837 resultados para Camundongos isogênicos
Resumo:
Relata-se um caso de infecção natural de raiva em morcego insetívoro Myotis nigricans, no Município de Ribeirão Pires, Grande São Paulo (Brasil). O diagnóstico realizou-se através das técnicas de imunofluorescência e inoculação intracerebral em camundongos, do tecido nervoso e da musculatura da região interescapular do morcego.
Resumo:
Sobre Alberprosenia malheiroi n. sp. deu-se a conhecer uma diagnose resumida em 1980, porém sem valor bibliográfico. Em 1987 publicou-se a mesma diagnose anexando uma foto e alguns comentários, porém sem realizar uma descrição formal. Descreve-se para esta espécie, os adultos, os estádios imaturos, determina-se a série sintípica e apresenta-se dados bionômicos e de criação em insetário. As diferenças mais evidentes com A. goyovargasi, a única espécie que se conhecia do gênero até então, são a coloração geral negra, o espaço interocular maior que o tamanho de um olho visto dorsalmente, os tubérculos do colar com o ápice agudo e o tamanho maior, na nova espécie, quase o dobro do da primeira espécie. Os ovos são pequenos, fixados ao substrato em grupos de 3 ou 4, elipsóides, não achatados lateralmente, com o opérculo proeminente, convexo, sem estruturas evidentes. As ninfas apresentam em todos os estádios caracteres típicos do gênero e da tribo, com região anteocular menos longa que a post-ocular e característica pilosidade do tegumento que vai se acentuando a cada estádio. A. malheiroi n. sp. foi capturado em ecótopos silvestres em palmeiras em floresta no Estado do Pará, associados com morcegos ou aves. Nenhum dos exemplares estava infectado com Trypanosoma cruzi. Esses triatomíneos foram mantidos em insetários a ± 25°C e ± 60% UR, são insetos ágeis e voam com relativa facilidade. Alimentaram-se bem em pombos e morcegos e não aceitaram alimentação em ratos, camundongos ou hamsters. O período de incubação dos ovos foi em média treze dias e o tempo de evolução do período ninfal foi em média cento e trinta e dois dias.
Resumo:
Foi realizado o isolamento do vírus rábico em morcego insetívoro Nyctinomops macrotis capturado próximo à represa Billings e à mata Atlântica, no Município de Diadema, SP (Brasil). A pesquisa do antígeno rábico no tecido cerebral do morcego apresentou resultado positivo na reação de imunofluorescência direta. O isolamento do vírus rábico no tecido cerebral e nas glândulas salivares do morcego foi obtido através da inoculação intracerebral em camundongos. O Município de Diadema não apresentava casos de raiva animal desde 1982, sendo este o primeiro relato da presença do vírus rábico em morcego insetívoro.
Resumo:
Descreve-se o isolamento e a identificação do vírus rábico em morcegos insetívoros Molossus ater, no Estado de São Paulo, nos municípios de Araçatuba, Penápolis e São José do Rio Preto. A maioria dos exemplares foi capturada ainda com vida, não havendo, porém, contato com pessoas ou animais. O diagnóstico foi realizado pelas provas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos.
Resumo:
OBJETIVO: Relatar o isolamento do vírus Ilheus no Estado de São Paulo e avaliar o seu impacto para a saúde pública. MÉTODOS: O isolamento de vírus foi realizado em camundongos albinos Swiss, a partir de sangue de aves silvestres, capturadas com redes de espera tipo mist net, armadas no nível do solo, no Parque Ecológico do Tietê, São Paulo. A identificação das cepas isoladas foi feita pelos testes de inibição da hemaglutinação, fixação de complemento e neutralização em camundongos. Amostras de plasma de aves e de mamíferos silvestres foram submetidas à pesquisa sorológica para detecção de anticorpos inibidores de hemaglutinação. RESULTADOS: Foram isoladas duas cepas do vírus Ilheus em sangue de aves das espécies Sporophila caerulescens e Molothrus bonariensis e detectados anticorpos em aves das espécies Columbina talpacoti, Geopelia cuneata, Molothrus bonariensis e Sicalis flaveola, em sagüis das espécies Callithrix jacchus e Callithrix penicillata e no quati Nasua nasua. CONCLUSÕES: O isolamento do vírus Ilheus e a detecção de anticorpos específicos em aves residentes, migratórias e de cativeiro, em sagüis e quatis, comprovam a presença desse agente no Parque Ecológico do Tietê. O comportamento migratório de aves silvestres pode determinar a introdução do vírus em outras regiões. Considerando-se a patogenicidade para o homem e a confirmação da circulação desse agente viral em área urbana, freqüentada para atividade de lazer e de educação, o risco de ocorrência de infecção na população humana não pode ser descartado.
Resumo:
Pela primeira vez é registrada a presença do Aedes (Stg) albopictus no Estado do Pará, Brasil, em área urbana no município de Medicilândia distante cerca de 90 km de Altamira, onde foram capturados por meio de isca humana 42 exemplares de mosquitos adultos. Estes foram inoculados em C6/36 e em camundongos recém-nascidos na tentativa de isolamento viral, não tendo sido isolado nenhum vírus. A presença de Aedes albopictus em áreas da Amazônia onde circulam os vírus de dengue e de febre amarela é preocupante e representa um risco potencial desta espécie de mosquito se tornar infectada com tais vírus.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o efeito da administração intramuscular de artemether a camundongos infectados experimentalmente por Schistosoma mansoni no momento da infecção, durante a maturação dos esquistossômulos e após iniciada a oviposição. MÉTODOS: Oitenta camundongos Balb/c, fêmeas adultas, foram divididos em oito grupos com 10 animais cada. Sete grupos foram infectados por S. mansoni empregando-se 60 cercárias para cada animal, inoculadas por via subcutânea; o grupo restante foi mantido sem infecção. Entre os sete grupos infectados, seis foram tratados com artemether, segundo o seguinte esquema: três grupos receberam dose correspondente a 100 mg/kg no dia 0, 20 ou 60 após inoculação das cercárias; os demais receberam 50 mg/kg de artemether, no mesmo período que os lotes anteriores. Da 9ª, 10ª e 11ª semanas após infecção os camundongos infectados por S. mansoni foram submetidos a exames de fezes pela técnica de Kato-Katz. No 80º dia do experimento, os animais sobreviventes foram sacrificados e submetidos à perfusão do sistema porta para recuperação de vermes. Determinaram-se, nessa ocasião, os pesos corporal, hepático e esplênico de cada animal. RESULTADOS: Observou-se queda na oviposição e no número de vermes recuperados entre os camundongos tratados com artemether (50 ou 100 mg/kg) no 20º dia após infecção. A diminuição do número de vermes foi mais expressiva no caso de fêmeas de S. mansoni. Verificou-se, ainda, diminuição significativa nos pesos hepático e esplênico entre os animais tratados com 50 e 100 mg/kg de artemether no 20º dia e também entre os que receberam a droga na dose de 50 mg/kg 60 dias após infecção. CONCLUSÕES: Ficou evidenciada a atividade anti-Schistosoma do artemether, mesmo ao se empregar dose correspondente a 50 mg/kg, quando a droga foi administrada durante o período de maturação dos esquistossômulos no sistema porta do hospedeiro vertebrado.
Resumo:
Descrevem-se, pela primeira vez, o isolamento e a identificação do vírus da raiva em morcego frugívoro Artibeus fimbriatus no município de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. O vírus foi isolado de exemplar encontrado em área urbana, caído sob uma árvore e ainda vivo. O diagnóstico foi realizado pelas técnicas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
OBJETIVO: Identificar as espécies de morcegos envolvidas na manutenção do ciclo da raiva, verificar a distribuição do vírus da raiva em tecidos e órgãos de morcegos e os períodos de mortalidade dos camundongos inoculados. MÉTODOS: A positividade para o vírus da raiva foi avaliada por imunofluorescência direta em morcegos de municípios do Estado de São Paulo, de abril de 2002 a novembro de 2003. A distribuição do vírus nos morcegos foi avaliada pela inoculação de camundongos e infecção de células N2A, com suspensões a 20% preparadas a partir de fragmentos de diversos órgãos e tecidos, além de cérebro e glândula salivar. A mortalidade dos camundongos foi observada diariamente, após inoculação intracerebral. RESULTADOS: Dos 4.393 morcegos pesquisados, 1,9% foram positivos para o vírus da raiva, pertencentes a dez gêneros, com predomínio de insetívoros. A média do período máximo de mortalidade dos camundongos pós-inoculação a partir de cérebros e glândulas salivares de morcegos hematófagos foi de 15,33±2,08 dias e 11,33±2,30 dias; insetívoros, 16,45±4,48 dias e 18,91±6,12 dias; e frugívoros, 12,60±2,13 dias e 15,67±4,82 dias, respectivamente. CONCLUSÕES: As espécies infectadas com o vírus da raiva foram: Artibeus lituratus, Artibeus sp., Myotis nigricans, Myotis sp., Eptesicus sp., Lasiurus ega, Lasiurus cinereus, Nyctinomops laticaudatus, Tadarida brasiliensis, Histiotus velatus, Molossus rufus, Eumops sp. e Desmodus rotundus. A pesquisa de vírus em diferentes tecidos e órgãos mostrou-se que os mais apropriados para o isolamento foram cérebro e glândulas salivares.
Resumo:
Foram estudados aspectos da infecção e da imunidade experimentais em um roedor o Mastomys natalensis inoculado com a cepa LE (Belo Horizonte) do Schistosoma mansoni, comparando os resultados com os do camundongo albino, animal tido como melhor modelo experimental. Os parâmetros estudados ofereceram resultados em tudo semelhantes aos encontrados em camundongos, com o M. natalensis se mostrando bastante sensível à infecção pelo S. mansoni, sendo de grande utilidade para os estudos da biologia do parasito e/ou observações da imu-nologia advinda da infecção. Somando-se a tal fato a grande reprodutividade do animal em cativeiro, a criação fácil, o manejo e a manutenção simples em laboratório, sugere-se que seja o M. natalensis usado como modelo experimental alternativo nos diversos estudos da esquistossomose mansoni.
Resumo:
Com o objetivo de se estudar a ação da oxamniquine, uma droga utilizada no tratamento da esquistossomose, sobre a cromatina de núcleos de células animais, foram estudados os padrões de basofilia e anisotropia nucleares em hepatócitos, em células do músculo cardíaco e em linfócitos de camundongos adultos jovens. A oxamniquine foi administrada por via oral (436 mg/kg) e preparados foram obtidos após diversos tempos de fornecimento da droga aos animais. Nos núcleos corados com azul de toluidina a pH 4,0, após digestão com RNAse, não se encontrou diferença quanto aos padrões de basofilia e anisotropia comparando-se animais tratados com controles. Demonstrou se assim que as moléculas de oxamniquine não se alojam no interior da dupla hélice do DNA, não alteram a sua conformação helicoidal nem se ligam aos grupos fosfatos livres desta macromolécula, diferindo, portanto, da atuação de outro esquistossomicida, o hycanthone.
Resumo:
Macrófagos obtidos do peritoneo de camundongos após estímulo, com peptona, foram cultivados em lamínulas, infectados com tripomastigotas das cepas F e Y de T. cruzi, obtidos de cultivo de tecidos ou do sangue de camundongos infectados. Os parasitas, obtidos de cultivo de tecidos, tanto da cepa Y como os da cepa F, são interiorizados por macrófagos em proporção muito mais elevada do que os sanguícolas. Parasitas de cultivo de tecidos incubados com soro de camundongos normais, ou soro híperimune específico em diluição sub-aglutinante, comportam-se essencialmente como parasitas não opsonizados. Foram observadas diferenças a nível ultraestrutural na fase inicial de interação entre macrófagos e tripomastigotas das duas origens. Após 30 minutos, tripomastigotas de cultivo de tecidos localizam-se em agrupamentos na área de contato com os macrófagos. Enquanto os tripomastigotas sanguícolas estão na maioria das vezes no interior de vacúolos fagocíticos largos, após 3 horas de interação os tripomastigotas de cultura situam-se em um único vacúolo estreito. Tanto as formas de cultivo de tecidos quanto os tripomastigotas sanguícolas da cepa Y multiplicam-se em macrófagos; os tripomastigotas sanguícolas da cepa F são destruídos no interior da célula hospedeira, enquanto os tripomastigotas de cultivo de tecidos desta cepa são capazes de multiplicar-se.
Resumo:
Devido a evidências sugestivas da possibilidade de transmissão da toxoplasmose por transfusão de sangue, os autores se propuseram avaliar o papel preventivo da violeta de genciana, à semelhança do que já é estabelecido para a doença de Chagas. O experimento em camundongos revelou a ação profilática da violeta de genciana quando adicionado ao sangue a ser transfundido na concentração de 1/1000 e permanência por 48 horas na geladeira.
Resumo:
Foram cultivadas fezes de 620 indivíduos para a pesquisa de amebas de vida livre, sendo 514 pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ) e 106 crianças e adultos de um orfanato. Foram positivas 70 amostras (11,2%) sendo 55 provenientes de pacientes do HU-UERJ e 15 de internos do orfanato. Foram isoladas 60 amostras de Acanthamoeba, 6 de Vahlkampfia, 5 de Hartmannella e 1 Echinamoeba. Alguns indivíduos tiveram cultura de fezes repetidamente positiva para Acanthamoeba durante dois meses de observação. Das amostras de Acanthamoeba isoladas, 28 foram inoculadas em camundongos por via intranasal, tendo sido reisoladas 16 (57,1%) amostras à partir de cérebro e (ou) pulmões dos animais. O estudo histopatológico demonstrou processo inflamatório agudo com presença de polimorfonucleares e amebas no cérebro e pulmões de alguns animais. O encontro de amostras patogênicas em fezes humanas reforça a hipótese do eventual desenvolvimento, em indivíduos portadores, de meningoencefalite amebiana granulomatosa, como infecção oportunística de origem endógena.