999 resultados para Consciência histórica. País de Mossoró . Memória. Espacialidade
Resumo:
O artigo apresenta um conjunto articulado de reflexes a respeito do livro Memria e Sociedade: Lembranas de Velhos, de Ecla Bosi, aqui considerado como obra-prima da psicologia social e das cincias humanas. Procura destacar as originalidades de natureza terico-metodolgica do texto, a comear por uma composio singular que incorpora poesia na construo cientfica, passando por uma redefinio das relaes entre sujeito e objeto do conhecimento, ao desenvolver a perspectiva de alternncia da condio entre ambos, no desdobramento da pesquisa. Mostra, tambm, como o estudo de Ecla Bosi se fundamenta em estreitos vnculos entre a pesquisadora e os velhos pesquisados, de modo a se formar entre eles uma comunidade de destino.
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Este artigo objetiva discutir o processo de significao da cidade histórica turstica de Ouro Preto. Desenvolve-se por meio de uma pesquisa em psicologia social baseada na fenomenologia e no estudo micro-histrico da percepo. O trabalho foi baseado em extensa pesquisa de artigos, livros e outras fontes sobre a cidade de Ouro Preto. Ao final, mostram-se os diferentes discursos concernentes a quatro campos perceptivos criados durante o sculo XX.
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Para controle da hansenase, doena infectocontagiosa conhecida desde os tempos bblicos, so mostradas as intrincadas convergncias de histrias nacionais, de polticas mdicas, governamentais e internacionais. O estudo descreve a histria e as aes de controle da hansenase, a partir do comeo do sculo XIX, no estado de So Paulo, e sua conexo com o desenvolvimento da sade pblica, utilizando anlises bibliogrficas e documentais.
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Caracterizar a limitao funcional, de atividade, consciência de risco, e restrio participao social em pessoas atingidas pela hansenase no ps-alta. Estudo seccional-descritivo com 69 residentes em Sobral, Cear, com alta entre 2003 a 2005. Foram realizados exame fsico dermato-neurolgico, avaliao demogrfica, de limitao funcional-atividade-consciência de risco e de restrio participao social. Vinte (28,9%) apresentaram escores SALSA 19 e 20 e escore EHF zero. O maior escore EHF foi alcanado por dois participantes, com 25 e 28 na escala SALSA. Na escala de participao 37 (53,6%) no apresentaram restrio e tinham escore EHF zero. Dois (2,9%) com escore EHF zero tinham leve restrio e 1 (1,5%), grande restrio. Reafirma-se a potencialidade destas ferramentas para a ateno integral aos portadores.
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De 1924 a 1962 o Brasil utilizou a internao compulsria de pacientes de hansenase como controle da doena na comunidade. Com o final dessa poltica, muitos pacientes continuaram a viver nessas unidades. O Asilo Pirapitingui, hoje Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes, a nica retaguarda asilar para internao de portadores de hansenase por indicao social. Obtivemos o relato da histria de vida de oito de seus remanescentes, que foram gravados e transcritos. A anlise temtica desses relatos permitiu a identificao das seguintes categorias: hansenase; internao; vida cotidiana; a instituio; condies atuais de sade; e permanncia na instituio aps a extino da internao compulsria.
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Este trabalho problematiza, a partir de uma perspectiva scio-histórica, formas de enfrentamento violncia a que esto submetidos adolescentes e jovens de grupos populares urbanos no Brasil. Considera-se a violncia como um fenmeno complexo de grande relevncia para diversas instncias sociais. A vulnerabilidade daqueles adolescentes e jovens, expressa por inmeros ndices relacionados violncia, tem alcanado patamares alarmantes no nosso país, num contexto de polticas pblicas que so, em grande parte, insuficientes, fragmentadas e/ou inadequadas. Assim, apresenta-se o relato e a anlise de uma interveno social calcada na educao e na defesa dos direitos decorrentes da cidadania, para adolescentes e jovens vulnerveis socialmente, tomando-se como referncia uma regio composta por bairros pobres e carentes de infra-estrutura social numa cidade mdia do interior do estado de So Paulo. Trabalhou-se em diferentes projetos com aes pautadas na abordagem interdisciplinar, por meio de trs eixos bases: Violncia Escolar; Violncia Urbana; e Violao de Direitos e Comunidade. Os resultados alcanados refletem elaboraes coletivas acerca das aes destinadas aos jovens de grupos populares urbanos e suas alternativas, buscando produzir estratgias de enfrentamento dessas questes em espaos pblicos, desde a instituio escolar historicamente constituda para essa populao, assim como as instituies mais recentes que respondem lgica contraditria e complexa da assistncia ao direito. Cria-se, portanto, subsdios para polticas pblicas cujo impacto se d na direo de promover a diminuio da desigualdade, da discriminao e da violncia a que est sujeita a maioria dos adolescentes e jovens no Brasil.
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Este artigo, decorrncia da pesquisa de mestrado realizada no programa do Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Sade da Universidade Federal de So Paulo (2007), tem como objetivo apresentar a descrio e a anlise da trajetria histórica do Jornal da Paulista, jornal universitrio que surgiu na Escola Paulista de Medicina em 1987 e que circulou at 2003, quando esta j havia se transformado em universidade. Partindo do referencial terico do semilogo Eric Landowiski, a trajetria do Jornal da Paulista foi dividida em trs fases. Na primeira, o jornal foi compreendido como uma publicao direcionada necessidade de comunicao interna e de divulgao institucional; na segunda fase ocorreu uma intensificao na publicao de matrias de divulgao cientfica; e a terceira fase foi avaliada como um momento de envolvimento pleno do jornal com a comunicao pblica das cincias da sade. Apontamos que o JP constituiu-se preponderantemente como um veculo de divulgao cientfica das cincias da sade.
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A pesquisa analisa da constituio histórica da disciplina Histria da Educao ministrada na Faculdade de Filosofia Cincias e Letras do Estado do Esprito Santo, posteriormente incorporada a Universidade Federal do Esprito Santo entre os anos de 1951 e 2000. Investiga a constituio histórica da disciplina, as transformaes programticas, legais e institucionais referentes disciplina de Histria da Educao, como tambm as abordagens historiogrficas, periodizaes e os conceitos de tempo, histria e educao. A fundamentao terica e metodolgica articula-se dialogicamente a partir das construes conceituais e metodolgicas de Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin. A partir dos conceitos de polifonia e dialogismo, comum a ambos, investigou-se as vozes e dilogos impressos nas narrativas da disciplina de Histria da Educao e seu ensino, sejam em camadas mais superficiais ou profundas, encontradas no corpus documental consultado e analisado, que correspondem a: programas de ensino, transparncias, leis, estruturas curriculares, documentos de departamento; resenhas e fichamentos de textos, bibliografia obrigatria e complementar, avaliaes e entrevistas. Procurou-se no corpus documental dados aparentemente negligenciveis pistas, indcios e sinais remontar uma realidade histórica complexa e no experimentvel diretamente. Ao investigar historicamente a trajetria da disciplina Histria da Educao e seu ensino a partir dos parmetros legais, programticos e institucionais, foi possvel perceber que as mudanas mais profundas operadas na disciplina no se originam das legislaes e reestruturaes curriculares, mas dos locais de produo e socializao do conhecimento histrico. Durante o perodo analisado, as duas esferas de produo historiogrficas que mais influenciaram nas abordagens, periodizaes e conceitos de tempo, histria e educao da disciplina Histria da Educao do curso de pedagogia pesquisado foram: a editora responsvel pela publicao e divulgao dos Manuais de Histria da Educao da coleo Atualidades Pedaggicas (1951-1979) e os Programas de Ps-graduao em Educao e Histria (1980 - 2000). Entre 1951 e finais de 1970 observa-se a influncia dos Manuais de Histria da Educao, na organizao e programao do ensino de Histria da Educao e uma abordagem filosfica voltada para a histria das ideias pedaggicas e anlises do pensamento de filsofos e educadores sobre a educao e respectivas inseres em doutrinas filosficas europeias. A partir de 1980 as abordagens de cunho econmico, poltico e ideolgico dos contextos histricos educativos passaram a predominar nos programas de ensino das disciplinas de Histria da Educao I e II, e vigoraram at meados nos anos de 1990. Na disciplina de Histria da Educao I a abordagem marcada por anlises do contexto de produo e organizao das classes sociais; com relao disciplina Histria da Educao II, at meados de 1995, trata da educao brasileira. A partir da abordagem fundamentada na Teoria da Dependncia aps 1995, os documentos consultados comeam a mostrar outras marcas que sugerem uma abordagem voltada para a dimenso poltica e social, abordando a Histria da Educao Brasileira, a partir dos movimentos sociais e seus respectivos projetos educacionais.
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O direito memria o direito que tem a sociedade de conhecer, lembrar e procurar a verdade sobre seu prprio passado, sobretudo em situaes de violncia recente como o conflito armado colombiano. O direito memria pode ser garantido ou negado no campo da didatizao da histria. O ensino de histria tambm acontece em espaos no escolarizados como os museus. O tema da pesquisa : como os estudantes constroem explicaes históricas sobre o conflito armado colombiano em um ambiente museal, e sua relao com o direito memria. O trabalho de campo se desenvolve na Casa Museu Jorge Elicer Gaitn (Bogot - Colmbia), com estudantes das trs ltimas sries do sistema escolar colombiano. Partimos do pressuposto de que a Casa Museu Gaitn est vinculada no s a um passado doloroso, mas tambm a um presente conflituoso. As temporalidades superpostas deste espao museal, so analisadas atravs das relaes entre histria acadmica, histria escolar e histria cotidiana. Por isto, dialoga-se tambm com os contedos propostos para rea de Cincias Sociais e o livro didtico. Garantir um direito memria atravs do ensino de histria, passa por combater as pretenses oficiais de impor uma memria nica do passado, e oferecer ferramentas para que os estudantes possam construir explicaes históricas a partir do raciocnio crtico. Isto possvel quando os estudantes confrontam as diferentes vozes que relatam o passado recente. No caso colombiano, garantir o direito memria atravs do ensino de histria da violncia recente, ainda mais complexo pela funo que desenvolve o prprio Estado colombiano no meio do conflito armado.
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Esta pesquisa apresenta as imagens da escola como mediadoras do processo formativo dos jovens no ensino da Arte em dilogo com a histria, memria e ambientes intraescolares. Inscreve-se no debate produzido pela linha de pesquisa em Educao e Linguagens. Analisa a formao dos jovens numa turma do terceiro ano do Ensino Mdio na Escola Estadual de Ensino Mdio Hunney Everest Piovesan, localizada no municpio de Cariacica no Estado do Esprito Santo. O estudo foi realizado em 2013 e tem como objetivo analisar as imagens escolares como mediadoras na formao dos estudantes do Ensino Mdio no ensino da Arte em dilogo com a histria, memria e ambientes intraescolares. Ao mesmo tempo, por meio de trabalho colaborativo, contribui para (re)construo da histria da instituio, significando-a junto aos alunos e comunidade escolar. Por meio de interveno artstica com imagens da escola prope reflexo crtica, analisando a formao dos jovens no terceiro ano do Ensino Mdio. Para compreender os conceitos de mediao e meio social, estabelece um dilogo com as obras de Lev Semenovith Vigotski. A partir dos estudos de Maria Ciavatta e SchtzFoerste procura entender a mediao imagtica e sua dimenso educativa. Dialoga ainda com Frago, Escolano e Buffa, ampliando as reflexes sobre os ambientes intraescolares, dimensionando a imagtica desses espaos e o senso de pertencimento escola a partir da impregnao pela histria e memria. A investigao pauta-se nos referenciais do mtodo qualitativo e colaborativo de pesquisa. A produo dos dados contou com o recolhimento e anlise documental de um conjunto de fontes primrias e secundrias formadas por livro de registro de funcionrios da escola da dcada de 1970, dirios de classe, recortes de jornais, convites de formaturas e registros fotogrficos escolares dessa mesma dcada at a atualidade. Alm desses documentos histricos, foram analisadas entrevistas de antigos alunos e questionrios dos alunos do terceiro ano do Ensino Mdio da instituio. Relata brevemente experincias de curto intercmbio acadmico realizado na Universidade de Ancara, na Turquia, com o objetivo de ampliar os horizontes de referncia sociocultural, em especial com o contexto educacional do Ensino Mdio euroasitico, identificando os espaos de formao dos jovens no contexto turco e suas relaes com a educao brasileira. Esta experincia apresentada no integra a anlise desta dissertao, mas projeta a discusso para novos estudos. A anlise se elabora a partir da triangulao, entre outros, do referencial terico com o processo de interveno, produo de dados e no debate acadmico em diferentes contextos. A partir da caminhada acadmica permeada pela histria e memria, inferimos que as imagens escolares medeiam o processo formativo dos jovens do terceiro ano do Ensino Mdio no ensino da Arte. Contribuem para o cultivo da memria escolar, enquanto presena impregnada pela histria da instituio, por meio da imagtica dos seus ambientes intraescolares. Constatamos ainda que as imagens colaboram para o (re)conhecimento por parte desses sujeitos do seu papel ativo, autnomo e transformador da realidade escolar na qual esto inseridos.
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Este trabalho investiga as relaes entre a literatura e a histria em quadrinhos Sandman, escrita por Neil Gaiman. Para estabelecer o liame entre essas artes, descrevemos os primrdios da indstria dos quadrinhos de super-heris, o seu desenvolvimento e as razes dos gneros literrios populares de crime e horror, assim como as crticas que conduziram censura e subsequente superao desta que lentamente tornou possvel um novo tipo de discurso na rea dos quadrinhos, permitindo um dilogo aberto com o mundo literrio. Entendendo que as noes de intertextualidade, intermidialidade e semiose atuam como transmissores da memria da literatura e da cultura, adotamos a semitica de Charles S. Peirce, para estabelecer o encadeamento semisico do mito rfico, alm de traar a transformao da tragdia (conceito literrio) em trgico (concepo filosfica) e as suas funes na narrativa de Sandman e no percurso de Morpheus, o heri condenado.
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Realizamos uma anlise da atividade da Consciência Infeliz (unglcklichesBewusstsein), tal como foi exposta por G.W.F. Hegel em sua obraFenomenologia do Esprito(PhnomenologiedesGeistes), de 1807.A Consciência Infeliz uma denominao hegeliana referente a uma consciência religiosa que se cinde em duas; um destes seus lados, ela aliena de si e tem por sua essncia que reside no alm, o Imutvel; ao outro lado, ela mesma, assevera como o Mutvel, inessente, residente no aqum. Toda a sua atividade resume-se a unir isto que ela pe como o infinitamente desunido, a saber, ela e sua essncia, pois a consciência ainda no ciente de que esta essncia absoluta que ela ops a si mesma nada mais do que ela mesma. Isto resulta num tender singular para seu objeto Universal absoluto e ao mesmo tempo no querer macul-lo com esta sua singularidade; numa atividade que deve absolutamente ser e no-ser, busca de algo que no pode nem deve ser buscado. Enquanto herdeira do pensamento estico e ctico, a Consciência Infeliz aparece como consciência contraditria, curvada sobre si mesma e sempre dolorida, que alm de efetivar um movimento de negao para com o mundo do aqum e tudo o que lhe diz respeito, busca se libertar da dor que ser portadora desta contraditoriedade que surge justamente daquela sua atitude negativa. A fim de que possamos fundamentar esta atitude Infeliz, realizamos em nosso primeiro captulo uma investigao acerca de suas caractersticas peculiares nas esferas anteriores ao seu aparecimento, a saber, a esfera do Entendimento (Verstand), a dialtica do Senhor e do Escravo e do Estoicismo e Ceticismo. No segundo captulo, discorremos acerca do conceito e da atividade da Consciência Infeliz, bem como procuramos investigar a necessidade de sua superao a partir de uma anlise de sua suprassuno no momento da Razo (Vernunft). Por fim, em nosso terceiro e ltimo captulo, procuramos refletir sobre em que medida se poderia afirmar que as consciências contemporneas continuam agindo de maneira infeliz, e para tanto, nos apoiamos em breves leituras de S. Freud, pensador do mal-estar moderno e Z.Bauman, pensador do mal-estar contemporneo.
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Esta dissertao parte das bases da crtica de Gadamer consciência esttica desde o contexto de fundamentao das cincias naturais e decorrente estabelecimento das cincias humanas. Considerando o posicionamento contrrio de Gadamer quanto ao predomnio dos mtodos das cincias naturais em todos os mbitos da experincia humana no mundo, nosso esforo ser no sentido de abordar a compreenso da experincia esttica. Neste sentido, nos voltaremos para a aisthesis com vistas a caminhar focando na problemtica em torno da arte a partir de Plato e Aristteles, culminando no estabelecimento da esttica como campo especfico do saber filosfico no pensamento iluminista de Baumgarten. Destarte, o presente escrito voltar-se- para as bases da consciência esttica que se encontram na subjetivao decorrente dos efeitos do pensamento crtico de Kant. Com isso, abordaremos as perspectivas de Gadamer com vistas a liberar a experincia da arte do mbito da consciência esttica, o que, segundo este filsofo, pode ocorrer a partir da assuno de um tipo de experincia que pode ser tomado como verdade mesmo no estando restrito aos mtodos das cincias naturais. Partindo desta prerrogativa,Gadamer lana mo da noo de jogo como experincia fora da centralidade subjetiva. Com o redirecionamento da experincia, o fenmeno artstico pode aparecer como parte constitutiva da experincia existencial humana sem estar restrito s faculdades subjetivas.