529 resultados para catolicismo
Resumo:
Deixamos um alerta, a não nos acomodarmos ao muito que já foi dito e refletido (dentro e fora do magistério eclesial), porque sabemos que não é nem foi o suficiente e que há muitíssimo caminho a percorrer na busca de soluções libertadoras que contribuam para o alívio de todos os que – numa fase das suas vidas, ou por erradas opções ou por imaturidade nas escolhas – se encontram, hoje, perante a aviltante incapacidade de harmonizar o amor de Deus e do mais próximo, que lhes suscita o coração, com a fria letra da lei canónica que a Instituição eclesial lhes aponta.
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As freiras Flamengas, em breve conhecidas também como as irmãs do Convento de Nossa Senhora da Quietação, vieram da Flandres (Países Baixos), na época sob domínio Espanhol, pouco depois de Filipe II ocupar o trono de Portugal como Filipe I. Aliás, a escolha do local onde as freiras viveram — perto do Vale de Alcântara, junto à praia de Alcântara e do Palácio Real de Filipe— parece ter sido decisão do próprio monarca. A designação popular do nome Flamengas— em forma primitiva Framengas — refere-se ao idioma comum a todas elas, a língua que usavam na Flandres de onde eram originárias.
Resumo:
A cultura escolar católica das ordens e congregações européias que se instalaram no Brasil, particularmente desde o final do século XIX, era marcada por traços burgueses e pela internacionalização de seus quadros, porque, naquele momento histórico, o catolicismo romanizado empreendia intensa expansão mundial. Os jesuítas, que retornam ao cenário educacional brasileiro, eram detentores de uma vigorosa tradição escolar moderna, fundada pela Ratio Studiorum, que previa diversas e sofisticadas estratégias educativas disciplinares para os alunos dos colégios da Companhia de Jesus
Resumo:
Quanto à receptibilidade entre os luso-falantes a aceitar uma nova religião e, obviamente, à possibilidade de converter-se, os brasileiros e, em seguida, os lusófonos africanos/asiáticos são os mais dispostos a ouvir e, consequentemente, a converter-se.
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A presente dissertação apresenta os resultados de um estudo sobre o professor de Ensino Religioso da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Os aspectos investigados foram: as características da escola confessional católica e o seu projeto educativo; o Ensino Religioso como área de conhecimento; a formação inicial e continuada do professor de Ensino Religioso da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa realizada foi de caráter qualitativo, de enfoque fenomenológico, utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário respondido por 141 professores da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental que ministram aulas de Ensino Religioso. Participaram da pesquisa, ao todo,vinte e três escolas confessionais católicas vinculadas à Associação de Educação Católica– AEC do município de Curitiba. A análise dos dados coletados permitiu o levantamento das informações necessárias para a identificação do perfil do professor de Ensino Religioso. Os resultados do presente estudo revelaram que o professor de Ensino Religioso que atua da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental necessita de maior investimento em cursos de formação continuada, tendo em vista a deficiência em sua formação inicial.
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Diversidade cultural e multiculturalismo são expressões de ordem hoje em dia, tanto que o Projeto Político Pedagógico de toda escola precisa inserir, respeitar e trabalhar as mesmas. Isso significa dizer que a cultura do grupo precisa ser levada em consideração, de modo que a escola não deve mais impor um único modelo de cultura, como fez, durante anos, para manter o status quo, contribuindo para o aumento das desigualdades sociais que culminam em exclusão social. Nesse sentido, vale ressaltar que uma das disciplinas oferecidas na escola, Ensino Religioso, pode ser um elemento fomentador de uma educação libertadora ao contribuir na luta para a superação do atual quadro de exclusão social em nossa sociedade, mesmo com uma história conturbada de mais de 500 anos, pautada em uma única religião, o Cristianismo, e uma única igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana. Para tal, precisa ter uma práxis educativa transformadora e desenvolver um Conteúdo Programático que trabalhe a Educação para a Solidariedade. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o modelo de Ensino Religioso do Estado do Rio de Janeiro e os seus entraves, bem como a Educação para a Solidariedade como uma proposta pedagógica a ser desenvolvida nesta disciplina. Para a concretização do mesmo fez-se necessário discorremos pela história do Ensino Religioso no Rio de Janeiro. Como fundamentação teórica utilizamos, entre outros, os autores Jung Mo Sung e Hugo Assmann, pois para eles é preciso e possível discutir, refletir e trabalhar a solidariedade na educação.
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Com base num estudo empírico realizado entre 2001 e 2004, que incidiu sobre jovens leigos organizados formalmente na estrutura da Igreja Católica-romana e sujeitos a um processo de socialização religiosa institucional estruturado, propomo-nos discutir a incidência do processo de recomposição do religioso entre os jovens católicos praticantes no contexto português. Os resultados apontam, por um lado, para uma progressiva erosão das práticas e representações associadas à doutrina Católica-romana – o que se traduz numa heterogeneidade de posicionamentos que oscilam entre o integrismo intransigente e o progressismo radical – e por outro, verificámos que o envolvimento emocional, em detrimento do processo estruturado de formação, é neste caso o elemento central na vinculação ideológica confessional.
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Consciente das particulares obrigações da Companhia de Jesus em matéria de ensino, o Padre Alexandre de Gusmão (1629-1724), com a Arte de criar bem os filhos na idade da puerícia (1685), pretendia «um perfeito menino», educado, desde tenra idade, segundo os princípios da doutrina cristã e em «santos e honestos costumes». Logo que a criança tomasse conhecimento da realidade e começasse a discernir o bom do mau, deveria conhecer o Criador e os principais mistérios da fé. Os pais deveriam afastar os filhos do pecado e do vício, e incutir-lhes a piedade e o temor a Deus. Neste projecto pedagógico, reconhecia-se ser a educação dos filhos dever inalienável dos pais, cujo exemplo constituía «o melhor documento». Para que soubessem agir correctamente era-lhes especialmente dedicada a segunda parte da obra em apreço, com o sugestivo título de Como se hão-de haver os pais na criação dos meninos. Com este envolvimento, Gusmão tinha, igualmente, consciência da necessidade de reformar a família e, por natural extensão, a própria sociedade. Contudo, da boa criação dos meninos beneficiava também a república. Largamente apoiado nas Sagradas Escrituras, na História, nos filósofos da Antiguidade Clássica, bem como em muitos autores cristãos, Alexandre de Gusmão, para corroborar o seu pensamento pedagógico, utilizou situações exemplares e referências das autoridades, de modo que as suas ideias prevalecessem, sem possibilidade de quaisquer contestações gratuitas. Por diversas vezes, repetiu a mesma ideia, como a sublinhar propositadamente a mensagem que desejava transmitir.Gusmão entendia que a educação deveria conduzir à salvação. A boa criação dos meninos implicava obediência, devoção e piedade. Os pais e os mestres, que se demitissem deste propósito, haveriam de prestar contas a Deus e receber severos castigos divinos. Com esta comunicação, pretendemos dar a conhecer os princípios pedagógicos defendidos por Alexandre de Gusmão na obra em análise, salientando como a Escola deveria servir as letras, os bons costumes e a religião católica.
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A amplitude do culto e da iconografia de Francisco Xavier foi praticamente única na época Moderna, como vemos no número de igrejas, confrarias e altares dedicados a ele, além da quantidade e variedade das suas representações artísticas. Na origem deste culto e da respectiva iconografia encontram-se o poder régio português e depois ibérico e ainda o interesse do nobre japonês Ôtomo Yoshihige. Por sua vez, o interesse da Companhia de Jesus na divulgação deste culto e da sua iconografia exprimiu-se a partir da década de 1570 através da literatura e da arte, e ainda através do fomento da devoção do seu corpo e das relíquias corpóreas e de contacto. Na estratégia de constituição do culto de Francisco Xavier, são de referir o papel que lhe foi atribuído enquanto missionário mais emblemático da Época Moderna (Francisco Xavier, “o Apóstolo do Oriente”), as suas supostas capacidades taumatúrgicas e que deram origem a epítetos, como Francisco Xavier, “o Milagre dos Milagres” ou Francisco Xavier, “o Príncipe do Mar”), e ainda o facto desta figura encarnar algumas das virtudes de santidade mais importantes para o Catolicismo pós tridentino, tais como a pureza e o espírito de mortificação.
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O nosso propósito é reflectir objectivamente sobre a questão da identidade e da diferença entre a China e o Cristianismo, tomando como ponto de partida a obra de Jacques Gernet “Chine et Christianisme”. Ao analisar o confronto e o conhecimento a que a cultura europeia e a cultura chinesa foram sujeitas, nos sécs. XVI-XVIII, tentaremos de analisar a origem do equívoco de base que nos leva, ainda na nossa era, a não perceber a fundo o mundo chinês. Para este efeito, pretendo analisar a experiência histórica da missionação na China, protagonizada pela Companhia de Jesus, no intuito de evidenciar como a procura das semelhanças nos leva por vezes a criar malentendidos e a construir falsas identidades. Podemos afirmar com alguma segurança que, apesar de vivermos num mundo cada vez mais globalizante, estas circunstâncias permanecem identificáveis e perceptíveis,e que os equívocos e fricções culturais entre o Ocidente e o Oriente não pertencem apenas ao passado, fazendo parte integrante da presente conjuntura mundial.
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Partindo de alguns dos mais importantes estudos exegético-interpretativos realizados por Erik Peterson (1890-1960), o presente artigo pretende sobretudo demonstrar a importância que o tema do Martírio tem no âmbito tanto da Teologia neo-testamentária como da história da Igreja. Mostra-se, assim, a importância de um texto como Mateus 10, aí onde se narra os termos em que Jesus envia os Apóstolos, e isso para mostrar como, na Igreja, o martírio brota simplesmente do facto de a Mensagem evangélica não se dirigir a uma humanidade abstracta ou considerada de forma neutral, mas, pelo contrário, antes se verifica que o Apóstolo é, por definição, enviado a anunciar o Evangelho do Reino de Deus mesmo em situações em que as estruturas sociais ou as pessoas individuais não estejam dispostas a, sem mais, receber o Kerygma. Daí, por exemplo, a importância de se reconhecer que os Apóstolos são enviados “como ovelhas para o meio de lobos” e, não menos, como, bem feitas as contas, estes sempre tendem a ser mais do que aquelas. Mostra-se também, nomeadamente a partir de uma breve leitura do Livro do Apocalipse, que num tempo, como o nosso, em que o mistério da iniquidade não cessa de se manifestar, nomeadamente mediante a ausência na sociedade humana de uma efectiva vigência da Lei de Deus, a condição de ser chamado a dar testemunho é, por definição, própria a todas as pessoas que, pelo Baptismo, se encontram realmente incorporadas no Mistério de Cristo. Em suma, o artigo mostra como a vida da Igreja está destinada a ser uma vida vivida no contexto da Grande Tribulação e como, assim, até ao fim, tem de permanecer. Acima de tudo, porém,evidencia-se que uma vida de testemunho só pode ser aquela a que, plenamente, se aplicam as Bem aventuranças proclamadas no Sermão da Montanha, pois a Felicidade de que os Evangelhos nos falam é, no final de contas, sempre aquela que nada melhor ilustra do que o testemunho dos Mártires.
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Através dos olhos e das palavras do poeta hispânico Aurélio Prudêncio, entramos no âmago conceptual do fenómeno do martírio na vivência do Cristianismo: o martírio como vitória num combate que dá direito à palma e à coroa. Um processo que se opera no contexto da cidade romana, seja na perspectiva da cidadania, seja no âmbito físico da construção urbana. A cidade, circunstância do martírio, surge nos versos prudência nos no seu esplendor clássico, abrindo-se, todavia, a um novo exercício urbano, a uma nova cidadania, com matriz cristã. Com a génese de uma dinâmica iconográfica do martírio.
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Neste estudo, o autor propõe-se avaliar a problemática, centrada na realidade histórica de Portugal, das práticas devocionais em torno das relíquias de mártires e de santos.Depois de se propor uma síntese global sobre a evolução, em tempos medievais, deste universo religioso, passa-se à avaliação de um caso, o do Convento de Jesus de Setúbal, de monjas colectinas, em pleno século XVII, através da exploração de um tipo de recursos geralmente ignorado pelos historiadores: as notícias descritivas dos relicários produzidas em mosteiros e santuários nacionais dessa época. Constituindo uma expressão de devoção religiosa extremamente popular, nesses séculos, nem por isso deixam de merecer a mais profunda adesão das elites clericais e nobiliárquicas católicas.
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O compromisso evangélico assumido por um grupo de cinco frades menores da Ordem de São Francisco, no primeiro quartel do século XIII, como principal objectivo de anunciar o Evangelho às comunidades islâmicas do Norte de África, fortaleceu a acção missionária cristã após o fatídico episódio do martírio registado.Indissociável das compassivas manifestações daqueles que entregaram a sua vida por Cristo, o culto desenvolvido em torno dos Proto-Mártires de Marrocos rapidamente proporcionou a efectivação de múltiplas e fervorosas práticas devocionais por toda a Cristandade, alcançando um maior impacto nas casas religiosas onde viriam a ser depositadas as suas relíquias.
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O ciclo de martírio na Igreja Inglesa do Colégio S. Tomas o di Canterbury, Roma, datado de 1583, ilustrou a história do Catolicismo Inglês desde os mártires primitivos até aos mártires executados durante os reinados de Henrique VIII e Isabel I. A maior parte deste grupo de mártires era jesuítas que morreram durante a Missão Inglesa que começou com a viagem de Edmund Campion até à sua pátria em 1580. O martírio de Campioné bem conhecido, sendo o mais proeminente ciclo ilustrado nas paredes do colégio. Existiam, todavia, muitos mais ciclos, O facto mais extraordinário é que estes mártires ingleses contemporâneos, que não tiveram qualquer eco hagiográfico, foram colocados na tradição dos mártires cristãos primitivos. Além disso, estes mártires foram celebrados como os novos “troféus” da Contra-Reforma, através dos quais a Igreja Católica esperava restaurar a fé católica na Grã-Bretanha. O presente artigo introduz alguns destes jesuítas, as suas vidas e a razão para o seu martírio.