924 resultados para Surdos Educação - Brasil Teses


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Esta pesquisa tem como objeto a trajetria da Fundao Nacional para Educação de Jovens e Adultos (Educar), bem como o que levou a extino das campanhas de alfabetizao no Brasil. A histria da Fundao Educar no est somente inscrita nas contradies da Nova Repblica; ela , igualmente, o fechamento de um grande ciclo na histria da educação brasileira que envolve a ampliao e democratizao das oportunidades de escolarizao primria desde os anos de 1940 e supostamente encerrada em 1990, e no esforo de alfabetizao de jovens e adultos atravs de campanhas iniciadas tambm na dcada de 1940 e extintas com a Fundao Educar. O objetivo principal desta pesquisa analisar as aes da Fundao Educar, entre os anos de 1985 e 1990, buscando perceber e compreender o motivo/razo da transformao da Fundao Movimento Brasileiro de Alfabetizao (Mobral) em Educar, os processos de implantao de projetos de alfabetizao por todo o Pas, o porqu sua extino no dia da posse do Presidente Fernando Collor e como se deu o fim das campanhas de alfabetizao de jovens e adultos no Brasil. Dada a complexidade na realizao desta pesquisa, optou-se por uma metodologia de cunho qualitativo, a partir de levantamento de informaes primrias e pesquisa bibliogrfica; por fim, foram coletados depoimentos, utilizando os recursos e possibilidades de uma entrevista aberta, os quais foram analisados com base na teoria da Anlise do Contedo. Concluiu-se que a extino da Fundao Educar, bem como das campanhas de alfabetizao de adultos no Brasil, ocorreu devido ao desmantelamento do Estado no Governo Collor, alm de que interesses poltico-eleitoreiros na alfabetizao de jovens e adultos encerraram-se com a promulgao da Constituio de 1988, a qual permite o analfabeto a votar.

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Esta dissertao tem o objetivo geral de analisar o protagonismo que o Instituto Ayrton Senna (organizao do Terceiro Setor) tem alcanado na escola pblica ao funcionar como brao operativo do empresariado com responsabilidade social na difuso da concepo burguesa de mundo, num contexto histrico do Neoliberalismo da Terceira Via. Esta penetrao dos valores empresariais na escola pblica se d atravs do consenso em torno da falncia do Estado na prestao do servio pblico que, por sua vez, deveria ser prestado por organizaes da sociedade civil (ONGs) em funo de sua suposta maior eficincia (pautada nos moldes do mercado). O objetivo especfico identificar como o Instituto Ayrton Senna (IAS), atravs da concepo de cidadania burguesa pode ressignificar o papel social da escola pblica no municpio do Rio de Janeiro atravs do desenvolvimento do Programa Acelera Brasil (PAB). A hiptese central que o IAS, ao aplicar o PAB, ressignifica o papel social da escola pblica, atuando como operador do capital ao incorporar a lgica fabril nas escolas pblicas, (identificao da qualidade na educação com certificao e treinamento para a realizao de avaliaes como condio de cidadania) associada a uma face mais humana do capital, introduzindo elementos da noo de capital social, que insere, entre outros, uma relao harmoniosa entre o Estado, a sociedade civil (entendida como Terceiro Setor) e o mercado.

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Este trabalho deu conta de analisar as polticas pblicas de Educação Fsica e esportes na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnolgica e a implicao das mesmas na formao dos estudantes, partindo do entendimento de estarmos imersos em uma conjuntura poltico e econmica novo desenvolvimentista. Para tanto entrevistamos alguns interlocutores privilegiados que esto diretamente ligados formulao de polticas pblicas na rea ou que tm um grande envolvimento com a rede. Alm de aplicarmos questionrios em professores da rede de vrias regies do Brasil na ocasio do II Frum Nacional de Polticas Pblicas em Educação Fsica, esporte e lazer dos Institutos Federais de Educação, Cincia e Tecnologia e analisarmos os documentos da SETEC/MEC. Por fim, no identificamos polticas pblicas consistentes formuladas pela SETEC/MEC, apesar de vermos a entrada de projetos do Ministrio dos Esportes, como o Programa Segundo Tempo. Tambm procuramos com este trabalho identificar projetos e aes isoladas pelo Brasil sobre o tema que pudessem nos ajudar a refletir sobre possibilidades superadoras no plano da formulao de Polticas Pblicas de Educação Fsica e esportes na rede para a formao dos alunos.

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Versa sobre a Representao televisiva dos direitos humanos no Brasil, na qual buscarei averiguar como se d o discurso telejornalstico acerca desses direitos e o que isso representa. Discute conceitos e caractersticas apresentados por alguns autores acerca de temas relacionados mdia, bem como em relao aos direitos humanos. Explica o histrico e a evoluo da televiso no Brasil e dos direitos humanos no plano nacional e internacional. Defende a manipulao como um conceito ainda relevante para se entender a relao que se estabelece entre a mdia e o seu usurio. Acentua o aspecto omissivo na violao do direitos humanos no Brasil, fazendo com que estas violaes sejam menos flagrantes, pelo menos da perspectiva miditica. Conclui pela marginalizao de temas como educação, sade e emprego em detrimento de outros como violncia, segurana e represso, posto que em ambos os telejornais pesquisados, mais de 60% das reportagens esto relacionados a estes ltimos.

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A exigncia de lidar diretamente com a subjetividade faz com que a educação apresente caractersticas muito peculiares, que desbordam os limites de qualquer organizao lgica. Essa tese pe no centro de suas reflexes os usos e limites das metforas do mundo trabalho em sua funo de modelar e, assim, explicar a atividade docente. Analisando as metforas da tradio (a docncia como sacerdcio e a professora como tia) e as metforas da racionalizao (o professor como especialista, trabalhador e profissional) procuramos mostrar que, medida que a metfora do trabalho foi se impregnando na escola, a atividade docente acabou por excluir do horizonte de suas preocupaes tericas a capacidade humana de iniciativa. Portando-se como doadora de sentido universal para as atividades humanas, a metfora do trabalho, que no se reduz ao simples deslocamento de palavra, mas transposio de um sentido enraizado, tornou-se excessiva e insuficiente para se pensar a tarefa da formao humana. Nesse sentido, a introduo do conceito de ao para elucidar a atividade docente surge com potencial representativo para a prtica do professor, ali onde a metfora do trabalho no consegue realizar plenamente.

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Este trabalho tem como objeto a anlise conceitual da produo acadmica de teses e dissertaes sobre o tema Aes Afirmativas (AAs) no Brasil, no perodo compreendido entre 1987 e 2010. A abordagem metodolgica utilizada foi pautada na pesquisa qualitativa de natureza bibliogrfica. A principal fonte de dados foi o Banco de Teses e Dissertaes da Capes/MEC. A escolha da amostra, composta de 206 textos acadmicos, se deu com base na utilizao do termo ao afirmativa como categoria de busca. Dessas amostras, foram analisados, por meio de mapas conceituais, 35 trabalhos completos, de modo a atender ao critrio de proporcionalidade entre o tema AAs e as demais categorias que emergiram da anlise do corpo de dados com utilizao software Atlas.ti. Incialmente foi realizada a leitura crtica e a seleo de categorias pertinentes ao tema, posteriormente utilizou-se o software para confirmar e/ou desconfirmar essas categorias. Com esse procedimento foi possvel no somente extrair o foco dado por cada trabalho acadmico, como a abordagem terica, a metodolgica, a posio dos autores em relao ao tema AAs, a populao alvo eleita por cada autor, como tambm identificar os autores/tericos recorrentes ao tema AAs utilizados para fundamentar esses trabalhos. Para demonstrar os resultados optou-se pela anlise dos mapas conceituais de modo descritivo e ainda por apresent-los no apndice II de modo ilustrativo. Como resultado identificou-se que a grande maioria dos trabalhos refere-se as AAs a partir da aplicao de polticas pblicas de reduo das desigualdades, como o sistema de cotas relacionado ao acesso da populao negra no sistema de ensino superior. Quanto ao posicionamento dos autores em relao a essas aes, foram raros os trabalhos que se posicionaram contra as AAs. De modo geral, os autores estudados entendem que esta uma forma de justia distributiva e de reparao social das desigualdades entre diferentes segmentos e grupos sociais. Considera-se que este estudo se faz importante na medida em que crescente no ensino superior no Brasil, nos ltimos anos, a utilizao deste recurso poltico de equalizao das desigualdades sociais. Este estudo mostra um diagnstico do perfil da produo acadmica e permite identificar as reas de estudo e os temas mais frequentemente associados s AAs. Pretende-se com ele, contribuir com um marco terico-conceitual para que novas pesquisas possam ser realizadas de modo a enriquecer o campo de estudos das cincias sociais, em especial sobre o tema AAs

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Este estudo se props verificar, o impacto da cultura e clima organizacional na gesto do Capital Intelectual no Brasil, comparativamente com o Canad, Ir e Lbano. Para isso, realizou-se uma pesquisa descritiva atravs de questionrio, com escala Likert, com trabalhadores em empresas brasileiras e comparou-se com os dados obtidos, em outra pesquisa, para o Canad, Ir e Lbano. Deste modo, o estudo procura analisar, comparativamente entre os pases, os impactos dos componentes de Cultura e Clima e verifica, em quais deles, h impacto mais favorvel ou desfavorvel para a gesto do Capital Intelectual. Constatou-se que os nveis dos componentes culturais e de clima organizacional atingiram patamares mais elevados no Brasil que no Canad, Ir e Lbano, indicando que as variveis Cultura e Clima tm impacto mais favorvel para a gesto do Capital Intelectual nas empresas brasileiras. Sugere-se que estudos posteriores possam verificar impactos e influncia de outras variveis como burocracia, educação, etc.

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A tese descreve a ingesto de nutrientes segundo variveis demogrficas e socioeconmicas em adultos brasileiros, com base nos dados da primeira avaliao nacional do consumo alimentar individual, o Inqurito Nacional de Alimentao (INA), realizado entre 2008 e 2009. Um total de 34.003 indivduos com pelo menos 10 anos de idade participaram do estudo. O presente estudo incluiu 21.003 indivduos adultos, de 20 a 59 anos de idade, com exceo das mulheres gestantes e lactantes (n=1.065). O consumo alimentar individual foi estimado utilizando dois dias de registros alimentares no consecutivos. O consumo usual de nutrientes foi estimado pelo mtodo do National Cancer Institute que permitiu a correo da variabilidade intraindividual. As prevalncias de ingesto inadequada de nutrientes foram estimadas segundo o sexo e faixas etrias utilizando o mtodo da necessidade mdia estimada como ponte de corte. A inadequao de sdio foi avaliada pelo consumo acima do nvel de ingesto mximo tolervel. Os resultados so apresentados na forma de dois artigos. No primeiro artigo, estimaram-se as prevalncias de inadequao segundo as cinco grandes regies (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e a situao do domiclio (urbano e rural). Observaram-se prevalncias de inadequao maiores ou iguais a 70% para clcio entre os homens e magnsio, vitamina A, sdio em ambos os sexos. Prevalncias maiores ou iguais a 90% foram encontradas para clcio entre as mulheres e vitaminas D e E em ambos os sexos. No geral, os grupos com maior risco de inadequao de micronutrientes foram as mulheres e os que residem na rea rural e na regio Nordeste. No segundo artigo, estimaram-se as prevalncias de inadequao do consumo segundo renda e escolaridade. A renda foi caracterizada pela renda mensal familiar per capita e a escolaridade definida pelo nmero de anos completos de estudo. Ambas variveis foram categorizadas em quartis. Modelos de regresso linear simples e mutuamente ajustados foram estimados para verificar a associao independente entre o consumo de nutrientes e as variveis socioeconmicas. Foram testadas as interaes entre renda e escolaridade. Verificou-se que a inadequao da maioria dos nutrientes diminuiu com o aumento da renda e escolaridade; porm, o consumo excessivo de gordura saturada e o baixo consumo de fibra aumentaram com ambas variveis. Grande parte dos nutrientes foi independentemente associada renda e escolaridade, contudo, o consumo de ferro, vitamina B12 e sdio entre mulheres foi associado somente com a educação. Observou-se interao entre renda e escolaridade na associao com o consumo de sdio em homens, fsforo em mulheres e clcio em ambos os sexos. Os achados indicam que melhorar a educação um passo importante na melhoria do consumo de nutrientes no Brasil, alm da necessidade de formulao de estratgias econmicas que permitam que indivduos de baixa renda adotem uma dieta saudvel. Nossos resultados mostram tambm um grande desafio das aes de sade pblica na rea de nutrio, com importantes inadequaes de consumo em toda populao adulta brasileira e particularmente em grupos populacionais e regies mais vulnerveis do pas.

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Nesta tese, pretendemos investigar a relao entre ciclo de vida, posio socioeconmica e disparidades sociais no Brasil. Inicialmente, apresentamos trabalhos brasileiros e estrangeiros que descrevem associaes entre a posio socioeconmica dos indivduos e o estado de sade. A abrangncia dessa ligao levou socilogos a sistematizarem uma elegante teoria que trata os recursos socioeconmicos como causas fundamentais do adoecimento e da mortalidade. Fazemos uma exposio relativamente detalhada dessa perspectiva. A apresentao dos dois debates estabelece a justificativa do trabalho e mapeia os espaos na literatura para os quais pretendemos contribuir. No segundo captulo iniciamos nossa investigao, com o aprofundamento de uma dimenso tida como central no entendimento sociolgico da desigualdade: classe social. Esse conceito tido por pesquisadores, tanto vinculados sociologia como em outras disciplinas, como uma via explicativa interessante na abordagem das disparidades sociais em sade. No entanto, essa opinio no consensual, e vrios socilogos contemporneos fazem severas crticas essa dimenso e s teorias que a balizam. Fazemos um aprofundamento nesses debates e uma reflexo sobre sua pertinncia para o contexto brasileiro. Balizamos nossas concluses atravs de uma investigao que mobiliza mtodos e dados inditos sobre a estrutura ocupacional brasileira. Atravs da investigao da validade emprica e conceitual de uma das operacionalizaes de classe mais comuns na literatura internacional, a tipologia EGP, testamos como caractersticas do mercado de trabalho brasileiro se relacionam a essa dimenso. Nossos resultados, atingidos a partir de modelos log-lineares de classes latentes (latent class analysis) mostram que as particularidades do mercado de trabalho brasileiro so importantes na considerao sobre essa varivel, mas no inviabilizam sua utilizao. Munidos desse resultado, partimos para o ltimo captulo do trabalho. Nele, aprofundamos a discusso sobre desigualdade e sade atravs da apresentao de teorias sobre o ciclo de vida, que informam dois debates especficos que investigamos empiricamente. O primeiro deles diz respeito acumulao de vantagens e desvantagens ao longo do ciclo de vida e a estruturao das disparidades sociais em sade. O segundo diz respeito transmisso intergeracional da desigualdade e a desigualdade em sade. Apresentamos essas correntes tericas, que inspiram a elaborao de nossas hipteses. Junto a elas, adicionamos uma outra hiptese inspirada nas discusses apresentadas nos captulos anteriores. Nossos resultados demonstram a relevncia de abordagens sociolgicas para o estudo da desigualdade em sade. Mostramos como nvel educacional e idade interagem na estruturao das disparidades sociais em sade, evidncias indiretas de como as trajetrias sociais proporcionadas pela educação expe indivduos a condies que os expe sua sade a diferentes tipos de desgaste. Igualmente, mostramos evidncias que apontam para como etapas relacionadas infncia e adolescncia dos indivduos tm efeitos sobre seu estado de sade contemporneo. Por fim, refletimos sobre os limites da varivel de classe para o entendimento da estruturao das disparidades sociais em sade no Brasil.

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A educação de jovens e mulheres privadas de liberdade o objeto de estudo desta tese. Estas jovens e mulheres foram participantes primrias. Foram participantes secundrios, os agentes penitencirios e educacionais e professores das escolas das instituies investigadas. Os loci do estudo foram duas penitencirias femininas, no municpio do Rio de Janeiro e em Braslia, e uma instituio de cumprimento de medida socioeducativa de internao no Rio de Janeiro. A pesquisa, de abordagem etnogrfica, utilizou a entrevista e a observao participante para registrar as falas das jovens e mulheres com a perspectiva sobre a situao educacional dentro e fora dos espaos de privao de liberdade. Em complementaridade s falas foram acessadas fotos, documentos e produes acadmicas, entre teses, dissertaes e artigos cientficos. Esse material possibilitou responder aos seguintes questionamentos: O que pensam as jovens e mulheres participantes sobre a educação existente nos espaos de privao de liberdade? Como so construdas as vulnerabilidades socioeducacionais enfrentadas pelas jovens e mulheres participantes nos espaos de privao de liberdade? Como os estudos e pesquisas sobre educação em espaos de privao de liberdade tm discutido a situao das mulheres e jovens nessa situao? Em resposta s questes propostas, os dados de campo foram analisados indutivamente e apresentados em vinhetas etnogrficas s falas das participantes, explicitando a situao de excluso e vulnerabilidade vivenciadas nas instituies de privao de liberdade. Essas falas apontam, sobretudo, para o no cumprimento dos direitos humanos desses sujeitos que se encontram sob custdia do Estado. Esses direitos devem ser formalmente reconhecidos, mas tambm, concretamente e materialmente efetivados.

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A pesquisa que aqui se apresenta tem por temtica principal o estudo sobre as polticas oficiais de avaliao da educação superior no Brasil e a compreenso crtica sobre as relaes que os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) tm estabelecido com os objetivos reais e proclamados das atuais polticas oficiais. Neste sentido, apresenta-se um breve histrico das concepes de Estado articulado s polticas pblicas educacionais formuladas a partir da dcada de 70. Devido ao forte movimento de centralizao dos processos educacionais e descentralizao dos mecanismos de financiamento e gesto do sistema de educação que ocorre,principalmente, aps os anos 90 com o enquadramento do Brasil no modelo neoliberal e que tem por objetivo atender as necessidades de reestruturao capitalista, prioriza-se a anlise das diversas e profundas mudanas vivenciadas, a partir deste perodo, no trabalho dos docentes da educação superior por meio das constantes avaliaes a que esto sendo expostos direta ou indiretamente. A validade e importncia de investigar o tema se afirmam pela necessidade de compreender como estas polticas tm alterado a produo e o trabalho do professor universitrio, o papel das Instituies de Ensino Superior e a qualidade da educação superior. A reflexo principal se concentra no estudo das intra e inter-relaes estabelecidas entre as avaliaes nacionais, as avaliaes internas da UEPG e o exerccio da profisso docente no campo de pesquisa. Os objetivos adotados foram: analisar as concepes de Estado no Brasil e como suas aes influenciaram as polticas educacionais; articular a Histria do Paran da UEPG e as propostas avaliativas do governo federal em relao a educação superior, considerando o perodo em que as avaliaes eram ainda assistemticas, porm dando nfase ao momento em que as mesmas se tornaram institucionais; e perceber alguns dos enredamentos criados entre as avaliaes externas e internas da UEPG e o trabalho docente. A metodologia empregada baseou-se na Teoria da Complexidade, na Pesquisa Participante e nas argumentaes da abordagem do ciclo de polticas. Uma das consideraes que podem ser ressaltadas que a reinterpretao das polticas da instituio e a recontextualizao poderiam potencializar o poder de interveno e participao efetiva dos professores, mas que este processo no tem sido priorizado dentro da conjuntura de sobrevivncia a precarizao docente.

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Esta pesquisa analisa o discurso de educação de qualidade nas polticas curriculares para a Educação Bsica forjadas no Brasil, no perodo compreendido entre 2003 e 2011, na vigncia do governo de Lus Incio Lula da Silva e no incio do governo Dilma Roussef, procurando entender os nexos estabelecidos entre currculo e qualidade. Para tanto, investigado o contexto de produo dos textos da referida poltica o Ministrio da Educação (MEC), por meio da leitura de cinquenta e sete documentos assinados e/ou encomendados pela Secretaria de Educação Bsica (SEB), pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), os quais constituram um corpus de estudo para esta pesquisa. Tal leitura tem como ferramenta de entrada e organizao dos textos o programa computacional WordSmith Tools (verso 5), a partir do qual foi possvel focar em significantes identificados como condutores dos sentidos de qualidade. A anlise desse corpus de estudo relacionada ainda aos programas de governo divulgados pelo Partido dos Trabalhadores na ocasio das campanhas eleitorais de 2002, 2006 e 2010, com vistas a uma maior compreenso do contexto poltico partidrio ao qual a poltica curricular se conecta. A pesquisa se fundamenta na Teoria do Discurso de Ernesto Laclau, articulada s teorias do currculo produzidas por Alice Lopes e Elizabeth Macedo e abordagem do ciclo de polticas de Stephen Ball e colaboradores. Com essa filiao terica entende-se as polticas de currculo como produo cultural discursiva em mltiplos contextos, marcada pela contingncia do social. A tese apresentada a de que, na poltica Lula/Dilma, o significante educação de qualidade tendencialmente vazio, representando, no que se refere ao currculo, tanto demandas por um ensino voltado para a distribuio igualitria do conhecimento, visto como possibilidade de promover a justia social, quanto demandas por um ensino voltado para resultados estipulados e mensurados por meio de sistemas de avaliao nacional que atestam sua eficincia e que representam o discurso da qualidade que se pretende total, segundo o qual a educação um investimento que precisa dar retornos. A equivalncia entre demandas, aparentemente, antagnicas, possibilitada pelo vnculo que o significante qualidade estabelece com a demanda por justia social, ao ser adjetivado como social, dando origem ao discurso da qualidade social. A poltica de qualidade social da educação, portanto, constri um discurso de promoo da justia social por meio do currculo comum e da centralidade do conhecimento (verificvel), lanando mo do vocabulrio das perspectivas crticas e ao mesmo tempo utilizando-se de aes das perspectivas instrumentais, que reduz o currculo s dimenses instrucionais. So, portanto, duas cadeias de equivalncia em disputa no cenrio educacional: a cadeia da qualidade social, representada pelo projeto de poder Lula/Dilma, que se justifica pela demanda da justia social e opera a ressignificao das lgicas da centralizao curricular e suas formas de avaliar, e a cadeia da qualidade que se pretende total, representada pelo projeto de poder FHC, que condiciona a educação s demandas de produtividade do mercado

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A presente Tese de Doutorado analisa as caractersticas e os efeitos da cientometria e bibliometria adotadas no Brasil. Primeiramente, a fim de contextualizar o tema, fao uma reviso de literatura acerca do processo de mercantilizao da educação. Meu objetivo mostrar a inclinao empresarial das polticas pblicas educacionais, especialmente aquelas voltadas para a ps-graduao. Alm disso, seleciono e analiso alguns conceitos que ajudam a compreender o presente tema, bem como sustento a inadequao da lgica de economia de mercado como forma de gerir a Academia e a cincia. Na segunda parte da Tese, focalizo os critrios adotados para avaliar a hierarquizar Programas de Ps-Graduao e diferenciar pesquisadores. A tese a ser defendida que o modelo CAPES de avaliao da ps-graduao est baseado numa norma produtividade de cunho periodicocrtico que cria uma forte presso por publicao de artigos em peridicos acadmico-cientficos, uma vez que eles os produtos privilegiados no modelo de mensurao objetivista em vigor. Produzir/publicar artigos torna-se, portanto, a performance acadmico-cientfica por excelncia. Isso enseja a criao de um mercado acadmico-cientfico e de um mercado de publicaes, o que cria um contexto propcio para a ocorrncia de ms condutas acadmico-cientficas

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O presente estudo busca descrever e analisar a experincia de Ouvidoria da Educação construda na Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguau durante a gesto iniciada em outubro de 2008 e encerrada em maio de 2010. Nele, contextualizado o processo de construo da experincia das Ouvidorias no Brasil, as caractersticas urbanas, econmicas, polticas e sociais da cidade utilizada como recorte emprico da pesquisa, assim como o Programa Bairro Escola. Esta foi a denominao da poltica central de desenvolvimento de gesto pblica do, ento, prefeito Lindberg Farias. O tema se expressa no campo da Educação e o subtema a Gesto Democrtica, apresentando como questo central as condies e os limites de viabilizao de um projeto de Ouvidoria na rede pblica municipal comprometida com essa referncia de gesto. Para efetivao da anlise investigativa, a dissertao foi desenvolvida como um caso particular do possvel um estudo de caso com a pesquisadora na condio de sujeito/objeto do estudo frente ao real e utpica de humanizao e sustentabilidade do projeto educativo. As interlocues tericas adotadas visaram uma abordagem microssociolgica com: Pierre Bourdieu na apreenso da prtica atravs do habitus, campo, interesse e espao social; Foucault, desvelando as relaes de poder; Gramsci com a identificao da hegemonia e ideologia; e Boaventura Santos na concepo do contra hegemnico e na fronteira das linhas abissais. A hiptese de trabalho que a implantao da Ouvidoria da Educação, em um quadro global de um projeto de Educação Integral, tinha como base uma ao inovadora de democracia da gesto e na busca de construir uma governana da polis com um presente e futuro sustentvel. Nesse mbito, a Ouvidoria da Educação atuava como um possvel canal de comunicao e instrumento estimulador da mobilizao social dos sujeitos-cidados da Rede Municipal da Educação da cidade de Nova Iguau e disseminador de prticas sustentadas nos Direitos Humanos. Como concluso, evidencia-se que uma poltica pblica de Educação Integral s se efetiva concretamente no campo educacional quando, substancialmente, se desenvolve uma gesto democrtica e propositiva de uma agenda da garantia dos direitos sociais aos diferentes atores escolares, de forma a ressignificar as relaes de poder estabelecidas.

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O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma reflexo sobre o uso dos indicadores sociais sintticos no sentido de formular e implementar polticas pblicas na rea social, especificamente em relao ao caso brasileiro, tomando como referncia principal o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nossa anlise partiu da premissa de que, pelos menos nas ltimas trs dcadas, os indicadores sociais tm sido amplamente utilizados no Brasil com o objetivo de justificar e orientar aes pblicas direcionadas para as tentativas de equacionamento das mais variadas questes sociais, tais como a pobreza e a concentrao de renda. Principalmente a partir dos anos 1990 os dados e apontamentos de alguns indicadores sociais sintticos, especialmente o IDH, parecem que vm sendo utilizados como justificativa principal ou at mesmo nica para a priorizao de determinadas polticas pblicas voltadas para a rea social. A partir dessa reflexo, nossa anlise buscou avaliar, com um olhar mais apurado sobre o IDH, a existncia de falhas e limites inerentes aos indicadores sintticos, que poderiam estar comprometendo sua eficcia no sentido de refletir dados mais aproximados com a realidade social brasileira. Assim, pretendemos apontar que a prtica de priorizao de polticas a partir dos dados desses indicadores sintticos, que parece ser constante no Brasil, acaba se tornando bastante preocupante ou, algumas vezes, talvez inadequada. Do ponto de vista metodolgico, este estudo dependeu basicamente de uma pesquisa bibliogrfica e de uma pesquisa documental, a partir das quais decompomos nossas anlises em reflexes sobre a formao e evoluo dos indicadores sociais, sobre os aspectos filosficos e metodolgicos do IDH e sobre as possveis falhas e limites inerentes aos indicadores, com base na anlise do IDH e dos ndices parciais que o compem (ndices de Renda, Educação e Longevidade). A seguir, para mostrar que a prtica de priorizao de polticas sociais a partir de indicadores parece constante no Brasil, ilustramos os casos selecionados de determinados estados e municpios brasileiros.