816 resultados para Migrantes
Resumo:
Este trabalho de investigação constitui uma aproximação sociológica no âmbito da saúde internacional e no contexto da sociologia da saúde, em particular da saúde dos migrantes, relativamente às suas representações e práticas de saúde e de doença. O objecto de investigação centra-se na análise das questões sobre a saúde e a doença dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociológica. O estudo teve como principal objectivo compreender – através de relatos pessoais – a forma como os indivíduos entendem a saúde e a doença no campo das representações sociais de saúde e analisar os seus comportamentos em termos das suas práticas de saúde e de doença. Pretendeu-se estabelecer uma análise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanças e/ou divergências das representações e das práticas de saúde e de doença dos entrevistados. A nossa intenção era verificar se elas se deviam a factores socioeconómicos, a factores culturais e de identidade étnica, ou à combinação de ambos. No plano teórico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em várias áreas das Ciências Sociais, (sociologia da saúde, sociologia das migrações e antropologia da saúde). A hipótese geral centrava-se na ideia de que as representações e as práticas de saúde e de doença destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferências do carácter cultural e da pertença étnica. Estas dimensões podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconómicos. A hipótese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere à autoavaliação e percepção do estado de saúde, às representações, crenças e atitudes face à saúde e à doença, às experiências e comportamentos, aos estilos de vida e às práticas de saúde e percursos de doença. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivíduos cabo-verdianos da «primeira geração» em Portugal, mais precisamente os que residem na região de Lisboa, a qual para efeitos de análise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), geração (mais jovens e mais velhos) e género (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optámos por uma metodologia qualitativa através da realização de entrevistas semiestruturadas para recolha da informação. O tratamento dos dados consistiu na análise de conteúdo temática das entrevistas e na identificação de diferenças e semelhanças entre e intra cada um dos subgrupos. A análise dos resultados comprova a existência de diferenças entre os grupos sociais relativamente às representações e práticas de saúde e de doença. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconómicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenças fizeram também sobressair dois tipos de visão: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma visão mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma visão existencial, mais ligada às condições materiais de existência e que corresponde às representações feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivíduos mais velhos do grupo popular encaravam a saúde e a doença de forma semelhante ao «modelo biomédico», enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do «modelo biopsico- social». As representações de saúde e de doença traduziram-se em definições que foram desde o orgânico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a saúde a aspectos fisiológicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a saúde e a doença enquanto fenómenos mais globais e externos aos indivíduos. Também se evidenciou, quando da análise dos dados, ao nível dos subgrupos de género e geração no seio do mesmo grupo social, que as diferenças eram menos evidentes entre eles do que as que encontrámos quando comparámos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconómicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranças culturais. Em geral, os indivíduos sobrevalorizaram a sua identidade étnica e a cultura de origem comum. A pertença a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, dá origem a uma partilha do sentimento de pertença cultural, mas não a comportamentos e práticas idênticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidadãos e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de saúde às transformações multiculturais, que neste momento são vividas a rápidos ritmos de mudança.
Resumo:
Nos últimos trinta anos tem sido desenvolvido pouco esforço concertado para incorporar o género nas teorias das migrações internacionais. As teorias das migrações têm-se centrado nas causas das imigrações, não conseguindo encontrar respostas para uma diversidade de questões. As teorias não proporcionam uma real compreensão sobre quem são as mulheres migrantes, sobre as condições em que as mulheres migram e não explicam o predomínio das mulheres em determinados fluxos laborais, em detrimento de outros. Não explicam, ainda, as circunstâncias que encorajam as mulheres a tornarem-se migrantes transnacionais, a entrarem em canais de tráfico ou a procurar asilo. A dificuldade à escala internacional em incorporar o género nos estudos das migrações pontua, naturalmente, os estudos em Portugal e diferentes áreas disciplinares tendem a centrar-se exclusivamente em determinados tipos de migrações, enfatizando diferentes explicações. Este estudo privilegia uma perspectiva psicológica de análise (para além das perspectivas sociológica e económica mais comuns na análise da temática). Nele as mulheres não representam uma das dimensões de análise, constituindo o próprio objecto de estudo.
Resumo:
The position of the anthropologist in the field is discussed, in this article, as a position of “estranged intimacy”, that is to say, the anthropologist occupies an ambiguous position of becoming intimately involved whilst concurrently standing back. This definition derives from reflections upon fieldwork, conducted in the north of Portugal, with Cape Verdean migrant young women and their experiences as mothers. The article discusses two aspects related to the fieldwork. Firstly, the way in which diverse strategies of establishing relations in the field placed me in a position of “estranged intimacy” which reconfigured the meanings I had initially attributed to the term “Cape Verdean women”. Secondly, how becoming unexpectedly involved in a situation of intense conjugal conflict led me to reconsider my understanding of Cape Verdean gender relations. Both cases demonstrate how the endeavour to produce analytical and ethnographical knowledge was shot through with an unstable mix of detachment and involvement and how coming up against the unexpected may contribute towards the reconfiguration of ethnographic knowledge, in this specific case, with regard to the dynamics of gender relations.
Resumo:
Para a realização do presente trabalho, intitulado“A Pensão dos Idosos e a Protecção na Velhice” Caso dos Idosos de Santa Catarina de Santiago, analisou-se a problemática da 3ª idade, as dificuldades enfrentadas no dia-a-diados idosos em Santa Catarina, as vulnerabilidades, o tratamento que lhes é dado no seio familiar, no meio social, assim como o impacto que a pensão social tem nas suas vidas. Foi utilizado a metodologia de recolha documental, bem como a análise e tratamento de dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, Câmara Municipal de Santa Catarina, Instituto Nacional de Previdência Social, Centro de Desenvolvimento Social e Centro Nacional de Pensão Social. Realizou-se ainda entrevistas, com base num guião semi-estruturado e laborado para o efeito. Este estudo realça a realidade dos pensionistas de Santa Catarina, tantoos do regimecontributivo como os do regime não contributivo. A maioria dos idosos usufruem de umapensão, em que no regime geral temos 130 pessoas que recebem através do INPS, 64 delesrecebem uma pensão por velhice, cerca de 14 pessoas recebem uma pensão por invalidez, 51 pessoas recebem uma pensão de sobrevivência e apenas uma tem uma pensão complementar.Temos cerca de 1.614que são pensionistas de convenção, (trabalhadores migrantes), e um total de 2.054 pensionistas, pertencente ao regime não contributivo. A discussão e análise dos resultados confirmam as hipóteses, concluindo que as políticas sociais que sustentam a pensão dos idosos têm tido um forte impacto na família e na sociedade ajudando a combater a pobreza, exclusão e desigualdades sociais, melhorando a qualidade de vida destes e dando-lhes mais segurança e protecção.
Resumo:
En Suisse, le nombre de filles et de femmes migrantes excisées au cours de leur enfance dans leur pays d'origine ou menacées de mutilations génitales rituelles est estimé à 6-7000. Les professionnels de la santé en tant qu'interlocuteurs privilégiés doivent donc être en mesure de répondre aux questions y relatives, non seulement durant l'adolescence, mais aussi dans toutes les phases de la vie. L'absence d'information ou de transmission par des aînées aussi bien avant l'excision qu'au moment de la maturité sexuelle en fait souvent un événement biographique traumatisant. Arrivées en Suisse, le décalage entre les attentes socioculturelles et familiales et le vécu individuel, influencé par le pays d'accueil, peut s'avérer particulièrement difficile à vivre pour les jeunes filles concernées. In Switzerland, the estimated number of survivors after traditional female genital mutilation in the country of origin or girls and adult women at risk is 6-7000. Health professionals must be able to respond adequately to their questions not only during adolescence but through out the different periods of life. The lack of information or transmission by the seniors as well before the excision as at the time of sexual maturity contributes in a large measure to the frequent biographic trauma. It can be very difficult for the girls to deal with the gap between socio cultural and family expectations and their individual life experience in Switzerland.
Resumo:
Existen muchas desigualdades entre las diversas poblaciones que viven en España. Se han medido muchas que distinguen a españoles y extranjeros. Las mujeres constituyen un colectivo específico. La gran diferenciaentre un colectivo local, que ha nacido en un lugar y los que vienen de fuera se refiere, en primer lugar, a la estructura de edades. Mientras que en los primeros están todospresentes, en el segundo grupo, normalmente, se desplazan las personas en edad activa, que también corresponde a la edad fecunda de las mujeres. Esto establece una diferenciafundamental entre unos y otros.Entre los migrantes, ya pueden ser internos o externos, las familias jóvenes abundan y la tercera edad resulta normalmente ausente. Los jóvenes son los que tienen los niños, los que usan las escuelas y los que menos usan elservicio de salud o menos gastas provocan, de acuerdo con su franja de edad. Si después de pasada la edad activa retornan o se quedan, eso establecerá la gran diferencia.Pero, en el caso de España, sólo se puede hacer este enunciado para el futuro de los extranjeros y para el pasado de los desplazamientos internos. Se ha visto que muchos vuelven al pueblo, pero queda en el mismo Estado. Con los que vinieron de fuera, no se sabe lo que va a suceder.
Resumo:
Resulta muy difícil estimar el aporte al crecimiento natural de las personas venidas de fueras y nuevos residentes, de acuerdo con la propuesta de Naciones Unidas. Históricamente, No ha habido acuerdo acerca de la fecundidad de los migrantes. Andorka consideró que la migración producía un efecto depresor en la fecundidad. Estudios sobre la fecundidad de los migrantes internos en la sociedad catalana han mostrado el contraste entre un creciente indicador sintético de fecundidad (ISF) y un efecto reducido en la fecundidad longitudinal. Un intento de explicación basado en el tiempo, nacimientos pospuestos y adaptación, se presenta. Se trata de una combinación de la propuesta de Andorka del efecto depresor de la fecundidad, con un segundo tiempo de recuperación en destino. Esta Hipótesis en dos Tiempos (H2T) tiene carácter tentativo. Considera sólo un efecto de calendario. Se utilizan datos oficiales de la Encuesta de Fecundidad de 1999, de un Censo anterior y de natalidad. La H2T se considera una explicación posible de las altas tasas de natalidad de Europa y América.Estimaciones sobre la evolución de los nacimientos futuros de mujeres extranjeras, en al menos dos escenarios, son contemplados al final del artículo.
Resumo:
Existen muchas desigualdades entre las diversas poblaciones que viven en España. Se han medido muchas que distinguen a españoles y extranjeros. Las mujeres constituyen un colectivo específico. La gran diferenciaentre un colectivo local, que ha nacido en un lugar y los que vienen de fuera se refiere, en primer lugar, a la estructura de edades. Mientras que en los primeros están todospresentes, en el segundo grupo, normalmente, se desplazan las personas en edad activa, que también corresponde a la edad fecunda de las mujeres. Esto establece una diferenciafundamental entre unos y otros.Entre los migrantes, ya pueden ser internos o externos, las familias jóvenes abundan y la tercera edad resulta normalmente ausente. Los jóvenes son los que tienen los niños, los que usan las escuelas y los que menos usan elservicio de salud o menos gastas provocan, de acuerdo con su franja de edad. Si después de pasada la edad activa retornan o se quedan, eso establecerá la gran diferencia.Pero, en el caso de España, sólo se puede hacer este enunciado para el futuro de los extranjeros y para el pasado de los desplazamientos internos. Se ha visto que muchos vuelven al pueblo, pero queda en el mismo Estado. Con los que vinieron de fuera, no se sabe lo que va a suceder.
Resumo:
Resulta muy difícil estimar el aporte al crecimiento natural de las personas venidas de fueras y nuevos residentes, de acuerdo con la propuesta de Naciones Unidas. Históricamente, No ha habido acuerdo acerca de la fecundidad de los migrantes. Andorka consideró que la migración producía un efecto depresor en la fecundidad. Estudios sobre la fecundidad de los migrantes internos en la sociedad catalana han mostrado el contraste entre un creciente indicador sintético de fecundidad (ISF) y un efecto reducido en la fecundidad longitudinal. Un intento de explicación basado en el tiempo, nacimientos pospuestos y adaptación, se presenta. Se trata de una combinación de la propuesta de Andorka del efecto depresor de la fecundidad, con un segundo tiempo de recuperación en destino. Esta Hipótesis en dos Tiempos (H2T) tiene carácter tentativo. Considera sólo un efecto de calendario. Se utilizan datos oficiales de la Encuesta de Fecundidad de 1999, de un Censo anterior y de natalidad. La H2T se considera una explicación posible de las altas tasas de natalidad de Europa y América.Estimaciones sobre la evolución de los nacimientos futuros de mujeres extranjeras, en al menos dos escenarios, son contemplados al final del artículo.
Resumo:
A partir de la propuesta acerca de los componentes de la sociedad civil de Pérez Díaz, se analizan los migrantes extranjeros como partícipes en la sociedad española. El estudio de las formas de participación que se ha elegido es la inscripción administrativa y la relación con el estado. Se busca detectar y analizar las formas de respuesta de los inmigrantes internacionales en este ámbito. Constituye una forma de relación con las instituciones, independientemente de su situación con la autoridad y de la disposición o no de permisos de residencia. La distribución de los extranjeros es por continente de nacionalidad y se destaca netamente la participación de las personas de América. Las fuentes de datos son: el Censo de 2001, las Amnistías de 2000 y 2001 y los registros de Residentes. Especial mención merecen los resultados en Catalunya, además del análisis a nivel de España. Los latinoamericanos presentarían la mayor cantidad de personas pendientes de regularización, que, sin embargo, han realizado la inscripción voluntaria en el padrón. Las personas de otros continentes no realizan esta inscripción si su situación no es regular o, al menos, en la proporción que lo hacen las personas provenientes de América. En su caso, la forma de relacionarse con las autoridades es independiente de su situación administrativa (poseer o no el permiso de residencia).
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar a diversidade genética das amostras de pacu do médio Rio Paranapanema e do estoque de reprodutores utilizado no programa de repovoamento da Estação de Aqüicultura e Hidrologia da usina hidrelétrica Duke Energy, por meio do marcador RAPD. Foram utilizados 14 primers para analisar 30 indivíduos capturados no médio Rio Paranapanema e 29 indivíduos do estoque de reprodutores. O índice de diversidade genética de Shannon e a percentagem de fragmentos polimórficos foram superiores nos indivíduos capturados do Rio Paranapanema. A similaridade genética foi maior nos indivíduos do estoque de reprodutores. A análise da variância molecular mostrou que a maior parte da variação está dentro de cada grupo (84,2%) e não entre os grupos (15,8%). A identidade e distância genética entre os grupos foram 0,9517 e 0,0549, respectivamente. Moderada diferenciação genética (F ST = 0,15) e alto número de migrantes por geração (Nm = 5,33) foram observados entre os dois grupos. Há menor diversidade genética do estoque de reprodutores em relação aos indivíduos capturados do Rio Paranapanema.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade genética em quatro estoques de tambaquis (Colossoma macropomum) de diferentes regiões do Brasil, por meio de marcador RAPD. Foram utilizados 10 iniciadores para analisar 116 indivíduos, coletados de pisciculturas nos municípios de Urupá, RO, Teixeirópolis, RO, Neópolis, SE e Sorriso, MT. Foram encontradas diferenças nas frequências de 67 fragmentos, com um fragmento exclusivo em Sorriso e dois em Neópolis. Observaram-se altos valores de polimorfismo (72,92 a 83,33%), diversidade genética de Nei (0,27 a 0,30) e índice de Shannon (0,39 a 0,45). A análise da variância molecular, demonstrou que a maior parte da variação está dentro de cada estoque e não entre os estoques. A identidade e a distância genética entre os agrupamentos variou de 0,93 a 0,98 e 0,02 a 0,07, respectivamente, com menos distância entre os agrupamentos Urupá x Sorriso e entre Teixerópolis x Neópolis. A diferenciação genética variou de baixa a moderada (Fst = 0,03 a 0,15) e o número de migrantes por geração foi alto (Nm = 5,96 a 24,3), entre os agrupamentos. Os estoques apresentam alta variabilidade e baixa diferenciação e distância genética entre si.
Resumo:
L’article presenta una síntesi de les principals conclusions sobre Menors Migrants No Acompanyats, les seves característiques, els perfils existents i la invisibilitat social que els afecta no només com immigrants sinó també com a menors d’edat. Conclusions extretes de la investigació estatal realitzada sobre aquests i aquestes menors pel Grup d’Investigació IFAM (Infància i Família en Ambients Multiculturals). D’aquesta manera s’aporta informació descriptiva sobre aquest fenomen migratori, però també apunts per a la reflexió. S’inclou la perspectiva de gènere com a via per visibilitzar les menors de les quals menys coneixement es disposa al món acadèmic i a la societat en general.
Resumo:
Les travailleuses du sexe constituent un groupe hétérogène qui cumule les facteurs de vulnérabilité, comme l'instabilité géographique, la migration forcée, les addictions et la précarité du permis de séjour. Leur accès aux soins dépend notamment des lois régissant le "marché du sexe" et de la politique migratoire du pays d'accueil. Dans cet article, nous passons en revue diverses stratégies sanitaires européennes destinées à ce groupe vulnérable et présentons les résultats préliminaires d'une étude pilote réalisée auprès de 50 travailleuses du sexe pratiquant dans les rues de Lausanne. Les résultats sont préoccupants : 56% n'ont pas d'assurance maladie, 96% sont migrantes et 66% sans permis de séjour. Ces résultats préliminaires devraient sensibiliser les décideurs politiques à améliorer l'accès aux soins des travailleuses du sexe. [Abstract] Sex workers constitute a heterogeneous group possessing a combination of vulnerability factors such as geographical instability, forced migration, substance addiction and lack of legal residence permit. Access to healthcare for sex workers depends on the laws governing the sex market and on migration policies in force in the host country. In this article, we review different European health strategies established for sex workers, and present preliminary results of a pilot study conducted among 50 sex workers working on the streets in Lausanne. The results are worrying: 56% have no health insurance, 96% are migrants and 66% hold no legal residence permit. These data should motivate public health departments towards improving access to healthcare for this vulnerable population.