998 resultados para relação entre teoria e prática
Resumo:
O artigo pretende descrever e analisar a implantação da parceria que se firmou entre a Secretaria Municipal de Educação de São Jose dos Campos e o Instituto Embraer de Educação e Pesquisa, sob a consultoria da Fundação Pitágoras com o objetivo de instalar um modelo de gestão empresarial na rede de ensino municipal. Para tanto, utilizou-se, dados de matrículas, documentos oficiais e entrevistas realizadas em 2008, com representantes do Instituto Embraer, Fundação Pitágoras e Secretaria Municipal de Educação. O artigo evidencia que a adesão ao modelo de gestão empresarial nomeado Sistema de Gestão Integrado (SGI) não se deu pela necessidade, mas pela oferta do Instituto Embraer. Além disso, constatamos que a parceria não pode garantir a prometida educação pública de “qualidade” na perspectiva já que organiza o sistema educacional em moldes empresariais visto que o SGI pode influenciar na responsabilidade dos estabelecimentos de ensino ao elaborar e executar a sua proposta pedagógica, prejudicando a autonomia pedagógica das escolas.
Resumo:
Este artigo tem por finalidade discutir a organização do trabalho pedagógico nas salas de aula do PEJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos – Unesp – Marília) por meio de Projetos de Trabalho, que subentendem ações interdisciplinares na perspectiva da Teoria Histórico-Cultual. Aponta-se para as implicações pedagógicas dessa concepção de ensino, considerando-se a formação do educando jovem e adulto diante da utilização do tempo e do espaço de ensino, da produção do conhecimento, do procedimento dado à informação, às disciplinas escolares, da elaboração/ implementação/ desenvolvimento/ avaliação dos projetos de trabalho interdisciplinarmente à luz do enfoque vygotiskiano. Portanto, nosso olhar é teórico-metodológico e volta-se para um contexto específico: as classes de EJA em suas ações interdisciplinares. Abordaremos tal temática da seguinte maneira: numa primeira parte, tentaremos apresentar os preceitos gerais da teoria, discutindo conceitos-chave como mediação, atividade, aprendizagem, desenvolvimento, estando aí inseridas as ações de educandos e de educadores de EJA. Numa segunda parte, tentaremos retirar algumas lições dessa teoria, para (re)apresentar e (re)pensar os projetos em EJA, ressignificando e redimensionando-os pelo viés vygotiskiano.
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Este artigo reporta análises e conclusões formuladas a partir de observações sobre a Justiça Penal brasileira e que deram origem a tese intitulada “Justiça Penal no Brasil Atual: Discurso democrático – prática autoritária”. Focalizando especificamente o ensino jurídico nacional, este texto procura associar a manutenção do autoritarismo no controle penal à tradição positivista da ciência jurídica nacional.
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O presente artigo tenta recuperar as idéias e proposta de H.Furth (1973 ), apontando-a como mais uma opção para tentar trabalhar com as dificuldades das crianças no processo de alfabetização. O autor propõe a substituição das “escolas da linguagem” pelas “escolas do pensamento”, ou seja,substituir a opção do professor no ensino da leitura-escrita, em sua forma tradicional, de como transformar sinais gráficos em sonoros e vice-versa, por aquela do fortalecimento do pensamento, alimentando o intelecto em desenvolvimento da criança por meio de exercícios de “lógica simbólica”.Para nos embasar teoricamente, apresentamos ainda alguns aspectos da teoria psicogenética, bem como outros trabalhos realizados mais recentemente sobre o assunto, que embora “travestidos” (disfarçados) com novas roupagens, ainda encontram seus fundamentos nas obras de J.Piaget.
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A estruturação dos processos cognitivos, a partir das relações do sujeito com o meio, constitui a base para a aprendizagem. Dentre os diversos processos cognitivos, a atenção representa um mecanismo imprescindível para a compreensão e incorporação de novos conteúdos. Distúrbios do processo atencional, além de comprometer a aprendizagem, estendem-se para comportamentos de hiperatividade. Os distúrbios da atenção e a hiperatividade - fenômenos intimamente correlacionados - contribuem para que o sujeito tenha dificuldades significativas em outras funções cognitivas, como linguagem, cálculo, capacidade de reconhecimento e de planejamento, habilidade de autocorreção dos comportamentos, etc. O desempenho pedagógico por parte do professor, integrado à ação interdisciplinar de outros profissionais habilitados e de familiares, constitui uma estratégia promissora na abordagem e orientação da criança com distúrbios da atenção e hiperatividade.
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Quando falamos em mito, pensamos na origem das coisas; quando falamos em cotidiano, pensamos na atualidade de que se revestem essas coisas. No entanto, para entendermos, algumas vezes, expressões utilizadas pelo povo é preciso conhecer as narrativas que nos contam a origem do mundo onde habitamos. Assim, modernamente, podemos dizer que o mito sobrevive em calendários, na liturgia, em cerimônias oficiais, preso aos rituais que comandam tais ocorrências, nas sociedades avançadas em que o homem, curvado sob o peso do tecnicismo e da barbárie mecanicista, é subjugado pelo progresso feroz que o encurrala e o faz desempenhar o papel de aprendiz de feiticeiro. Assim, se ao mito, estão entrelaçadas as nossas falas atuais, deverá ele estar presente, também, na escola e nos conteúdos trabalhados por ela para que alunos e professores possam compreender e atualizar as relações estabelecidas, ao longo do tempo, entre os fatos históricos e as narrativas que os relatam. Com esse objetivo foi desenvolvido junto à Secretaria de Educação de Rio Claro, na escola “Sérgio Hernani Fittipaldi”, o Projeto “Narrar histórias, intercambiar experiências”, financiado pelo Núcleo de Ensino da UNESP. Foram onze encontros, nos quais foram apresentados aos professores do Ensino Fundamental a arte de contar histórias, forma de conhecimento de quem somos e de como nos relacionamos com nossos semelhantes e com o mundo à nossa volta. Ao enfocarmos o gênero ficção, demos destaque, na literatura infantil aos mitos e suas transposições para a narrativa literária. Dessa forma, a primeira parte deste artigo é constituída pelo enfoque ao campo conceitual sobre o mito. A segunda parte ilustra as criações literárias que retomam os mitos, como a obra infantil de Monteiro Lobato.
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O presente artigo trata das concepções que regem e fundamentam as pesquisas que vêm sendo realizadas acerca do tema alfabetização no Brasil. Essas concepções são analisadas por meio de algumas produções acadêmicas, estudos publicados e documentos que mapeiam dados estatísticos (IBGE) referentes ao tema, abrangendo, sobretudo, as décadas de 80 e 90. O artigo demonstra que analisando as concepções que regem e fundamentam as pesquisas educacionais e as práticas pedagógicas pode-se compreender e explicitar, em última análise, o próprio significado de alfabetização, o qual encontra-se vinculado ao contexto histórico, social, econômico e político.
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Neste artigo relatamos alguns trabalhos elaborados, entre os anos de 2003 e 2008, no âmbito do Projeto de Educação de Jovens e Adultos (PEJA) da UNESP de Rio Claro, com o intuito de expor os (novos) conhecimentos que estão sendo produzidos pelos participantes desse projeto. A seguir, realizamos algumas reflexões sobre concepções teóricas que embasam os mesmos. Pomos em pauta reflexões teóricas produzidas no âmbito das práticas educativas efetivas.
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A Educação de Jovens e Adultos na Unesp de Bauru, teve início em 1999, com um projeto de extensão para atender funcionários do Campus e comunidade. Dois anos depois, a PROEX organizou um Programa de Educação de Jovens e Adultos com duas dimensões: atender aos funcionários da universidade e à comunidade. Seus objetivos são: reconstruir a identidade pessoal, social e a cidadania por meio da escolaridade; possibilitar aos alunos do Curso de Pedagogia e de outras licenciaturas experiência de organizar e desenvolver projetos de alfabetização de jovens e adultos; articular atividades de capacitação, pesquisa e discussão de políticas públicas junto ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) da Secretaria Municipal de Educação de Bauru. Desde 2002 adotou-se a metodologia de parcerias com instituições, associações e igrejas que atendiam às comunidades periféricas, incluindo levantamento da demanda e espaços comunitários para serem usados como salas de aula. O desenvolvimento do processo educacional tem sido trabalhado por alunos universitários bolsistas e voluntários sob orientação de professores do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências Unesp/Bauru. A universidade promove também cursos de formação para todos os campi envolvidos no PEJA. Os resultados obtidos em Bauru apontam para a realização dos objetivos propostos, para a constituição da identidade social dos participantes e sua inserção na sociedade enquanto cidadãos e para a formação dos alunos universitários e seu papel como educadores.
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O relato apresentado enfoca uma análise acerca de alguns aspectos inicialmente detectados no processo de retomada das atividades do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA), no Campus da UNESP em Araraquara/SP. Situando a relevância das atividades de extensão universitária frente aos graves problemas que afetam a qualidade da escola e da educação no Brasil, em particular a Educação de Jovens e Adultos, e considerando que o enfrentamento dessa realidade deva se dar sob a perspectiva da formação articulada com a pesquisa, a reflexão feita busca apresentar o perfil dos alunos que se interessaram em participar do processo de reorganização do grupo de professores alfabetizadores, os passos iniciais nesse processo de formação de salas de aula e as manifestações e impressões manifestas por duas bolsistas integrantes do PEJA quanto às atividades que passaram a realizar, na atuação docente frente a uma sala de aula. Destacando pontos positivos e dificuldades detectadas, as análises empreendidas pelas participantes revelam o valor das atividades de extensão, intimamente relacionadas à pesquisa e à formação profissional, bem como dão pistas sobre elementos que poderiam enriquecer e engrandecer a formação inicial em cursos de licenciaturas.
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Neste artigo empreenderemos uma reflexão a respeito de projetos, sua gênese, sua utilização na educação e na educação ambiental. Empreenderemos uma discussão sobre os denominados “método de projetos” e a “pedagogia de projetos”, estabelecendo uma comparação entre ambos e delineando uma perspectiva que consideramos mais adequada à EA. Os limites e as possibilidades dos projetos são também objeto de nossa reflexão dentro uma perspectiva crítica, transformadora e emancipatória de educação ambiental.
Resumo:
A história da humanidade é contada por fios metafóricos: mitos, fábulas, contos de fada. Cada uma dessas narrativas enfoca partes dessa história e significa a realidade sob prismas diferentes: compondo sentidos, norteando ações, justificando diferentes trajetórias de vida. O trabalho com esses gêneros é explicitado em livros, sala de aula e projetos.