1000 resultados para reações inespecíficas
Resumo:
Para se detectar diferenças imuno-antigênicas entre 8 amostras de P. brasiliensis isoladas de diferentes áreas endêmicas (Botucatu: Pb 1, 2 e 3; São Paulo: Pb: 18, 192 e 265; Venezuela: Pb 9 e 73), esutdaram-se: 1. A reatividade antigênica de cada amostra nas reações de imunofluorescência indireta (II) e de imunodifusão dupla em gel de agar (ID) contra painel de 20 soros controles positivos para paracoccidioidomicose; 2. A capacidade de induzir resposta imune humoral (medida por imunodifusão) e celular (medida pelo teste de coxim plantar) em camundongos imunizados com an-tígenos de cada amostra. Observamos: 1. As amostras Pb 265 e Pb 9 mostraram-se mais reativas na II; 2. Os antígenos das amostras Pb 192 e Pb 73 foram significativamente mais reativas na ID; 3. Estes dados demonstram diferenças de antigenicidade entre estas amostras; 4. A amostra Pb 18 mostrou baixo poder indutor de resposta imune celular e alta capacidade de indução de resposta imune humoral em camundongos imunizados, revelando dissociação de sua imunogenicidade. Estas diferenças podem indicar a existência de cepas distintas do fungo ou refletir modificações do parasita no hospedeiro ou du rante seu cultivo.
Resumo:
Foram estudadas três amostras de Trypanosoma cruzi isoladas de pacientes. As amostras foram observadas sob os seguintes parâmetros: níveis parasitêmicos, morfologia das formas sanguíneas, alterações histopatológicas, virulência e mortalidade em camundongos. A amostra IDPC-1 foi isolada de um paciente naturalmente infectado e tratado com benzonidazol. Provocou baixos índices parasitêmicos e mostrou baixa virulência, sendo que 83,4% dos animais evoluiram para a fase crônica. Os tripomastigotas eram de forma delgada, tornando-se largas ao final da fase aguda. Mostrou-se como miotrópica, pois as reações inflamatórias foram mais evidenciadas em células musculares persistindo ainda na fase crônica. A amostra IDPC-3 foi isolada anteriormente ao tratamento quimioterápico, de um paciente com infecção aguda por via transfusional. Causou altos níveis parasitêmicos e mostrou alta virulência com mortalidade total até o 12.° dia. As formas delgadas foram predominantes e foi caracterizada como retieulotrópica, por apresentar severa inflamação e parasitismo em linfonodos, baço e fígado A amostra IDPC-2 foi isolada de um paciente infectado por via transfusional, após o tratamento com três diferentes esquemas terapêuticos. Apresentou moderada virulência, com mortalidade total até o 17° dia e predominância de formas delgadas em todo decurso da infecção; contudo os índices parasitêmicos foram baixos. Houve uma severa reação inflamatória e parasitismo sistêmicos, porém mais evidenciados em células musculares, mostrando-se como miotrópica. Esta amostra apresentou comportamento biológico similar a IDPC-3, com pequenas divergências como baixos índices parasitêmicos e tendência ao miotropismo. Estes dados sugerem que amostras de T. cruzi isoladas de pacientes considerados fracasso terapêutico apresentam padrões de comportamento biológico similares a outras cepas já estudadas, porém provocam infecção menos severa no animal experimental, fazendo supor que drogas tripanosomicidas poderiam alterar padrões de comportamen to, promovendo melhor adaptação entre parasita-hospedeiro.
Resumo:
Estudamos comparativamente quatro técnicas imunológicas para o diagnóstico da neurocisticercose (NC) utilizando líquido cefalorraquiano (LCR) como espécime clínico: as reações de fixação de complemento (RFC), hemaglutinação passiva (RHA), imunofluorescência indireta (RIF) e teste imunoenzimático ELISA Foram ensaiadas 125 amostras de LCR de pacientes com NC comprovada e 94 amostras de LCR do grupo controle (60 de pacientes com quadros clínicos neurológicos diversos e 34 de pacientes supostamente normais). Os índices de sensibilidade e especificidade obtidos para os testes foram, respectivamente, de 48,0% e 90,4% para a RFC; 88,8% e 96,8% para a RHA; 87,2 e 98,9% para a RIF e 97,6% e 98,9% para o teste ELISA. A diferença significativa (p < 0,05) observada entre os testes permite concluir que o melhor teste para o diagnóstico de NC foi o teste ELISA seguido das reações de HA e IF.
Resumo:
Os autores apresentam um caso de insuficiência renal aguda, hemólise aguda e trombocitopenia relacionada ao uso intermitente de Rifampicina para tratamento da Hanseníase. Estas reações adversas são observadas com extrema raridade na literatura mundial. A evolução da paciente foi benigna havendo recuperação total da função renal e regressão completa das alterações hematológicas. Este foi o primeiro registro no Brasil dos efeitos adversos da Rifampicina no tratamento de Hanseníase. São discutidos os principais aspectos patogênicos das alterações apresentadas e fez-se revisão da literatura existente sobre o assunto.
Resumo:
Relatam os autores isolamento de Legionella pneumophila sorogrupo 1, acompanhado de evidências sorológicas de infecção atual, em homem de 40 anos com infecção respiratória grave que evoluiu para insuficiência respiratória aguda. Esta foi caracterizada por hipoxemia severa refratária a altas concentrações de oxigênio e radiograficamente por infiltrados difusos em ambos pulmões. Com introdução de clindamicina, amicacina, ceftriaxone e ventilação à volume com Pressão Expiratória Positiva Final (PEEP) de 14 cm de H(2)0, houve estabilização do quadro e gradual recuperação. Suspeitando-se de legionelose, foi colhido sangue e secreção traqueal para exames específicos. A secreção traqueal foi semeada em meio BCYE com isolamento de bacilo gram-negativo, identificado como Legionella pneumophila sorogrupo 1 por características culturais, bioquímicas e reações de imunofluorescência direta e de aglutinação em lâmina. O estudo sorológico revelou títulos de anticorpos 128, 1024, 4096 e 8192 para amostras coletadas na 1ª, 3ª, 4ª e 6ª semanas após o início do quadro. Os resultados definitivos foram obtidos com o paciente em recuperação. É realçada a comprovação da presença de Legionella sp. como agente patológico em nosso meio; a importância das medidas de suporte na evolução do paciente; a necessidade de se pensar neste agente no diagnóstico diferencial de pneumonias e de se pesquisar mais esta etiologia com metodologia laboratorial específica.
Resumo:
Foram utilizadas 82 LCR de transplantados renais (24 pacientes), 43 LCR de pacientes com críptococose comprovada (controles positivos), 35 LCR de pacientes com outras doenças (histoplasmose, paracoccidioidomicose e infecções bacterianas) como controles negativos. Os primeiros foram cultivados em ágar Sabouraud com sementes de girassol e juntamente com os demais examinado pelo teste de látex para pesquisa de antígeno circulante de C. neoformans, qualitativamente. O teste de Coaglutinação foi realizado qualitativamente e quantitativamente, encontrando-se títulos até a diluição 1:2048. Não foram detectadas reações falso-positivas ou falso-negativas entre os controles. Como prova de valor diagnóstico demonstrou: sensibilidade - 92,1%; especificidade - 92,6% e eficiência - 92,3%. Provou também ser um teste rápido, exato e econômico, embora sua escolha dependa do pré-tratamento de LCR (80ºC por 3 a 5 minutos) e soros (diluição ou álcali-precipitação) para evitar autoaglutinação e aumentar a sensibilidade da reação.
Resumo:
A farmacogenética tem por objetivo a identificação de diferenças genéticas entre indivíduos que possam influenciar a resposta à terapêutica farmacológica, melhorando a sua eficácia e segurança. Associado à farmacogenética surge a “medicina personalizada”, ou seja, em oposição à existência de um fármaco que consiga tratar todos os pacientes, o tratamento individualizado parece o caminho mais promissor, uma vez que reduz o risco de reações adversas por toxicidade (segurança), adequa a dose ao indivíduo, evitando excessos ou défices (dose) e evita a metodologia de tentativa erro na escolha do fármaco (eficácia). A farmacogenética é relevante para a resposta individual ao fármaco por duas vias distintas: a farmacocinética e a farmacodinâmica. A variabilidade genética pode afetar a forma como um fármaco pode ser absorvido, ativado, metabolizado ou excretado, podendo conduzir assim a uma variabilidade na resposta. De entre o número infindável de possíveis exemplos, nesta revisão apresentam-se exemplos relacionados com os genes do Citocromo P450, do gene NAT2 e do gene da Colinesterase. As diferenças genéticas entre os indivíduos podem ainda afetar a resposta ao fármaco pela sua farmacodinâmica, ou seja, a resposta específica do alvo ao fármaco. De entre a multiplicidade de alvos de fármacos existentes serão apresentados exemplos do gene da G6PD e do VKORC1. Apesar de alguns dados científicos indicarem benefício para o paciente, ainda está longe de a farmacogenética fazer parte da prática clínica de rotina, talvez porque os custos-benefícios ainda não foram avaliados de forma precisa.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivos estimar a freqüência das formas músculo-cutánea e visceral da cisticercose em exames anátomo-patológicos e necrópsias realizados em Brasilia, Distrito Federal (estudo retrospectivo) e diagnosticar a cisticercose músculo-cutânea em pacientes residentes na mesma região geográfica (estudo prospectivo). Em 64.911 protocolos de exames anátomo-patológicos, o diagnóstico de cisticercose foi observado em 30 (0,05%), sendo que em 27 (90,0%) os cistos estavam nos tecidos músculo-cutâneo-mucoso, em 1 (3,3%) em gânglio e em 2 (6,7%) no sistema nervoso central. Entre aqueles com cistos nos tecidos músculo-cutâneo-mucoso 2 (7,4%) tinham cisticercos em língua. Em 1520 protocolos de necrópsia, encontraram-se 25 (1,6%) com diagnóstico de cisticercose, sendo: 24(96,0%) com neurocisticercose, seja isolada ou associada a outras formas da doença; e 2 (8,0%) com cisticercos em coração, 2 (8,0%) em músculo esquelético e 1 (4,0%) em fígado, seja isolados ou associados a outras localizações do parasito. Foram também examinados 1122 indivíduos, realizando-se em todos eles as reações sorológicas de imunofluorescência indireta e ELISA para cisticercose e a investigação radiológica de partes moles e crânio. Encontraram-se 59 (5,3%) com ambas reações sorológicas reagentes (10 entre eles com o diagnóstico de cisticercose confirmado por biópsias); e 32 (2,8%) com calcificações nas radiografias de partes moles e/ou crânio, mas apresentando ambas reações sorológicas não-reagentes. Entre os pacientes com os testes imunológicos reagentes, a neurocisticercose foi diagnosticada em 39 (66,1%), a cisticercose muscular em 25 (42,4%); a cutânea em 12 (20,3%); e a visceral em 2 (3,4%), sendo em 1 (1,7%) ovariana e em 1 (1,7%) miocárdica, pleural e renal. Os resultados permitem concluir que a forma músculo-cutânea é observada freqüentemente entre pacientes com cisticercose residentes em Brasília. A forma visceral também foi encontrada, com os cisticercos localizados em diferentes órgãos, sendo que os pacientes afetados não apresentavam as manifestações clínicas.
Resumo:
Analisou-se o teste de imunofluorescência indireta com microfilárias de W. bancrofti tratadas pela papaína, como antígeno, amplamente utilizado em Recife para o imunodiagnóstico da filariose linfática. Foram testados soros de 50 pacientes portadores das diversas formas clínicas da doença, incluindo microfilaremia assintomática, eosinofilia pulmonar tropical, elefantíase de membros inferiores, linfagite aguda e quilúria. Para o grupo controle, foram selecionados 50 indivíduos vivendo pelo menos há 5 anos em área endêmica, sem nenhuma evidencia clínica e/ou laboratorial da doença, constituindo os chamados endêmicos normais. A sensibilidade e especificidade do teste, segundo diferentes pontos de corte, mostraram a impossibilidade de diferenciação entre o grupo controle e o grupo sabidamente infectado. Também não foi possível estabelecer correlação entre os títulos encontrados e as diferentes formas clínicas. Foi considerada a existência de reações cruzadas relacionadas a helmintíases intestinais, porém nenhuma relação direta foi encontrada.
Resumo:
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Educação Especial – ramo de Problemas de Cognição e Multideficiência
Resumo:
Mestrado em Medicina Nuclear - Área de especialização: Tomografia por emissão de positrões
Resumo:
Os autores investigaram a competência imunológica específica de 31 indivíduos portadores de dermatofitose, utilizando o antígeno tricofitina. Destes, 54,8% mostraram-se reatores à fase tardia dessa prova (48 h) nas seguintes proporções: tinea inguinale, 75%; tinea pedis, 61,5%; tinea unguium, 50% e tinea corporis, 20%. 62,5% dos casos apresentaram positividade à fase imediata (30 m) da reação. A associação entre essas reações revelou que, embora a maioria dos pacientes com reação imediata positiva apresentasse negatividade à reação tardia, 20,8% apresentaram positividade para as duas fases da reação. Dos pacientes não reatores à fase tardia, oito foram submetidos a outros testes cutâneos: PPD, estreptoquinase, candidina, vacínia e DNCB, verificando-se imunidade celular conservada em 75% dos casos. Estes resultados sugerem que, quando da utilização dessa prova na avaliação imunológica de pacientes com dermatofitose, deve-se considerar o estado imune geral do paciente, a presença de hipersensibilidade imediata e a localização da infecção.
Resumo:
A patogênese da miocardite chagásica crônica permanece incompletamente compreendida. Diferentes hipóteses têm sido propostas: (1) lesão direta do tecido pelo Trypanosoma cruzi;(2) teoria neurogênica; (3) reações imunológicas anti-miocárdio; e (4) doença microvascular. Apresentamos, no presente trabalho, uma hipótese alternativa. Acreditamos que o desenvolvimento da miocardite está relacionado à necrose celular focal progressiva e acumulativa, associada à fibrose intersticial reparativa e reativa e hipertrofia miocitária circunjacente. Esses processos seriam iniciados e perpetuados por fatores autoimunes e alterações na microcirculação do miocárdio. Esse mecanismo fisiopatogênico teria possíveis implicações em futuras estratégias terapêuticas no tratamento do paciente chagásico crônico visando otimizar o tratamento médico e auspiciosamente melhorar o prognóstico.
Resumo:
Avaliou-se a eficácia do fluconazol no tratamento de infecções fúngicas em 108 pacientes imunocomprometidos. As doses iniciais variaram de 50 a mais de 400 mg/dia. Dos 108 pacientes, 57 (52,8%) tinham criptococose, 45 (41,7%) candidíase e 6 (5,5%) outras infecções fúngicas, sendo que 66,6% dos pacientes eram portadores de AIDS. Dos 57 pacientes com criptococose houve acometimento do SNC em 52 (91,2%); 39 de 43 pacientes com criptococose (90,7%) e 36 de 39 dos portadores de candidíase (92,3%) curaram ou tiveram boa evolução clínica. A erradicação do fungo ocorreu em 19 de 30 casos com criptococose (63,3%) e em 21 de 26 casos com candidíase (80,7%) que puderam ser avaliados. Onze dos 108 pacientes (10,2%) apresentaram reações adversas,principalmente gastrintestinais de pequena intensidade, porém um paciente apresentou envolvimento hepático na vigência de terapêutica com fluconazol. Conclui-se que o fluconazol é droga eficaz e de baixa toxicidade para tratar criptococose e candidíase, constituindo-se boa alternativa à terapêutica convencional com anfotericina B.
Resumo:
Avalia-se a prevalência de sífilis em alcoolistas crônicos e as alterações hepáticas, clínicas e bioquímicas, em pacientes portadores de ambas entidades. A prevalência de sífilis em doentes com outros diagnósticos psiquiátricos foi tomada para comparação. Os pacientes eram assintomáticos ou oligossintomáticos com relação à disfunção hepática causada pelo alcoolismo e não apresentavam manifestações correspondentes aos estágios clínicos da sífilis. Duzentos e seis alcoolistas e 228 pacientes com distúrbios psiquiátricos foram submetidos a exame clínico e às reações sorológicas quantitativas de Wasserman e VDRL para diagnóstico de sífilis. Encontrou-se prevalência de soropositividade em 6,3% e 3,1% dos alcoolistas e doentes psiquiátricos, respectivamente. Nenhuma diferença estatisticamente significante foi observada entre os alcoolistas, com sorologias positivas e negativas para sífilis, quanto às frequências das manifestações clínicas e alterações bioquímicas indicativas de acometimento hepático.