975 resultados para Mobilidade social Rio de Janeiro (RJ)


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Uma nova Constituio Federal foi estabelecida no final dos anos 80 conferindo sociedade civil o direito de participar ativamente nas tomadas de decises em diversas reas, como a de recursos hdricos, atravs de representaes de segmentos sociais. No contexto da gesto participativa das guas, o Estado do Rio de Janeiro instituiu sua Poltica Estadual de Recursos Hdricos, pela Lei n 3.239 em 1999, e criou o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos. Dentro das diretrizes estabelecidas pela Lei das guas, nove comits fluminenses foram criados, de acordo com as divises de bacias hidrogrficas. Este trabalho prope analisar os comits de bacia, quanto ao desempenho de suas atribuies, atravs de uma pesquisa qualitativa junto aos membros titulares desses colegiados. Com metodologia baseada no conceituado Projeto Marca dgua, um extenso questionrio foi aplicado utilizando-se de uma plataforma Survey via internet, onde no total coletou-se 112 respostas. Dos resultados, no geral, conclui-se que os Comits fluminenses vivem um momento de progresso e que a gesto realizada vem demonstrando resultados satisfatrios.

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Esta pesquisa que se insere na linha Infncia, Juventude e Educao do Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/RJ buscou analisar como as coordenadoras/diretoras das 23 creches pblicas de Juiz de Fora/MG compreendem o recente processo de transio da gesto das creches vinculadas assistncia social atravs da Associao Municipal de Apoio Comunitrio (Amac) para a Secretaria de Educao, quando confrontadas com as perspectivas anunciadas na poltica oficial. Alguns objetivos especficos orientaram este estudo: (1) analisar a poltica oficial de insero das creches ao sistema de ensino no municpio em questo; (2) Compreender como as coordenadoras/diretoras de creches percebem e vivenciam a implementao das polticas de insero das creches ao sistema de ensino; (3) Identificar os principais embates e desafios que surgiram no contexto da prtica aps a implementao da transio e como as coordenadoras/diretoras lidam com eles. Como referencial para anlise da poltica em foco, adotou-se a abordagem do ciclo de polticas (policy cycle approach) formulada por Stephen Ball e seus colaboradores. Segundo essa matriz as polticas educacionais so tratadas como textos, discursos e prticas produzidos em trs contextos articulados entre si: o contexto de influncia, o contexto da produo de texto e o contexto da prtica. O contexto de influncia foi acessado a partir de pesquisas bibliogrficas. O contexto da produo de texto ganhou visibilidade pela via da anlise documental. Os dados do contexto da prtica, foco principal desta pesquisa, foram produzidos em trs sesses reflexivas realizadas entre 2008 e 2013 com as coordenadoras/diretoras das 23 creches pblicas de Juiz de Fora/MG. As anlises apontaram que o processo de transio das creches tem sido produzido em meio a discursos e textos sujeitos a influncias e inter-relaes com as polticas locais, nacionais e globais. Mostrou tambm que a ausncia de representantes do contexto da prtica na elaborao inicial da poltica gerou apreenso e insegurana nos profissionais das creches. A produo da poltica foi marcada por conflitos entre as coordenadoras/diretoras e a Secretaria de Educao, e dificuldades advindas do modelo fragmentado de gesto da rede de creches em duas instncias (Amac e Secretaria de Educao). A reduo desses conflitos demandou negociaes e adaptaes de ambos os lados. A formao continuada no contexto das creches emergiu como uma contribuio para o avano das prticas educativas. No entanto, a necessidade do poder pblico rever a carreira e as condies de trabalho dos profissionais dessas instituies foi ressaltada como uma questo fundamental para a construo de um atendimento com qualidade

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Trata-se de um estudo sobre o processo de trabalho dos citotcnicos que atuam em laboratrios de Anatomopatologia e Citopatologia no Estado do Rio de Janeiro, cujo objetivo geral : analisar a percepo dos citotcnicos sobre as competncias necessrias execuo de sua atividade laboral; e especficos: (1) descrever a atividade laboral do citotcnico; (2) identificar o modo de produo da atividade por meio das inter-relaes de trabalho; (3) conhecer e compreender as implicaes do trabalho do citotcnico nas aes de controle do cncer. A investigao foi de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e social, realizada em trs laboratrios de Anatomopatologia e Citopatologia no Estado do Rio de Janeiro, com a participao de 33 citotcnicos. Os dados foram obtidos pela tcnica de entrevista semiestruturada, aplicao de questionrio, e grupo focal, no perodo de janeiro a agosto de 2014, e analisados com base na Anlise de Contedo de Bardin, tendo como unidade de registro o tema. Os resultados revelaram: dos 33 citotcnicos, 73% so do sexo feminino; 34% esto distribudos em igual percentual para as faixas etrias entre 41 a 50 anos e 51 a 60 anos. Com relao varivel do grau de escolaridade, 43% possuem especializao e 24% concluram o curso superior. Em relao ao cargo exercido, 73% atuam como citotcnicos e 70% so funcionrios pblicos. O trabalho do citotcnico tem especificidade nica desse trabalhador de nvel tcnico, que a realizao da primeira anlise do exame citopatolgico, com aes articuladas e complementares de natureza tcnica, de gesto, e educativas vinculadas equipe, com nfase nos princpios de preveno e promoo da sade. Por meio da escala de avaliao do contexto de trabalho, foram avaliadas as condies fsicas, materiais e organizacionais do processo de trabalho. O quesito clareza, na definio das tarefas, foi o maior valorado com 4,7% de mdia, seguido das relaes socioprofissionais com mdia de 4,0%. Os resultados da anlise de contedo revelaram: na trajetria da atividade laboral, emergiram quatro categorias associadas motivao e ao ingresso na ocupao por pessoas de referncia na formao, acesso ao mercado de trabalho, busca pelo aperfeioamento profissional e aprendizagem prtica no trabalho; no conceito de modo de produo, emergiram cinco categorias: responsabilidade de salvar vidas, crtica em relao ao prprio trabalho com qualidade, caractersticas fsicas, atividades distintas do citotcnico e do histotcnico, viso do trabalho com otimismo; nas condies de trabalho, emergiram quatro categorias: trabalho em equipe e responsabilidade individual, ambiguidade em relao autonomia, precarizao do trabalho, esperana no reconhecimento da profisso. O trabalho do citotcnico uma ocupao fracamente regulamentada, que se caracteriza por ausncia de perfil profissional especfico compatvel com o escopo de prtica real observada no trabalho levando a condies de trabalho precrio. O reconhecimento ocorre entre os prprios trabalhadores que se valorizam por serem responsveis pela promoo da sade tornando seu trabalho socialmente til.

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O setor de separao (triagem) de materiais reciclveis de uma cooperativa localizada no estado do Rio de Janeiro foi o objeto deste estudo que teve como objetivo realizar uma avaliao ergonmica do processo de separao de resduos reciclveis, executado por catadoras, utilizando um sistema modular. Os procedimentos metodolgicos consistiram em pesquisa bibliogrfica com levantamento do estado da arte, observaes de campo utilizando a Anlise Ergonmica do Trabalho (AET) e modelos esquemticos da engenharia de mtodos, e a realizao de dois experimentos (posto-rampa e posto-bancada), utilizando a estratgia para montagem de ciclogramas proposta na Anlise por Decomposio em Etapas (ADE). As anlises obtidas atravs dos resultados de duas situaes permitiram constatar que o processo atual de separao na rampa deficitrio, demorado e cansativo, deixa os catadores com dores nas costas e na coluna, alm de existirem muitas perdas de tempo por transporte de materiais no agregando valor aos produtos, por conta da distncia em que ficam os recipientes para o acondicionamento do material separado. O mdulo bancada indicou ser a melhor alternativa para o arranjo fsico da separao, encurtando as distncias percorridas, suprimindo algumas movimentaes do corpo (rotaes e flexes de tronco), reduzindo os riscos de leso na coluna vertebral. Diferente do arranjo fsico atualmente adotado, o posto-bancada possibilita reduzir a durao mdia do ciclo e a frequncia das Atividades Extra Ciclo (AECs). As recomendaes para a melhoria da atividade na organizao estudada visam preservar a sade e elevar a produtividade. Elas foram elaboradas, considerando o arranjo fsico, mtodo de trabalho e qualificao dos trabalhadores.

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Estudos de comunidades de esponjas marinhas so escassos no Brasil, sendo este trabalho pioneiro nessa abordagem para a Ilha Grande - RJ, um local de alta diversidade biolgica. A estrutura das assembleias de esponjas marinhas e da comunidade bentnica marinha sssil foi avaliada, a partir de ndices descritores de diversidade, em seis pontos da Ilha Grande e ilhas prximas, sendo trs do lado continental e trs do lado ocenico. As assembleias foram comparadas entre os diferentes lado e profundidade, atravs da contagem do nmero de indivduos e rea de cobertura por foto-quadrados. Paralelamente, as esponjas foram coletadas, fixadas e posteriormente identificadas atravs de metodologia e literatura especializada. Foi encontrado um total de 5.457 indivduos, representando as Classes Demospongiae e Calcarea, distribudos em 41 espcies e nove morfotipos, indicando maior diversidade para Lagoa Azul e menor para Parnaica, sendo o local com maior riqueza a Ilha do Abrao. Dentre as espcies identificadas, quatro dominaram mais de 50% do total e 26 no alcanaram nem 5% da abundncia absoluta. Anlises de varincia por GLM s evidenciaram diferena significativa para profundidade com substratos diferentes (F= 2,79; p<0,04), enquanto o fator lado (F= 2,23; p>0,16) e a interao entre os fatores (F= 1,17; p>0,38) no tiveram diferena estatstica. As anlises multivariadas de ordenao Cluster e MDS indicaram a formao de quatro assembleias de esponjas: 1) quatro locais com substrato no consolidado; 2) Lagoa Azul com substrato no consolidado; 3) locais ocenicos de substrato rochoso; e 4) locais continentais de substrato consolidado. J para a comunidade geral, 49 espcies foram encontradas, sendo o Filo Porifera o de maior representatividade especfica, apesar das macroalgas terem formado o grupo mais abundante. A comunidade bentnica foi dominada por quatro espcies, que juntas alcanaram mdia de 50% da cobertura bentnica: alga calcria incrustante, algas formadoras de tapete de turf, a esponja Iotrochota arenosa e o zoantdeo Palythoacaribaeorum. Estatisticamente, o lado continental se mostrou diferente do ocenico, o qual possui maior riqueza, diversidade e uniformidade de espcies, muito provavelmente pelo menor nmero de espcies dominantes e aliado a isso maior heterogeneidade de habitats, o que promove o aumento da diversidade. Quinze novas espcies esto sendo registradas para a Baa da Ilha Grande, sendo trs novas espcies, as quais esto sendo descritas por especialistas, e 12 so novos registros de espcies ou gneros para a regio, evidenciando que a diversidade de esponjas marinhas na BIG alta e ainda pouco conhecida e que a formao de assembleias pode ser devida a singularidade de cada local, implicando na necessidade de conservao dos costes rochosos da Ilha Grande e cercanias, a qual pode ser manejada atravs da realizao de rpidos levantamentos sobre a riqueza e o nmero de indivduos da espcie na regio

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A regio da Bacia de Campos est exposta a diversas atividades antrpicas, que interferem diretamente no funcionamento do ecossistmico marinho. O estudo da fauna marinha na costa centro-norte fluminense mostra grande relevncia, diversas aves marinhas residem ou passam grande parte de seu perodo migratrio ao longo da Bacia de Campos, entre elas est Sula leucogaster (Boddaert, 1783). Embora essas aves sejam altamente mveis, suas populaes apresentam uma estrutura populacional gentica robusta. Com o intuito de verificar a estruturao e as relaes evolutivas da populao de Sula leucogaster na Bacia de Campos foram recolhidas 91 amostras de encalhe e os dados gerados para esta regio foram comparados com dados j publicados de outras bacias ocenicas. A partir da regio controle do DNA mitocondrial foram gerados 26 hapltipos, todos exclusivos da Bacia de Campos, muitos raros e apenas oito possuram frequncia comum. As anlises mostraram que a populao da Bacia de Campos um estoque gentico de Sula leucogaster. Tal fato pode ser atribudo ao comportamento filoptrico e ao hbito costeiro dessa espcie que impede o fluxo gnico entre populaes. Alm disso, a populao da Bacia de Campos detm baixa variabilidade gentica e possivelmente est sofrendo efeito gargalo ou seleo purificadora, corroborados por valores do teste Fu, o que comum para espcies que se dividem em subpopulaes. Os dados filogenticos demonstram um contato recente entre as populaes da Bacia de Campos e da ilha de Ascenso. As condies oceanogrficas tambm tm influncia na estruturao de populaes de Sula leucogaster, visto que a ausncia de barreiras e a proximidade geogrfica poderiam favorecer contato secundrio com o Mar do Caribe, fato no evidenciado nas anlises. Sendo assim, a divergncia de populaes nessa espcie e a baixa variabilidade gentica so fatores preocupantes para a manuteno da populao de atobs marrons em uma rea de grande impacto ambiental

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O mote da presente pesquisa perseguir os sentidos postos em circulao no Rio de Janeiro entre 1945 e 1955 sobre o existencialismo, em especial vinculado s ideias de Jean-Paul Sartre. Fortemente relacionado ao ambiente francs do ps-guerra, o existencialismo aqui intencionado como produto que passa pelo crivo da carioquice, dialogando, por exemplo, com o carnaval e com as gestes de Vargas e Dutra. Das matrias jornalsticas coletadas em A Manh e ltima Hora, ambos peridicos cariocas importantes na poca aqui focalizada, emergem trs eixos principais: a encenao do existencialismo no campo poltico e religioso carioca; a circulao dessa filosofia entre os intelectuais brasileiros, bem como um levantamento das produes culturais conectadas ao existencialismo que circularam pela ento capital nacional; e, por fim, a criao de certa moda existencialista no Rio e no pas, atrelada a certos papis de gnero, crimes, vcios, depravao. O que se afirma, afinal, o quanto o existencialismo que circula pela cidade menos um ismo de importao, noo presente em uma das matrias de jornal coletadas, do que uma produo tambm brasileira

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Em estudos ecolgicos importante entender os processos que determinam a distribuio dos organismos. O estudo da distribuio de animais com alta capacidade de locomoo um desafio para pesquisadores em todo o mundo. Modelos de uso de habitat so ferramentas poderosas para entender as relaes entre animais e o ambiente. Com o desenvolvimento dos Sistemas de Informao Geogrfica (SIG ou GIS, em ingls), modelos de uso de habitat so utilizados nas anlises de dados ecolgicos. Entretanto, modelos de uso de habitat frequentemente sofrem com especificaes inapropriadas. Especificamente, o pressuposto de independncia, que importante para modelos estatsticos, pode ser violado quando as observaes so coletadas no espao. A Autocorrelao Espacial (SAC) um problema em estudos ecolgicos e deve ser considerada e corrigida. Nesta tese, modelos generalizados lineares com autovetores espaciais foram usados para investigar o uso de habitat dos cetceos em relao a variveis fisiogrficas, oceanogrficas e antrpicas em Cabo Frio, RJ, Brasil, especificamente: baleia-de-Bryde, Balaenoptera edeni (Captulo 1); golfinho nariz-de-garrafa, Tursiops truncatus (Captulo 2); Misticetos e odontocetos em geral (Captulo 3). A baleia-de-Bryde foi influenciada pela Temperatura Superficial do Mar Minima e Mxima, no qual a faixa de temperatura mais usada pela baleia condiz com a faixa de ocorrncia de sardinha-verdadeira, Sardinella brasiliensis, durante a desova (22 a 28C). Para o golfinho nariz-de-garrafa o melhor modelo indicou que estes eram encontrados em Temperatura Superficial do Mar baixas, com alta variabilidade e altas concentraes de clorofila. Tanto misticetos quanto os odontocetos usam em propores similares as reas contidas em Unidades de Conservao (UCs) quanto as reas no so parte de UCs. Os misticetos ocorreram com maior frequncia mais afastados da costa, em baixas temperaturas superficiais do mar e com altos valores de variabilidade para a temperatura. Os odontocetos usaram duas reas preferencialmente: as reas com as menores profundidades dentro da rea de estudo e nas maiores profundidade. Eles usaram tambm habitats com guas frias e com alta concentrao de clorofila. Tanto os misticetos quanto os odontocetos foram encontrados com mais frequncia em distncias de at 5km das embarcaes de turismo e mergulho. Identificar habitats crticos para os cetceos um primeiro passo crucial em direo a sua conservao

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A presente tese desenvolveu um olhar sobre o indivduo que consome crack abusivamente nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iorque, especialmente os que se encontravam em situao de vulnerabilidade social. Neste sentido, buscou-se conhecer de que forma o processo de vulnerabilidade social corroborou para o uso abusivo da droga, concentrando, principalmente, o foco sobre os que se encontravam em condio marginal, especialmente aqueles que viviam em situao de rua, residindo nas cenas de uso. Rio de Janeiro e Nova Iorque foram escolhidas por apresentarem populao usuria abusiva de crack em nmero considervel. Por isso, pretendeu-se analisar se os perfis socioculturais desses sujeitos se assemelhariam. Foram analisados significados complexos e conotaes socioculturais que exerciam influncias significativas nas motivaes ao consumo abusivo da droga. Sendo assim, nas pginas que seguem, objetiva-se aprofundar a compreenso sobre os fenmenos sociais que interagem com ou sobre o uso abusivo de crack e com seus usurios, tendo como base o respeito aos indivduos investigados. O processo de elaborao da pesquisa desenvolveu-se por meio da tcnica de observao participante, histria de vida e aplicao de entrevistas semi-estruturadas a usurios desta droga em ambas as cidades. Tanto no Rio de Janeiro, quanto em Nova Iorque, o perfil sociocultural dos participantes apresentou-se de forma semelhante: indivduos socialmente marginalizados, excludos, vtimas de racismo, preconceito, misria, pobreza, conflitos familiares e rodeados pelos efeitos de polticas proibicionistas, assim como represso policial e encarceramento. Pode-se afirmar que o processo de vulnerabilidade sofrido por esses indivduos tornou-se evidente na vivncia de problemas sociais anteriores ao consumo de crack. Estes problemas ampliaram-se na medida em que esses sujeitos se tornaram usurios abusivos, principalmente, frente ao estigma e excluso consequentes do fardo de serem drogados, cracudos ou crackheads, o que salientou ainda mais o rompimento dos vnculos sociais, na maioria dos casos, j enfraquecidos. Os resultados demonstraram que, embora sejam de cidades de diferentes pases, com realidades econmicas, culturais e sociais distintas, a populao usuria abusiva de crack se assemelha no que se refere aos aspectos especialmente as falhas - sociais, culturais e econmicas no processo de organizao de vida, fortalecendo os argumentos em torno das dimenses socioculturais do uso.

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Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenas isqumicas do corao (DIC) e doenas cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.

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Nesta tese foram analisadas iniciativas e aes individuais e coletivas de gestores e profissionais de dois Hospitais Pblico-Universitrios de Sade, que mantm servios de referncia no atendimento s infertilidades, no Estado do Rio de Janeiro. visada a implementao de tecnologias de reproduo assistida (RA) pelo SUS, no Estado. O estudo constou de entrevistas com profissionais de sade destes servios e especialistas na rea que ali atuam, leitura de pronturios e pesquisa documental no Departamento de Servio Social de um dos servios, alm de atualizao bibliogrfica no campo estudado. Os resultados obtidos de material primrio e documental evidenciam a no priorizao da reproduo assistida em polticas pblicas de sade no Brasil. No entanto, foi possvel encontrar importantes iniciativas dos prprios profissionais de sade para a ampliao da ateno em infertilidade e do acesso s tecnologias reprodutivas no Rio de Janeiro. Em geral, foram mobilizaes individuais, que dependeram do empenho direto dos mdicos responsveis dos servios. As motivaes para estas aes incluam aspectos acadmicos, assistenciais, de direitos reprodutivos, alm de interesses pblico-privados. A nica mobilizao interinstitucional, organizada inicialmente pelo Servio Social, no conseguiu garantir o acesso assistncia integral em reproduo assistida no Rio de Janeiro. No caso da reproduo assistida, h uma forte desigualdade de base socioeconmica, j que mulheres e casais pobres so excludos, ou quase, do acesso IIU, Fiv e ICSI, pois no tm condies econmicas para tentar um tratamento particular, onde se encontram concentradas mais de 90% da assistncia no pas. Este segmento populacional no encontra recursos, nem tecnolgicos, nem humanos, nos servios pblicos de sade. Este quadro aumenta sua vulnerabilidade e reduz sua autonomia reprodutiva pela falta de acesso.

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Os estudos anatmicos do lenho so frequentemente aplicados soluo de questes taxonmicas, filogenticas e evolutivas, visto que este tecido apresenta uma tendncia mais conservadora e, consequentemente, menor plasticidade. Este trabalho tem por objetivo o estudo da estrutura anatmica do lenho de oito espcies arbustiva-arbreas da subfamlia Ixoroideae ocorrente no Parque Estadual da Ilha Grande, Angra dos Reis-RJ, visando contribuir com subsdios identificao local das espcies e taxonomia e filogenia da subfamlia Ixoroideae e da famlia Rubiaceae. O estudo foi desenvolvido em um importante remanescente do bioma Mata Atlntica no estado do Rio de Janeiro. O material botnico foi coletado por mtodos no destrutivo, as amostras foram processadas segundo tcnicas usuais em anatomia da madeira e as anlises e descries seguiram as recomendaes da COPANT (1973) e IAWA Commitee (1989). Os resultados demonstraram que as oito espcies estudadas apresentam caractersticas qualitativas diagnsticas que permitiram segregar as espcies e construir uma chave de identificao com base na presena ou ausncia de incluses inorgnicas, paredes celulares disjuntivas, clulas envolventes nos raios e no tipo de parnquima axial. As anlises estatsticas realizadas sustentaram o agrupamento das espcies estudadas na subfamlia Ixoroideae, porm no foi possvel o agrupamento em nvel das tribos s quais estas espcies esto subordinadas. Os resultados indicaram ainda a necessidade de reanlise das rvores filogenticas hipotticas propostas para subfamlia Ixoroideae, com base nos tipos de lenho, de incluses minerais e de parnquima axial. Cabe ainda destacar que os resultados obtidos corroboraram a importncia da anatomia do lenho para a identificao de espcies de difcil reconhecimento na famlia Rubiaceae. Esses dados so teis especialmente na ausncia de material reprodutivo, o que representa importante aspecto para o gerenciamento e manejo das espcies nativas da Unidade de Conservao onde este estudo foi realizado

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O presente trabalho aborda o movimento social conhecido como Marcha da Maconha, buscando uma anlise compreensiva de suas caractersticas a partir de reviso terica e pesquisa etnogrfica. Apresenta inicialmente uma reviso bibliogrfica sobre o fenmeno das drogas, com o objetivo especfico de contextualizar o debate em que o movimento se insere. Busca-se enfatizar a polissemia do termo droga, os aspectos culturais, sociais, econmicos e polticos da histria da proibio de algumas drogas e o atual cenrio de modelo proibicionista. A partir deste enquadramento, o trabalho apresenta um histrico da manifestao Marcha da Maconha no Brasil, enfatizando seus princpios norteadores, modo de organizao, demandas e identidade. Busca-se compreender, lanando mo da abordagem terica de autores como Touraine e Melucci, os fatores de mobilizao e pertencimento construdos na manifestao que marcam experincias na vida social. Apresenta ento resultados da pesquisa de campo junto rede de ativistas da manifestao na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2013. Partindo da diversidade e das tenses internas e histricas da organizao, o trabalho prope mapear e caracterizar os grupos engajados, evidenciando as diferentes interpretaes sobre o prprio movimento, perfis de ativismo e militncia, interesses, enfoques e estratgias.

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No estado do Rio de Janeiro e no agreste da Paraba, h centenas de grupos de mulheres voluntrias comprometidas com o resgate de saberes tradicionais sobre cuidados com a sade por meio de plantas medicinais. Esses grupos produzem preparaes medicamentosas, suplementos alimentares, sabonetes e pomadas, vendidos a preo de custo ou doados. No Rio de Janeiro, a Rede Fitovida conta com mais de cem grupos espalhados por diversas regies, promove eventos culturais e reivindica o reconhecimento de seus saberes como patrimnio imaterial. J no agreste da Paraba, as mulheres se organizam em comisses nos sindicatos de trabalhadores rurais do Polo Sindical da Borborema, a fim de promover a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares locais. Elas promovem oficinas, encontros e visitas mtuas para difundir o uso de plantas medicinais, motivadas no s pela solidariedade, mas pela bandeira de no deixar esse conhecimento ser vencido pelo tempo. A proposta desta pesquisa comparar as formas de transmisso de conhecimento de tais grupos, evidenciando, por consequncia, os resultados decorrentes dessa ao. Para efeito de uma anlise aprofundada.

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O Colgio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ) est vinculado ao Exrcito Brasileiro. Fundado em 1889 considerado a mais antiga instituio educacional militar masculina do pas. Em comemorao ao seu centenrio (1989) realizou-se um concurso de admisso para introduzir alunas a partir do ensino fundamental. Com 26 anos de convivncia das alunas com a escola ocorreram modificaes no acesso bem como em suas participaes fsico-desportivas. Desta forma a elaborao desta tese tem por objetivo compreender o processo de interao de alunas neste estabelecimento de ensino, investigando e analisando a instituio educacional militar e especialmente o ingresso de mulheres, o poder disciplinar e o gnero, a construo da identidade e a representao no corpo destas. A pesquisa foi realizada atravs de trs artigos. O primeiro, O discurso sobre o acesso permanncia de mulheres nas Foras Armadas Brasileiras: o que conta a literatura teve como finalidade mapear os trabalhos cientficos produzidos sobre as mulheres no ambiente militar, o segundo, Entre a disciplina e a ordem: A construo identitria de meninas no Colgio Militar do Rio de Janeiro analisou a estruturao da identidade de alunas em atividades escolares partir de 1989, e o terceiro, A interao de alunas do Colgio Militar do Rio de Janeiro em prticas fsico-desportivas: a tradio reinventada analisou as representaes sobre as atividades fsico-desportivas realizadas no CMRJ com a insero feminina e suas interaes na atualidade. A metodologia orientou-se pela abordagem qualitativa e a pesquisa do tipo descritiva. O primeiro estudo utilizou 25 pesquisas sobre mulheres no militarismo brasileiro; no segundo e terceiro, os sujeitos foram vinte alunas da 2 srie do ensino mdio do CMRJ. A tcnica de coleta de dados realizada foi a entrevista semi-estruturada. A anlise dos dados seguiu a descrio densa proposta por Cliford Geertz, dialogando com Foucault e suas reflexes sobre identidade e com Moscovici e as teorias sobre Representao Social. Os resultados apontam para visibilizao social e poltica do ambiente escolar militar misto, evidenciando em suas experincias a estruturao da participao delas no Exrcito e nas Foras Armadas brasileiras. Conclumos que o CMRJ ajustou-se aos ares dos novos tempos, provocando adaptaes em todos os setores da escola e em especial na Educao Fsica, objeto de nossa investigao no terceiro estudo, porm admitimos que em parte, as mudanas so reflexos da desestruturao do sistema escolar do colgio, da precariedade de se manter profissionais por falta de concurso pblico, das mudanas do setor administrativo e comando do colgio, se comparadas as vivenciadas pelas pioneiras na dcada de 1990. Por outro lado, os valores institucionais se mantiveram pelas prticas cvico-militares (ordem unida) que se ancoravam nos ideais de masculinidade sustentando a tradio militar da escola. As aulas de Educao Fsica construdas com ateno especial para o treinamento fsico, resistncia e fora na centenria escola, deslocaram-se para prticas fsico-desportivas contribuindo com a disciplina e concretizao das expectativas de qualidade de ensino e tradio militar esperada pelas alunas.