985 resultados para Veterinària


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Foram estudadas as características físico-químicas e citológicas do líquido sinovial da bainha tendínea digital de nove eqüinos hígidos. Verificou-se que o líquido é viscoso, amarelo claro, límpido, livre de partículas e que não coagula à temperatura ambiente. Sua concentração média de ácido hialurônico foi 60,20mg/dl, a taxa de glicose, similar à plasmática e sua concentração protéica não ultrapassou 1,74g/dl, com relação média albumina:globulina de 0,94. O número médio de células nucleadas foi de 313 células/µl, com predominância de grandes células mononucleares e linfócitos. Houve correlação significativa (r = - 0,649, P<0,01) entre o aumento da concentração de ácido hialurônico e a diminuição percentual de linfócitos. As mensurações das características pesquisadas no líquido sinovial da bainha tendínea digital de eqüinos são de execução simples e passíveis de implantação na rotina de atendimentos clínico-cirúrgicos.

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Avaliou-se a cardiotoxicidade da doxorrubicina utilizando-se sete cães adultos, clinicamente normais, que receberam 30mg/m² de cloridrato de doxorrubicina (Adriblastina®) por via intravenosa, a cada 21 dias, durante 168 dias (grupo A), perfazendo dose cumulativa total de 240mg/m². em outros sete cães (grupo B) administraram-se 5ml de solução salina 0,9% estéril por via intravenosa, seguindo-se o esquema de aplicação proposto anteriormente. Os animais foram avaliados, periodicamente, por meio de exames ecocardiográficos em modo-M e bidimensional. Verificou-se aumento (P<0,01) no diâmetro e volume do ventrículo esquerdo, inicialmente em sístole e, posteriormente, em diástole, hipocinesia do septo interventricular e da parede livre do ventrículo esquerdo, reduções de aproximadamente 65% nas frações de encurtamento e de ejeção, além de aumento da separação do septo do ponto E do folheto anterior da válvula mitral nos animais do grupo A. As alterações cardíacas decorrentes do tratamento crônico com doxorrubicina foram semelhantes àquelas descritas em cães com cardiomiopatia dilatada, e os índices ecocardiográficos puderam ser utilizados no acompanhamento e na prevenção da cardiotoxicidade pelo quimioterápico.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Na doença renal crônica (DRC) a manutenção da homeostase de água e sódio é o primeiro problema a ser contornado pelo organismo e com o agravamento das lesões renais surgem outros problemas graves relacionados à homeostase de cálcio e fósforo. O presente estudo tem por escopo avaliar a excreção renal de cálcio, fósforo, sódio e potássio, e o perfil sérico destes eletrólitos em cães normais e em cães com DRC naturalmente adquirida. Foram avaliados três grupos de cães adultos, machos ou fêmeas, de raças variadas. Animais normais compuseram o grupo controle (G1) e os cães com DRC foram distribuídos em dois grupos de acordo com os estágios de comprometimento da função renal (G2 e G3, respectivamente, estágios 1-2 e estágios 3-4, descritos pela IRIS 2006 staging CKD). Os cães do G3 apresentaram aumento das concentrações séricas de cálcio ionizado e fósforo, além de diminuição da concentração sérica de sódio. Quanto à excreção renal dos eletrólitos analisados, os animais dos grupos G1 e G2 apresentaram diminuição de carga filtrada e aumento de excreção fracionada, mas as excreções urinárias não variaram significativamente. Os resultados são indicativos de que os rins de cães com DRC podem manter a excreção urinária dos eletrólitos em valores se melhantes aos dos normais. O mecanismo envolve aumento da excreção fracionada na medida em que haja diminuição da filtração glomerular. Esse processo de compensação, entretanto, pode perder a eficiência nos estágios mais avançados da enfermidade no que se refere à manutenção das concentrações séricas de fósforo e sódio.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Os cães possuem cinco grupos sangüíneos bem estabelecidos, compostos por sete determinantes antigênicos eritrocitários, os quais são denominados de dog erythrocyte antigen (DEA). O grupo DEA 1 (subgrupos 1.1, 1.2 e 1.3) tem sido considerado o mais importante no que se refere às transfusões de sangue. Isto ocorre porque esse grupo possui um alto potencial para estimulação antigênica e, dessa forma, pode estimular a produção de anticorpos se um receptor DEA 1 negativo receber uma transfusão de sangue DEA 1 positivo, levando a uma reação transfusional hemolítica em uma segunda transfusão com hemácias do tipo DEA 1. A freqüência de aparecimento do grupo DEA 1 é bem conhecida em outros países, porém, até então, não havia informações disponíveis sobre o referido grupo no Brasil. No presente estudo, objetivou-se avaliar a prevalência do grupo sangüíneo DEA 1 (subgrupos 1.1 e 1.2) em cães criados no Brasil. Para tanto, 150 cães de raças, sexos e idades diferentes, triados junto ao Hospital Veterinário da FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, foram submetidos a tipagem sangüínea para o grupo DEA 1 (subgrupos 1.1 e 1.2) canino, utilizando-se reagentes adquiridos comercialmente junto ao Laboratório de Imunoematologia e Sorologia da Universidade de Michigan (EUA). Os resultados obtidos neste ensaio revelaram que a prevalência geral para o grupo DEA 1 é de 91,3%, consideradas as condições e características da população estudada, compreendendo 51,3% de cães do tipo DEA 1.1, 40% de cães do tipo DEA 1.2, e os 8,7% restantes sendo negativos para o referido grupo. A partir das prevalências encontradas, calculou-se que a probabilidade de um cão DEA 1 negativo receber sangue DEA 1.1, em uma primeira transfusão feita ao acaso, é de aproximadamente 4,5%. Sendo assim, este índice reflete um risco potencial para a sensibilização de um receptor DEA 1 negativo, o que deflagraria a produção de anticorpos. Posteriormente, se este mesmo paciente recebesse uma segunda transfusão de sangue, feita ao acaso, a probabilidade de receber hemácias do tipo DEA 1.1 seria de aproximadamente 2,3%, o que representaria o risco potencial de ocorrência de uma reação transfusional hemolítica aguda. Por outro lado, a probabilidade de este cão receber sangue do tipo DEA 1.2 seria cerca de 1,8%, o que levaria a uma reação transfusional menos grave, porém potencialmente prejudicial. No presente estudo, observou-se que o risco potencial para uma reação transfusional é mínimo, quando se trata de um cão mestiço.

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Foram analisados os resultados da fenestração ventral dos discos toracolombares em 29 cães agrupados segundo a raça, sexo, peso, idade, graus de déficits neurológicos, duração dos sinais, discos intervertebrais envolvidos, tempo para recuperação e porcentagem de sucesso. A raça Dachshund representou 55,18% (n = 16), cães sem raça definida, 13,8% (n = 4), Poodle e Basset Hound e Cocker Spaniel Inglês 6,89% cada (n = 6), e Pastor Alemão, Beagle e Pinscher, 3,45% cada (n = 3), sendo 51,72%, machos e 48,28%, fêmeas, com idade média de 68,03 meses. O grau de déficits neurológicos correspondeu a: 13,8% dos cães pertencentes ao GI (dor), 41,8% ao GII (paresia), 27,6% ao GIII (paraplegia com dor profunda presente) e 17,2% ao GIV (paraplegia com dor profunda ausente). Os sinais clínicos variaram em duração entre 2 e 60 dias, correspondendo às médias de 18,5 (GI), 12,3 (GII), 8,28 (GIII) e 4,2 dias (GIV). A porcentagem de discos intervertebrais acometidos foi: T10/11 (10,81%), T11/12 (24,33%), T12/13 (40,55%), T13/L1 (16,21%) e L1/2, L2/3 e L3/4, 2,7% cada. O tempo médio de recuperação, em dias, foi: 16 (GI), 19,1 (GII), 20,6 (GIII) e 30,6 (GIV), onde 100% dos animais dos grupos I, II e III recuperaram ambas as funções neurológicas e motoras. O grupo IV apresentou 80% de sucesso. Conclui-se que a fenestração ventral produz excelentes resultados pós-operatórios desde que bem selecionados os casos.

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Estudou-se experimentalmente a escama de sardinha (Sardinella brasiliensis) como substituto de córneas no reparo de ceratectomias superficiais em cães. Utilizaram-se 14 animais, machos e fêmeas, sem raça definida, com peso médio de 10 kg, considerados sadios. Analisaram-se, macro e microscopicamente, as córneas receptoras bem como o material implantado aos 1, 3, 7, 14, 30 e 60 dias de pós-operatório. As evidências clínicas para a enxertia lamelar mostraram fotofobia e blefarospasmo mais incidentes nos períodos iniciais e intermediários, com tendência à regressão nos tardios. Revelaram edema discreto e igualmente regressivo; neoformação vascular mais incidente nas fases intermediárias e pouco nas tardias. O estudo microscópico evidenciou quadro reacional compatível com padrão benigno a exemplo do que fora visto macroscopicamente. Ambos retrataram boa adesividade da prótese, epitélio e estroma neoformados, sob e sobrepostos a ela. A transparência das córneas receptoras, junto às zonas de enxertia, manteve-se por 14 dias. Para a enxertia interlamelar, observou-se quadro reacional pouco significativo. Para ambas as enxertias, não foram observados sinais de extrusão do material implantado. A escama de sardinha pode ser empregada para fins tectônicos, com bons resultados em ceratoplastias lamelares em cães.

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O objetivo deste estudo foi estabelecer o tempo de prenhez da paca por meio de ultra-sonografia. Nove pacas prenhes foram periodicamente acompanhadas com um transdutor eletrônico setorial bi-frequencial de 5,0 e 7,5 MHz, em modo B, desde a detecção ultra-sonográfica da vesícula embrionária ou do feto até o nascimento dos filhotes. Os animais foram colocados em uma gaiola de ferro de prensagem lateral e permaneceram em posição quadrupedal durante as sessões. Um pano escuro foi usado para cobrir a gaiola e frutas foram oferecidas durante o exame ultra-sonográfico para evitar reações agressivas. Quanto mais precocemente ocorreu a detecção de prenhez, maior foi o período de acompanhamento ultra-sonográfico até o nascimento dos filhotes. Apenas um filhote nasceu por parto, com 796,5 ± 74,36 gramas (valor médio ± desvio padrão da amostra) e 33,46 ± 0,60 centímetros (valor médio ± desvio padrão da amostra) de comprimento (entre a borda rostral do focinho e a extremidade distal da cauda). O período de prenhez da paca abrange 135 a 139 dias.

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Com este estudo objetivou-se avaliar, comparativamente, os efeitos de três anestésicos inalatórios sobre variáveis respiratórias e hemogasométricas em cães. Para tal, utilizaram-se 30 cães sadios, adultos, machos e fêmeas evitando-se aquelas em estro ou em gestação. Os animais foram separados e protocolados em três grupos de 10 cães cada (G1, G2 e G3). Induziu-se a anestesia geral com administração intravenosa de propofol, na dose de 10±1,3 mg/kg. em seguida procedeu-se à intubação orotraqueal e anestesia geral inalatória pelo desfluorano (G1), sevofluorano (G2) e isofluorano (G3), diluídos em oxigênio a 100,00%, por meio de circuito anestésico tipo semi-fechado, dotado de vaporizadores calibrados para cada agente anestésico. As variáveis estudadas foram Freqüência Respiratória, CO2 ao Final da Expiração, Saturação de Oxihemoglobina, Volume Corrente, Volume Minuto, Pressão Parcial Arterial de O2, Pressão Parcial Arterial de CO2, Excesso de Bases e pH. A avaliação estatística destas variáveis foi realizada pela Análise de Perfil, sendo considerado o nível de significância de 5,00%. Os resultados obtidos permitiram concluir que o desfluorano deprime o sistema respiratório aumentando a pressão parcial arterial de CO2 e o CO2 ao final da expiração; e diminuindo a pressão parcial arterial de O2 e o volume minuto, quando comparado com os outros anestésicos em teste.

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Nesta pesquisa foram utilizadas vinte fêmeas bovinas, sem patologias aparentes nas glândulas mamárias, em lactação, objetivando avaliar estruturas anatômicas das papilas mamárias. Quatro técnicas ultra-sonográficas foram avaliadas. Utilizou-se transdutor linear de 7,5 MHz para uso endoretal, na obtenção das imagens, padronizando-se o lado direito do animal para visualização das papilas craniais e caudais, em dois planos anatômicos (sagital e transversal). Os animais foram divididos em quatro grupos (G1, G2, G3, G4) que representaram as diferentes técnicas empregadas em momentos distintos (antes e após ordenha). Os resultados indicaram que entre as técnicas estudadas, as de exame direto e com uso de almofadada de silicone, foram as que apresentaram maior aplicabilidade, quando considerada a sua facilidade de uso na rotina com complementação do exame clinico. Entretanto, pólipos e cálculos lácteos tem sua extensão e localização convenientemente visibilizados mediante uso da técnica de pressão de liquido. Já a técnica de imersão em água, mostrou-se mais eficiente quanto à qualidade das imagens obtidas e na caracterização das estruturas anatômicas. O experimento realizado, traz subsídios anatomo-topográfico que irão contribuir com a qualidade do diagnóstico em pacientes que possam ter indicação cirúrgica (telotomia) e levanta questões que poderão ser respondidas conforme a casuística e a experiência consolidada do cirurgião.

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Foram pré-compostados, em células individuais e isoladas, cinco cadáveres de bovinos acometidos pelo botulismo com a finalidade de monitorar a presença de esporos de Clostridium botulinum e de toxina botulínica antes e após o processo de decomposição em leira estática com fonte de carbono. O diagnóstico da intoxicação nos animais foi baseado nas características clínico-patológicas, epidemiológicas ou laboratoriais. Dos cinco bovinos com evolução clínica crônica de botulismo, cujos cadáveres foram pré-compostados, três foram acometidos pela toxina tipo D, um pelo complexo CD e um dos animais foi negativo na tentativa de detecção da toxina e de esporos da bactéria nas vísceras pelo bioensaio e neutralização em camundongo. O processo de pré-compostagem foi realizado em leira estática, com o uso de material carbonáceo umidificado como substrato e esquartejamento do animal, vedado individualmente com lona plástica e sem aeração por um período de 50 dias. A temperatura das leiras foi monitorada durante o período e oscilou de 40,5-52,4ºC. Após a abertura das leiras, pôde-se constatar a completa decomposição de todo material mole, com redução significativa do seu peso (de 26,5-44,5%), restando apenas os ossos. Não foi detectado esporo ou toxina botulínica no interior dos ossos (n=5 para cada cadáver). Nas 200 amostras examinadas do homogeneizado restante (n=40 para cada cadáver), em apenas duas amostras de uma leira foram detectados esporos de C. botulinum tipo C, enquanto que todas foram negativas para a tentativa de detecção da toxina botulínica pelo bioensaio em camundongo. da forma como foi avaliado o processo de pré-compostagem de bovinos mortos pela intoxicação botulínica não contribuiu para a proliferação de C. botulinum.