998 resultados para Saúde mental. CAPS. Gestão pública. Gerência privada e pública. Recursos financeiros
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The importance of identifying the consequence of the hours worked on people in society has been well recognized within Organizational and Work Psychology. From this point of view, the present research had the objective of analysing the effects of work regimes on the mental health of petroleum operators of Petrobrás. The sample totaled 144 subjects, corresponding to 27% of the work population. The mental health of the participants was evaluated using the following instruments of measurement: QSG-12, Scale of self-esteem, Scale of Positive and Negative Affections and the Scale of Valuable Attributes of IMST, each representing an empirical factor used to indicate and measure the five dimensions of mental health. The subjects perceptions of their work regime and the rest of their conditions of work were evaluated using scales of descriptive attributes of IMST, by applying a semi-structured questionnaire and by use of interviews. A socio-demographic file was used to collect information related to the biographical and socio-occupational profile of the worker sample. The answers to the questionnaire were inserted into the data bank of SPSS (Statistical Package for Social Science), for statistical analysis, and the interviews were analised based on the technique of Contents Analysis recommended by Bardin (1995). The main results revealed that one third of the worker sample were tense; however, the mental health of the majority was preserved. Cluster Analysis applied to the group of seven factors which measured the five dimensions of mental health identified four profiles of psychological well-being shared between members of the sample. It was observed that the people working in the system of Continuous Shift Alternation (TIR) and in the system of Pre-advising tended to present balanced and satisfactory profiles, while the ones which worked in the Administrative Field tended to present anxious and oscillating profiles, and thus were more affected psychologically. These were also the ones that also perceived the more negative aspects of their laborious conditions (reduced chances of self-improvement, physically stressful and financial resources below expectations with which to supply family and personal necessities. In agreement with the ecological model formulated by Warr (1987), the present study concluded that the positive and negative effects on the psychological well-being tended to occur as a consequence of the perceptions the petrol operators developed to face their work conditions
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This thesis seeks to uphold the idea that the therapeutic residential service, as hybrid device and recent process of deinstitutionalization in mental health, works as a problem producer while it also indicates challenges and potentialities in this process, the attention on mental health and on its own care production. To that end, we work with the prospect map with which we approach reality as the subjectivities production field which transformations and intensities are the major thought propellants. From this perspective, it was possible to produce three "purpose maps" from meetings with actors and groups involved with the TRS and the theoretical study carried out. On the first map we mapped the conditions of possibility of this device and its design in the midst of the process of institutionalization and health policies. We indicate on it the TRS configuration as a hybrid and we hassled its proposition as a means of "social rehabilitation" that can work as a social homogeneity mechanism. On a second map, we cartographied mental captures through images and ways historically built from madness presented in the biopolitical contemporary game and we indicated that the resistance to such catches should be built on a politic daily basis as important vectors of the institutionalization process in mental health. Finally, on a third map we mapped the carefulness produced in the TRS, by analyzing the transition psychiatric hospital - TRS and the caregivers´ team work. On this mapping, the care, for the weakness in the coresponsibility field, is reveled crossed by mental, disciplinary and normality elements, but it is also built in resistance born from links in the intersubjective field of the caring work. We conclude, then, that the TRS power and the deinstitutionalization process itself were in building and strengthening affective labor micro political networks of life and liberty producers
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A atenção primária à saúde é um importante cenário para o cuidado em saúde mental por suas características e pelo trabalho no território contribuir para a superação do modelo manicomial de atenção. Esta pesquisa partiu do questionamento sobre como acontece a atenção em saúde mental na atenção básica nas unidades em que se desenvolve a Residência de Medicina de Família e Comunidade em um município do sertão paraibano. Objetivou investigar as demandas de saúde mental e práticas de cuidado no contexto de ESF e da RMFC do município de Cajazeiras a partir do discurso dos profissionais ali inseridos e discutir estratégias de qualificação do cuidado em saúde mental nessa realidade. Utilizou-se abordagem qualitativa em que foram realizados grupos focais envolvendo profissionais de duas equipes da ESF e uma equipe de NASF. Os dados produzidos nos grupos foram analisados a partir do referencial da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Como resultados evidenciou-se que os profissionais percebem a demanda em saúde mental na atenção básica principalmente na forma de sofrimento psíquico inespecífico e transtornos mentais graves. A atenção a essas pessoas não consegue superar a medicalização que é identificada por esses profissionais. A prática asilar persiste como alternativa para os casos de transtornos mentais graves, sendo limitada a incorporação do paradigma da desinstitucionalização como referencial para a prática profissional. Além disso, a relação com a rede de saúde encontra vários limites destacando-se a dificuldade de produção de continuidade e integralidade do cuidado. A partir disto, analisa-se a formação médica e sua capacidade de garantir o cuidado integral na atenção às demandas de saúde mental. No campo da pesquisa, dois modelos de formação se encontram. Os residentes participantes ou graduaram-se em Cuba ou em escola médica brasileira orientada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. Percebe-se então que a graduação, ao incorporar questões relativas à integralidade do cuidado, não é suficiente para gerar bons profissionais para o SUS. Considera-se necessário somar às mudanças na graduação a perspectiva da Educação Permanente em Saúde no mundo do trabalho, o envolvimento dos profissionais com a transformação das práticas de atenção à saúde e a construção da perspectiva da integralidade e da atenção psicossocial por dentro da Residência de Medicina de Família e Comunidade como importantes estratégias para a formação de médicos generalistas aptos para a atenção às demandas de saúde mental
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Este estudo objetivou identificar as representações sociais de agentes comunitários de uma unidade de Programa Saúde da Família sobre o transtorno mental. Optamos pela pesquisa qualitativa, utilizando o estudo de caso. Para a coleta de dados, recorremos à entrevista semi-estruturada, enriquecida pelo uso de Técnica Projetiva, e à análise temática para analisar o material obtido. Os resultados evidenciam representações sociais ancoradas no paradigma psiquiátrico tradicional. Esse considera a pessoa acometida pelo transtorno mental passiva, sem condições de protagonizar os próprios caminhos que, por sua vez, são marcados pelo preconceito. Desse modo, denota-se a grande necessidade de investimento na capacitação em saúde mental, junto aos atores do cenário da assistência do Programa de Saúde da Família. de acordo com o estudo, tal investimento contribuirá para a efetivação de práticas e construção de novos saberes, contribuindo para a melhoria da assistência em saúde.
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0bjetivando estudar a atividade administrativa do enfermeiro em saúde mental enquanto um instrumento do processo de trabalho, realizamos um estudo bibliográfico de publicações de enfermagem sobre esta temática no período de 1988 a 1997. Através da leitura e análise crítica de 8 artigos e 19 dissertações e teses selecionadas, identificamos as principais características dessa prática, quais sejam: os enfermeiros são os responsáveis pela equipe e assistência de enfermagem, obedecendo à lógica determinada pela instituição; suas ações não são planejadas, coordenadas e avaliadas; as atividades administrativas utilizam a maior parte de seu tempo de trabalho e o cuidado direto de enfermagem é realizado pela equipe auxiliar de enfermagem, sendo que nos serviços extra--hospitalares os atendimentos diretos e grupais são mais freqüentes.
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Este artigo apresenta a reflexão sobre uma experiência de atendimento em grupo na porta de um serviço de Saúde Mental Coletiva de um município do Estado de São Paulo com 30 mil habitantes. Com a análise de dados referentes ao atendimento inicial desta instituição denominado Pronto Atendimento (PA), em especial as filas de espera em psiquiatria e em psicoterapia, considerou-se que o PA pode operar como um analisador, uma vez que é nesse atendimento que os usuários que procuram ajuda na instituição apresentam suas queixas e os seus pedidos de ajuda. É também a partir desse atendimento que a instituição, por meio de seus profissionais, oferece as possibilidades terapêuticas. A análise efetuada permitiu apontar que esse atendimento pode constituir ações que reforçam o paradigma psiquiátrico dominante ou ações que podem contribuir na construção do modelo psicossocial, partindo de mudanças da própria representação social da instituição, do sofrimento psíquico e dos recursos terapêuticos de cura.
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Este texto descreve a trajetória da Saúde Mental e dos cuidados à infância no Brasil da Colônia à República Velha. No período colonial não havia cuidados especiais à criança. O que temos para compreender a criança colonial são relatos descritos em documentos, tratados e cartas da época, e em descrições de viajantes que aqui aportaram para conhecer o Novo Mundo. Depois do século XVIII a urbanização das cidades requer a intervenção médica nas questões de higiene e saúde, e gradativamente muda a concepção de criança, primeiro na Europa, depois no Brasil, chegando o século XIX com médicos preocupados com a questão da mortalidade infantil e com os cuidados que se deveria ter com a criança, negligenciada até então. É no século XIX que se inicia a institucionalização dos saberes médicos e psicológicos aplicados à infância e é quando podemos obter mais registros sobre que cuidados eram reservados à criança.
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O presente trabalho pretende analisar algumas portarias da Política Nacional de Saúde Mental implementadas no país no período de 1990/2006, pois elas se constituíram em importantes dispositivos para induzir mudanças do modelo assistencial na Saúde Mental. Aponta-se para os documentos mais relevantes e destacam-se suas consequências e problemas para a construção da atenção psicossocial. Ao final, conclui-se que o avanço da Reforma Psiquiátrica brasileira não pode ficar descolado de ações no interior do SUS. Dessa forma, os gestores de saúde, ao lado dos demais segmentos da sociedade, passaram a ser atores importantes na utilização dos recursos contidos na nova legislação de fato voltados para a construção de um novo modo de cuidado na saúde mental que possibilite o reposicionamento do sujeito no mundo, considerando-se sua dimensão subjetiva e sociocultural.
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O presente estudo visa a analisar sentidos pessoais e significações sociais das atividades de atenção em saúde mental desenvolvidas por profissionais integrantes de uma equipe de saúde da família. Parte-se, para tal, da perspectiva teórica da psicologia histórico-cultural de Vigotsky (1896-1934). O trabalho é parte de uma pesquisa participante e, portanto, é contextualizado na etapa de inserção no campo. Observou-se que a equipe considera relevante a determinação das condições de vida no processo saúde-doença da população atendida, a necessidade de lançar mão de estratégias diversificadas no cuidado para além da consulta, a importância de se cuidar da saúde mental da própria equipe, bem como dificuldades na abordagem da família. Indica-se a importância, para o trabalho cotidiano das equipes, das possibilidades de superação da exclusividade do núcleo biomédico na determinação do processo saúde-doença apontadas nos princípios operacionais da Estratégia de Saúde da Família, expressas na utilização do acolhimento como recurso de cuidado, a constituição de vínculos e responsabilização e a continuidade da atenção.
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A assistência psiquiátrica brasileira, desde seu início, era baseada na internação dos doentes mentais em hospitais psiquiátricos e em sua exclusão social. Desde o final do regime militar, na década de oitenta, esta assistência vem passando por transformações que propõem o tratamento dos doentes mentais em serviços comunitários substitutivos ao hospital psiquiátrico. A profissão terapia ocupacional cuja prática voltava-se para a ocupação dos pacientes no interior dos hospitais, diante das transformações da assistência psiquiátrica, vem buscando um aprimoramento teórico técnico e político para a atuação nos serviços substitutivos, em nível de prevenção, promoção de saúde, tratamento, reabilitação e inclusão social. O presente trabalho tem como objetivo apresentar algumas práticas de terapia ocupacional baseadas em paradigmas que enfatizam a importância do tratamento e da inclusão do doente mental na sociedade, destacando-se uma experiência que vem sendo realizada em Botucatu-SP (Brasil), por uma organização não governamental. Conclui-se que a profissão, por congregar conhecimento interdisciplinar, e se ocupar das necessidades e dificuldades dos pacientes no cotidiano, apresenta um instrumental condizente com a assistência comunitária.
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The aim of this paper was to assess the Projeto UNI (Kellogg Foundation) in one of the Mental Health Centers (ARE) of Botucatu, SP, Brazil. We analysed 20% of the charts and the number of patients seen by psychiatrists and other mental health professionals before and after. Our results showed that: 1) the service users were mainly of neurotic patients (anxious, dysthymiacs, ICD-9 V code), followed by psychotics (schizophrenics, affectives) and organics (epileptics, mental deficients, demented patients); 2) there were more treatment options after the Projeto UNI implementation and over 2,495 group consultations were made in one year (as opposed to 90 in the year prior the project); 3) medical and nurse students are evaluating the program favourably; 4) there is a clear necessity of reassessing and changing some prescription practices: 43% of the patients were taking drug associations, there was an excessive use of benzodiazepines (54%) and low use of mood stabilizers (5%). There is also a need for more availability of depot neuroleptics, other antidepressants and better quality psychotropic drugs, and 5) there is a necessity of improving quality and quantity of charts information.
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This qualitative research, case study type, aimed at presenting the understanding of psychic sufferers in search for mental health services during emergency situation, partial hospitalization or in ambulatory services. 12 family members were interviewed. They reported difficulties in the attendance in the emergency room when the patient is in crisis, as well as doctors considering merely the present symptomatology and undervaluing their own knowledge of the sickening process. The day-care hospital is conceived as a place to provide care, occupation and should teach as a school. The ambulatory service represents for the family the possibility of the patient being responsible for their attendance to the consultations and for the correct use of the medication.
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This study aims to identify the representations about Psychosocial Rehabilitation by Mental Health professionals working in open services, and also the difficulties they have met in the process of turning the care effective for the population. The study uses a qualitative methodology, collecting data by means of semistructured interviews with 15 subjects. The professionals identify the rehabilitation process as complex, meeting several obstacles and requiring their dedication and a flexible attitude to achieve the expected results.
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This is a qualitative study aiming at understanding how patients discharged from a Mental Health Day Hospital view the service, at learning whether such service contributed to changes in their lives and at whether those individuals continued treatment. Semi-structured interviews and documental research were used for nine patients who had completed treatment at the service in 2008. Thematic analysis was adopted for organization of the data obtained, which were analyzed according to the Psychosocial Rehabilitation framework. It emphasizes the importance of looking for the various subjective aspects of human existence, requiring from services and professionals the establishment of a caring relationship that enables the reconstruction of trajectories interrupted by the onset of the disease, through actions that consider the integrality and intersectionality.