo de expansão e consolidação. Tomamos como marco histórico os anos 1930 quando a formação de professores foi elevada a nível superior com a criação das faculdades de filosofia. É nos anos 1950 que a formação do professor de Geografia separa-se do curso de História que até então formava conjuntamente esses profissionais. Em 1960 ocorre outra mudança com a criação das licenciaturas curtas em Estudos Sociais capitaneada pela forte expansão e mercantilização da educação superior brasileira. Nos anos de 1990 um novo modelo de formação do professor de Geografia se estabelece em consonância com a reforma do ensino superior no país.
Resumo:
2016
Resumo:
2016
Resumo:
A pesquisa lingüística na universidade brasileira surge com a criação dos cursos de Letras. Estes aparecem no Brasil no bojo dos projetos de criação das Faculdades de Filosofia apenas nos anos 30 do século passado, embora houvesse reivindicações anteriores para a existência de uma formação superior em línguas e literaturas e mesmo experiências efêmeras no início do século XX. Este trabalho começa por discutir as várias e complexas razões que explicam a criação tardia da instituição universitária no Brasil. Em seguida, analisa a fundação da Universidade de São Paulo e a criação de sua Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Mostra que, quando se pensou em fundar a Universidade de São Paulo, o que se queria era formar uma nova elite para o país, educada nos moldes dos países mais adiantados do mundo. Para isso, previu-se então que todos os professores fossem recrutados na Europa. Com a montante nazi-fascista na Alemanha e na Itália, decidiu-se que desses países seriam recrutados apenas professores de Ciências Físicas e Biológicas, enquanto os professores das Ciências Humanas viriam da França, considerada como alternativa liberal ao fascismo. Dentro dessa perspectiva, cria-se o primeiro curso superior de Letras do Brasil. Neste trabalho, é somente este curso que será analisado. Depois de estudar as alterações curriculares por que ele passou, examinam-se as orientações de cada uma das cadeiras para o ensino e a pesquisa e, portanto, o desenvolvimento da pesquisa lingüística universitária.
Resumo:
Com a regulamentação da Libras no Brasil, tornou-se fundamental a formação de professores para ensinar essa língua a surdos e ouvintes e, consequentemente, propiciar uma melhor integração entre surdos e também entre estes e os ouvintes. Para os surdos, em particular, a aprendizagem da Libras muitas vezes acontece apenas no contexto escolar, pois nem sempre os pais são usuários dessa língua. Considerando o exposto, o presente trabalho teve o objetivo investigar de que forma ocorre a formação do professor de Libras e as representações sobre sua formação. Na fundamentação teórica que ancorou a análise, foram utilizados centralmente o conceito de linguagem como essencialmente dialógica (BAHKTIN, 1990) e o conceito de representação conforme propõem Celani e Magalhães (2002, p. 321), no sentido de uma “cadeia de significações, construídas nas constantes negociações entre os participantes da interação”. A geração dos dados seguiu uma abordagem qualitativa/interpretativista (LÜDKE; ANDRÉ, 2003; BORTONI-RICARDO, 2008; DENZIN; LINCOLN, 2006), estabelecendo-se o método da entrevista não estruturada, realizada com três professores de Libras surdos. Os resultados da análise evidenciaram, principalmente, a importância que os professores atribuem a sua própria formação especializada para atuarem como professores de Libras, além do posicionamento político em relação ao compromisso de ampliar o número de professores de Libras para ouvintes e para surdos, afim de que possam ser mediadores para a inserção dos surdos, por exemplo, na escola, nas empresas, faculdades, hospitais, etc. Dessa forma, poderão possibilitar a construção de espaços para que a diferença seja vista como constitutiva de todos nós.