999 resultados para Valença, Bahia
Resumo:
Os objetivos deste trabalho foram quantificar o número de esporos e o número mais provável de propágulos infectivos de FMA em solos da mineradora Caraíba, verificando influências sazonais na dinâmica desses propágulos e determinando os efeitos da mineração sobre o potencial de infectividade micorrízica. Foram realizadas coletas de solo na estação seca (agosto/98) e na chuvosa (fevereiro/99), em seis sub áreas da mineradora de cobre: 1 - local onde é depositado o rejeito; 2 - arredores da área industrial; 3 - local onde são depositados restos de rocha com pouco minério; 4 - caatinga nativa, não impactada; 5 - interface entre a caatinga e o rejeito; 6 - local onde foi retirada a camada superficial do solo. Foram identificadas 32 espécies de plantas num raio de dois metros, a partir dos pontos de coleta de solo. Maior diversidade (21 espécies) foi encontrada na sub área 4 e menor (2 espécies) na sub área 3. As sub áreas 1, 3 e 5 apresentaram o menor número de esporos (< 1 por g de solo), possivelmente devido aos elevados valores de Cu e Fe e ao pH mais alcalino. Em geral a densidade dos esporos e o número de propágulos infectivos foram baixos (< 2 por g de solo). Não houve diferença significativa entre o número de esporos nas estações seca e chuvosa, a não ser para a sub área 6. Entretanto, houve variação entre as sub áreas, com diferenças significativas nas duas estações do ano.
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A existência de zonas monoespecíficas é característica no manguezal do rio Mucuri, BA, onde Laguncularia racemosa L. e Rhizophora mangle L. ocupam locais sob maior influência da maré e Avicennia germinans L. está restrita a locais de salinidade mais baixa. A vegetação neste manguezal é classificada em bosques ribeirinhos (margem do rio) e bosques de bacia (interior). Parâmetros físicos e químicos do sedimento e suas relações com a concentração dos nutrientes foliares foram associados à distribuição das espécies estudadas. Os resultados mostraram que A. germinans dominou sítios com menores valores de pH, de salinidade, de carga de troca catiônica e de silte e alto teor de argila, quando comparada às outras duas espécies estudadas. O substrato de R. mangle caracterizou-se pelos maiores teores de matéria orgânica e pela sua constituição arenosa fina. Quanto às frações granulométricas do solo, no bosque ribeirinho predominam a constituição arenosa e, no de bacia, a argilosa. Sedimentos sob A. germinans e R. mangle revelaram menores e maiores teores de macronutrientes, respectivamente, especialmente as bases trocáveis (K, Ca e Mg). Espécies restritas a sítios mais ricos em macronutrientes apresentaram menor concentração foliar desta classe de elementos químicos. Nesse aspecto, A. germinans acumulou maiores teores de macronutrientes enquanto L. racemosa e, especialmente, R. mangle foram mais ricas em micronutrientes. Apesar de se desenvolver em substratos mais ricos em Mn, L. racemosa acumulou o menor teor foliar desse elemento. Os valores baixos do fator de concentração de Fe e de Zn em R. mangle e de Mn em L. racemosa sugerem que essas espécies sejam melhor adaptadas a sítios com maiores concentrações desses micronutrientes.
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São descritas duas novas espécies de Calliandra da Chapada Diamantina, Estado da Bahia, leste do Brasil. Calliandra geraisensis E.R. Souza & L.P. Queiroz é próxima de C. calycina Benth., diferindo pelo seu hábito depauperado, folhas dísticas e ausência de tricomas glandulares no perianto. Calliandra imbricata E.R. Souza & L.P. Queiroz é uma planta arbustiva semelhante a C. erubescens Renvoize, da qual difere pelas folhas com maior número de pinas e folíolos e pelos estames vermelhos. Ambas as espécies ocorrem nas montanhas da Chapada Diamantina e são endêmicas restritas de uma pequena área nas vizinhanças da cidade de Piatã.
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Uma das conseqüências da fragmentação de hábitats florestais melhor estudadas até o momento são os chamados efeitos de borda. Neste estudo, foi verificado como variam a riqueza e a abundância das pteridófitas quando são comparados interiores e bordas de áreas florestais, em Una, BA. Foram inventariadas todas as pteridófitas a até 1 m do solo, em 36 parcelas de 120 × 10 m (0,12 ha), estabelecidas em áreas de mata contínua (> 900 ha) e fragmentos de mata (< 100 ha), distribuídas na região entre três blocos amostrais de 5 × 5 km. Em cada uma das áreas, locaram-se as parcelas a 20, 40 e a mais de 100 m da divisa da mata com relação às áreas adjacentes. Os resultados mostram que não há variação na abundância entre as unidades consideradas. No entanto, a riqueza de samambaias é diferente entre blocos amostrais, indicando que as florestas de Una podem ser heterogêneas quanto aos aspectos ambientais. Além disso, a riqueza decai nas parcelas de borda mais próximas à matriz, em todos os blocos; a partir de uma distância aproximada de 20-30 m a riqueza é restabelecida, tornando-se similar à do interior da floresta. Também fica claro que os interiores de floresta constituem ambientes totalmente distintos daqueles de borda, no que se refere à comunidade de pteridófitas, de modo que, praticamente, não são afetados pelos efeitos de borda. Pôde-se concluir que os efeitos de borda sobre as pteridófitas penetram muito pouco no interior da floresta, mas deve-se ressaltar que a formação de novas bordas em larga escala pode vir a extinguir espécies florestais da região.
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A Chapada Diamantina localiza-se na porção norte da Cadeia do Espinhaço, tendo como vegetação típica os campos rupestres, mas ocorrendo também em matas de galeria, cerrado e caatinga, possuindo elevado grau de endemismo. O gênero Bulbophyllum Thouars é um dos maiores da família Orchidaceae com aproximadamente 1.200 espécies. No Brasil são reconhecidas cerca de 58 espécies, mas apenas cinco têm sido documentadas para o Estado da Bahia. Neste trabalho foi realizado o levantamento das espécies de Bulbophyllum da Chapada Diamantina, através de coletas e coleções de herbário. Foram encontradas 12 espécies e um híbrido natural na Chapada Diamantina, sendo oito citações novas para o estado. Bulbophyllum epiphytum Barb. Rodr., B. laciniatum (Barb. Rodr.) Cogn. e B. napellii Lindl. possuem hábito epifítico; B. involutum Borba, Semir & F. Barros, B. mentosum Barb. Rodr., B. roraimense Rolfe, B. weddellii (Lindl.) Rchb. f. e B. ×cipoense Borba & Semir ocorrem exclusivamente como rupícolas; já B. chloropterum Rchb. f., B. cribbianum Toscano, B. ipanemense Hoehne, B. manarae Foldats e B. plumosum (Barb. Rodr.) Cogn. possuem hábito facultativo. Bulbophyllum ipanemense é a espécie mais abundante na Chapada Diamantina, e as populações da Bahia apresentam uma ampla variação morfológica em relação às populações da região Sudeste. Bulbophyllum manarae e B. roraimense consideradas endêmicas da Venezuela, são citadas pela primeira vez para o Brasil, fortalecendo a hipótese de uma estreita relação entre as formações deste país e da Chapada Diamantina.
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Uma nova espécie de Olyra é descrita e ilustrada. Olyra bahiensis R.P.Oliveira & Longhi-Wagner é relacionada à O. ciliatifolia Raddi (amplamente distribuída na América do Sul) e à O. juruana Mez, O. amapana Soderstr. & Zuloaga e O. loretensis Mez (ocorrentes na região Amazônica), pela presença de tricomas recobrindo totalmente o antécio feminino. A nova espécie ocorre na mata atlântica do sul da Bahia, na mesma área onde também são encontradas várias espécies endêmicas de gramíneas. As populações de O. bahiensis apresentam pequeno número de indivíduos, os quais habitam áreas sombreadas em remanescentes de matas úmidas associadas ao cultivo de cacau. Uma chave analítica para O. bahiensis e espécies relacionadas é também apresentada.
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A comunidade de plantas visitadas por abelhas foi estudada em um fragmento de 8,2 ha na Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas de Abaeté, Salvador, Bahia (12º56 S e 38º21 W). Entre janeiro e dezembro de 1996, três vezes ao mês, as plantas floridas eram amostradas, registrando-se para cada espécie o período de floração, hábito e características florais como: cor, forma, sexualidade, simetria, deiscência das anteras e recurso oferecido ao visitante. O tipo de vegetação local é a restinga, composta principalmente por arbustos e subarbustos. Foram observadas 97 espécies vegetais e a família Fabaceae foi a mais rica em número de espécies. Das espécies observadas, 66 foram visitadas por abelhas, sendo que 12 delas foram predominantemente visitadas (79,4% do total de indivíduos). Waltheria cinerescens St. Hilaire e Byrsonima microphylla A. Juss. foram as espécies mais abundantes. Os recursos florais estiveram disponíveis ao longo de todo o ano, havendo maior produção de flores nos meses de menor precipitação. A maioria das flores esteve aberta durante todo o dia. Predominaram flores actinomorfas (63%), monóclinas (89%), pequenas, tubulares e reunidas em inflorescências, cujas cores mais freqüentes são lilás (32%) e creme (31%). A maioria era melitófila (85%), significando que as abelhas são, provavelmente, os principais responsáveis pela reprodução sexual das espécies vegetais nessas dunas.
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A biologia reprodutiva de cinco espécies simpátricas de Malpighiaceae foi estudada nas dunas costeiras da Área de Proteção Ambiental do Abaeté, Salvador, Bahia, Brasil (12º56 S e 38º20 W), durante o período de jul./2000 a jan./2002, e jan. a mar./2003. Foram realizadas observações sobre fenologia, morfologia, biologia floral e visitantes florais. O sistema reprodutivo foi determinado através de polinizações experimentais em campo. As Malpighiaceae são hermafroditas, possuem antese diurna e alta viabilidade polínica. A floração apresenta padrão contínuo na comunidade. Os resultados das polinizações manuais indicam que Heteropterys alternifolia e Byrsonima spp. são auto-incompatíveis e Stigmaphyllon paralias é autocompatível. Os principais polinizadores são abelhas da tribo Centridini e o principal recurso coletado foi o óleo. Não foi observado, na maioria das visitas, o uso da mandíbula na pétala guia para sustentação durante a coleta de óleo.
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The effects of disturbances on plant community structure in tropical forests have been widely investigated. However, a majority of these studies examined only woody species, principally trees, whereas the effects of disturbances on the whole assemblage of vascular plants remain largely unexplored. At the present study, all vascular plants < 5m tall were surveyed in four habitats: natural treefall gaps, burned forest, and their adjacent understorey. The burned area differed from the other habitats in terms of species composition. However, species richness and plant density did not differ between burned area and the adjacent understorey, which is in accordance to the succession model that predict a rapid recovery of species richness, but with a different species composition in areas under moderate disturbance. The treefall gaps and the two areas of understorey did not differ among themselves in terms of the number of individuals, number of species, nor in species composition. The absence of differences between the vegetation in treefall gaps and in understorey areas seems to be in agreement with the current idea that the species present in treefall gaps are directly related to the vegetation composition before gap formation. Only minimal differences were observed between the analyses that considered only tree species and those that considered all growth habits. This suggests that the same processes acting on tree species (the best studied group of plants in tropical forests) are also acting on the whole assemblage of vascular plants in these communities.
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This paper discusses the phenological strategies of Melocactus glaucescens Buining & Brederoo, M. paucispinus G. Heimen & R. Paul, M. ernestii Vaupel and M. ×albicephalus Buining & Brederoo, species from Chapada Diamantina, northeastern Brazil. Melocactus glaucescens, M. ernestii and M. ×albicephalus occur sympatrically in an area of "caatinga"/"cerrado" vegetation, and M. paucispinus in an area of "cerrado"/"campo rupestre". The superposition of flowering in these sympatric taxa was compared and analyzed. The phenology of M. paucispinus was correlated with both abiotic and biotic factors. Flowering of M. glaucescens and M. ×albicephalus were observed to be continuous (though with moderate peaks of activity), while fruiting was sub-annual. Melocactus ernestii exhibited an annual pattern of both flowering and fruiting; while in M. paucispinus the same patterns were sub-annual. These sympatric taxa showed 40% overlap of flowering periods, reaching to more than 50% in paired combinations of taxa, considering both the number of specimens flowering, as well as the quantity of resources being offered. Available information indicates that these taxa share pollinators, but phenological data rejects the hypothesis of shared pollinators and supports the hypothesis of hybridization in the study area. Rainfall was negatively correlated with flowering in M. paucispinus, but positively correlated with fruiting. Flowering of M. paucispinus in dry periods of the year avoids that erect flowers positioned in terminal cephalium, exposed in open areas of the vegetation, be damaged for the rains, while fruiting in rainy periods can be favorable to the dispersion and germination of this species.
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Durante o levantamento de microfungos associados a substratos vegetais na Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia, Brasil, no período de outubro/2005 a junho/2006, foram encontradas quatro espécies de Vermiculariopsiella associadas à decomposição de folhas, pecíolos e galhos nesse ecossistema. Vermiculariopsiella. immersa (Desm.) Bender e V. cubensis (R.F. Castañeda) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton são novos registros para a Serra da Jibóia e Estado da Bahia respectivamente e V. cornuta (V. Rao & Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton e V. falcata Nawawi, Kuthub. & B. Sutton constituem novos registros para a América do Sul. São apresentadas descrições e ilustrações das características morfológicas das quatro espécies, informações sobre substratos e a distribuição geográfica, bem como chave para identificação de todas as espécies conhecidas de Vermiculariopsiella.
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O objetivo deste estudo foi averiguar a existência de uma possível transição florística ao longo de um gradiente altitudinal numa floresta serrana do sul da Bahia, Brasil. A área amostrada situa-se em uma zona de transição (leste-oeste) entre florestas ombrófilas e estacionais. Um transecto linear abrangendo um hectare (10 × 1.000 m) foi situado na encosta da serra (de ca. 350 a 750 m.s.m.). Todas as árvores e lianas com DAP > 5 foram numeradas, coletadas e medidas. Foram calculados valores de densidade, dominância, frequência e valor de importância (VI) para cada espécie amostrada. Foram amostrados 1.400 indivíduos agrupados em 264 espécies e 56 famílias de angiospermas. Cariniana legalis (Mart.) Kuntze teve o maior VI, devido à elevada dominância de poucos indivíduos. Discocarpus pedicellatus Fiaschi & Cordeiro e Ampelocera glabra Kuhlm. foram as espécies mais frequentes, com 90 e 86 indivíduos respectivamente. Noventa e seis espécies foram representadas por apenas um indivíduo. As famílias mais diversas foram Fabaceae e Myrtaceae com 37 e 31 espécies respectivamente. Análises de agrupamento e correspondência (DCA) revelaram que a composição florística da floresta situada na porção mais alta do transecto foi distinta da restante. As florestas de porções mais baixas e mais altas do fragmento puderam ser consideradas respectivamente como semideciduais e ombrófilas. Embora haja diferenças florísticas evidentes entre essas florestas, ambas estão claramente vinculadas ao setor sul-Baiano da Mata Atlântica.
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Estudo taxonômico do gênero Micrasterias C. Agardh ex Ralfs realizado em duas Áreas de Proteção Ambiental (APA Rio Capivara e APA Lagoas de Guarajuba), ambas situadas no Município de Camaçari, Estado da Bahia, nordeste do Brasil. Os materiais estudados, de origem do plâncton e do perifíton, provieram de 96 amostras coletadas no verão (dezembro de 2006 a março de 2007) e no inverno (maio a agosto de 2007), em ambientes lóticos e lênticos. Foram identificados 14 táxons, dos quais M.americana (Ehrenb.) Ralfs var. bahiensis I. B. Oliveira, C. E. M. Bicudo & C. W. N. Moura foi descrita como nova para a ciência e 10 constituem citacões pioneiras para a desmidioflórula da Bahia, quais sejam: M. alata G. C. Wall., M. arcuata Bailey var.subpinnatifida West & G. S. West f. subpinnatifida, M. borgei H. Krieg. var. borgei, M. foliacea Bailey ex Ralfs var. foliacea, M. furcata C. Agardh ex Ralfs var. furcata f. furcata, M. laticeps Nordst. var. laticeps, M. laticeps Nordst. var.acuminata H. Krieg., M. mahabuleshwarensis J. Hobson var.ampullacea (W. M. Maskell) Nordst., M. mahabuleshwarensis J. Hobson var. mahabuleshwarensis f. mahabuleshwarensis, M. pinnatifida (Kütz.) Ralfs var. pinnatifida f. pinnatifida, M. radiosa Ralfs var. elegantior (G. S. West) Croasdale, M. rotata (Grev.) Ralfs var. rotata e M. truncata (Corda) Bréb. ex Ralfs var. pusilla G. S. West. As espécies mais bem representadas na área estudada foram M. alata e M. pinnatifida presentes, respectivamente, em 50% e 45,83% das amostras analisadas. Micrasteriaslaticeps var.acuminata e M.americana var. bahiensis, foram as menos representadas, por terem sido registradas apenas em 2,08% e 1,04% respectivamente.
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Objetivou-se neste estudo, por meio de contagem de indivíduos classificados em diferentes estádios de desenvolvimento, conhecer a estrutura populacional da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), presente na Mata Atlântica do Sul da Bahia. Os trabalhos foram desenvolvidos no Ecoparque de Una, Una, BA, Brasil. A população foi classificada em seis estádios: Plântula, Jovem I, Jovem II, Imaturo I, Imaturo II e Adulto, e em cada estádio, foram avaliados a densidade, as distribuições de freqüência de classes de altura de inserção das folhas, número de folhas, diâmetro à altura do peito (DAP) e diâmetro ao nível do solo (DAS). Foram calculadas as relações existentes entre essas variáveis, através do coeficiente de correlação de Pearson. A estrutura demográfica encontrada, com exceção da densidade de plântulas, é compatível com a estrutura registrada nos estudos de população de E. edulis das regiões sul e sudeste do Brasil com grande número de indivíduos em regeneração e poucos indivíduos nas classes de maior tamanho. A densidade populacional apresentou-se relativamente baixa, supondo, entre outras possibilidades, tratar-se de um ecótipo diferente dos anteriormente estudados nas regiões sul e sudeste do Brasil. As variáveis se correlacionaram positivamente, com exceção de folhas e DAS no estádio adulto.
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O presente trabalho refere-se ao estudo taxonômico dos gêneros Chaetomorpha e Rhizoclonium ocorrentes no litoral da Bahia. As espécies foram delimitadas com base no hábito, presença ou ausência de rizóides laterais, tipo de célula basal, forma e dimensões celulares. A presença de inclusões cristalinas nas células também foi verificada. Foram identificadas nove espécies, sete para o gênero Chaetomorpha (C. aerea (Dillwyn) Kütz., C. antennina (Bory) Kütz., C. brachygona Harv., C. clavata Kütz., C. crassa (C. Agardh) Kütz., C. minima Collins & Herv. e C. nodosa Kütz.) e duas para o gênero Rhizoclonium (R. africanum Kütz. and R. riparium (Roth) Kütz. ex Harv.). Chaetomorpha crassa, C. minima e C. nodosa são novas adições para o litoral nordeste do Brasil e C. aerea, C. clavata e R. africanum são adições para o litoral da Bahia. Três tipos de cristais foram encontrados: 1. cristais de sílica, em forma de finas agulhas agrupadas, presentes em C. aerea, C. antennina, C. brachygona, C. clavata e C. crassa; 2. cristais de oxalato de cálcio, em forma de octaedros, encontrados em C. antennina e C. clavata e, 3. cristais de carbonato de cálcio, em forma de cones formando agregados globosos, observados em C. clavata. Talos férteis de C. antennina, C. clavata, C. nodosa, R. africanum e R. riparium são ilustrados pela primeira vez para o Brasil. Descrições detalhadas das estruturas vegetativas e reprodutivas das espécies e comparações com táxons afins são apresentadas.