998 resultados para Pescoço - Câncer - Pacientes
Resumo:
OBJETIVO: Diferentes métodos são usados para determinar atividade do radioiodo para tratamento de hipertireoidismo (doença de Graves). Alguns não consideram a dose absorvida pela tireóide ou os parâmetros necessários para este cálculo. A relação entre dose absorvida e atividade administrada depende da meia-vida efetiva, da captação do iodo e da massa da tireóide de cada paciente. O objetivo deste trabalho é propor uma metodologia para tratamento individualizado com 131I em pacientes portadores de hipertireoidismo da doença de Graves. MATERIAIS E MÉTODOS: Usou-se um simulador de tireóide-pescoço desenvolvido no Instituto de Radioproteção e Dosimetria contendo solução de 131I, para calibração da gama-câmara e sonda cintilométrica do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. RESULTADOS: O campo de visão colimador-detector apresentou valores compatíveis com o tamanho da glândula para as distâncias de 25 cm (sonda de captação) e 45,8 cm (gama-câmara). Os fatores de calibração (cpm/kBq) foram 39,3 ± 0,78 e 4,3 ± 0,17, respectivamente. O intervalo entre 14 e 30 horas da curva de retenção permite o cálculo de atividade entre dois pontos, para determinação da meia-vida efetiva do iodo na tireóide. CONCLUSÃO: A utilização de equipamentos usualmente disponíveis em serviços de medicina nuclear é viável, tornando esta metodologia simples, eficaz e de baixo custo.
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OBJETIVO: Este trabalho avaliou doses recebidas por acompanhantes que compartilharam o mesmo quarto terapêutico com pacientes tratados com câncer de tireóide ingerindo iodo-131 (131I) e comparou os resultados obtidos aos limites determinados pelas normas brasileiras de radioproteção. MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliaram-se seis grupos de pessoas. Cada grupo foi formado por um acompanhante e um paciente, que compartilharam o mesmo quarto terapêutico. Realizaram-se, também, 23 outros experimentos, sendo que nestes um simulador foi usado em substituição à segunda pessoa no quarto terapêutico. As atividades de 131I administradas aos pacientes foram de 3.700 MBq ou 5.550 MBq. Dosímetros termoluminescentes na forma de pó, fluoreto de lítio dopado com magnésio, titânio e sódio foram usados para a avaliação das doses. RESULTADOS: Os resultados mostraram que uma pessoa que compartilha o mesmo quarto terapêutico, durante dois dias, com um paciente tratado com 3.700 MBq ou 5.550 MBq de 131I, seguindo as orientações de radioproteção fornecidas pela equipe médica, é exposta a uma dose média de (0,51 ± 0,02) mSv, para um nível de confiança de 99%. CONCLUSÃO: De acordo com as normas brasileiras, do ponto de vista da radioproteção, não há impedimento acompanhar um paciente de medicina nuclear durante esse tratamento.
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OBJETIVO: Demonstrar a experiência na implantação de um protocolo de espectroscopia por ressonância magnética do 1H tridimensional (3D 1H MRSI), disponível comercialmente, aplicando-o em pacientes com suspeita de neoplasia prostática e com diagnóstico estabelecido de tumor prostático. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo realizado de forma prospectiva, em 41 pacientes com idades entre 51 e 80 anos (média de 67 anos). Dois grupos foram formados: pacientes com uma ou mais biópsias negativas para câncer e antígeno prostático específico elevado (grupo A) e pacientes com câncer confirmado por biópsia (grupo B). Procurou-se, a partir dos resultados da ressonância magnética e espectroscopia por ressonância magnética, determinar a área-alvo (grupo A) ou a extensão do câncer conhecido (grupo B). RESULTADOS: No diagnóstico de câncer de próstata a espectroscopia por ressonância magnética apresentou especificidade abaixo da descrita pela literatura, cerca de 47%. Já para o estadiamento do tumor diagnosticado, houve correspondência com a literatura. CONCLUSÃO: A implantação e padronização da espectroscopia por ressonância magnética permitiram a obtenção de informações importantes para o diagnóstico presuntivo da existência de câncer de próstata, combinando as imagens por ressonância magnética com os dados metabólicos da espectroscopia por ressonância magnética.
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OBJETIVO: Analisar, comparativamente, doses de radiação em volumes alvos e órgãos de risco entre planejamentos conformados e não conformados em pacientes com câncer de próstata. MATERIAIS E MÉTODOS: No presente trabalho foram analisados planejamentos de 40 pacientes portadores de câncer de próstata. Foram realizados planejamentos conformados, não conformados isocêntricos e não conformados utilizando a distância fonte-superfície, simulados para cada caso, para comparação das doses em volumes alvos e órgãos de risco. Para a comparação foram analisados os histogramas de dose e volume para volumes alvos e órgãos de risco. RESULTADOS: As medianas das doses foram significativamente menores no planejamento conformado analisando-se os seguintes volumes no reto: 25%, 40% e 60%. As medianas das doses foram significativamente menores no planejamento conformado analisando-se os seguintes volumes na bexiga: 30% e 60%. As doses medianas foram significativamente menores no planejamento conformado analisando-se as articulações coxofemorais direita e esquerda. As doses máximas, médias e medianas no volume alvo clínico e no volume alvo planejado foram significativamente maiores no planejamento conformado. CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que por meio do planejamento conformado em pacientes com câncer de próstata é possível entregar doses maiores no volume alvo e doses menores em órgãos de risco.
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OBJETIVO: Reportar resultados de tratamentos do câncer de próstata com radioterapia conformada 3D realizados em uma única instituição. MATERIAIS E MÉTODOS: De julho de 1997 a janeiro de 2002, 285 pacientes consecutivos com câncer de próstata foram submetidos a radioterapia conformada 3D com dose mediana de 7.920 cGy na próstata e analisados retrospectivamente. A distribuição segundo o grupo de risco foi a seguinte: baixo risco - 95 (33,7%); risco intermediário - 66 (23,4%); alto risco - 121 (42,9%) pacientes. RESULTADOS: Em seguimento mediano de 53,6 meses (3,6-95,3 meses), sobrevidas atuariais global, causa específica, livre de metástases a distância e livre de recidiva bioquímica em cinco anos foram de 85,1%, 97,0%, 94,2% e 75,8%, respectivamente. Sobrevidas atuariais livre de toxicidade retal e urinária tardias em cinco anos foram de 96,4% e 91,1%, respectivamente. Ressecção transuretral pré-radioterapia conformada 3D e doses > 70 Gy em 30% do volume da bexiga implicaram maior toxicidade urinária tardia grau 2-3 em cinco anos (p = 0,0002 e p = 0,0264, respectivamente). CONCLUSÃO: A primeira experiência relatada de radioterapia conformada 3D no Brasil permitiu altas doses de radiação, com toxicidades retal e urinária aceitáveis. A existência de ressecção transuretral de próstata pré-radioterapia conformada 3D pode sinalizar maior risco de toxicidade urinária tardia grau 2-3 após irradiação. Restrição da dose < 70 Gy em 30% do volume da bexiga à tomografia de planejamento pode reduzir complicações urinárias tardias.
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OBJETIVO: O objetivo geral do estudo é avaliar a acurácia da ultrassonografia (BI-RADS) no diagnóstico do câncer de mama, e os objetivos específicos, descrever a frequência de apresentação dos diferentes achados ultrassonográficos e a avaliação da concordância entre observadores. MATERIAIS E MÉTODOS: Exames de 110 pacientes encaminhados para biópsia, com diagnóstico prévio de nódulos, foram reanalisados independentemente por dois médicos especialistas utilizando a nomenclatura do BI-RADS. Os achados histológicos foram utilizados como padrão-ouro. A acurácia dos achados foi determinada. As diferenças nos grupos de comparação foram analisadas com teste qui-quadrado para variáveis categóricas e a concordância entre os médicos foi calculada por meio da estatística kappa (κ). RESULTADOS: Cento e dez massas mamárias foram avaliadas pelo ultrassom, sendo que 76 (69%) foram benignas e 34 (30,9%), malignas. Foram observados, entre os radiologistas, sensibilidade variando entre 70,5% e 82,3%, valor preditivo negativo entre 81,1% e 87,5%, valor preditivo positivo entre 42,1% e 45,1%, especificidade entre 56,58% e 55,2% e acurácia entre 60,9% e 63,6%. Na avaliação entre observadores foi obtida concordância global considerada moderada (κ= 0,50). CONCLUSÃO: O BI-RADS 4ª edição é um acurado sistema para auxiliar os médicos na descrição das lesões mamárias e na tomada de condutas.
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OBJETIVO: Comparar e quantificar os volumes pulmonares irradiados utilizando planejamentos bidimensional (2D) e tridimensional (3D) conformado na radioterapia de tumores de pulmão. MATERIAIS E MÉTODOS: Em 27 pacientes portadores de câncer de pulmão foi feito planejamento 3D e outro correspondente em 2D. As doses prescritas variaram de 45 a 66 Gy. Foram avaliadas as doses no volume alvo planejado (PTV), volume tumoral macroscópico (GTV) e pulmões (volume de pulmão que recebe 20 Gy ou 30 Gy - V20 e V30, respectivamente, e dose média). Os órgãos de risco adjacentes (medula espinhal, esôfago e coração) receberam doses abaixo dos limites de tolerância. RESULTADOS: O GTV variou de 10,5 a 1.290,0 cm³ (média de 189,65 cm³). Nos planejamentos 2D foi utilizado, em média, um total de 59,33 campos, e nos planejamentos 3D, 75,65 campos. Em todas as situações analisadas houve significante (p < 0,05) preservação dos volumes pulmonares com o planejamento 3D, com diminuição de cerca de 15% dos volumes irradiados. O pulmão sem tumor foi mais beneficiado. CONCLUSÃO: A radioterapia 3D permitiu maior preservação dos pulmões, tanto para tumores iniciais quanto avançados. A radioterapia 3D deve ser utilizada nos pacientes com tumores de pulmão, mesmo que volumosos.
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OBJETIVO: A proposta deste estudo foi avaliar a acurácia da classificação BI-RADS® na mamografia. Os pontos secundários foram descrever a frequência de apresentação dos diferentes achados mamográficos e avaliar a concordância entre observadores. MATERIAIS E MÉTODOS: Os exames de 115 pacientes, encaminhados para core biopsy, foram reavaliados independentemente por dois médicos especialistas, cegados, utilizando a recomendação do BI-RADS. Posteriormente, os exames foram comparados com a histologia. A acurácia da classificação BI-RADS na mamografia foi avaliada. A concordância entre os médicos foi calculada pela estatística kappa (κ) de Cohen e as diferenças nos grupos de comparação foram analisadas com teste qui-quadrado. RESULTADOS: Esta pesquisa demonstrou que a acurácia mamográfica oscilou de 75% a 62% na diferenciação entre lesões benignas de malignas com o uso do BI-RADS. Houve importante concordância na descrição das margens dos nódulos (κ= 0,66). Baixa concordância foi identificada na descrição dos contornos (formas) dos nódulos (κ= 0,40) e na descrição das calcificações, tanto em relação à sua distribuição (κ= 0,24) como também em relação à morfologia (κ= 0,36). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que o método é acurado na diferenciação de lesões benignas de malignas. A concordância foi fraca na análise das calcificações quanto a morfologia e distribuição, no entanto, identificou-se elevação progressiva dos valores preditivos positivos nas subcategorias 4.
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OBJETIVO: Avaliar os limites de campo padronizados para radioterapia de neoplasia maligna de colo uterino com o uso de ressonância magnética e verificar a importância deste exame na redução de possíveis erros de planejamento com técnica convencional. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, exames de ressonância magnética do planejamento de 51 pacientes tratadas devido a neoplasia de colo uterino. Os parâmetros estudados foram limites anterior e posterior no corte sagital. RESULTADOS: Observou-se, no corte sagital das ressonâncias magnéticas, que o limite de campo anterior apresentou-se inadequado em 20 (39,2%) pacientes e que houve perda geográfica em 37,3% dos casos no limite posterior. A inadequação de ambos os limites de campo não se relacionou com parâmetros clínicos como idade das pacientes, estadiamento, tipo e grau histológico. CONCLUSÃO: A avaliação dos limites de campo padronizados pela literatura com o uso de ressonância magnética mostrou altos índices de inadequação dos limites do campo lateral, assim como a importância do uso deste exame no planejamento radioterápico de pacientes portadoras de câncer de colo uterino com a finalidade de reduzir a perda geográfica no volume alvo de tratamento.
Estudo comparativo do diagnóstico de câncer pulmonar entre tomografia computadorizada e broncoscopia
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OBJETIVO: Analisar a tomografia computadorizada e a broncoscopia no diagnóstico do câncer pulmonar e verificar a eficácia destas técnicas perante a presença desta doença. Os parâmetros idade, gênero, hábitos tabágicos, tipos histológicos, estadiamento e terapêutica foram, igualmente, analisados. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados 70 pacientes do Serviço de Pneumologia do Hospital Distrital da Figueira da Foz, Coimbra, Portugal, que realizaram ambas as técnicas em estudo, tendo-se confirmado ou não a presença de câncer pulmonar. RESULTADOS: Diagnosticaram-se 37 tumores pulmonares, 23 casos no gênero masculino e 14 no feminino. Histologicamente, 40,54% eram adenocarcinomas, seguido do carcinoma escamoso (32,43% dos casos) e do carcinoma de pequenas células (18,92%). O estadiamento mostrou 6,70% no estádio IB, 23,30% no estádio IIIA comparativamente ao IIIB com 36,70%, encontrando-se 33,30% dos doentes no estádio IV. A quimioterapia isolada foi efetuada em 75,7% dos doentes. A sensibilidade da broncoscopia foi de 83,8%, a especificidade, de 81,8%, e a precisão, de 82,8%. A sensibilidade da tomografia computadorizada foi de 81,1%, a especificidade, de 63,6%, e a precisão, de 72,8%. CONCLUSÃO: Os resultados da broncoscopia confirmaram a sua importância no diagnóstico do câncer pulmonar, pela dependência deste no exame anatomopatológico do tecido ou células, obtido por várias técnicas de biópsia. A tomografia computadorizada apresentou boa sensibilidade, de 81,1%, contudo, a sua especificidade, de apenas 63,6%, resulta do número de falso-positivos (36,4%).
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Apresentamos uma lista de recomendações sobre a utilização de 18F-FDG PET em oncologia, no diagnóstico, estadiamento e detecção de recorrência ou progressão do câncer. Foi realizada pesquisa para identificar estudos controlados e revisões sistemáticas de literatura composta por estudos retrospectivos e prospectivos. As consequências e o impacto da 18F-FDG PET no manejo de pacientes oncológicos também foram avaliados. A 18F-FDG PET deve ser utilizada como ferramenta adicional aos métodos de imagem convencionais como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Resultados positivos que sugiram alteração no manejo clínico devem ser confirmados por exame histopatológico. A 18F-FDG PET deve ser utilizada no manejo clínico apropriado para o diagnóstico de cânceres do sistema respiratório, cabeça e pescoço, sistema digestivo, mama, melanoma, órgão genitais, tireoide, sistema nervoso central, linfoma e tumor primário oculto.
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OBJETIVO: Avaliar o grau de aceitação do paciente submetido a colonografia por tomografia computadorizada (CTC) em comparação com a colonoscopia, quando realizadas para rastreamento de doença colorretal. MATERIAIS E MÉTODOS: Cinquenta pacientes com suspeita de doença colorretal foram submetidos a CTC e colonoscopia. Questionários foram aplicados antes e após a realização da CTC e após a colonoscopia. Graduou-se o desconforto esperado e experimentado antes e após a realização da CTC e da colonoscopia, bem como a preferência do paciente por exame. RESULTADOS: Em relação à CTC, antes de iniciar o exame 18% dos pacientes afirmaram esperar pouco desconforto, 78%, desconforto moderado e 4%, muito desconforto. Após a realização do exame, 72% dos pacientes relataram pouco desconforto, 26%, desconforto moderado e apenas um (2%) dos pacientes referiu muito desconforto. Após a realização da colonoscopia, 86% dos pacientes relataram preferência pela CTC. O grau de distensão colônica e a quantidade de fluido residual não influenciaram na preferência dos pacientes. CONCLUSÃO: Os pacientes preferiram a CTC à colonoscopia, não havendo relação estatística com o grau de distensão colônica na CTC e a eficiência do preparo intestinal.
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Objetivo: Describir las características de los pacientes y del proceso oncológico, a través de una muestra de películas disponibles en DVD. Materiales y métodos. Estudio descriptivo transversal: Se analizó una muestra de conveniencia de películas en las que el cáncer tenía carácter"puntual","relevante" o"argumental". Cada película fue visionada por dos observadores que registraron variables del paciente (edad, sexo, estado civil, etc.), del proceso oncológico (síntomas, pruebas diagnósticas, tratamientos y evolución) y del entorno sanitario, entre otras. Resultados: Se analizaron 33 películas producidas en 11 países (1939-2008). El 58% de los pacientes eran varones; y el 47% pertenecía a las clases altas y media-alta. La localización más frecuente del cáncer fue en cerebro y en sangre, con seis casos para cada localización. La media de síntomas por título fue de 3,63; la clínica general (dolor, fatiga, anorexia, etc.) se observó en el 43,32% de las películas. Las pruebas diagnósticas se mencionaron en el 85% de los títulos. El tratamiento más frecuente fue la analgesia y la quimioterapia; no obstante, fallecieron 19 pacientes (58%). Los médicos y las enfermeras intervinieron en 28 y 22 títulos, respectivamente. Conclusiones: El cáncer que muestra el cine difiere de la realidad: por cuanto el cine prefiere los pacientes jóvenes, de clase social alta y las localizaciones más fotogénicas. La clínica, las pruebas diagnósticas y los tratamientos suelen reflejar la realidad, sobre todo en las películas de las últimas décadas y en las que el cáncer tiene carácter"argumental"; algunos de cuyos títulos pueden ser un recurso de primer orden para la formación de los profesionales de la salud.
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Objetivo: Describir las características de los pacientes y del proceso oncológico, a través de una muestra de películas disponibles en DVD. Materiales y métodos. Estudio descriptivo transversal: Se analizó una muestra de conveniencia de películas en las que el cáncer tenía carácter"puntual","relevante" o"argumental". Cada película fue visionada por dos observadores que registraron variables del paciente (edad, sexo, estado civil, etc.), del proceso oncológico (síntomas, pruebas diagnósticas, tratamientos y evolución) y del entorno sanitario, entre otras. Resultados: Se analizaron 33 películas producidas en 11 países (1939-2008). El 58% de los pacientes eran varones; y el 47% pertenecía a las clases altas y media-alta. La localización más frecuente del cáncer fue en cerebro y en sangre, con seis casos para cada localización. La media de síntomas por título fue de 3,63; la clínica general (dolor, fatiga, anorexia, etc.) se observó en el 43,32% de las películas. Las pruebas diagnósticas se mencionaron en el 85% de los títulos. El tratamiento más frecuente fue la analgesia y la quimioterapia; no obstante, fallecieron 19 pacientes (58%). Los médicos y las enfermeras intervinieron en 28 y 22 títulos, respectivamente. Conclusiones: El cáncer que muestra el cine difiere de la realidad: por cuanto el cine prefiere los pacientes jóvenes, de clase social alta y las localizaciones más fotogénicas. La clínica, las pruebas diagnósticas y los tratamientos suelen reflejar la realidad, sobre todo en las películas de las últimas décadas y en las que el cáncer tiene carácter"argumental"; algunos de cuyos títulos pueden ser un recurso de primer orden para la formación de los profesionales de la salud.
Resumo:
En este artículo se analizan siete blogs escritos por mujeres con cáncer de mama. En primer lugar, se indaga sobre su forma de concebir el cuerpo en relación, por un lado, al impacto del cáncer en los órganos y procesos corporales ligados a la feminidad y, por el otro, a su carácter mortal. En segundo lugar, se analiza su atribución de agencia en relación a la enfermedad y su curación. Se observa que la responsabilidad en la curación se atribuye principalmente a los médicos, pero aparece con fuerza la idea que la mujer se puede sanar mediante cambios en su estilo de vida y a través del pensamiento positivo. Este establece un marco en el que las afectadas de cáncer encuentran dificultades para reconocer y expresar aspectos considerados negativos del proceso como la rabia, la desesperación o el miedo a la muerte, al mismo tiempo que marca una distinción entre pacientes con trayectorias de éxito en su curación y los que no lo consiguen, que son culpabilizados.