561 resultados para Passiflora incarnate
Resumo:
O maracujazeiro está entre as principais fruteiras cultivadas no País, sendo a propagação por sementes o método predominante na produção de mudas. Para obtenção de sementes de boa qualidade, um dos aspectos que devem ser considerados é o momento de sua coleta, que pode ser determinada pelo estádio de desenvolvimento do fruto. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência do estádio de maturação dos frutos e de armazenamento pós-colheita sobre a germinação e o desenvolvimento inicial de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa). O trabalho foi realizado na Universidade Federal de Viçosa (MG). As sementes utilizadas foram extraídas de frutos em três estádios de maturação (estádio 1 - verde começando a alterar sua coloração para amarela; estádio 2 - fruto com 5 até 50% de coloração amarela, e estádio 3 - fruto com mais de 50% de coloração amarela) e quatro períodos de armazenamento pós-colheita (0; 3; 6 e 9 dias) à temperatura ambiente. Posteriormente, as sementes foram semeadas em caixas plásticas com areia fina lavada. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados, num fatorial 3 x 4 (estádio de maturação x período de armazenamento), com quatro repetições, considerando como unidade experimental cada 50 sementes. Conclui-se que a extração de sementes de maracujazeiro-amarelo deve ser realizada de frutos em estádio de maturação 2 e 3. Já o desenvolvimento das mudas de maracujazeiro-amarelo é melhor observado mantendo os frutos durante 3 a 6 dias em armazenamento antes da extração de suas sementes.
Resumo:
O fotoperíodo, a temperatura do ar e a umidade do solo são fatores determinantes na produção do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg). A sua baixa produção no período de agosto a novembro é conseqüência do não-florescimento e frutificação em função das condições climáticas. O trabalho teve por objetivo estudar a iluminação artificial associada ou não à irrigação, no florescimento e frutificação do maracujazeiro-amarelo. Compararam-se quatro sistemas de produção, combinando-se: iluminação artificial/irrigação/sombreamento; iluminação artificial/irrigação; iluminação artificial/sombreamento; iluminação artificial, e um tratamento-testemunha, em condições naturais. Os tratamentos foram submetidos a três diferentes épocas de iluminação (12 de abril, 27 de abril e 12 de maio). O experimento foi conduzido na área da Escola Técnica Agrícola de Adamantina-SP, na região da Alta Paulista, no período de abril a novembro de 1997. De acordo com os resultados, a iluminação artificial com e sem irrigação aumentou o número de flores, o número e a produção de frutos por área do maracujazeiro-amarelo. A irrigação não alterou o florescimento, a frutificação e a produtividade em maracujazeiro iluminado, mas reduziu o número de flores em ambiente sombreado. O sombreamento com e sem irrigação reduziu o número de flores. O tratamento iluminado/irrigado/sombreado aumentou a porcentagem de vingamento de frutos. O florescimento, a frutificação e a produção por área não foram significativamente alterados pelas diferentes épocas de iluminação.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar os efeitos de doses de nitrogênio (N) e potássio (K) na água de irrigação, sobre a produtividade e os teores foliares de nutrientes minerais em maracujazeiro-amarelo consorciado com coqueiro-anão verde no Norte Fluminense, foi instalado um experimento em delineamento inteiramente casualizado, com 2 tratamentos (2 doses de adubação, em fertirrigação: 1) N=161 e K=215 kg ha-1 ano-1, e 2) N=322 e K=430 kg ha-1 ano-1) e 12 repetições, em um solo classificado como Neossolo Quartzarênico. As plantas foram irrigadas por microaspersão, com emissores com vazão de 60 L hora-1, sendo um para cada pé de coco com quatro pés de maracujá, utilizando lâmina de 75% de Et0. A injeção do fertilizante foi feita por injetor do tipo Venturi. As unidades experimentais constaram de 5 plantas de coco e 20 de maracujá. Realizaram-se 5 amostragens foliares no maracujazeiro, com intervalos trimestrais. As amostras consistiram de 20 folhas recém-maduras, coletando-se a 5ª folha do ápice para a base do ramo. Determinaram-se os teores de N, P, K, Ca, Mg, S, Cl, Na, Fe, Zn, Cu, Mn e B. As doses de N e K não influenciaram na produtividade e no peso médio do fruto; apenas, os teores foliares de N, Ca e Zn, em algumas épocas de amostragem.
Resumo:
Objetivou-se, neste trabalho, avaliar a germinação e o índice de velocidade de emergência de cinco espécies de maracujazeiro para obtenção de plantas aptas ao processo de enxertia. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas (BA), no período de janeiro a junho de 2002. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, e os tratamentos foram constituídos de: Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg., Passiflora edulis Sims, Passiflora giberti N.E. Brown, Passiflora laurifolia L. e Passilfora alata Curtis, com quatro repetições e 25 plantas por parcela. As espécies constituíram cinco grupos diferentes para a variável índice de velocidade de emergência. No tocante à germinação, foram identificados dois grupos diferentes, um formado pelas espécies P. giberti e P. laurifolia e o outro, pelas demais espécies. Em termos de altura de planta, a espécie P. giberti apresentou a maior média, 40,40 cm, constituindo um grupo que é diferente das demais. As espécies P. edulis e P. edulis f. flavicarpa apresentaram melhores índices de velocidades de emergência e germinação e, conseqüentemente, as plantas obtidas mostraram-se aptas ao processo de enxertia em menor período de tempo.
Resumo:
Objetivou-se estudar os efeitos de ácido giberélico (GA3) (i.a.), nas concentrações de 50 e 100 mg L-1, acrescido do espalhante adesivo Extravon® a 0,05%, em duas aplicações via foliar e do paclobutrazol (PBZ) (i.a.), em doses de 2 e 4 g por planta, aplicado via solo, em uma única aplicação, na antecipação da floração do maracujazeiro-amarelo, em Araguari-MG. O delineamento experimental empregado foi em parcelas subdivididas, com cinco tratamentos (parcelas) e dois tratamentos (subparcelas), com quatro repetições e quatro plantas por parcela. Foram identificados 12 ramos terciários por parcela, com seis ramos expostos à luminosidade predominante pela manhã e seis com luminosidade predominante à tarde. Avaliaram-se os dois lados da espaldeira aos 103 dias após a primeira aplicação dos tratamentos, observando-se o comprimento dos ramos e de entrenós, número de nós e de botões florais. Os reguladores não promoveram respostas significativas para o comprimento dos entrenós e o número de botões florais. Porém, observaram-se indícios de maior número de botões florais com PBZ 2 g. O maior comprimento dos ramos foi obtido com GA3 100 mg L-1, sob luminosidade, pela manhã. Ao se compararem os tratamentos nas duas condições de luminosidade, o PBZ 4 g, independentemente da condição de luminosidade, proporcionou o menor comprimento dos ramos.
Resumo:
A alta perecibilidade do maracujá-amarelo reduz sua vida de prateleira limitando sua comercialização. Este trabalho teve por objetivo aumentar a conservação pós-colheita do maracujá-amarelo pelo uso de cera e saco plástico poliolefínico. Os frutos, após colhidos, selecionados, lavados e desinfestados com hipoclorito a 1%, foram submetidos aos tratamentos: 1-imersão em cera de carnaúba (Fruit wax®), diluída na proporção 1:4 (m/v); 2 embalagem em saco plástico poliolefínico com 0,015 mm; 3 associação entre a imersão na cera de carnaúba e embalagem plástica; 4 testemunha, onde os frutos foram imersos em água com hipoclorito a 1%. Foram feitas análises da porcentagem de perda de matéria fresca, do teor relativo de água na casca, de sólidos solúveis, da acidez titulável, da relação sólidos solúveis/acidez titulável da polpa, das porcentagens de casca e polpa, e da relação casca/polpa. Houve menor porcentagem de perda de matéria fresca ao utilizar os tratamentos 2 e 3 ao longo do período de armazenamento. Entretanto, não houve diferença entre os tratamentos com relação à matéria fresca do fruto, casca e polpa, havendo redução destas variáveis durante o período de armazenamento. Também não houve diferença com relação às porcentagens de casca e de polpa, e relação polpa/casca, sendo que a primeira reduziu, e as duas seguintes aumentaram no armazenamento. Em geral, houve redução dos sólidos solúveis e da acidez.
Resumo:
Testaram-se diferentes proporções vermiculita (V) e casca de arroz carbonizada (CAC) para a composição de substratos, na propagação de maracujazeiro (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) por estaquia. As estacas apresentavam duas folhas e suas bases foram submersas por 10 segundos em uma solução hidroalcoólica de AIB (1000mg.L-1) no momento da instalação do experimento. O experimento transcorreu em casa de vegetação com microaspersão intermitente e obedeceu ao delineamento experimental de blocos casualizados, com 5 tratamentos, que compreenderam as seguintes proporções em volume (100% V ; 75% V: 25% CAC; 50% V: 50% CAC; 25% V: 75% CAC e 100% CAC). Utilizaram-se 4 repetições e 15 estacas por parcela. No substrato, foram avaliadas as seguintes características: teor total de sais solúveis, pH em água, densidade úmida, densidade seca e curva de retenção de água. Nas estacas, avaliaram-se: a porcentagem de estacas vivas, o número de raízes, de brotos e de folhas remanescentes por estaca, o comprimento e a matéria seca das raízes e dos brotos. A melhor resposta de enraizamento foi obtida pelo substrato formado pelas misturas dos dois componentes, nas proporções de 50% V: 50% CAC e 25% V: 75% CAC.
Resumo:
Vários fatores influenciam na produtividade do maracujazeiro, dentre os quais o clima, o solo e as práticas de adubação e de irrigação. A nutrição mineral é essencial para elevar a produtividade e melhorar a qualidade dos frutos, e o nitrogênio é o nutriente mais absorvido pelo maracujazeiro. O trabalho objetivou avaliar doses e fontes de nitrogênio, aplicadas em fertirrigação, em 17 meses de produção do maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.), na produção e qualidade dos frutos, em Latossolo Amarelo de Tabuleiro Costeiro do Estado da Bahia. Estudaram-se, em blocos casualizados com parcelas subdivididas, duas fontes de N (uréia e nitrato de cálcio), nas parcelas, e cinco doses de N (0; 100; 200; 400 e 800 kg ha-1), nas subparcelas, com três repetições. O maracujá-amarelo foi plantado no espaçamento de 3,00 x 1,25 m, contendo a subparcela oito plantas úteis, com bordadura simples, e avaliado no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2002. Os resultados mostraram que a produtividade máxima de frutos, 34,3 t ha-1, foi obtida com aplicação de 457 kg de N ha-1, na forma de uréia. Contudo, a adubação nitrogenada e as fontes utilizadas não influenciaram nas características do fruto e na qualidade do suco.
Resumo:
Objetivou-se avaliar a aplicação de boro ao substrato de produção de mudas de maracujazeiro-amarelo, para o estabelecimento dos níveis críticos do B no solo e na planta. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições. As doses de boro, na forma de ácido bórico, foram: 0; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,0 mg de B dm-3 de solo. As mudas receberam doses de N, P, K e Zn, de 300; 450; 150 e 5 mg dm-3, respectivamente, sendo o N e o K parcelados em três vezes (15; 30 e 45 dias após o plantio). O experimento foi conduzido em condições de casa de vegetação, em vasos com 2 dm-3 de substrato de um Latossolo Vermelho distrófico. Após 70 dias do plantio, foram avaliados: o diâmetro do caule, a altura da planta, o número de folhas e a matéria seca da parte aérea e das raízes, bem como os teores de macro e micronutrientes. As mudas de maracujazeiro responderam à aplicação de boro em substrato com baixa concentração (0,06 mg dm-3), extraído com água quente. O maior desenvolvimento das plantas esteve associado à dose próxima de 0,5 mg de B dm-3 e à concentração de 0,4 mg de B dm-3 no substrato e um teor de 22 mg de B kg-1 na parte aérea.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de GA3, nas concentrações de 100; 200 e 300mg L-1 e do bioestimulante Stimulate®, em doses de 2,08; 4,17 e 6,25mL L-1, em duas aplicações via foliar, acrescidas de espalhante adesivo Silwett® a 0,05% e a exposição dos ramos à luminosidade, na indução floral e produtividade do maracujazeiro-amarelo, em condições de safra normal, em Araguari-MG. Aos 30 dias após a primeira aplicação dos tratamentos, iniciaram-se as avaliações do número de flores, com contagens diárias, nos dois lados da espaldeira, nos meses de setembro de 2002 a março de 2003. As colheitas dos frutos foram realizadas semanalmente, no período de novembro de 2002 a abril de 2003, observando-se a produção. O GA3 e o Stimulate não proporcionaram efeito significativo no número de flores, nas sete épocas, assim como no número total de flores. Não houve efeito dos tratamentos para a produtividade e produção total de frutos. Os ramos sob luminosidade pela tarde apresentaram maior número de flores, nos meses de setembro, dezembro, fevereiro e março. A interação entre os tratamentos e a exposição dos ramos à luminosidade não foi significativa para o número de flores, nas épocas avaliadas.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de regulador vegetal e de bioestimulante na indução floral do maracujazeiro-amarelo em condições não-indutivas, em Araguari-MG. Foram identificados e podados 12 ramos terciários por parcela (02-04-05), sendo 6 deles expostos de um lado da espaldeira, com luminosidade predominante pela manhã e 6 do outro lado da espaldeira, com luminosidade à tarde. O delineamento experimental foi em parcelas subdivididas, com 7 tratamentos principais (parcelas): 0mg L-1 (testemunha); 100mg L-1; 200mg L-1 e 300mg L-1 de regulador vegetal GA3 (i.a.); 2,08 mL L-1; 4,17mL L-1 e 6,25mL L-1 de bioestimulante Stimulate® (i.a.), em duas aplicações foliares (09-04-02 e 09-05-02), acrescidas de espalhante adesivo Silwett® a 0,05%. Além desses, foram utilizados 2 tratamentos secundários (subparcelas): exposição dos ramos à luminosidade da manhã e da tarde, com 4 repetições de 3 plantas por parcela. Cada subparcela foi um dos dois lados da espaldeira. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Realizou-se, aos 75 dias, a avaliação nos dois lados da espaldeira do comprimento dos ramos e entrenós, número de nós, de folhas e de botões florais. As variáveis estudadas não foram influenciadas pelo uso de GA3 e Stimulate®, no entanto houve diferença quando os ramos ficaram expostos à luminosidade da manhã em relação àqueles com luminosidade à tarde.
Resumo:
Um substrato composto por resíduos da agroindústria canavieira vem sendo utilizado com êxito para a produção de mudas de algumas espécies frutíferas e florestais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso deste substrato comparando-o com outros recomendados para a produção de mudas de maracujazeiro-amarelo. Foram avaliados sete substratos: 1- Bagaço de cana + torta de filtro (3:2; v:v); 2- Bagaço de cana + torta de filtro (3:2; v:v) + pulverização foliar semanal com NPK; 3- Bagaço de cana + torta de filtro (3:2; v:v) + 7,3 kg m-3 de Osmocote® (14-14-14); 4- Plantmax®; 5- Plantmax® + pulverização foliar semanal com NPK; 6- Plantmax® + 7,3 kg m-3 Osmocote® (14-14-14), e 7- Areia + esterco bovino + vermiculita (1:1:1; v:v:v) + NPK. De modo geral, as mudas cultivadas no substrato composto por resíduos da agroindústria canavieira e no substrato comercial, ambos fertilizados com adubo de liberação lenta, foram as que apresentaram melhor estado nutricional, comprovado pelos teores de nutrientes associados ao ótimo crescimento. Portanto, o substrato composto pela mistura bagaço de cana e torta de filtro (3:2; v:v) fertilizado com 7,3 kg m-3 de Osmocote® (14-14-14) pode ser utilizado para a produção de mudas de maracujazeiro-amarelo.
Resumo:
Conduziu-se um experimento em casa de vegetação com o objetivo de avaliar a qualidade dos frutos de maracujazeiro doce cultivado sob deficiência de macronutrientes e B. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com o oito tratamentos (solução completa, -N, -P, -K, -Ca, -Mg, -S e B), com quatro repetições. Utilizaram-se, como unidade experimental, caixas com 46 kg de areia lavada, contendo duas plantas/caixa, irrigadas com solução nutritiva. Todas as deficiências reduziram o número de frutos/planta, e sob deficiência de Mg as plantas não floresceram. As deficiências nutricionais não influenciaram no peso médio dos frutos, no Nº de sementes/fruto, no comprimento do fruto e na porcentagem do suco. As deficiências de N e de P aumentaram a espessura e a concentração de casca do fruto. As deficiências de N, de P e de K reduziram a concentração de sólidos solúveis totais; a de K reduziu a acidez total titulável; a de P reduziu o pH e aumentou a concentração da vitamina C, enquanto a concentração de vitamina C foi reduzida pelas deficiências de N, K e S. As deficiências de Ca e de B não afetaram as características qualitativas avaliadas nos frutos.
Resumo:
Após a colheita do maracujá-amarelo, ocorre aumento na suscetibilidade do fruto às podridões e significativa perda de massa fresca. Diante disso, objetivou-se identificar e quantificar as doenças pós-colheita e avaliar as características físicas e químicas de frutos de maracujazeiro-amarelo produzidos em sistemas de cultivo convencional e orgânico. Os frutos foram individualizados e submetidos a 24h de câmara úmida, permanecendo por mais 13 dias a 25±2ºC e 70-80% de UR. As doenças e o índice de murchamento foram avaliados visualmente após a coleta do fruto e a cada três dias. Os frutos também foram caracterizados quanto à espessura da casca, rendimento em polpa e teores de acidez titulável e de sólidos solúveis. A ocorrência de podridões foi elevada, tanto no pomar orgânico como no convencional. A antracnose foi a principal doença, com 100% de incidência nos frutos de ambos os pomares, seguida pela podridão de Fusarium, com 25,5% no convencional e 19,0% no orgânico. Já para a podridão de Phomopsis, a incidência foi superior no pomar convencional (11,0%), comparado ao orgânico (2,0%). Com auxílio de uma escala diagramática, estimou-se a severidade da antracnose, de 34,1% nos frutos orgânicos e de 39,8% nos frutos do pomar convencional. Os frutos orgânicos apresentaram-se maiores, com maior espessura da casca, menor rendimento em polpa e maior teor de sólidos solúveis. O índice de murchamento não diferiu entre os maracujás dos dois sistemas de cultivo. Com base nos resultados obtidos, medidas de controle fitossanitárias no campo e na pós-colheita devem ser adotadas, visando a obter frutos de maior qualidade.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito de genótipos de maracujazeiro quanto à atratividade e à não-preferência para alimentação de lagartas de Dione juno juno, em diferentes idades, através de testes com e sem chance de escolha. Os experimentos foram conduzidos no Departamento de Fitossanidade da FCAV/UNESP de Jaboticabal-SP, sob condições ambientais controladas (T=26=±=1°C=U.=R.= 60 ± 10% e fotofase = 14 horas), utilizando-se dos genótipos Passiflora edulis, P. gibertii, P. alata, Sul Brasil, IAC-275, Flora FB 300, P. serrato-digitata, P. edulis f. flavicarpa, Maguary FB-100 e P. foetida. Para o teste com chance de escolha, foram utilizadas placas de Petri, onde foram distribuídos, de forma eqüidistante, um disco foliar (3,2 cm) de cada genótipo estudado e liberando-se em seguida, no centro da placa, 5 lagartas recém-eclodidas ou uma lagarta com 10 dias de idade por material. No teste sem chance de escolha, foi colocado apenas um disco de cada genótipo por placa de Petri (9 cm de diâmetro), mantendo-se o mesmo padrão de infestação utilizado no teste com chance. As avaliações foram realizadas em duas etapas, sendo que, na primeira, avaliou-se a atratividade, contando o número de lagartas em cada material a 1; 3; 5; 10; 15; 30; 60; 120; 240 minutos e 24 horas após a liberação das mesmas. Na segunda etapa, observou-se o consumo foliar 24 horas após o início do teste. O genótipo menos atrativo às lagartas recém-eclodidas e de 10 dias de idade foi P. alata em testes com e sem chance de escolha. O genótipo P. alata foi o menos consumido em teste com chance de escolha, sendo que, no teste sem chance, P. alata e P. foetida destacaram-se como os menos consumidos para as duas fases larvais.