984 resultados para FROTIS VAGINAL
Resumo:
Foram estudados 17 casos de ancilostomose e determinados alguns parâmetros hematológicos como: dosagem de hemoglobina, do ferro sérico e da transferrina, contagem de hemácias, hematócrito, volume corpuscular médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM). O estudo incluiu também a obtenção de alguns dados eritrocinéticos, como a determinação da velocidade de decaimento do ferro plasmático (T1V2 do 59Fe) e da incorporação do ferro à hemoglobina. O estudo radioisotópico permitiu ainda determinar o volume de sangue e a quantidade de hemoglobina perdida nas fezes, bem como o teor de ferro reabsorvido dessa hemoglobina. Estabeleceram também o grau de infecção através da contagem de ovos e de vermes nas fezes. Os doentes não apresentaram evidente alteração nutricional. A carência de ferro foi o fator comum a todos os casos que exibiram anemia, constituindo a base fisiopatológica da anemia ancilostomótica. O verme fixado à mucosa duodenal suga o sangue do hospedeiro e esta espoliação de sangue a longo prazo provoca a anemia. O volume de sangue perdido é geralmente proporcional ao grau de infecção, mas a quantidade de hemoglobina perdida mostrou ser independente do volume de sangue espoliado. A reabsorção de grande parte do ferro da hemoglobina perdida na luz intestinal concorre para que a anemia se estabeleça mais tardiamente que em outras hemorragias como a vaginal. Os indivíduos anêmicos foram submetidos a transfusões de sangue e com isso apresentaram melhora clínica e laboratorial, imediata mas temporária. A cura clínica foi estabelecida somente após tratamento adequado com vermífugos.
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Foram estudados os conhecimentos e opiniões dos profissionais de saúde do Município de Botucatu, SP (Brasil), acerca da freqüência e gravidade de treze sintomas e sinais de doenças, visando à comparação com as opiniões emitidas pela população urbana do Município. Foram entrevistados 435 profissionais de saúde ativos (médicos, enfermeiros, auxiliares e atendentes de enfermagem e outros), a maioria do sexo feminino, com idade de 25 a 44 anos. A categoria de atendentes foi a mais numerosa. De modo geral, os cinco últimos sintomas da relação constante do formulário - sangue no escarro, sangramento vaginal, caroço no seio, acessos e sangue na urina, foram considerados menos freqüentes e mais graves, comparativamente aos oito primeiros: falta de ar, febre, fraqueza, dor nas costas, dor no peito, dor de cabeça, tosse e diarréia. Dentre as categorias, os médicos diferenciaram-se atribuindo, com menor freqüência, escores altos para a freqüência e gravidade. Os clínicos valorizaram mais do que os cirurgiões, esses dois fatores, para quase todos os sintomas. O cotejo com a opinião dos leigos entrevistados revelou semelhanças nas tendências, embora tenha havido, por parte destes, maior valorização da freqüência e gravidade.
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OBJETIVO: Comparar a incidência de amamentação conforme o tipo de parto. MATERIAL E MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo de base populacional com 655 crianças brasileiras nascidas no ano de 1993 e acompanhadas durante o primeiro trimestre de vida, através de duas visitas domiciliares. RESULTADOS: A duração da amamentação foi similar entre os nascidos por parto vaginal e cesariana emergencial. Os nascidos por cesariana eletiva apresentaram um risco três vezes maior de interromper a lactação no primeiro mês de vida, após controle de fatores de confusão (razão de odds=3,09; 95% IC 1,3-7,2). Este aumento de risco não persitiu até o terceiro mês de vida. CONCLUSÕES: Recomenda-se aos serviços de saúde atenção especial a lactantes submetidas a cesarianas eletivas, para que seja promovido o aleitamento desde as primeiras semanas, evitando a interrupção precoce.
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OBJECTIVE: To compare HIV seronegative (HIV-) and HIV seropositive (HIV+) males in terms of sexual behavior with female and male partners of different types. METHOD: Cross-sectional study. From August 1994 to February 1995, a sample of 236 respondents (150 HIV- and 86 HIV+) recruited from public health centers in the State of S. Paulo (Brazil), answered a questionnaire, including questions on demographic aspects, HIV and AIDS related knowledge, sexual orientation, use of alcohol and other drugs, sexual behavior with regular and casual female and male partners, and perceived risk of HIV infection. Sexual behavior with regular and casual female and male partners within the previous three months, was investigated. RESULTS: A lower proportion of HIV+ engaged in sexual contact with regular female partners (p < .01) and in vaginal intercourse with this type of partner (p < .01). A lower proportion of HIV+ engaged in overall sexual activity (p < .001) and reported lower frequency of penetrative sexual practices (p < .05). A high level of condom use with female and male partners was identified with no significant differences being found between the two serostatus groups. Some risky sexual behavior was identified, however, especially with regular partners, suggesting that some men were continuing to practice unsafe sex. CONCLUSIONS: The high level of condom use identified suggests that safer sex advice has been taken up. Condom use was not universal, however, and some men continue to place themselves at risk, especially with regular partners. Prevention programs should strive not only to encourage HIV- to practice safer sex, but also to encourage HIV+ to do so in order to prevent further transmission of the virus.
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OBJETIVO: Estudar a prevalência de sintomas climatéricos, urogeniatais e sexuais em população de mulheres do Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo de corte transversal, de base populacional. Selecionaram-se, por meio de processo de amostragem, 456 mulheres, residentes no município de Campinas, SP, na faixa etária de 45-60 anos de idade, em 1997, segundo informações da agência local do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados foram coletados por meio de entrevistas domiciliares, com questionários estruturados e pré-testados. A análise dos dados foi realizada pelo teste do qui-quadrado, teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, com nível de significância estatística menor que 0,05. A intensidade dos sintomas climatéricos foi analisada pelos índices circulatório e psicológico. A análise de componentes principais foi utilizada para determinar a inter-relação dos sintomas climatéricos. RESULTADOS: Os sintomas climatéricos mais prevalentes foram: nervosismo (82%), fogachos (70%), cefaléia (68%), irritabilidade (67%) e sudorese (59%). Os fogachos, a sudorese e a insônia foram significativamente mais prevalentes na peri e pós-menopausa. A freqüência (intensidade) dos sintomas vasomotores e psicológicos não variou segundo o estado menopausal. A prevalência de incontinência urinária foi de 27,4%. A queixa de dispareunia e secura vaginal foi pouco freqüente. Em relação às queixas sexuais, a diminuição do interesse sexual foi a mais freqüente. Constatou-se que algumas queixas climatéricas são inter-relacionadas. O primeiro aglomerado incluiu as ondas de calor e a sudorese (aglomerado vasomotor). O segundo, depressão, nervosismo e irritabilidade (aglomerado psicológico) e o terceiro, tontura e palpitação (aglomerado atípico). CONCLUSÕES: A prevalência de sintomas climatéricos na população estudada foi elevada e semelhante à descrita em países ocidentais desenvolvidos.
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OBJETIVO: Analisar as complicações maternas associadas ao tipo de parto e comparar o parto cesáreo com o via vaginal. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 1.748 partos realizados em hospital universitário de São Paulo no período de abril a dezembro de 2001, cujos recém-nascidos apresentaram peso superior a 500 gramas. Foram analisadas as complicações maternas ocorridas durante o parto e as diagnosticadas durante o puerpério, necessitando de nova internação da paciente. Para análise estatística, foram utilizados o teste t de Student e o teste Exato de Fisher. Adotou-se como nível de significância o valor de 0,05. RESULTADOS: O parto cesáreo foi realizado em 988 pacientes (56,5%) e o por via vaginal em 760 (43,5%). As complicações hemorrágicas ocorreram em 1,2% dos casos de cesárea e em 0,8% dos casos de parto via vaginal, sem diferença significativa entre esses grupos. A endometrite ocorreu em 0,4% dos casos de cesárea e em 0,1% dos partos por via vaginal, não sendo observada diferença significativa. Dois casos de infecção puerperal evoluíram para histerectomia no grupo cujo parto foi cesáreo. Não foi observado nenhum caso de óbito materno relacionado à cesárea. CONCLUSÕES: Não foram constatadas associações entre as complicações maternas e o tipo de parto no período analisado.
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OBJECTIVE: To determine changes in the incidence of vaginal deliveries, cesarean sections, and forceps deliveries and their potential association with fetal, early neonatal, and perinatal mortality rates over time. METHODS: A retrospective study was carried out and the occurrence of deliveries supervised by university services between January 1991 and December 2000 was determined. Data regarding fetal, early neonatal, and perinatal deaths were assessed using obstetric and pediatric records and autopsy reports. RESULTS: Of a total of 33,360 deliveries, the incidence of vaginal deliveries, cesarean sections, and forceps deliveries was relatively steady (around 60, 30, and 10%, respectively) while, at the same time, there was a marked reduction in fetal mortality (from 33.3 to 13.0), early neonatal mortality (from 30.6 to 9.0), and perinatal mortality (from 56.4 to 19.3). CONCLUSIONS: The marked reduction in perinatal mortality rates seen during the study period without an increase in cesarean sections indicates that the decrease in perinatal mortality was not impacted by cesarean section rates. The plausible hypothesis seems to be that the reduction in perinatal mortality of deliveries performed under the supervision of university services was more likely to be associated with better neonatal care rather than the mode of delivery.
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OBJETIVO: Conhecer a preferência de mulheres quanto às vias e formas de parto, e a opinião de médicos a respeito dessa preferência. MÉTODOS: Foram entrevistadas 656 mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde, em hospitais de São Paulo e Pernambuco incluídos no Estudo Latino-Americano de Cesárea (ELAC): 230 em três hospitais de intervenção, em que a estratégia da segunda opinião diante da decisão de realizar uma cesárea foi adotada como rotina, e 426 mulheres em quatro hospitais de controle, onde não houve intervenção. Os médicos responderam a um auto-questionário, sendo 77 dos hospitais de intervenção e 70 dos de controle. Para análise dos dados foram utilizados o qui-quadrado de Mantel-Haenszel, o teste Yates ou o Exacto de Fischer. RESULTADOS: Nos dois tipos de hospital, a grande maioria das mulheres declarou preferir o parto vaginal à cesárea. Essa preferência foi significativamente maior entre as entrevistadas que já haviam experimentado as duas formas de parto (cerca de 90% nos dois tipos de hospital), comparadas às que haviam tido só cesáreas (72,8% nos hospitais de intervenção e 77,8% nos de controle). Na opinião de 45% dos médicos dos hospitais de intervenção e de 55% dos de hospitais de controle, a maioria das mulheres submetidas a uma cesárea sentia-se satisfeita; 81 e 85% dos médicos, respectivamente, consideraram que as mulheres solicitam cesariana, porque têm medo do parto vaginal. CONCLUSÕES: O conceito de que a principal causa do aumento na taxa de cesárea é o respeito dos desejos das mulheres por parte dos médicos não tem sustentação na opinião declarada pelas mulheres. Uma melhor comunicação entre médicos e mulheres grávidas talvez possa contribuir para melhoria da situação atual.
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OBJETIVO: Avaliar os conhecimentos, atitudes e prática acerca do exame de Papanicolaou e verificar sua associação com variáveis sociodemográficas entre mulheres. MÉTODOS: Por meio de inquérito domiciliar foram entrevistadas 200 mulheres da localidade de Puerto Leoni, Misiones, Argentina, selecionadas de forma aleatória simples. As respostas foram descritas quanto ao conhecimento, atitude e prática, e suas respectivas adequações para o exame de Papanicolaou, previamente definidas. A adequação foi comparada entre as categorias das variáveis de controle pelo teste chi2, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: O conhecimento e prática do exame de Papanicolaou foram adequados em 49,5% e 30,5% das entrevistadas, respectivamente, embora a atitude frente ao exame tenha sido considerada adequada em 80,5% das entrevistadas. A falta de solicitação pelo médico ou por outros profissionais de saúde foi referida por 58,9% das mulheres como principal motivo para não realização do exame. CONCLUSÕES: Os resultados revelaram a necessidade, sobretudo entre os profissionais de saúde, de fornecerem mais informações sobre o exame, gerando conhecimento à população sobre as vantagens e benefícios do exame Papanicolaou.
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OBJECTIVE: To assess factors associated with infant feeding practices on the first day at home after hospital discharge. METHODS: A total of 209 women, who had a child aged four months or less and were living in Itapira, Brazil, were interviewed during the National Immunization Campaign Day in 1999. Statistical analysis was performed using the Chi-square test and a logistic regression model was used for verifying an association between dependent and independent variables. RESULTS: Women aged 25.5 years on average and 18.2% were teenagers. Fifty-three percent of the women delivered vaginally and most vaginal deliveries (78.5%) took place in the public hospital. The prevalence of exclusive breastfeeding on the first day at home was 78.1% and 11.6% of the infants were receiving formula at this time. The only factor associated with EBF on the first day at home was being a teenaged-primiparous mother (OR=9.40; 95% CI: 1.24-71.27). This association remained statistically significant even after controlling for type of delivery and hospital where the birth took place. Feeding formula on the first day at home was only significantly associated with the hospital (i.e., birth at the city hospital was a protective factor (OR=0.33; 95% CI: 0.13-0.86), even after controlling for vaginal delivery. CONCLUSIONS: On the first day at home after hospital discharge, teenaged-primiparous mothers were more likely to exclusive breastfeeding as well as those infants born in the municipal public hospital. Further studies are needed from a multidisciplinary approach.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade da atenção durante o processo de trabalho de parto de acordo com normas da Organização Mundial de Saúde. MÉTODOS: Trata-se de estudo do tipo caso-controle, realizado em duas maternidades: pública e conveniada com o Sistema Único de Saúde, no Município do Rio de Janeiro. A amostra foi composta por 461 mulheres na maternidade pública (230 partos vaginais e 231 cesáreas) e por 448 mulheres na maternidade conveniada (224 partos vaginais e 224 cesáreas). De outubro de 1998 a março de 1999, foram realizadas entrevistas com puérperas e revisão de prontuários. Foi construído escore sumarizador da qualidade do atendimento. RESULTADOS: Observou-se baixa freqüência de algumas práticas que devem ser encorajadas, como presença de acompanhante (1% na maternidade conveniada, em ambos os tipos de parto), deambulação durante o trabalho de parto (9,6% das cesáreas na maternidade pública e 9,9% dos partos vaginais na conveniada) e aleitamento na sala de parto (6,9% das cesáreas na maternidade pública e 8,0% das cesáreas na conveniada). Práticas comprovadamente danosas e que devem ser eliminadas como uso de enema (38,4%), tricotomia, hidratação venosa de rotina (88,8%), uso rotineiro de ocitocina (64,4%), restrição ao leito durante o trabalho de parto (90,1%) e posição de litotomia (98,7%) para parto vaginal apresentaram alta freqüência. Os melhores resultados do escore sumarizador foram obtidos na maternidade pública. CONCLUSÕES: As duas maternidades apresentam freqüência elevada de intervenções durante a assistência ao parto. A maternidade pública, apesar de atender clientela com maior risco gestacional, apresenta perfil menos intervencionista que maternidade conveniada. Procedimentos realizados de maneira rotineira merecem ser discutidos à luz de evidências de seus benefícios.
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OBJETIVO: Estudar os fatores relacionados à preferência por cesariana, em gestantes sem intercorrências. MÉTODOS: Estudo transversal com 156 gestantes, de clínica privada na cidade de Osasco, Estado de São Paulo, no período de outubro de 2000 a dezembro de 2001. As gestantes estavam em idade gestacional de 28 semanas ou mais, sem contra-indicação formal para parto vaginal, no momento da entrevista. Foi aplicado questionário sobre informações sociodemográficas, história obstétrica passada e atual. Perguntou-se à gestante questão específica sobre preferência para o parto. Realizou-se teste do qui-quadrado de Pearson e regressão logística para análise multivariada, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Sessenta e sete (42,9%) gestantes se diziam pouco motivadas para parto vaginal. Na análise multivariada foram estatisticamente significativas as seguintes variáveis: parto vaginal prévio (p<0,001; ORaj=0,04; IC 95%=0,01-0,12); a renda do marido superior a 750 Reais mensais (p=0,006; ORaj=3,44; IC 95%=1,38-8,33). As mulheres com parto vaginal prévio apresentaram chance 25 vezes menor de optarem por cesariana. O fato de a gestante não ter considerado satisfatória a experiência do parto prévio esteve marginalmente associado ao desfecho (p=0,06; ORaj=0,42; IC 95%=0,16-1,05). CONCLUSÕES: A motivação para parto cesariano está associada a influências como tipo e grau de satisfação com o parto prévio e renda.
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OBJECTIVE: To assess the association between pre-gestational obesity and weight gain with cesarean delivery and labor complications. METHODS: A total of 4,486 women 20-28 weeks pregnant attending general prenatal care clinics of the national health system in Brazil from 1991 to 1995 were enrolled and followed up through birth. Body mass index categories based on prepregnancy weight and total weight gain were calculated. Associations between body mass index categories and labor complications were adjusted through logistic regression analysis. RESULTS: Obesity was present in 308 (6.9%) patients. Cesarean delivery was performed in 164 (53.2%) obese, 407 (43.1%) pre-obese, 1,045 (35.1%) normal weight and 64 (24.5%) underweight women. The relative risk for cesarean delivery in obese women was 1.8 (95% CI: 1.5-2.0) compared to normal weight women. Greater weight gain was particularly associated with cesarean among the obese (RR 4th vs 2nd weight gain quartile 2.2; 95% CI: 1.4-3.2). Increased weight at the beginning of pregnancy was associated with a significantly higher adjusted risk of meconium with vaginal delivery and perinatal death and infection in women submitted to cesarean section. Similarly, greater weight gain during pregnancy increased the risk for meconium and hemorrhage in women submitted to vaginal delivery and for prematurity with cesarean. CONCLUSIONS: Pre-gestational obesity and greater weight gain independently increase the risk of cesarean delivery, as well as of several adverse outcomes with vaginal delivery. These findings provide further evidence of the negative effects of prepregnancy obesity and greater gestational weight gain on pregnancy outcomes.
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OBJETIVO: Descrever o comportamento bissexual masculino quanto à identidade sexual, uso de preservativo, freqüência de relações sexuais e tipos de parceria e verificar diferenças entre práticas protegidas nas suas relações com homens e mulheres. MÉTODOS: Estudo transversal aninhado em coorte de homossexuais e bissexuais HIV negativos implantada em 1994 em Belo Horizonte (Projeto Horizonte). Dos 1.025 voluntários recrutados entre 1994 e 2005, foram selecionados 195 que relataram, na admissão, ter tido relações sexuais com homens e mulheres nos seis meses anteriores à entrevista. Foi criado índice de risco comportamental, designado Índice de Risco Horizonte, que incorpora uma constante para cada prática sexual não protegida, ajustada segundo o número de encontros sexuais. RESULTADOS: Houve predomínio de atividade sexual com homens; a maioria se auto-referiu como bissexual (55%) e homossexual (26%). A mediana do número de parceiros homens ocasionais nos últimos seis meses (4) foi superior ao de parceiras ocasionais (2) e de parceiros fixos de ambos os sexos (1). No sexo vaginal com parceira fixa, o uso inconsistente do preservativo foi de 55%, comparado com 35% e 55% no sexo anal insertivo e receptivo com parceiros fixos. O índice foi maior para os que relataram terem tido sexo com homens e mulheres comparado com os que tiveram sexo exclusivamente com mulheres ou homens. CONCLUSÕES: As situações de risco para HIV foram mais freqüentes entre os homens que relataram atividade sexual com homens e mulheres. Os comportamentos sexuais e de proteção dos bissexuais diferem conforme gênero e estabilidade da parceria, havendo maior desproteção com parceiras fixas mulheres.
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OBJETIVO: Analisar a história de rastreamento citológico anterior em mulheres que apresentaram alterações citológicas e confirmação histológica para câncer cervical. MÉTODOS: Estudo transversal com 5.485 mulheres (15-65 anos) que se submeteram a rastreamento para o câncer cervical entre fevereiro de 2002 a março de 2003, em São Paulo e Campinas, SP. Aplicou-se questionário comportamental e foi feita a coleta da citologia oncológica convencional ou em base líquida. Para as participantes com alterações citológicas indicou-se colposcopia e, nos casos anormais, procedeu-se à biópsia cervical. Para investigar a associação entre as variáveis qualitativas e o resultado da citologia, utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Dentre os resultados citológicos, 354 (6,4%) foram anormais, detectando-se 41 lesões intra-epitelial escamosa de alto grau e três carcinomas; em 92,6% revelaram-se normais. De 289 colposcopias realizadas, 145 (50,2%) apresentaram alterações. Dentre as biópsias cervicais foram encontrados 14 casos de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 e quatro carcinomas. Referiram ter realizado exame citológico prévio: 100% das mulheres com citologia compatível com carcinoma, 97,6% das que apresentaram lesões intra-epiteliais de alto grau, 100% daquelas com confirmação histológica de carcinoma cervical, e 92,9% das mulheres com neoplasia intra-epitelial cervical grau 3. A realização de citologia anterior em período inferior a três anos foi referida, respectivamente, por 86,5% e 92,8% dessas participantes com alterações citológicas e histológicas. CONCLUSÕES: Entre as mulheres que apresentaram confirmação histológica de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 ou carcinoma e aquelas que não apresentaram alterações histológicas não houve diferença estatisticamente significante do número de exames citológicos realizados, bem como o tempo do último exame citológico anterior.