1000 resultados para Representações sociais
Resumo:
Pretendemos, com este estudo, analisar o modo como a escolarizao das crianas de etnia cigana e o seu desenvolvimento cognitivo so afetados, entre outros, pelo desfavorecimento sociocultural de que so alvo, justificar a resistncia destes alunos a todo o tipo de aprendizagens formais e apurar acerca das representações sociais que envolvem estas comunidades. A escolarizao desta minoria, cuja dificuldade diretamente proporcional ao grau de etnicidade do grupo em estudo, tem vindo a gerar uma crescente preocupao por parte dos vrios governos, do que resultou, recentemente, um pedido dos Estados-Membros, Unio Europeia, para que elaborasse um Plano Estratgico de Integrao das Comunidades Ciganas, onde a Educao um dos eixos de interveno. Sendo o professor um elemento primordial no processo de ensino-aprendizagem, cabe-lhe a ele e instituio onde presta funes, enquanto responsveis por garantir um ensino de equidade e qualidade, aberto multi e interculturalidade, recorrer s prticas pedaggicas e s medidas mais adequadas com vista estimulao das capacidades cognitivas destes alunos e efetiva incluso da diversidade na comunidade escolar. Dos resultados obtidos, as representações da classe docente, face a esta franja social, esto ainda muito marcadas pelo preconceito, pelo esteretipo e pela segregao, embora as responsabilidades sejam bilaterais. Como acontece com qualquer aluno, para que se atinja sucesso na escolarizao, torna-se premente uma maior sensibilizao das famlias para a utilidade das aprendizagens e uma consequente coresponsabilizao pelo percurso dos seus educandos. Surge ainda a questo da legitimidade de avaliar o perfil cognitivo destes alunos, to especficos do ponto de vista da sua identidade histrica e cultural, pelos mesmos parmetros dos alunos da sociedade maioritria. Paralelamente, extra escola, h todo um trabalho de concertao ao nvel da integrao social desta minoria que, quando bem conseguido, se refletir em termos educativos mas que exige a articulao e o esforo conjunto de vrias instncias, nem sempre dispostas a investir nestas comunidades.
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Este estudo caracteriza o extrativismo da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa bonpl), sua estrutura e comercializao e relaes sociais na Regio Sul do Amap. este processo experimenta rpidas transformaes a partir da metade da dcada de 1990, e, com essas mudanas diferentes representações sociais ao extrativismo so construdas, fato que no futuro implicar em novos arranjos envolvendo as agriculturas e a conservao ambiental. Para entender este processo e construir solues tecnolgicas para contribuir na manuteno dessa harmonia, a Embrapa Amap desenvolveu no perodo de 2008/2010, processos de inovaes tcnicas e sociais nesse sistema, usando a metodologia de pesquisa participativa, envolvendo 22 comunidades locais e 151 famlias da RESEX Rio Cajar, RDS Iratapuru e PAE Marac. Os resultados demonstram a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitao das cooperativas locais, para que de fato assuman as funes de comando e coordenao da modernizao dessas relaes, dentre outras, influenciando na harmonizao desse tipo de extrativismo com as agriculturas, contribuindo assim com a melhoria na qualidade de vida associada com a preservao ambiental de comunidades locais do Sul do Amap.
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Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Educao Fsica
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Vrios movimentos internacionais, como o da Promoo da Sade, tm colocado o exerccio da cidadania como estratgia de melhoria das condies de vida e sade da populao de pases em desenvolvimento. A educao tem papel importante no desenvolvimento deste exerccio, merecendo ateno especial a escola e o professor, por estar mais prximo do aluno. Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer as representações sociais do professor sobre cidadania, sobre o aluno ser cidado, alm de sua viso sobre o seu papel e o da escola no desenvolvimento dela. Foram entrevistados quarenta professores de escola pblica da cidade de So Paulo, e seus discursos foram analisados pela metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A maioria dos professores considera a escola como um espao onde a cidadania deve ser desenvolvida e com o professor tendo grande responsabilidade nesse desenvolvimento; sabe da importncia de suas atitudes e ensino na formao do aluno; reconhece o aluno como um futuro cidado e percebe a cidadania como uma participao ativa na sociedade, alm dos direitos e deveres. Os professores revelaram algumas atitudes favorveis ao desenvolvimento do exerccio da cidadania, apontando para o alcance de melhores condies de sade e vida da populao brasileira.
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O presente trabalho busca apresentar alguns desdobramentos do mtodo do discurso do sujeito coletivo no que toca densidade semntica por ele provocada, que implica a presena significativamente mais relevante, nas pesquisas sociais que envolvam coleta de depoimentos, do pensamento coletivo como realidade emprica. Tal presena mais significativa do material emprico, aliada ao entendimento do pensamento das coletividades como referente, permite o dilogo do momento descritivo com o momento interpretativo neste tipo de pesquisa, podendo assim, como nova possibilidade que aponta para o incerto e para o inesperado, contribuir para um entendimento renovado da natureza e do funcionamento das representações sociais como realidades complexas.
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O objetivo deste estudo descrever e analisar as representações sociais dos conselheiros de sade sobre a temtica da vigilncia sanitria. A pesquisa qualitativa de representao social foi adotada como metodologia, sendo utilizada a tcnica de entrevista baseada em roteiro semiestruturado. Os dados obtidos com a realizao das entrevistas foram analisados pela tcnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Atravs dos discursos, os conselheiros de sade demonstraram conhecer a vigilncia sanitria e reconhecerem sua importncia para as prticas de Sade Pblica. Demonstraram tambm, estarem aptos a participar do processo de formulao da Poltica Municipal de Vigilncia Sanitria. O estudo conclui que a vigilncia sanitria, principalmente na esfera local, precisa se apropriar dos conselhos de sade como espaos pblicos capazes de legitimar e dar transparncia s suas aes, discutindo as necessidades da coletividade democraticamente com a sociedade, sendo possvel, dessa forma, construir a cidadania ao mesmo tempo em que se assegura o direito proteo da sade.
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Objetivo: Analisar as percepes dos educadores sobre a alimentao suadvel no ambito escolar. Mtodo: Estudo transversal de abordagem qualitativa no qual se utilizou o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), tcnica baseada nas representações sociais, que permitiu a organizao e tabulao de dados de natureza verbal, obtidos por meio de entrevistas com 78 educadores de 8 instituies infantis pblicas do municpio de Jandira, So Paulo. Resultados: A alimentao saudvel para crianas , sobre o ponto de vista destes profissionais, foi percebida a partir de diferentes dimenses como: a variedade e a diversidadade da alimentao; a quantidade e qualidade adequada, que atendesse s necessidades biolgicas e s preferncias alimentares; de consistncia adequada, que fosse natural e oferecida nos horrios certos. Muitos dos fundamentos que compem uma alimentao saudvel foram citados, porm verificou-se que algumas questes importantes no foram lembradas, como"a procedncia e a preparao dos alimentos, a realizao das refeies em ambientes calmos e a satisfao das necessidades emocionais e sociais. Ressaltando ainda que, dentre os itens comtemplados, alguns apresentaram contradies e distores, como as questes das preferncias versus gostos alimentares e da consistncia. Concluso: A maioria das percepes dos educadores sobre a alimentao saudvel observadas nos discursos demostraram-se inadequadas quando comparadas aos parametros da promoo dos hbitos alimentares para as crianas. Prticas e percepes estas, que podem, em alguns casos, influenciar a conduta destes profissionais no momento das atividades de alimentao.
Comunicao em sade e discurso do sujeito coletivo: semelhanas nas diferenas e diferenas nas diferenas
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A comunicao sempre uma ao que acontece num contexto ou quadro social ou psicossocial,defi nido, entre outros atributos, por apresentarem um idioma de representações sociais que os indivduos acessam para estabelecerem contatos uns com os outros. No campo da Sade Coletiva, a tarefa de fazer com que os habitantes de determinadas sociedades, coletividades ou grupos contatem e acolham ideias e/ou prticas que permitam avanos no enfrentamento das diversas facetas do adoecer humano uma busca constante. Neste artigo, procuramos demonstrar como o Discurso do Sujeito Coletivo, como tcnica de pesquisa emprica para a recuperao do pensamento de coletividades, permite iluminar o campo social pesquisado, resgatando nele o universo das diferenas e semelhanas entre as diferentes concepes e vises sobre eventos de sade e doena dos atores sociais ou sujeitos coletivos que o habitam. Assim, a comunicao em sade deve trabalhar num contexto de tenso constante entre o semelhante e o diferente, considerando que o comunicador, educador ou promotor de sade, para entender os indivduos com os quais interage, precisa ter em mente que eles aderem s representações sociais por instinto gregrio, por necessidade de identificao coletiva e por interesses objetivos
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Este artigo relata resultados de uma pesquisa que teve como objetivo investigar as representações sociais da infertilidade feminina, entre mulheres de diferentes estratos sociais. Foram entrevistadas 180 mulheres, com idade variando entre 18 e 40 anos, sendo 90 moradoras de bairros populares, e 90 moradoras de dois bairros considerados de classe-mdia. Cada grupo foi dividido em 3 subgrupos: a) 30 mulheres casadas, com pelo menos um filho biolgico; b) 30 mulheres casadas h pelo menos 1 ano, sem filhos; c) 30 mulheres solteiras, sem filhos. Para a coleta de dados utilizou-se a tcnica de associao livre, tendo como expresso geradora "mulher que no pode ter filhos", alm de perguntas especficas sobre a temtica de interesse. Os dados mostraram como principais elementos do campo representacional tristeza, incompleta, frustrao, cobrana dos outros, solido, pessoa inferior, adoo, busca de solues e no problema, confirmando a permanncia da concepo da infertilidade como uma condio estigmatizante para a mulher.
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Espremidas entre o mar e as montanhas, as cidades de Pima e Anchieta, no litoral sul capixaba, tiveram sua rotina de redes e anzis alterada com a chegada da Samarco no final da dcada de 1970 e, posteriormente, do turismo e da explorao do petrleo e do gs. Incomodados, alguns muncipes promoveram atividades que, acreditavam, construiriam uma representao de identidade regional. Entre essas iniciativas est a publicao de livros didticos abordando a histria e a geografia daqueles municpios. Para compreendermos o processo de produo e a narrativa contida nesses livros, nos apoiamos nos conceitos de representao, apropriao e autoria de Chartier (1990, 2002, 2010, 2012) e na anlise das relaes entre os trs sentidos da histria o cotidiano, o escolar e o acadmico - e do dilema que acompanha a histria escolar desde sua origem e que transformou os livros didticos em documentos de identidade, pensadas por Carretero (2010). O que se encontrou foi uma representao de identidade local que suporta distintas temporalidades, entre elas se destaca o que se chama de influncia Varnhagen que produziu uma identidade como resultado da participao das etnias negra e indgena, mas sob predomnio europeu.
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Eloisio Moulin de Souza (org.)
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Muitos alimentos so conhecidos apenas em alguns grupos humanos, por diversas razes. Outros, entretanto, tornaram-se praticamente universais, sendo conhecidos e apreciados em quase todas as sociedades humanas com condies econmicas que permitam sua incluso no mbito do comrcio internacional. Um deles, em especial, est no foco de interesse da presente investigao. No se trata de alimento relevante para a composio dos hbitos alimentares cotidianos em qualquer grupo humano, mas que ocupa posio privilegiada em termos de preferncia em diferentes lugares do mundo: o chocolate. O presente trabalho buscou conhecer e analisar fatores que influenciam o consumo de chocolate de um conjunto de pessoas e as modalidades de explicao ou justificao que apresentam para o seu padro de consumo e para o tipo de interesse que tm pelo chocolate. Para a coleta de dados foi utilizado um questionrio com 62 questes fechadas e 1 questo aberta - que utilizou a tcnica da evocao. Participaram 313 homens e mulheres, a maioria na faixa etria entre 16 e 25 anos. Foram exploradas variveis como situao scio-econmica, peso corporal, estado de sade, frequncia e quantidade de chocolate consumido, preferncia em relao ao consumo de alimentos em geral, alm de terem sido verificadas quais situaes os participantes admitem estarem associadas a variaes no padro de consumo de chocolate, tendo sido includas tanto situaes estressantes quanto relaxantes. Foram abordados tambm alguns pontos considerados controversos a respeito do consumo de chocolate, que so objeto de interesse cientfico e merecem grande ateno dos meios de comunicao. Houve interesse especial na discusso das diferenas encontradas quando os padres de consumo de homens e mulheres so comparados. Ficou evidente, no grupo de participantes, que a influncia de muitos dos aspectos considerados sobre o consumo do chocolate no se processam de forma idntica sobre homens e mulheres. Confirma-se a grande difuso cultural da ideia de que mulheres comem mais chocolate que homens e que a seleo de alimentos feminina mais sensvel a fatores associados a variaes de estados afetivos, o que pode ter papel na discusso de dependncias e transtornos alimentares. Em consonncia com a literatura sobre comportamento alimentar, os dados apoiam a proposio de que insuficiente considerar apenas fatores culturais ou biolgicos, de maneira isolada, para explicar os motivos que levam ao consumo de determinados alimentos.
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O objetivo dessa pesquisa : Compreender os aspectos simblicas que se relacionam com a motivao no trabalho voluntrio na Associao de Voluntrios da APAE de Venda Nova do Imigrante - AVAPAE. Para isso, os investigadores apoiam-se na relevncia de se estudar as organizaes atravs de abordagens que envolvem a problemtica do estudo do simbolismo com intuito de entender as organizaes por caminhos diferentes s teorias organizacionais dominantes, como o funcionalismo. O simbolismo organizacional (MORGAN; FROST; PONDY, 1983; GIOIA, 1986; CARRIERI, 2007) compreendido como uma teoria organizacional, e o paradigma interpretativo (MORGAN; FROST; PONDY,1983) est posicionado como uma importante abordagem na busca por entender tantos os aspectos formais como os aspectos informais de uma organizao. A Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2003) foi adotada como base para investigar essas interpretaes em uma organizao, com o intuito de alar uma anlise mais aprofundada da vida cotidiana e dos aspectos simblicos que constroem esse cotidiano, a partir da aplicao da anlise de contedo (BARDIN, 1977). O entendimento do que motiva o voluntrio a exercer sua atividade foi ancorado na construo social dessa realidade (BERGER; LUCKMANN, 1985) estudada, que se baseia na representao do fenmeno motivao do trabalho pela abordagem da subjetividade (REY, 2003) do indivduo em relao ao seu ambiente de trabalho. A pesquisa pde chegar a resultados atravs de uma anlise interpretativa simblica, em um entendimento de que a realidade da AVAPAE se mostrou complexa e subjetiva, levando identificao de uma relevante influncia da construo simblica da cidade em que a AVAPAE atua, Venda Nova do Imigrante. Assim, a partir desse diagnstico se evidenciou a interferncia dos valores do cidado vendanovense enquanto produto e produtor dos simbolismos que envolvem o voluntariado. Como contribuio final deste trabalho, defende-se que os caminhos para tratar dessas questes devem considerar a subjetividade que as permeia como um sistema aberto, em uma expresso constante da ao do indivduo e do contexto social em que ele vive, sendo essa relao uma troca contnua por meio das relaes simblicas vivenciadas pelo ator social e o grupo em que convive.
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Ao longo dos ltimos trinta anos, os profissionais da Psicologia tm buscado conhecer suas prticas profissionais. Tem-se feito estudos e discusses referentes aos paradigmas que sustentam a profisso, s prticas e crenas sobre o psiclogo e sua prtica. Dentre eles, percebe-se a relevncia e a importncia da psicologia clnica, entretanto, poucos so os estudos realizados com os profissionais inseridos nessa rea. A pesquisa teve por objetivo investigar e analisar a representao social de prtica profissional para psiclogos clnicos da Grande Vitria/ES. Foi utilizada a Anlise Dimensional e Dinmica das Representações Sociais (Teoria das Representações Sociais) para investigar as noes que compem a prtica. Foram entrevistados 18 psiclogos clnicos atuantes em consultrio. Utilizou-se o software ALCESTE na anlise. Trabalhou-se com os elementos das classes identificadas pelo Alceste para compor as dimenses da representao social. Constatou-se que os entrevistados construram informaes sobre a psicologia clnica e sua prtica antes da entrada no curso ou cedo na formao. As teorias utilizadas na clnica so aspectos importantes nessa aproximao. As atitudes frente prtica so extremamente favorveis, sendo desfavorveis quando comparadas s crenas da populao ou s prticas mdicas, tocando em aspectos identitrios. Quanto ao campo, reconheceu-se uma imagem dividida em duas: 1) Imagem das atribuies e da prtica clssicas do psiclogo clnico; 2) Imagem dos problemas, das mudanas e das dificuldades. Foi possvel identificar a representao social de prtica profissional para os psiclogos clnicos, levantando questes importantes para a rea da psicologia clnica e para a teoria das representações sociais.
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O objetivo principal deste trabalho analisar como os meios de comunicao ajudam a construir a representao social da violncia de gnero contra a mulher no Esprito Santo, que lidera o ranking nacional de feminicdios, com taxa de 9,8 homicdios para cada 100 mil mulheres. Elegemos como corpus de pesquisa notcias sobre violncia de gnero no ES, veiculadas no ano de 2013, nos jornais A Gazeta e A Tribuna. Em hiptese, acreditamos que essas notcias ajudam a construir representações sociais acerca da violncia de gnero a partir da apresentao de esteretipos de vtima e agressor na sociedade, da individualizao do problema da violncia, da associao desse problema s classes sociais menos privilegiadas e da apresentao do crime de violncia de gnero como crime passional. O estudo dessas notcias apresenta-se como algo complexo, do qual no participam apenas informaes de ordem lingustica, mas tambm de carcter social, histrico, cultural e cognitivo, uma vez que a anlise discursiva no pode ser dissociada do contexto, dos atores sociais e das instituies envolvidas na produo da notcia, bem como das ideologias presentes nesse processo. Por esse motivo, assumimos como base terica de nossa investigao uma proposta multidisciplinar: a Teoria Sociocognitiva de Teun A. van Dijk (1999a; 2011a; 2012; 2014b). Ademais, contamos com as contribuies dos estudos sobre gnero e discurso de Cameron (1985, 1997), Wodak (1997), West, Lazar e Kramarae (2000), Fernndez Daz (2003), Lazar (1993, 2005, 2007), Magalhes (2005; 2009), Heberle, Ostermann e Figueiredo (2006). Alm das anlises discursivo-analticas, tambm utilizamos o programa de lingustica de corpus WordSmith Tools para realizar anlises quantitativas. Os resultados das anlises nos levaram confirmao das hipteses iniciais: o discurso das notcias refora esteretipos de vtima e agressor, tpicos de uma estrutura social patriarcal, na qual atribuda vtima ou aos vcios (lcool e drogas) a responsabilidade da violncia sofrida; alm disso, a violncia de gnero apresentada como um problema individual e associada s classes sociais menos favorecidas; e, por ltimo, o discurso das notcias apresenta grande parte dos crimes de violncia de gnero como crimes passionais.