999 resultados para Fatores de risco da HAS
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência de rebanhos ovinos positivos (focos) e de animais soropositivos para Brucella ovis na mesorregião do Sertão, Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, bem como identificar fatores de risco. Foram colhidas amostras de sangue de 1.134 animais procedentes de 103 rebanhos em 17 municípios. Para o diagnóstico sorológico da infecção por B. ovis foi utilizado o teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA). Um rebanho foi considerado positivo quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 103 propriedades utilizadas 21 (20,39%) apresentaram pelo menos um animal soropositivo e dos 1.134 animais, 59 (5,20%) foram soropositivos. Realizar higiene nas instalações com periodicidade anual (odds ratio = 7,13; IC 95% = 1,56-32,47; p=0,011) e aquisição de animais (odds ratio = 6,06; IC 95% = 1,39-26,48; p=0,017) foram identificados como fatores de risco. Com base na análise de fatores de risco, recomenda-se a realização de diagnóstico da infecção por B. ovis previamente à aquisição de animais e realização periódica de higienização das instalações.
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A mastite em ovelhas da raça Santa Inês apresenta-se como um problema de grande proporção e gravidade e é dificilmente tratada com sucesso. O objetivo deste estudo foi caracterizar aspectos clínicos, epidemiológicos e etiológicos da mastite clínica em ovelhas de corte criadas no norte do Paraná. O presente estudo foi realizado entre os meses de outubro de 2009 a setembro de 2010 envolvendo 54 rebanhos de ovinos de corte de diferentes raças. Durante as visitas às propriedades, um questionário foi preenchido com a finalidade de caracterizar o problema. Setenta ovelhas com mastite clínica foram examinadas e amostras de secreção láctea foram colhidas para exame microbiológico. A mastite foi considerada um problema relevante em 39 propriedades (72,3%), com frequência média de 6,74%. Casos crônicos e agudos de mastite foram observados em 69% e 31% das ovelhas examinadas, respectivamente. Em ambos os casos, a mastite flegmonosa foi a forma mais encontrada (65,5% dos casos). O agente etiológico mais prevalente foi Staphylococcus coagulase negativo (54,5%), seguido por S. aureus e A. pyogenes (11,5% cada). Mannheimia haemolytica foi isolada em dois casos. Sistema de criação não extensivo e raça Santa Inês foram identificados como fatores de risco para o desenvolvimento de mastite clínica. Secagem das fêmeas após 120 dias de lactação e separação de fêmeas doentes do rebanho foram associadas com menor ocorrência da doença. Recomenda-se a limpeza adequada das instalações e a secagem mais tardia, principalmente em rebanhos Santa Inês.
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Foram determinadas as prevalências de propriedades positivas e de animais positivos e identificados fatores de risco associados à leptospirose em vacas no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram aleatoriamente selecionadas 2.317vacas com idade ≥ 24 meses, procedentes de 450propriedades. Para o diagnóstico sorológico da infecção por Leptospira spp. foi empregado o teste de soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando-se 24 sorovares como antígenos. Uma propriedade foi considerada positiva quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 450 propriedades investigadas 398 (89,7%; IC 95% = 86,6-92,2%) apresentaram pelo menos um animal reagente na SAM para qualquer sorovar, e 1.349 (61,1%; IC 95% = 56,6-65,4%) animais foram soropositivos. O sorovar Hardjo foi o mais prevalente nas propriedades e nos animais, com frequências de 58,17% e 54,69%, respectivamente. Propriedade ser localizada no Sertão (odds ratio = 3,20; p = 0,003), presença de animais silvestres (odds ratio =2,89; p=0,005), não resfriar o leite (odds ratio =3,83; p=0,034) e presença de pastos alagados (odds ratio =2,36; p<0,001) foram identificados como fatores de riscos associados à prevalência de propriedades positivas. Conclui-se que a leptospirose encontra-se amplamente difundida em bovinos do Estado da Paraíba, o que reforça a necessidade de intensificação de medidas de prevenção e controle, como a vacinação dos rebanhos. De acordo com os resultados da análise de fatores de risco, sugere-se que o controle sanitário antes da introdução de animais, drenagem de áreas alagadas e melhora nas condições de manejo são importantes medidas para a prevenção da infecção.
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A presente pesquisa teve como objetivo determinar a prevalência da brucelose e seus fatores de risco no rebanho suíno de Mossoró/RN. Compreendeu um estudo epidemiológico transversal e de abordagem quantitativa, no qual foram coletadas 412 amostras sanguíneas de suínos provenientes dos principais produtores do município e realizada inspeção das criações com entrevistas aos produtores. Anticorpos anti-Brucella spp. foram detectados pelo teste do antígeno acidificado tamponado (AAT) e confirmados pela reação de fixação de complemento (RFC). A prevalência da brucelose nos suínos foi de 27,0% no teste de AAT e 17,5% na RFC. Em 55% das propriedades pesquisadas havia pelo menos um animal positivo, e a prevalência nestas variou de 6,7% a 80,0%. Os fatores de risco que estavam influenciando a ocorrência da doença foram: a presença de ratos nas criações, o contato com bovinos e a faixa etária jovem dos animais. Os resultados do estudo permitiram concluir que o agente etiológico da brucelose estava circulando em suínos do município de Mossoró-RN, com elevada prevalência no rebanho e nas propriedades, evidenciando o risco de transmissão desta zoonose para o homem.
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O presente trabalho teve como objetivos determinar a prevalência, a distribuição geográfica bem como os fatores e áreas de risco associados à cisticercose bovina no Estado de São Paulo. Foram inspecionados 34.443 animais, machos e fêmeas e com faixas etárias variando entre 18 a 60 meses. Os bovinos eram procedentes de 97 municípios do Estado de São Paulo, devidamente identificados e abatidos no período de outubro de 2010 a agosto de 2011, em um frigorífico localizado na cidade de Ipuã-SP, sob supervisão do SIF 1387. O estado de São Paulo foi dividido em núcleos regionais, e os dados dos municípios pertencentes ao respectivo núcleo, foram agrupados, conforme a Secretaria de Abastecimento e Agropecuária de São Paulo, totalizando 13 núcleos estudados. Com base nos resultados encontrados, pode-se concluir que dos 97 municípios analisados, foi possível encontrar bovinos positivos para a enfermidade em questão em 86. A prevalência média de cisticercose bovina no estado de São Paulo foi de 4,80%, sendo que os núcleos de Franca e Barretos foram os que tiveram maior número de casos da enfermidade durante o período analisado. Além disso, o maior número de casos nestes núcleos coincidiu com o menor índice de desenvolvimento humano referente à educação, com a maior área de plantio de café (núcleo de Franca) e também como a maior área de cana-de-açúcar cultivada (núcleo de Barretos) nestes locais, o que por sua vez pode indicar que a presença da mão-de-obra temporária no meio rural, aliado a aspectos socioeconômico/cultural, pode estar contribuindo para a disseminação e estabelecimento da cisticercose bovina nestas áreas.
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Fatores de risco que afetam a produção de sementes em Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. (Convolvulaceae) foram avaliados em 10 praias da Ilha de Santa Catarina, SC. Ipomoea pes-caprae é auto-incompatível, possui longos estolões, com difícil individualização dos genetas em campo. Assim, manchas de I. pes-caprae foram monitoradas, sendo definidas como áreas ocupadas pela espécie, descontínuas entre si. Nestas, 9,4% a 76,0% das inflorescências estavam abortadas. Soterramentos causaram perda de botões e frutos, mas a ineficiência de polinização parece explicar a grande taxa de abortos após a floração. A predação de sementes pelas larvas dos bruquídeos Megacerus baeri e M. reticulatus e por lagartas da mariposa Ephestia kuhniella foi expressiva. Os bruquídeos ovipõem preferencialmente em frutos em amadurecimento, danificando até 65,7% das sementes produzidas nas manchas. Ephestia kuhniella danificou até 57,4% das sementes em 1996 e até 5,4% em 1997, ano com menor abundância de frutos. Frutos com mariposa não abrem para dispersão, permanecendo três meses e meio presos à planta. As sementes intactas destes frutos são viáveis e com sobrevivência de plântulas similar às provindas de frutos sem infestação. Os danos registrados podem reduzir as sementes viáveis a 9% do total produzido, estimando-se de 0,5 a 30,6 sementes viáveis m-2 nas manchas estudadas. As maiores densidades de sementes viáveis ocorreram nas manchas com mais frutos, reforçando como vantajosa, uma alta produção de frutos. A baixa densidade de sementes viáveis encontradas em algumas localidades talvez possa comprometer a regeneração local da espécie.
Incidência e fatores de risco para complicações infecciosas no primeiro ano após o transplante renal
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INTRODUÇÃO: Complicações infecciosas determinam significativas morbidade e mortalidade após o transplante renal. A imunossupressão utilizada representa o principal fator de risco e apresenta relação direta com a incidência e a severidade dos eventos infecciosos. MÉTODOS: Estudo de coorte, retrospectivo, que analisou a incidência e fatores de risco para ocorrência de infecções em 1.676 receptores de transplante renal durante o primeiro ano de acompanhamento. RESULTADOS: Eventos infecciosos foram observados em 821 (49%) pacientes. O número médio de episódios infecciosos entre pacientes com pelo menos um episódio foi de 2,3 (1 - 12). As complicações infecciosas mais prevalentes foram infecção do trato urinário (31,3%), infecções por citomegalovírus (12%), infecção da incisão cirúrgica (10,3%), infecção por herpes vírus (9,1%), Infecção pulmonar (5,2%) e infecção da corrente sanguínea (4,3%). O tempo de isquemia fria e a utilização de rins de doadores falecidos foram fatores de risco importantes para a ocorrência de episódios infecciosos. CONCLUSÕES: infecções apresentam prevalência elevada no primeiro ano de acompanhamento após o transplante. A principal complicação infecciosa foi a infecção do trato urinário.
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INTRODUÇÃO: Investigou-se um universo de 30 crianças e adolescentes portadores de doença renal crônica em tratamento dialítico, assistidos pelo Hospital das Clínicas da UFMG, a fim de determinar fatores de risco para a frequência de peritonites e de internações. MÉTODO: Estudo descritivo em que para a obtenção dos resultados utilizou-se o software SPSS (Statistical Package for Social Science) versão 13.0. Testaram-se as variáveis: baixa escolaridade, baixa renda familiar, nível de informação inadequado, inadequação da antissepsia das mãos para a realização da diálise, ausência de pia no quarto da diálise como fator de risco para maior frequência de peritonites e internações. RESULTADOS: Os valores de Odds Ratio estiveram dentro dos limites dos intervalos de confiança (95%) e em alguns casos foram < 1, indicando a possibilidade de associação negativa entre algumas variáveis independentes e as variáveis pesquisadas, embora sem diferença estatística significativa. CONCLUSÃO: Não foi detectada significância estatística para as variáveis testadas, embora haja uma tendência para a sua ocorrência.
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INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é muito prevalente e representa um importante problema de saúde pública. O maior conhecimento dos fatores de risco relacionados à progressão da DRC permite adotar estratégias terapêuticas que podem alterar o curso natural da doença. OBJETIVO: Avaliar o impacto de variáveis clínicas e laboratoriais à admissão nos desfechos de óbito e início de terapia renal substitutiva (TRS). MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectiva, composta de 211 pacientes adultos com DRC nos estágios 3-5 tratados, acompanhados por 56,6 ± 34,5 meses. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 65,4 ± 15,1 anos, sendo 63,5% com > 60 anos. As principais etiologias de DRC foram nefroesclerose hipertensiva (29%) e doença renal diabética (DRD) (17%). A maioria dos pacientes encontrava-se no estágio 4 da DRC (47,3%). A perda média anual de taxa de filtração glomerular (TFG) foi 0,6 ± 2,5 mL/min/1,73 m² (mediana 0,7 mL/min/1,73 m²). Após os ajustes para as variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais, concluiu-se que apresentar DRD [risco relativo (RR) 4,4; intervalo de confiança (IC) 95%, 1,47-13,2; p = 0,008] foi preditor de TRS e a idade (RR 1,09; IC 95%, 1,04-1,15; p < 0,0001) e o não tratamento com bloqueador do receptor da angiotensina (BRA) (RR 4,18; IC 95%, 1,34-12,9; p = 0,01) foram preditores de óbito. A sobrevida renal e a geral dos pacientes foram de 70,9% e 68,6%, respectivamente. CONCLUSÃO: Neste estudo, os pacientes com DRC nos estágios 3-5 tratados conservadoramente apresentaram estabilização funcional e baixa mortalidade, desfechos associados à DRD, idade e não tratamento com BRA.
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Com o objetivo de avaliar a frequência de fatores de risco para doença renal e suas correlações, foi realizado estudo transversal de base populacional em seis escolas municipais de Goiânia (GO). Nós investigamos a história de baixo peso ao nascer, enurese, incontinência urinária, urgência miccional, antecedente familiar de doença renal, diabete, hipertensão arterial, percentil de pressão arterial, perímetro da cintura e índice de massa corporal (IMC). Foram avaliadas 274 crianças, das quais 139 (50,7%) eram meninas, com idade de 8,06 ± 1,33 anos. Observou-se enurese em 50 (18,2%), incontinência urinária em 34 (12,4%) e urgência em 49 (17,9%). O IMC apresentava-se, em 18,8% (45), acima de P85. Perímetro de cintura acima do percentil 90 em 6,9% (17). Pressão arterial foi detectada acima do P95, em 7,1% (17). Também notamos a presença de correlação da pressão arterial com a obesidade e aumento da circunferência da cintura (p < 0,05). O estudo demonstrou elevada frequência de alterações do hábito miccional e aumento do IMC na população estudada.
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Os estudos que relacionaram lesão renal aguda (LRA) e trauma surgiram durante a Segunda Guerra Mundial e, desde então, tem havido progressiva evolução dos cuidados para a prevenção da LRA. Entretanto, a determinação dos fatores de risco para o desenvolvimento de LRA pós-trauma permanece crucial e pode ajudar a reduzir esta complicação. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de LRA em pacientes com trauma grave e sua influência na mortalidade. Trata-se de um estudo retrospectivo com 75 pacientes incluídos por apresentarem trauma grave; seis foram excluídos por terem chegado ao hospital sem condições de ressuscitação. MÉTODO: As variáveis estudadas foram: idade, sexo, gravidade do trauma de acordo com Injury Severity Score (ISS) e Escala de Coma de Glasgow (ECG), mecanismo de trauma, pressão arterial média na admissão, reposição volêmica nas primeiras 24h, níveis séricos de creatinina, uso de antibióticos nefrotóxicos, tempo de internação, necessidade de internação em UTI e mortalidade. RESULTADOS: A prevalência de LRA em traumatizados graves foi de 17,3%, sendo que os fatores associados à IRA nessa amostra foram TCE, ECG < 10. A mortalidade, o tempo de internação e a necessidade de UTI foram significativamente maiores nos pacientes que desenvolveram LRA. CONCLUSÕES: A identificação desses fatores de risco é de suma importância para a formulação de estratégias de atendimento aos pacientes vítimas de trauma grave, visando à prevenção da lesão renal aguda e da elevada mortalidade.
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Resumo Introdução: O uso de polimixinas foi praticamente abandonado nos anos 1970 devido as altas taxas de nefropatia. Entretanto, foram reintroduzidas na prática médica devido a sua ação contra bactérias gram negativas resistentes a carbapenemicos. A literatura recente sugere uma taxa de nefropatia mais baixa do que a historicamente reportada. Objetivo: Determinar a incidência de nefropatia associada ao uso de polimixina utilizando os critérios de RIFLE. Métodos: Foi realizada coorte retrospectiva de todos pacientes adultos que receberam polimixina B no Hospital Nossa Senhora da Conceição de dezembro de 2010 até março de 2011. Resultados: 61 pacientes (43%) preencheram os critérios de rifle para injúria renal e 28 (13,7%) necessitaram de diálise. Preditores independentes para nefrotoxicidade foram hipotensão (OR, 2.79; CI 1.14-5.8; p = 0.006) e uso concomitante de vancomicina (OR, 2.86; CI, 1.27-6.4; p = 0.011). Conclusão: Nessa coorte retrospectiva, nefrotoxicidade (definida pelos criterios de RIFLE) ocorreu em 43% dos pacientes tratados com polimixina B. O uso concomitante de vancomicina e hipotensão foram fatores de risco independentes para desenvolvimento de nefropatia. Mais estudos são necessarios, particularmente com polimixina B, para esclarecer se as caracteristicas dessa droga e da colistina são sobreponíveis.
Resumo:
Na Europa, desperta-se para a consciencialização e estudo das origens das perturbações psicossociais, diferentemente do que se verifica em Portugal, que apesar de referir na legislação a designação de fatores de risco psicossociais ainda não apresenta uma definição clara deste conceito. Este estudo pretende colmatar a lacuna existente ao nível da identificação de fatores de risco psicossociais em pessoal não docente. Tem como objetivos identificar situações de risco profissional, caraterizar os efeitos dos riscos psicossociais laborais, identificar medidas preventivas e avaliar os fatores de risco psicossociais em pessoal não docente no distrito de Santarém. O estudo exploratório e descritivo apresenta como metodologia a aplicação de um questionário de identificação de fatores de risco psicossociais, adaptado e traduzido, do F-PSICO – Escala de valoración de los riesgos psicosociales do INSHT de Espanha e entrevistas semi-estruturadas. Com os resultados obtidos pretende-se contribuir para a diminuição das baixas médicas e, consequentemente, dos custos organizacionais e individuais da exposição aos riscos psicossociais.
Resumo:
Considerando que a prática de exercício físico com uma intensidade pelo menos moderada melhora a capacidade funcional (Maines et al., 1997; Clara et al., 2002; Olney et al., 2006), a qualidade de vida (Leal et al., 2005; Azevedo & Leal, 2009; Flynn et al., 2009) e diminui os fatores de risco coronários (Maines et al., 1997; Squires & Hamm, 2007; Perk, 2009; Pimenta, 2010), propõe-se com o presente estudo analisar o efeito do exercício físico supervisionado, em fase ambulatório precoce, realizada na comunidade, ao nível da recuperação de doentes cardíacos. Método: Aplicar-se-á um estudo experimental, em doentes cardíacos de ambos os sexos, entre os 28 e os 80 anos. Atribuir-se-á particular ênfase às alterações induzidas pela aplicação do programa de exercício físico nos parâmetros bioquímicos (colesterol total, C-LDL, C-HDL, triglicéridos e glicose), na composição corporal (peso, índice de massa corporal, perímetro da cintura), na capacidade funcional (consumo de oxigénio pico –V02 pico, equivalente metabólico, duplo produto), no nível de atividade física, na ingestão alimentar e na qualidade de vida. O estudo terá uma duração superior a três meses, comparando dois grupos, um grupo submetido ao exercício físico supervisionado (ES) e outro aos cuidados usuais (CU), os quais serão alvo de duas avaliações (inicial e final), avaliando-se a média e o desvio-padrão para todas as variáveis em estudo e recorrendo-se aos testes não paramétricos e paramétricos, para um nível de significância de p< .05. Resultados: Foram elegidos 52 doentes, sendo que 22 participaram no grupo cuidados usuais (CU) e 30 no grupo exercício físico supervisionado (ES), observando-se que o grupo ES apresentou melhorias mais acentuadas quando comparadas com o grupo CU, ao nível dos seguintes indicadores: dispêndio de kcal/semana (+697.22% vs +320.20%); PC (-3.19% vs +5.85%); CT (-23.92% vs -9.29%), C-LDL (-32.52% vs -8.92%); total de kcal/dia ingeridas (-33,31% vs -2.58%); VO2 pico (+30.88% vs -3.57%); qualidade de vida geral (+53.86% vs +2.96%). Conclusão: Concluindo que o exercício físico multicomponente, inserido na fase de ambulatório precoce na comunidade, potencia a recuperação de doentes cardíacos influenciando positivamente os fatores de risco de progressão da doença coronária, a capacidade funcional e a qualidade de vida fundamentais para que o doente possa, pelos seus próprios meios, retomar a sua vida na comunidade.
Resumo:
Este estudo visa contribuir para a identificação dos fatores de risco psicossociais em pessoal não docente. O estudo exploratório e descritivo tem como metodologia o tratamento estatístico descritivo e inferencial das respostas a um questionário de identificação de fatores de risco psicossociais, bem como a análise de conteúdo de respostas a entrevistas semi-estruturadas. Os resultados preliminares demonstram que o pessoal não docente apresenta a necessidade de esconder emoções e sentimentos e que algumas das situações que afetam psicologicamente se relacionam com as relações com os colegas de trabalho. É referido que «não há espírito de grupo» e que estas relações não são satisfatórias. Com a carga de trabalho do quotidiano laboral, os profissionais têm de interromper o trabalho e executar várias tarefas ao mesmo tempo. / This study aims to contribute to identification of psychosocial risk factors in non-teaching staff. The study is exploratory and descriptive. Its methodology consists in the descriptive and inferential statistics of responses to a questionnaire for identification of psychosocial risk factors, as well as in content analysis of responses to semi-structured interviews. Preliminary results show that non-teaching staff needs to hide emotions and feelings, and also that some situations that affect psychologically relate to relations with co-workers. It is stated that «there is no team spirit» and that these relations are not satisfactory. With the day-to-day workload, these professionals must interrupt work and perform various tasks at the same time.