999 resultados para Paciente agressivo
Resumo:
Neste relato, é apresentado um caso de neoplasia trofoblástica gestacional após normalização espontânea de gonadotrofina coriônica humana em paciente com mola hidatiforme parcial. Trata-se da segunda ocorrência publicada desse evento e a primeira em que há comprovação imuno-histoquímica. No bojo dessa apresentação, ademais de mostrar o tratamento para essa intercorrência da gravidez, discute-se a possibilidade de redução da duração do seguimento pós-molar, assim como estratégias para o precoce reconhecimento da neoplasia trofoblástica gestacional após a remissão espontânea da gravidez molar.
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A acidose lática é um distúrbio do equilíbrio ácido-base muito frequente em pacientes internados em unidades de terapia intensiva e está associado a um mau prognóstico. Embora exista um acúmulo substancial de evidências de que níveis críticos de acidemia provocam inúmeros efeitos adversos sobre o funcionamento celular, a utilização de bicarbonato de sódio para o tratamento da acidose lática em pacientes gravemente enfermos permanece alvo de controvérsias. Neste artigo, pretendemos: 1) analisar as principais diferenças entre as acidoses hiperclorêmicas e as acidoses orgânicas, com ânion gap (AG) elevado, visando embasar a discussão sobre os fundamentos da terapia com bicarbonato de sódio nas acidoses metabólicas; 2) avaliar os riscos associados à persistência de níveis críticos de acidemia, contrastando-os com os riscos do uso de bicarbonato de sódio; 3) analisar criticamente as evidências da literatura sobre o uso de bicarbonato de sódio no tratamento da acidose lática do paciente crítico, com ênfase em ensaios clínicos randomizados em seres humanos; 4) fornecer um fundamento para a utilização judiciosa de bicarbonato de sódio nesta situação.
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INTRODUÇÃO: Cistite glandular é um processo proliferativo benigno e infrequente da mucosa vesical, caracterizado por proliferação do epitélio e, em alguns casos, formação de glândulas intestinais. Alterações metaplásicas na cistite glandular são bem documentadas na literatura, embora sua etiologia não seja totalmente esclarecida. RELATO DO CASO: Relatamos um caso de cistite glandular em um paciente de 55 anos, apresentando sintomas miccionais irritativos e obstrutivos persistentes sem resposta à terapia com alfabloqueadores. Ultrassonografia evidenciou lesão vegetante no trígono vesical e o paciente foi submetido à ressecção endoscópica por duas vezes e evoluiu com ureterohidronefrose bilateral. Dado o extenso acometimento vesical e a persistência dos sintomas, o paciente foi submetido a cistoprostatectomia e neobexiga ileal com boa evolução pós-operatória. DISCUSSÃO: Há duas formas de cistite glandular: típica e intestinal. A forma típica é a mais comum e a intestinal é marcada pela produção de mucina, mais frequentemente associada ao adenocarcinoma de bexiga. A maioria dos casos de cistite glandular é assintomática, sendo que os pacientes sintomáticos normalmente apresentam hematúria, sintomas urinários irritativos e típicos de cistite crônica. Há controvérsias sobre o tratamento precoce agressivo, sendo que vários estudos propõem a ressecção transuretral e o acompanhamento com biópsias.
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INTRODUÇÃO: Os trabalhos que tratam da relação entre espiritualidade e saúde têm se disseminado pelas publicações internacionais, mostrando associações entre menores níveis de depressão e ansiedade, melhor qualidade de vida, menor número de internações e mortalidade. OBJETIVOS: Avaliar a relação da espiritualidade, religiosidade e saúde em pacientes em diálise. MÉTODOS: Por meio de consulta nos bancos do SciELO, LILACS, Medline e PsycINFO foi feita revisão de literatura. Foram selecionados e discutidos os artigos que discutiam a relação entre espiritualidade e saúde em pacientes dialíticos. RESULTADOS: Os estudos que abordam o tema demonstram uma relação entre maior espiritualidade e maior religiosidade com melhor qualidade de vida, menor prevalência de depressão, maior suporte social, mais satisfação com a vida e mais satisfação com o tratamento médico provido pelo nefrologista. Da mesma forma, verificou-se que pacientes dialíticos que possuíam menor espiritualidade solicitavam mais tratamentos para estímulo de vida (intubação orotraqueal, por exemplo) e que a espiritualidade foi fator de enfrentamento (coping) para os familiares dos pacientes em diálise. Na literatura consultada, não foi encontrada associação entre espiritualidade e qualidade do sono, aderência aos medicamentos e mortalidade. CONCLUSÃO: A espiritualidade e a religiosidade possuem um papel importante para o paciente em diálise. Mostra-se relacionada com pontos importantes na própria relação médico-paciente, na qualidade de vida e enfrentamento à doença, devendo ser considerada pelos profissionais que assistem a esse tipo de paciente.
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Uma fração crescente das atividades clínicas dos nefrologistas é exercida nas unidades de terapia intensiva (UTIs). Ao avaliar pacientes com insuficiência renal aguda no contexto de choque circulatório, que também apresentam anasarca e/ou trocas gasosas ruins, o nefrologista precisa decidir entre duas condutas antagônicas: 1) remover volume através de diálise ou diureticoterapia para melhorar o quadro edematoso; 2) administrar volume para melhorar a hemodinâmica. Para minimizar a chance de decisões incorretas, é imperativo que o nefrologista conheça as ferramentas disponíveis para avaliação hemodinâmica invasiva e de estimativa de adequação da volemia no paciente com doença crítica. Neste artigo, fazemos uma breve revisão da fisiologia da regulação do volume do líquido extracelular e, em seguida, abordamos o diagnóstico de volemia, com base em critérios clínicos e hemodinâmicos.
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INTRODUÇÃO: Nefroma Mesoblástico Con-gênito é uma rara neoplasia renal pediátrica. Apresenta dois subtipos histológicos, clássico e celular, sendo o último de pior prognóstico e responsável por aproximadamente dois terços dos casos. Esse tumor ainda é um desafio diagnóstico aos patologistas devido à similaridade com outras neoplasias pediátricas renais mais frequentes. RELATO DO CASO: Criança do gênero feminino, 2 anos e 9 meses de idade, foi encaminhada a serviço médico com referência em oncologia apresentando massa renal à esquerda. Após nefrectomia, o estudo do espécime mostrou, macroscopicamente, extensa área tumoral granular, brancoacinzentada, ocupando aproximadamente todo o rim, invadindo seio renal, cápsula e gordura perirrenal, com áreas de hemorragia e necrose. Histologicamente, caracterizava-se pela presença de células fusiformes e mitoses, sem atipias celulares. O diagnóstico foi de Nefroma Mesoblástico Congênito subtipo celular e a paciente foi submetida a quimioterapia. Durante o primeiro ano de tratamento, houve recidiva do tumor, apresentando-se irressecável e sem resposta a nova quimioterapia. A paciente foi a óbito aos 4 anos de idade. DISCUSSÃO: O subtipo celular do nefroma mesoblástico tende a ser mais agressivo, apresentando uma taxa de sobrevivência de 85%, comparada com 100% para a variante clássica. Geralmente, a recorrência ocorre no primeiro ano de tratamento, principalmente quando o subtipo é o celular.
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O presente relato apresenta o caso clínico de uma paciente com leucemia promie-locítica aguda tratada com ácido todo-transretinoico (ATRA), que apresentou suspeita de síndrome do ácido transreti-noico (síndrome de ATRA). Com a ocor-rência de leucopenia febril inespecífica, foram associados ao tratamento antimi-crobianos e antifúngicos. A diminuição da função renal, observada inicialmente, contribuiu para a suspeita de síndrome de ATRA, que foi agravada pelos antifúngi-cos. Assim, o uso de ATRA foi suspenso, mas somente 8 dias depois foi caracteriza-da pneumonia e descartada a hipótese de síndrome de ATRA. Nesse contexto, foi discutida a nefrotoxicidade do ATRA e a potencialização desse efeito adverso pelo uso de antifúngicos nefrotóxicos, em par-ticular da anfotericina B, assim como a im-portância do diagnóstico diferencial entre síndrome de ATRA e doença infecciosa.
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A Injúria Renal Aguda (IRA) no contexto do paciente politraumatizado ocorre, na maioria das vezes, por uma conjuntura de fatores que passam por eventos correlacionados à ressuscitação volêmica inicial, ao grau de resposta inflamatória sistêmica associada ao trauma, ao uso de contraste iodado para procedimentos diagnósticos, à rabdomiólise e à síndrome compartimental abdominal. Atualmente, passamos por uma fase de uniformização dos critérios diagnósticos da IRA com o Acute Kidney Injury Network (AKIN), sendo a referência mais aceita. Consequentemente, o estudo da IRA no politraumatismo também passa por uma fase de reformulação. Esta revisão da literatura médica visa trazer dados epidemiológicos, fisiológicos e de implicação clínica para o manuseio destes pacientes, bem como expor os riscos do uso indiscriminado de expansores volêmicos e particularidades sobre a instituição de terapia renal substitutiva em indivíduos sob risco de hipertensão intracraniana.
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Com o aumento da expectativa de vida, com a melhora do arsenal terapêutico, conhecimento e controle das doenças crônicas degenerativas, a população mundial tem atingido faixas etárias elevadas. Por ser a idade avançada fator de risco para a doença renal crônica (DRC), juntamente com o bônus da maior sobrevida, vive-se hoje o ônus da maior e progressiva incidência de pacientes idosos em terapia renal substitutiva (TRS). A diálise nos pacientes idosos, que há três décadas era considerada fora de questão, hoje em dia é rotina para o nefrologista, que enfrenta o desafio de prestar atendimento a pacientes idosos com DRC em estágio 5 com indicação dialítica. Atualmente, o grupo de pacientes idosos incidentes em diálise é o que mais cresce. Apesar de não se haver chegado a um consenso, parece ser indiscutível que o importante é viver com qualidade de vida. Neste artigo, buscamos discutir a diálise no paciente idoso.
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A hemorragia perirrenal espontânea apresenta-se mais comumente como dor súbita no flanco ipsilateral, sem história de trauma. A doença renal cística adquirida é um achado frequente em pacientes sob tratamento hemodialítico crônico. Entretanto, a hemorragia espontânea proveniente da ruptura dos cistos é uma entidade clínica rara. Descrevemos o caso de uma paciente do sexo feminino, 45 anos, portadora de hipertensão arterial sistêmica controlada há 8 anos, de insuficiência renal crônica por 15 anos e de nefrite lúpica há 2 anos, em tratamento hemodialítico três vezes por semana desde 2006, e que apresentava concomitantemente doença renal cística adquirida. Foi admitida no setor de emergência queixando-se de aparecimento súbito de dor em região toracoabdominal esquerda. Diagnosticou-se hematoma perirrenal por meio de ultrassonografia e tomografia computadorizada de abdômen. A paciente foi submetida à embolização da artéria renal esquerda, com boa evolução.
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O Brasil é um país onde a hanseníase ainda é um problema de saúde pública, apresentando mais de 30.000 novos casos por ano nos últimos anos. Apesar do crescente número de transplante de órgãos sólidos realizados no país, sobretudo o transplante renal, não são frequentes os relatos dessa micobacteriose em pacientes imunossuprimidos pelas medicações póstransplante. Os autores relatam um caso de hanseníase multibacilar manifestada 12 anos depois do transplante renal, acompanhado desde o diagnóstico, durante a poliquimioterapia, tratamento e seguimento do eritema nodoso hansênico.
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ResumoIntroduçãoA terapêutica com varfarina pode provocar hematúria grave e lesão renal aguda pela formação de cilindros eritrocitários oclusivos. Estas alterações são sugestivas de uma doença recentemente conhecida como nefropatia relacionada pela varfarina.Caso Clínico:Apresentamos um doente de 74 anos de idade com doença renal crônica estádio 3 A, que progrediu com declínio na taxa de filtração glomerular (TFG) após o início de terapêutica com varfarina devido a um quadro fibrilação atrial. O diagnóstico foi confirmado pela histologia renal, que demonstrou a presença de oclusão tubular por cilindros eritrocitários, achados consistentes com este diagnóstico. O paciente não recuperou a TFG, tendo iniciado terapêutica substitutiva da função renal.Discussão:O objetivo da descrição deste caso clínico é alertar para a complicação associada a este fármaco e reforçar a necessidade de monitorização cuidada da função renal e dos parâmetros de coagulação em doentes tratados com a varfarina. A patogênese e o prognóstico desta entidade também serão discutidos.