1000 resultados para Representações sociais Cabo Verde
Resumo:
A bananeira tem um elevado valor social e econmico para Cabo Verde, desempenhando um papel fundamental na dieta alimentar das populaes. Nos ltimos anos a produtividade da cultura tem vindo a decair e de entre as causas responsveis pelo declnio dos bananais incluem-se micoses. Com a finalidade de determinar o possvel envolvimento de fungos nas doenas foliares fez-se o levantamento da micobiota associada a necroses foliares. Material foliar com leses de diversos tipos foi recolhido em bananais de 10 localidades da Ilha de Santiago e observado ou colocado em cmara hmida sobre meio gelosado. As estruturas de fungos detectadas sobre as folhas foram montadas em lactofenol e utilizadas para identificao at ao nvel da espcie, dos fungos registados, utilizando para o efeito critrios clssicos em sistemtica micolgica. Foram identificados 48 txones, sendo 44 fungos mitospricos e 4 fungos ascomicetas. Muitos dos fungos identificados no so considerados fitopatognicos na bananeira, estando referidos como endfitos ou saprfitas na cultura. Os principais fungos patognicos identificados foram Cladosporium musae, Colletotrichum gloeosporiodes, C. musae, Cordana musae, Deightoniella torulosa, Lasiodiplodia theobromae e Ramichloridium musae. A maioria das espcies apresentou larga distribuio nas zonas de produo amostradas.
Resumo:
Nos estudos sobre a micoflora de muitos ecossistemas os fungos do gnero Curvularia Boedijn 1933, constituem um dos mais fascinantes grupos, devido frequncia com que so observados especmenes do gnero e ao elevado nmero de espcies que so normalmente identificadas. Apesar da maioria dos txones do gnero ser conhecida como saprfita em diferentes substratos vegetais e no solo, podendo ainda ser isolada a partir do solo e do ar, muitas espcies so fitopatognicas, sobretudo em gramneas e em regies de clima tropical e subtropical (SIVANESAN 1987). Um pequeno nmero de espcies pode raramente originar doenas em animais, incluindo humanos, surgindo como agentes de onicomicoses, sinusite alrgica, pneumonia, endocardite e alergia broncopulmonar (CARTER & BOUDREAUX 2004). Descrito com a espcie tipo C. lunata (Wakker) Boedijn, o gnero Curvularia permitiu acomodar espcies da famlia Dematiaceae que possuam conidiforos macronematosos, mononematosos, direitos ou flexuosos, frequentemente geniculados, por vezes nodosos, clulas conidiognicas polittricas, integradas, terminais e simpodiais, fragmocondios solitrios, acropleurgenos por proliferao subterminal do conidiforo, olivceos a castanhos, elipsides, cilndricos, obovides ou piriformes, trs ou mais septos transversais, terceira clula ou segunda e terceira distintamente maiores e escuras, muitas vezes desigualmente curvos devido ao alargamento de uma ou duas clulas centrais, raramente direitos, septos rgidos, hilo truncado ou protuberante (ELLIS 1971). O gnero actualmente composto por mais de 40 txones que se distinguem por diferenas mais ou menos evidentes na morfologia dos condios, nmero de septos e aspectos culturais (SIVANESAN 1987, HOSOKAWA et al. 2003, SIVANESAN et al. 2003, ZHANG-MENG & ZHANG 2003, ZHANG-MENG et al. 2004, CHUNG 2005). Algumas espcies possuem teleomorfo conhecido no gnero Cochliobolus Drechsler 1934, formando ascsporos filiformes paralelos ou frouxamente enrolados em espiral, caracterstica no evidenciada pela espcie tipo do gnero, C. heterostrophus (Drechsler) Drechsler, teleomorfo de Bipolaris maydis (Nisik. & Miyake) Shoem., na qual os ascsporos se mostram enrolados formando uma espiral fechada. Por isso, teleomorfos dos fungos do gnero Curvularia so considerados por alguns autores como sendo do gnero Pseudocochliobolus Tsuda, Ueyama & Nishih. 1978, que tido como uma sinonmia de Cochliobolus (ALCORN 1983, SIVANESAN 1987). De notar, no entanto, que sendo filogeneticamente prximo do gnero Bipolaris Shoem. 1959, as suas espcies apresentam semelhanas morfolgicas com espcies do gnero Bipolaris que tm condios pequenos e direitos e estudos com anlise de sequncias ITS e com o marcador enzimtico gliceraldedo-3-P desidrogenase mostraram que partilham teleomorfo no grupo 2 do gnero Cochliobolus (BERBEE et al. 1999). A variabilidade morfolgica observada nos fungos enquadrados em Curvularia levou a que ao ser criado o gnero as espcies fossem separadas em trs grupos, geniculata, com a espcie-tipo C. geniculata (Tracy & Earle) Boedijn, lunata, com a espcie-tipo C. lunata (Tracy & Earle) Boedijn, e maculans, com a espcie-tipo C. maculans (Bancroft) Boedijn (=C. eragrostidis (Henn.) Mey.), que se diferenciaram pela forma dos condios e nmero de septos (CORBETTA 1964). Nos grupos lunata e maculans ficaram colocadas as espcies com condios 3-septados e no grupo geniculata as espcies que tinham condios 4- septados ou com maior nmero de septos. As espcies do grupo lunata distinguiram-se das do grupo maculans principalmente por apresentarem curvatura mais pronunciada, clula mediana mais volumosa e habitual presena de estroma em cultura. O reconhecimento das caractersticas principais do gnero Curvularia relativamente fcil, o que permite que seja normalmente possvel a identificao ao gnero de um qualquer espcimen. No entanto, a identificao em espcie por vezes complicada pelas descries vagas e ausncia de ilustraes em trabalhos mais antigos, inconstncia de caractersticas morfolgicas e biomtricas dos esporos, causada por diferentes condies em que ocorre o crescimento, e sobreposio dos valores das medidas apresentadas por diferentes autores (TSUDA & UEYAMA 1982, HOSOKAWA et al. 2003). Contudo, esta situao no impede que a identificao das espcies continue a ser feita numa aproximao fenotpica, com base em caractersticas morfolgicas e culturais. Recentemente, as espcies C. fallax Boedijn, C. geniculata (Tracy & Earle) Boedijn e C. senegalensis (Speg.) Subram., do grupo geniculata, que eram aceites como txones vlidos em monografias clssicas do gnero (ELLIS 1971, SIVANESAN 1987) mostraram-se interfrteis (HOSOKAWA et al. 2003), vindo a ser consideradas, com base em caractersticas morfolgicas e anlise de DNA total por RFLP (HOSOKAWA et al. 2003) e na anlise da sequncia do gene Brn1 (SUN et al. 2003), como espcie nica e sinonimizadas com C. geniculata. Sabido que a diversidade dos fungos que ocorrem nos diferentes ecossistemas de Cabo Verde tem sido pouco estudada, iniciou-se um levantamento da micoflora associada a gramneas, tendo-se obtido uma coleco de Magnaporthe grisea (Hebert) Barr (LIMA & DUCLOS 2001) e de espcies dos gneros Bipolaris, Exserohilum Leonard & Suggs e Curvularia. O presente trabalho tem como objectivo descrever e ilustrar as espcies de Curvularia identificadas na ilha de Santiago e contribuir para o melhor conhecimento do gnero naquele pas. Na bibliografia consultada no foram encontradas referncias a fungos do gnero Curvularia para Cabo Verde.
Resumo:
O estudo realizou um diagnstico ambiental na Ribeira da Barca, Concelho de Santa Catarina, Ilha de Santiago, no sentido de se identificar, avaliar, e caracterizar as alteraes na paisagem, causadas pelas actividades extractivas nas crateras da Ribeira da Barca, estimar a quantidade de inertes extradas ao longo do tempo. O trabalho de levantamento de campo foi realizado entre Novembro de 2010 e Maio de 2011. A paisagem estudada enquadra-se bem num processo de transformao por aces antropognicas negativas, relativamente extraco ao comrcio de areia e brita. O leito da ribeira apresenta-se totalmente esburacado, com cavas de dimenses que variam desde de 2,6 m at 46,90 m de comprimento, largura de 2,90m at 28,10 m; altura/profundidade de 0,12 m at 2,70 m , provocando uma distoro no carcter visual de todo o leito. Das vinte e trs (23) cavas monitorizadas durante seis meses de estudo 26,1% das cavas (cerca de 6), tiveram uma evoluo considervel, em termos de comprimento, largura e altura/profundidade; 34,8% (cerca de 8) tiveram uma evoluo menos considervel; 39,1% das cavas (cerca de 9 ) no evoluram. Torna-se necessria adequar uma estratgia que possa agir de forma "positiva" baseada num processo de recuperao da paisagem.
Resumo:
O Projecto Flora de Cabo Verde uma iniciativa conjunta do Instituto de Investigao Cientfica Tropical (IICT) e do Instituto Nacional de Investigao e Desenvolvimento Agrrio (INIDA) de Cabo Verde, iniciado em 1990. O objectivo do projecto a publicao, em portugus e em forma de Flora, de fascculos contendo, cada um, o estudo de uma famlia de plantas vasculares ocorrendo no Arquiplago de Cabo Verde, tanto as nativas, em que se incluem as endmicas, como as exticas naturalizadas. A obra dirigida por uma Comisso Editorial constituda por dois elementos do IICT, dois do INIDA e um do Instituto Botnico de Coimbra. O estudo das diversas famlias feito de acordo com o sistema de classificao de Cronquist, de utilizao comum na regio oeste-africana. O tratamento taxonmico o mais uniforme possvel. Todos os taxa so introduzidos em chaves dicotmicas para permitir uma rpida distino com recurso a caractersticas facilmente observveis e descritos morfologicamente. Para cada espcie ou taxon infra-especfico citada a bibliografia respectiva respeitante rea geogrfica, assim como as sinonmias igualmente respeitantes rea. referida a sua distribuio em Cabo Verde com uma ou duas citaes de materiais por ilha e a distribuio mundial. So ainda feitas referncias ecologia, utilizaes e nomes vulgares nas diversas ilhas. A obra iconografada com estampas relativas a todos os gneros com espcies nativas ou naturalizadas. A base do estudo constituda pelos materiais depositados nos diversos herbrios que reconhecidamente possuem plantas colectadas na regio, com particular nfase nos Herbrios do Instituto de Investigao Cientfica Tropical (LISC), do Instituto Nacional de Investigao e Desenvolvimento Agrrio, de Cabo Verde (CECV), do Instituto Botnico da Universidade de Coimbra (COI), do Instituto Botnico da Universidade de Lisboa (LISU), do Musum National dHistoire Naturelle, de Paris (P) e do Botanical Garden and Museum, de Oslo (O). Quando finalizada, a Flora de Cabo Verde ir abranger mais de 700 taxa pertencentes a diversas famlias de Pteridfitos, a 97 famlias de Dicotiledneas e a 18 famlias de Monocotiledneas. At data foram publicadas 88 famlias, incluindo 232 gneros e 417 taxa. Este projecto, ao ter por finalidade o conhecimento da diversidade vegetal nas ilhas do Arquiplago, constituir um suporte bsico para outros tipos de estudos como sejam a caracterizao da vegetao, a avaliao de impactos ambientais, o planeamento de polticas ambientais e agrrias ou conservao da biodiversidade.
Resumo:
Situado no Atlntico Oriental, o arquiplago de Cabo Verde integra dez ilhas totalizando 4033 km2 de superfcie cuja diversidade geomorfolgica e posio geogrfica ditam uma diversidade climtica que, naturalmente, se reflecte num patrimnio biolgico muito diversificado. Face escassez de recursos naturais e s caractersticas climticas especialmente limitantes, a subsistncia das populaes caboverdianas acenta principalmente nas actividades agrcolas e pecurias que, praticadas de forma extensiva, levou a uma forte degradao dos ecossistemas naturais.
Resumo:
O tomate (Lycopersicon esculentum) uma das principais hortcolas produzidas na Ilha de Santiago, Cabo Verde. Com o objectivo de se identificar as principais pragas associadas a esta cultura e de se acompanhar a evoluo ao longo do ciclo fenolgico, instalaram-se parcelas experimentais em So Jorge dos rgos, So Domingos e Tarrafal. No presente trabalho caracterizou-se a agricultura cabo-verdiana e ilustrou-se a importncia do sector hortcola na agricultura. Descreveu-se sucintamente a cultura do tomate e as variedades utilizadas. Apresentou-se uma reviso bibliogrfica para as pragas referenciadas neste pas e para as potenciais, incidindo-se principalmente nos meios de proteco. Para a concretizao dos objectivos propostos realizaram-se amostragens semanais nas parcelas instaladas. Identificaram-se algumas espcies anteriormente referenciadas como pragas e outras que foram observadas a infestar a cultura: Aphis sp., Brachycaudus sp., cicadeldeo, Megalurothrips sp. e Tuta absoluta. Acompanhou-se a evoluo da incidncia e da populao de tripes, mosquinhas-brancas, lagartas, minas de larvas mineiras, afdeos e mirdeos no perodo de observao e analisou-se a sua distribuio vertical na planta. Identificou-se Tuta absoluta em campos de agricultores e avaliaram-se os estragos provocados por esta praga, atravs da realizao de inquritos por questionrio aos agricultores afectados.
Resumo:
Este estudo foi realizado em duas escolas tcnicas da ilha de Santiago sob o propsito de conhecer a percepo dos alunos e professores sobre as suas respectivas escolas em matria da Incluso, isto , no que toca as suas trs dimenses: Culturas, Polticas e Prticas. Questionmos em que medida os alunos e professores consideram que as Escolas Tcnicas tm vindo a adoptar o paradigma da EI e formulmos trs pressupostos: (i) na escola onde os indicadores da Incluso so mais evidenciados, os alunos apresentam melhores ndices de aproveitamento; (ii) os alunos que no tiveram a Via tcnica como a primeira escolha apresentam ndices de aproveitamento mais baixos nos ciclos anteriores; (iii) o princpio fundamental da EI depara com dificuldades na implementao devido a fraca preparao dos professores para lidarem com alunos com NEE. Para assegurar a significncia da percepo dos inquiridos em relao aos seus respectivos universos, adoptmos procedimentos estatsticos no momento da definio da amostra e a nvel de tratamento e anlise dos dados, pois procurmos garantir um nvel de confiana de 95%, o que em termos estatsticos corresponde a dois desvios-padres. Os dados foram recolhidos atravs de inquritos por questionrios, os quais foram adaptados dos modelos do Index for Inclusion, e a anlise foi com auxlio dos programas Excel e SPSS verso 15.0 for Windows. As premissas se confirmaram e conclumos que as duas escolas so emergentes em matria da Incluso.
Resumo:
Esta investigao em opo ao ttulo de Bacharel em Educao Fsica vai dirigida a todos que se preocupem com o desenvolvimento integral dos nossos educandos, especialmente aos professores de Educao Fsica, realando os valores e as potencialidades humanas que se pretenda cultivar de modo que no futuro venhamos a ter intervenientes mais responsveis, activos e criativos, precavendo dos males que aflijam a nossa sociedade. Nesta perspectiva, pretende-se lanar as bases para a introduo do Karat Do no Programa de Educao Fsica para o ensino secundrio em Cabo Verde, sugerindo desta forma o nosso campo de investigao. Alm da anlise documental, ainda se utilizou como metodologia o questionrio que corresponde, de modo genrico, ao estudo prtico, parte relevante desta investigao. Para a realizao deste estudo serviram de amostra, um total de dezasseis escolas, onde foram inqueridas cinquenta e dois professores de Educao Fsica e cento e trs alunos com o objectivo de analisar as condies materiais e humanas assim como as opinies acerca da introduo do Karate-Do no programa de Educao Fsica. de se registar que nas diferentes escolas Secundrias de Cabo Verde encontrmos professores e alunos que j praticaram o Karate-Do, alguns ainda o praticam e tm interesse que essa matria seja introduzida no programa, contabilizando 91.2% dos alunos e 88.8% dos professores compartilham a mesma opinio quanto a esse respeito. A falta de conhecimento do Karate-Do por parte de alguma percentagem dos professores e dos recursos materiais no constituem elementos impeditivos para que essa proposta de introduo do Karate-Do no programa de Educao Fsica merea a ateno desejvel, prevalecendo o interesse e as opinies dos educadores e dos educandos. Contudo isso, exige a elaborao de um programa de Karate-Do e um plano de estudo para que se alcance o sucesso na sua introduo no programa de Educao Fsica em Cabo Verde.
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Este trabalho tem como objectivo, fornecer um conhecimento mais amplo e concreto daquilo que foi e a Educao Fsica em Cabo Verde. Tendo necessidade de criar um documento que retratasse a evoluo e os acontecimentos da disciplina de Educao Fsica em Cabo Verde entrevistamos dez pessoas, das ilhas de So Vicente, Praia e Fogo que estiveram de uma forma ou outra ligadas a mesma, seja como alunos, como professores de Educao Fsica ou ainda como simples espectadores. Utilizamos um gravador e um guio durante a realizao das entrevistas. A partir das respostas dos entrevistados, fizemos a anlise dos contedos e conclumos que a Educao Fsica tem vindo a ser praticada desde os anos 30 do sculo XX e que tem tido at aos dias de hoje uma expressiva evoluo em quase todos os aspectos. No entanto, com praticamente 80 anos de existncia, temos conscincia que ainda falta muita coisa por fazer. Tendo em conta o trabalho dos professores da rea e o esforo do governo nesta matria, supomos que ser possvel leccionar a Educao Fsica nos prximos tempos em melhores condies do que hoje praticada.
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Este trabalho teve como objectivo avaliar em que medida alguns aditivos alimentares em especial os nitratos e os nitritos podero estar a contribuir para o aparecimento de doenas crnicas no transmissveis (DCNT) em Cabo Verde. O uso dos aditivos alimentares, nomeadamente o cloreto de sdio, os nitratos e os nitritos, podem constituir-se como importantes factores de risco exgenos para o aparecimento de, respectivamente, doenas do aparelho circulatrio e tumores do estmago, quando presentes e ingeridos nos alimentos em quantidades superiores aos limites legais ou em doses cumulativamente superiores aos recomendados pelas autoridades de sade. Os nitritos, por exemplo, podem gerar nitrosaminas, substncias consideradas cancergenas. Em Cabo Verde, parece no existir qualquer estudo que relacione o consumo de produtos alimentares contendo certos aditivos alimentares, designadamente os nitratos e nitritos, com as doenas supra referidas. Para anlise dos possveis efeitos dos aditivos alimentares referidos na sade dos cabo-verdianos, foram utilizados dados relativos a taxa das dez principais causas da mortalidade no pas, desde o ano 1998 a 2009, e dados relativos s importaes dos alimentos que contm esses aditivos, de 2000 a 2006. Ainda, procedeu-se obteno de dados laboratoriais referentes a teores de nitritos em diferentes amostras de enchidos importados e comercializados em Cabo Verde. Verificou-se que as taxas de mortalidade por doenas do aparelho circulatrio e tumores de estmago que podem ter de entre as causas o consumo excessivo de aditivos alimentares embora variando de concelho para concelho eram, a nvel nacional, as mais altas. Os resultados laboratoriais referentes s amostras de enchidos recolhidas no mercado revelaram teores de nitritos inferiores ao limite mximo estipulado em certas legislaes, como por exemplo a portuguesa (75mg/kg). Das 19 amostras analisadas apenas duas apresentavam teores anmalos (outliers) de nitritos relativamente aos restantes.A partir das informaes recolhidas, pode-se concluir que existe uma elevada taxa de mortalidade em Cabo Verde por doenas que podem ter de entre as causas o consumo excessivo de produtos com certos aditivos alimentares. Concluiu-se ainda, que no concerne aos nitritos, a mdia nas amostras de enchidos importados no ultrapassa os limites de referncia de certos pases, como por exemplo, Portugal.
Resumo:
A educao tem sido um factor privilegiado no processo do desenvolvimento dos recursos humanos. Falar do desenvolvimento da educao implica necessariamente falar da capacitao, qualificao e valorizao dos docentes. Quanto maior for a importncia atribuda educao, entendida como um todo, seja com vista transmisso valores como a coeso, justia social ou os valores inerentes ao desenvolvimento dos recursos humanos, to caros nas economias modernas baseadas na tecnologia e no conhecimento. O engajamento que se espera dos professores nesse processo passa pelo seu desenvolvimento profissional, o que se pressupe um maior grau de motivao na classe. A aquisio de qualificaes adequadas para se ser um bom professor sempre foi uma condio indispensvel para o sucesso do processo ensino/aprendizagem. fundamental compreendermos que este sucesso ser conseguido quando o professor se sentir plenamente motivado. Convm realar que em Cabo Verde os professores tm aderido, prontamente, s aces de formao, seminrios, works-shops e entre outras aces propostas pelo Ministrio da Educao, no s para estarem altura de acompanhar as demandas do sistema educativo e da nova reviso curricular em curso, mas tambm para se desenvolverem profissionalmente e poderem sentir-se mais capacitados para o exerccio da misso que escolheram. II. Justificao da escolha do tema A escolha do tema, Desenvolvimento Profissional dos Docentes do Ensino Bsico em Cabo Verde no perodo compreendido entre 2000 a 2006, justifica-se pelo contributo que pretendemos dar ao subsistema de formao de professores, evidenciando alguns indicadores que permitam delinear com mais rigor o processo de desenvolvimento pessoal e profissional. Pretendemos tambm analisar a problemtica do desenvolvimento profissional dos professores do ensino bsico, realando os progressos, estagnao e seus efeitos ao nvel da satisfao e motivao laboral, bem como a repercusso do processo normativo no desenvolvimento da carreira. Atendendo que o desenvolvimento profissional dos docentes do ensino bsico em Cabo verde tem constitudo uma preocupao para a classe, constituindo tema de habituais debates em vrios fruns, merecendo, por outro lado, tratamento e questionamento diferenciado, tambm por parte do organismo governamental que tutela a Educao. O presente trabalho surge da conscincia que se tem da necessidade de conhecer a real situao do desenvolvimento profissional dos docentes, decorrendo desse conhecimento que se pretende obter a apresentao de sugestes e propostas de melhorias capazes de contriburem para a omisso de constrangimentos, visando o melhoramento profissional dos docentes do modo em geral. O perodo em estudo decorre de 2000 a 2006, marcado pela institucionalizao do sistema multipartidrio em Cabo Verde, consubstanciada com a aprovao de uma Constituio da Repblica que garante a todos os cidados, neste caso particular os professores, a liberdade de questionarem o seu desenvolvimento profissional, ao mesmo tempo lhes consagra o direito, o dever e os instrumentos para se reivindicarem.
Resumo:
Os professores reclamam com frequncia que os alunos no sabem ler, falar e escrever, ou seja, que pouco dominam as competncias essenciais da lngua portuguesa. O fraco domnio destas competncias, da parte de uma grande maioria dos alunos, tem vindo a ganhar contornos cada vez mais preocupantes. Esta questo deve merecer uma ateno especial por parte dos responsveis pelo processo de ensino-aprendizagem da Lngua Portuguesa enquanto lngua segunda e veculo de ensino no pas, pois o (in) sucesso nas outras disciplinas depende grandemente do domnio ou no da Lngua Portuguesa. Se por um lado, os alunos apresentam dificuldades a nvel das competncias lingustica e comunicativa, por outro importante rever estratgias e abordagens de ensino das vrias competncias, particularmente, a que foi seleccionada para o presente trabalho a competncia da expresso escrita, vertente produo de texto. Partindo da problemtica acima descrita, seleccionou-se o seguinte ttulo para a realizao do trabalho de fim de curso Problemticas (de) Escritas: Descrio e Anlise do Ensino da Escrita em Cabo Verde Nveis de Ensino 7 e 8 Anos de Escolaridade. Desenvolvendo o ttulo acima citado, visa-se descrever, analisar e problematizar o ensino da escrita no stimo e oitavo anos do Ensino Secundrio, apresentando e discutindo teorias, abordagens e mtodos de ensino da mesma. No final, para complementar a anlise da problemtica levantada, propem-se sugestes de actividades que possam contribuir para o desenvolvimento do ensino sistemtico e progressivo da escrita, no mbito do ensino por competncias da lngua segunda. Seleccionou-se como pblico-alvo de anlise os anos stimo e oitavo por estes constiturem o primeiro ciclo do ensino secundrio onde os alunos apreendem estratgias globais de leitura e escrita.
Resumo:
O consumidor cabo-verdiano vem pouco a pouco mudando o seu hbito alimentar, valorizando mais as hortalias . Sendo estes, considerados produtos ligados qualidade de vida, o INIDA vem trabalhando em programas de Investigao Aplicada que contribuem, no s para o aumento da produo, mas tambm para a diversificao de espcies e variedades hortcolas. A diversidade de hortalias hoje presentes nos mercados locais proporcionou uma transformao na dieta alimentar dos consumidores, aumentando a sua demanda. Mas nem sempre foi assim. A maior oferta e a melhor qualidade das hortalias so resultados de inovaes tecnolgicas geradas pela pesquisa nas ltimas duas dcadas. O INIDA a autoridade nacional competente responsvel pela elaborao e actualizao peridica da lista de variedades . Anualmente so realizados vrios ensaios especficos, afim de estudar a adaptao de variedades s condies agro climticas do pas, em diferentes pocas do ano e de preferncia em diferentes condies agro climticas. As variedades so aprovadas para difuso e comercializao, aps terem sido submetidas a ensaios e comprovarem a sua distino de acordo com os critrios definidos, tais como: produtividade, homogeneidade, tolerncia a doenas e pragas mais importantes, e qualidade do fruto (calibre, sabor, firmeza). Aps a concluso dos ensaios, a proposta da lista actualizada submetida apreciao da Direco Geral de Agricultura e Pecuria (DGASP), cabendo-lhe assegurar a sua difuso junto a outros servios do MDR, particularmente o Servio de Extenso Rural, as Delegaes regionais do MDR e as Empresas Nacionais que comercializam sementes, visando satisfazer a demanda do seu potencial utilizador, isto , os empreendedores rurais. No seu todo, a lista abarca 125 variedades de 38 espcies hortcolas, razes & tubrculos e espcies utilizadas como condimentos que so recomendadas pelo seu bom desempenho nas condies agro climticas de Cabo verde. As diversas espcies de hortalias, razes & tubrculos e condimentos podem apresentar diferentes exigncias de clima, assim, aspectos como microclimas regionais e caractersticas das variedades devem ser ponderados. A lista d indicaes de natureza geral sobre a poca mais adequada de sementeira/plantao, rendimentos mnimo e mximo, ciclo vegetativo e algumas caractersticas das variedades. Estas informaes, se forem bem utilizadas, permitem ao empreendedor rural produzir e comercializar no tempo certo, tendo em conta que as hortalias so alimentos muito perecveis. A lista representa um guia para os empreendedores rurais, indicandoos que o cultivo de hortalias tem um grande mercado consumidor, com uma forte tendncia de crescimento. importante destacar que, sendo o mercado interno muito dinmico, o seu acompanhamento fundamental para ter mais oportunidades de xito no sector do agro negcio.