998 resultados para Vírus da hepatite A
Resumo:
Os autores descrevem estudos laboratoriais de infecções bovinas e humanas após vacinação anti-variolica em comunidade rural, tendo sido isolada uma amostra de vírus vaccínico de um dos animais infectados. Essa amostra foi reisolada de material original mantido a-20°C e identificada pelas lesões de membranas cório-alantóicas, provas de precipitação em agar-gel e reações sorológicas, nas quais a amostra ãe antígeno. Estudos sorológicos comparados cóm sôros padrões imunes, mostraram a presença de anticorpos inibidores da hemaglutinação e fixadores de complemento, usando-se antígenos padronizados de vírus vaccínico, evidenciando-se assim uma infecção recente por vírus do grupo Pox. Os dois casos humanos, verificados em indivíduos não vacinados originaram-se muito provavelmente dos animais, pela análise dos dados disponíveis e pela localização das lesões observadas. Os autores discutem ainda a possível ação dos contaminantes presentes nos materiais sôbre os vírus do grupo Pox.
Resumo:
53 amostras de soro, provenientes de Ferreira Gomes, no Amapá, foram testados para antígeno HB Ag e anticorpo HB Ab, com uma positividade de 3,7% para HB Ag, sub-tipo D. Os autores acentuam a necessidade de inquéritos em populações brasileiras a fim de estabelecer os sub-tipos associados à hepatite.
Resumo:
Realizou-se estudo do tipo duplo anonimato em 18 pacientes com hepatite aguda benigna. O gruoo experimental foi testado com uma provável droga de ação antiviral: 1-BETA-D-RIBOFURANOSIL, 1,2,4-TRIAZOLE-3- CARBOXAMIDE. O grupo controle ingeriu um placebo de lactose. Teve-se especial cuidado na seleção de pacientes, incluindo apenas pacientes que preenchessem critérios bem estabelecidos. Os pacientes foram seguidos semanalmente, avaliando-os clínica e laboratorialmente. Os resultados não evidenciaram diferenças significativas entre os dois grupos, sugerindo-se estudos com casuística mais numerosa e em regime de internação hospitalar.
Resumo:
Sete casos fatais de hepatite de Lábrea, com diferentes períodos de sobrevida, possibilitaram um estudo seqüenciado das alterações histopatológicas no fígado. As lesões fundamentais e mais precoces foram a degeneração gordurosa aguda e a necrose lítica ou de coagulação, atingindo hepatócitos em todos os lóbulos, sem distribuição maciça ou zonal. As alterações inflamatórias, colestáticás, de proliferação ductular biliar e de regeneração hépato-celular aparecem como conseqüências mais tardias. O quadro não parece ser patognomônico e não permite reconhecimento etiopatogênico. A doença é uma afecção primária do fígado, as alterações nos outros órgãos sendo leves e secundárias.
Resumo:
São descritas as manifestações clinicas, laboratoriais e aspectos evolutivos de cinco pacientes procedentes de Codajás-Amazonas, atendidos no Instituto de Medicina Tropical de Manaus devido ao quadro de hepatopatia grave, com período médio de doença de quatro dias. Quatro destes pacientes evoluiram para óbito, com uma média de cinco dias desde o inicio dos pródromos. A sorologia para hepatite B mostrou que o Ag HBs estava presente em quatro e o Anti - HBc em todos. Dos pacientes que foram ao óbito, através da necropsia a histopatologia do fígado revelou quadro de hepatite fulminante em dois e de febre de Lábrea nos outros dois.
Resumo:
Um caso de hepatite de Lábrea nos possibilitou um estudo do comportamento dos fatores da coagulação nessa doença. O objetivo principal foi estudar a coagulação do sangue, visando: 1. conhecer os níveis dos fatores da coagulação na Febre Negra; 2. contribuir para o melhor conhecimento da doença, principalmente no que se refere às manifestações de hemorragia; 3. tentar correlacionar a gravidade do quadro clínico e prognóstico à intensidade das alterações dos fatores da coagulação. Os resultados evidenciaram uma alteração acentuada da crase sangüínea, sugerindo que, além do quadro infeccioso, o paciente desenvolveu, igualmente, uma síndrome de coagulação intravascular disseminada.
Resumo:
Neste estudo procedeu-se à caracterização da diversidade genética das regiões codificantes da protease (PR), transcritase reversa (RT) e integrase (IN) do gene pol do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1), bem como à pesquisa de polimorfismos genéticos associados à diminuição da susceptibilidade aos anti-retrovirais inibidores enzimáticos, circulante numa população de 51 indivíduos utilizadores de drogas por via endovenosa (IDUs) da Grande Lisboa. Em termos globais, a análise filogenética realizada com base em 38 sequências nucleotídicas concatenadas revelou que 12 (31,6%), 13 (34,2%) e 13 (34,2%) das sequências analisadas eram dos subtipos B, G/CRF14_BG e de formas genéticas não-B/não-G (1 F1, 4 CRF02_AG e 8 formas recombinantes únicas), respectivamente. Relativamente à pesquisa de mutações associadas a resistência (perfil genotípico), foram encontradas 15, presentes em 50,0% (22/44) dos indivíduos, com uma distribuição de 1-3/indivíduo (4, todas acessórias, na PR; 6 na RT; 5 na IN, uma principal e 4 acessórias). Todavia, apenas 26,7% (4/15) dessas mutações conferiam uma expressão fenotípica de resistência a uma das classes de inibidores (da RT ou IN), em 9,1% (4/44) dos indivíduos. Foi ainda observada uma elevada frequência de outros polimorfismos genéticos, mais frequentes em subtipos não-B, alguns dos quais considerados assinaturas de subtipo. A homologia genética total ou parcial com os subtipos B e G, reconhecida neste estudo, reflectirá a sua predominância na população de IDUs. Este resultado sugere também que a epidemia de HIV-1 em Portugal poderá estar a evoluir para um padrão epidemiológico singular, no qual os subtipos B, G e suas formas recombinantes predominam. A proporção observada de indivíduos portadores de vírus com mutações associadas a resistência, mesmo em indivíduos naive relativamente à terapêutica, indica que a sua transmissão se encontra em curso entre a população de IDUs, tendo, certamente, um impacto relevante ao nível da abordagem terapêutica e monitorização da infecção.
Resumo:
A maioria dos métodos utilizados na caracterização genética do HIV-1 baseia-se na análise de regiões específicas do genoma viral, fornecendo informação parcial sobre o mesmo e, por consequência, revelando-se inadequados para a identificação de vírus recombinantes. O único método que permite uma caracterização integral do genoma viral passa pela sua sequenciação completa. No entanto, este é um método dispendioso, laborioso e de difícil implementação quando se pretende a análise de elevados números de amostras. Como alternativa a este último, o conjunto de métodos genericamente designados de MHA (Multiple Region Hybridization Assay) baseiam-se na amplificação, por PCR em tempo-real, de várias regiões ao longo do genoma viral e na sua caracterização com sondas específicas (TaqMan). Tendo este modelo por base, o objectivo deste estudo foi o desenvolvimento de um ensaio de hibridação múltipla (MHABG0214) passível de ser aplicado ao estudo de um elevado número de amostras. Este método foi desenvolvido tendo como objectivo a genotipagem as estirpes circulantes dominantes na epidemia Portuguesa, nomeadamente os subtipos B, G e formas genéticas recombinantes CRF02_AG e CRF14_BG. Com base em alinhamentos de sequências de referência de genoma completo, delinearam-se primers universais e subtipo-específicos para a amplificação de diversas regiões codificantes distribuídas ao longo do genoma do HIV-1 (Gag, Protease, Transcriptase Reversa, Integrase, Rev, Gp120 e Gp41). A optimização foi efectuada, inicialmente, para um conjunto de amostras de referência e seguidamente avaliada num conjunto de 50 amostras clínicas. O MHABG0214 foi implementado numa estratégia de PCR em tempo-real, numa detecção dependente de SYBR® Green I para todas as regiões ou, como alternativa, usando sondas TaqMan (Gp41). Apresentamos ainda uma estratégia em que a análise de resultados se baseia, simplesmente, numa abordagem usando PCR/gel de agarose convencional. Estas abordagens constituem ferramentas úteis na identificação das estirpes de HIV-1 em Portugal.
Resumo:
Rotavírus foram pesquisados em 607amostrasfecais de crianças de até 6 anos de idade com quadros de diarréia aguda, no período de maio de 1986 a abril de 1990. Foi utilizada a técnica de eletroforese em gel depoliacrilamida (PAGE), sendo os rotavírus detectados em 123 amostras (20,27%) das quais 107(87,00%) apresentaram perfil eletroforético longo, compatível com o subgrupo II. Os rotavírus não foram encontrados no grupo controle constituído de crianças sadias, sendo porém detectados em 7,80% das crianças internadas por outras causas que não diarréia aguda. A maioria das crianças positivas para rotavírus encontrava-se na faixa etária de 6a24 meses (73,98%). A média depositividade nos meses chuvosos (outubro a abril) foi igual a 9,60% e no período seco, 34,48% com picos que variaram entre 53,17 e 73,27% nos meses de junho e julho, os mais frios do ano.
Resumo:
Trezentas e oitenta e cinco amostras fecais provenientes de crianças na faixa etária de até 11 anos, sem sintomatologia de diarréia, foram estudadas objetivando-se a detecção de rotavirus. Desta amostragem, 268foram obtidas de crianças habitantes de creches e 117 de crianças atendidas no ambulatório do Hospital Lúcio Rebelo de Goiânia-Goiás. Todas as amostrasforam analisadas através da técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA- SDS), e 89 foram também analisadas pelo ensaio imunoenzimático adaptado para rotavirus e adenovirus (E1ARA). Rotavirus e adenovirus só foram detectados nas crianças atendidas no ambulatório, num percentual de 1,7% e 1,6% respectivamente, não havendo nenhuma positividade nas crianças de creches. Ambos os vírus ocorrerarh na faixa etária de 1 a 2 anos.
Resumo:
RESUMO: O vírus chikungunya (CHIKV) é um vírus de RNA, com invólucro, da família Togaviridae, transmitido por mosquitos Aedes spp. Distribuído por largas regiões de África e Ásia, causa grandes epidemias de artrite grave. A semelhança de sintomas com outras doenças como a dengue e a malária e a persistência de IgM específicas, dificultam o diagnóstico da infeção por CHIKV. A deteção no sangue de E3, uma glicoproteína viral secretada, a incluir num ensaio imunoenzimático poderá melhorar o diagnóstico nos países onde as técnicas de biologia molecular são de difícil acesso. Para testar a utilidade de E3 num ensaio de diagnóstico, esta deverá ser expressa em quantidade, purificada e usada para produção de anticorpos específicos. Para expressar E3 numa forma solúvel, suscetível de ser purificada num único passo cromatográfico sem proteases, recorreu-se à estratégia da fusão com o domínio de ligação à quitina (CBD)-inteína (IMPACT™ System, NEB). A sequência codificadora de E3 foi amplificada a partir de RNA viral, clonada em pTYB21 e expressa em E. coli como uma proteína de fusão insolúvel de 64 kDa. A expressão a 12ºC induzida por IPTG 0,1 mM aumentou a solubilidade de CBD-inteína-E3. A aplicação de lisados celulares em colunas de quitina originou a retenção de CBD-inteína-E3 na matriz. Porém, a autoclivagem da inteína na coluna, induzida com reagentes tiol, foi pouco eficiente e mesmo a proteína E3 separada não eluiu da coluna. E3 foi ainda expressa em E. coli com uma cauda de seis histidinas (E3[His]6) por clonagem no vetor pET28b(+). Lisados celulares aplicados em colunas de níquel permitiram a eluição de uma proteína de 9 kDa, compatível com a massa molecular estimada para E3[His]6, ainda que com outros contaminantes proteicos. A identidade da proteína de 9 kDa será confirmada pela indução de anticorpos com esta preparação e reatividade daqueles com células infetadas com CHIKV.----------------ABSTRACT: Chikungunya virus (CHIKV) is an enveloped, positive strand RNA virus belonging to the family Togaviridae. Transmitted by Aedes spp mosquitoes, CHIKV causes large epidemics of severe arthritogenic disease in Africa and Asia and represents a serious threat in countries where vectors are present. Symptoms similarity with other diseases, e.g. dengue and malaria, along with CHIKV IgM persistence turns accurate CHIKV diagnosis a difficult task in low-income countries. Detection of E3, a small secreted viral glycoprotein, to be included in an immunoenzymatic test was envisaged as a possible improvement in CHIKV diagnosis. To test the diagnostic value of E3, recombinant E3 should be expressed and purified to generate antibodies. In order to express CHIKV E3 in a soluble form amenable to purification by a single step affinity chromatography, the chitin binding domain (CBD)-intein fusion strategy without proteases (IMPACT™ System, NEB) was employed. The E3 coding sequence was amplified from viral RNA, cloned in pTYB21 and expressed in E. coli ER2566 as an insoluble 64 kDa CBD-intein-E3 fusion protein. Solubility was partially achieved by lowering the expression temperature to 12ºC and the inducer (IPTG) concentration to 0.1 mM. Clarified cell lysate loaded onto a chitin column allowed ligation of the fusion protein but the intein-mediated cleavage efficiency was low and E3 failed to elute from the column as demonstrated by SDS-PAGE. E3 was further expressed with a six histidine tag, E3[His]6, employing the pET System (Novagen). E3[His]6 was expressed in E. coli Rosetta (30ºC, 0.4 mM IPTG) as a 9 kDa protein. Soluble cell extracts in 20-40 mM imidazole, applied onto a nickel column and eluted with 500 mM imidazole yielded a protein preparation enriched in the 9kDa protein. The 9 kDa will be used as antigen to generate antibodies that upon reaction with CHIKV infected cells will confirm its identity.