536 resultados para Fires


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A Amazônia se constitui atualmente como a maior floresta tropical úmida remanescente e contínua do mundo e abriga a maior diversidade de plantas e animais dentre todos os biomas da Terra, constituindo de suma importância para a manutenção da biodiversidade. A região tem passado por mudanças significativas nas últimas décadas, mudanças que são resultantes principalmente das alterações da paisagem/cobertura vegetal, impulsionadas pelo aumento populacional e práticas de manejo inadequado da terra, resultado de desmatamentos, queimadas, mudanças nas atividades agrícolas, pecuária, exploração madeireira, programas de colonização, abertura de estradas e problemas latifundiários. Dentre esses fatores, as queimadas e incêndios florestais se tornam os problemas mais críticos para a região, pois o manejo do fogo pelos produtores rurais na maioria das vezes é feito de forma inadequada, escapando de controle e provocando prejuízos econômicos, sociais e ecológicos. Florestas que já queimaram uma vez ficam mais susceptíveis a novos incêndios, pois tornam-se mais inflamáveis devido a modificação em sua estrutura do dossel, na dinâmica de umidade relativa do ar, temperatura do ar e no combustível fino no chão da floresta. Sendo assim, objetivou-se neste trabalho investigar os padrões diurnos de inflamabilidade de florestas intactas e degradadas na região de Santarém – PA, área de grandes alterações no padrão de uso do solo, com intensas atividades agrícolas e agropecuárias, região que apresenta também número significativo de focos de incêndios. Observou-se que as florestas intactas da região são significativamente menos inflamáveis do que as florestas degradadas, e as bordas das florestas degradadas são mais inflamáveis que seu interior, comprovados por dados da dinâmica de umidade relativa e temperatura do ar, umidade da Serapilheira e taxa de abertura do dossel. Esses dados foram associados com dados socioeconômicos através de entrevistas semi estruturadas, com o objetivo de saber como os produtores rurais manejam o fogo, onde os resultados mostraram que o treinamento de manejo de fogo influencia significativamente na adoção de boas práticas de uso de fogo, como por exemplo, não colocar fogo em horário crítico (entre 11 e 15 horas para região estudada), fazer aceiro, queimar contra o vento, esperar a primeira chuva, entre outros. O tamanho da propriedade não influencia significativamente no uso adequado de fogo, porém os pequenos produtores são os que mais o utilizam em suas atividades produtivas, uma vez que este se constitui a forma mais barata para limpar e preparar a terra. Neste sentido, este trabalho visa mostrar a necessidade de investimento em pesquisas sobre a inflamabilidade das florestas, o aperfeiçoamento das análises de satélites associadas às pesquisas em campo, como uma forma de amenizar e talvez solucionar os problemas das queimadas na Amazônia, além de colaborar para adoção de uma política de incentivo a redução das queimadas pelos produtores rurais, aliadas ao treinamento de uso do fogo, acesso a informação e tecnologias alternativas ao manejo de fogo.

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O objetivo do presente trabalho foi investigar os aspectos observacionais dos eventos de seca meteorológica e hidrológica na região de Marabá localizada no sudeste do Pará na Amazônia oriental. Utilizou-se uma base de dados mensais de precipitação e cota no período de 1971 a 2010. Os eventos de seca meteorológica foram selecionados através de índices de precipitação negativa (segundo a metodologia do índice de anomalia de chuva- IAC) e os eventos de seca hidrológica do rio Tocantins foram baseados em índices extremos de cota fluviométrica abaixo do normal (através da metodologia da anomalia padronizada). Para as condições de seca meteorológica, os eventos concentram-se em sua grande maioria nas categorias de seca Fraca (FRA) e Moderada (MOD), com maior frequência de seca FRA nos meses de Fevereiro (38%), Junho (37%) e Dezembro (34%), enquanto que a seca MOD é mais frequente em Agosto (39%), Setembro (42%) e Outubro (32%). Quanto aos eventos de seca hidrológica (cota fluviométrica abaixo do normal) do rio Tocantins, os resultados mostram que a ocorrência mensal dos eventos é aleatória e pode ser observado ao longo de todo ano, independente do mês ser de enchente ou vazante. A duração dos eventos não apresenta regularidade ao longo do período estudado. Quanto à estrutura dinâmica dos padrões oceânicos e atmosféricos de grande escala associados aos eventos de seca meteorológica e hidrológica observaram-se que os eventos estão relacionados com um padrão de aquecimento (El Niño) no Pacífico equatorial e condições de aquecimento no Atlântico tropical norte, cujas condições oceano-atmosféricas de grande escala propiciam a intensificação tanto do ramo descendente zonal da célula de Walker como do ramo descendente meridional da célula de Hadley, que induzem a inibição significativa da atividade convectiva, explicando consequentemente a ocorrência dos eventos de seca na região. Analisou-se também a relação entre os eventos de seca e o registro de focos de calor (queimadas) na região de Marabá, durante os anos de 2000 a 2009, sendo que a correlação em torno de 43% confirma a sinergia entre seca e queimada, ou seja, a floresta torna-se mais inflamável sob condições de déficit hídrico.

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Este trabalho analisou 10 anos de distribuição espacial e temporal dos raios, dos sistemas precipitantes e suas características, como refletividade, temperatura de brilho e altura dos sistemas precipitantes amostrados pelo satélite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) através dos sensores Lightning Imaging Sensor (LIS), Precipitation Radar (PR) e TRMM Microwave Imager (TMI). Estes dados foram organizados e armazenados pelo grupo de pesquisa da convecção tropical da University of Utah no período de dezembro de 1997 a fevereiro de 2009. Também foram analisados dados de focos de queimadas detectadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no período de 1998 a 2008. Foi selecionada uma área delimitada entre 60ºW a 45ºW de longitude e 10ºS a 5ºN de latitude, a qual, posteriormente, foi dividida em nove sub-áreas para um melhor detalhamento dasinformações. Para verificar a possível influência das queimadas no número de raios, selecionaram-se oito áreas, sendo 4 com o maior número de focos de queimadas e 4 com o menor número de focos de queimadas. Os sistemas precipitantes foram classificados seguindo a metodologia de Nesbitt et. al. 2000 e obedecendo a nova definição dos dados realizado por Liu (2007). Os sistemas precipitantes amostrados pelo satélite TRMM utilizados neste trabalho são denominados ALLPFS e são definidos como aqueles que apresentam pixel de chuva estimado pelo algoritmo 2A25. Estes são classificados em PFS e OTHPFS, que respectivamente, são aqueles que apresentam e não apresentam informação de temperatura de brilho. Os PFS são sub-classificados em sistemas sem assinatura de gelo (NOICE), com assinatura de gelo (WICE) e sistemas convectivos de mesoescala (MCS), sendo que os sistemas mais intensos, dentre estes últimos, são sistemas que recebem a denominação de IMCS. Os resultados mostram que as regiões do sul do Estado do Pará, município de Belém e Ilha do Marajó foram as que apresentaram as maiores ocorrências de raios na Amazônia Oriental, com valores superiores a 20 a 35 raios/km²/ano. Os NOICEs foram os sistemas mais frequentes em todas as regiões e os sistemas precipitantes da categoria WICE e MCS são aqueles que mais contribuem com a produção de raios sobre essas regiões. Os sistemas eletrificados apresentam grande contribuição no volume de chuva estimada sobre as áreas CENTRO e SUL, com percentuais superiores a 50% nas áreas SUL. A variação mensal dos raios na área de estudo mostrou que as maiores ocorrências de raios sobre o município de Belém são nos meses de janeiro a junho, com um pico no mês de janeiro. As maiores ocorrências no setor SUL da Amazônia Oriental concentram-se nos meses de setembro a dezembro. Nas análises sobre a interação entre os raios e as queimadas não se observou coerência, dentro das áreas de maior número de queimadas, na correlação mensal entre os raios e as queimadas, evidenciando que, apesar do grande número de queimadas observado sobre essas áreas, outros fatores interferem na produção de raios.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Brazilian Campos grasslands are ecosystems under high frequency of disturbance by grazing and fires. Absence of such disturbances may lead to shrub encroachment and loss of plant diversity. Vegetation regeneration after disturbance in these grasslands occurs mostly by resprouting from belowground structures. We analyzed the importance of bud bank and belowground bud bearing organs in Campos grasslands. We hypothesize that the longer the intervals between disturbances are, the smaller the size of the bud bank is. Additionally, diversity and frequency of belowground organs should also decrease in areas without disturbance for many years. We sampled 20 soil cores from areas under different types of disturbance: grazed, exclusion from disturbance for two, six, 15 and 30 years. Belowground biomass was sorted for different growth forms and types of bud bearing organs. We found a decrease in bud bank size with longer disturbance intervals. Forbs showed the most drastic decrease in bud bank size in the absence of disturbance, which indicates that they are very sensitive to changes in disturbance regimes. Xylopodia (woody gemmiferous belowground organs with hypocotyl-root origin) were typical for areas under influence of recurrent fires. The diversity of belowground bud bearing structures decreased in the absence of disturbance. Longer intervals between disturbance events, resulting in decrease of bud bank size and heterogeneity of belowground organs may lead to the decline and even disappearance of species that relay on resprouting from the bud bank upon disturbance. (C) 2014 Elsevier GmbH. All rights reserved.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Fire is a common event in different ecosystems and can both be caused by humans or have natural sources.. In many of these ecosystems, natural fires are an important factor that determines the vegetation. The reduction of tree cover by fire for example, resulted in the evolution of several species-rich ecosystems, dominated by C4 grasses. However, the fire caused by human actions may have greater intensity and lead to negative responses of vegetation, since man changed the fire regime in many parts of the world, such as in the Cerrado. The passage of fire can benefit herbaceous and woody seedlings that cannot compete with the dominant grass layer. It removes the dead biomass and litter (major components of the fuel load), opening up spaces within the grass matrix that allow the establishment of other species. After some time without fire, an increase in shrub cover and decrease herbaceous layer can be observed. One of the major consequences of the absence of fire in savanna and grassland ecosystems is the accumulation of flammable dead biomass (mainly composed of graminoids), which will probably be the fuel load of the next burning thus, fires will be more intense and hotter. Moreover, very frequent burns lead to a reduction in the frequency and density of grasses. Therefore, this study aimed to assess the quantity and quality of biomass in areas with different fire history (fire exclusion for 2 and 7 years) in areas of campo sujo in central Cerrado. Plots (1x1m) were established in both areas and all aboveground biomass of each plot was cut at ground level and put in paper bags in the field. In the laboratory, the material was sorted into live and dead biomass. In addition, live biomass was separated into different functional groups (graminoids, forbs, Vellozia spp, palm and shrubs). The material was oven dried for two days at 80°C and subsequently weighed. In both areas, we found a dominance of graminoid and dead biomass. The area...

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Pós-graduação em Engenharia Civil - FEIS

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Landscape fires show large variability in the amount of biomass or fuel consumed per unit area burned. Fuel consumption (FC) depends on the biomass available to burn and the fraction of the biomass that is actually combusted, and can be combined with estimates of area burned to assess emissions. While burned area can be detected from space and estimates are becoming more reliable due to improved algorithms and sensors, FC is usually modeled or taken selectively from the literature. We compiled the peerreviewed literature on FC for various biomes and fuel categories to understand FC and its variability better, and to provide a database that can be used to constrain biogeochemical models with fire modules. We compiled in total 77 studies covering 11 biomes including savanna (15 studies, average FC of 4.6 t DM (dry matter) ha 1 with a standard deviation of 2.2), tropical forest (n = 19, FC = 126 +/- 77), temperate forest (n = 12, FC = 58 +/- 72), boreal forest (n = 16, FC = 35 +/- 24), pasture (n = 4, FC = 28 +/- 9.3), shifting cultivation (n = 2, FC = 23, with a range of 4.0-43), crop residue (n = 4, FC = 6.5 +/- 9.0), chaparral (n = 3, FC = 27 +/- 19), tropical peatland (n = 4, FC = 314 +/- 196), boreal peatland (n = 2, FC = 42 [42-43]), and tundra (n = 1, FC = 40). Within biomes the regional variability in the number of measurements was sometimes large, with e. g. only three measurement locations in boreal Russia and 35 sites in North America. Substantial regional differences in FC were found within the defined biomes: for example, FC of temperate pine forests in the USA was 37% lower than Australian forests dominated by eucalypt trees. Besides showing the differences between biomes, FC estimates were also grouped into different fuel classes. Our results highlight the large variability in FC, not only between biomes but also within biomes and fuel classes. This implies that substantial uncertainties are associated with using biome-averaged values to represent FC for whole biomes. Comparing the compiled FC values with co-located Global Fire Emissions Database version 3 (GFED3) FC indicates that modeling studies that aim to represent variability in FC also within biomes, still require improvements as they have difficulty in representing the dynamics governing FC.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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The improper disposal of industrial waste and exploitation of natural resources has resulted in the scarcity of river sand and environmental degradation, such as river erosions and pollution. This study aimed to assess the durability of mixed mortar lining walls and ceilings, containing 0 (default), 10 and 20% of dregs-grits compounds-waste of the pulp industry-in substitution with river sand. This was done with tests that simulated both natural and artificial conditions: Direct solar incidence (testing ultraviolet radiation), attack by spraying solution (salt spray test), natural warming of the walls and ceilings incidence by indirect solar (thermal degradation) and residential fires (thermogravimetric test), in compliance with both national and/or international standards. The grout containing dregs-grits compounds showed similarity to standard (0%) for testing thermal degradability, thermogravimetric and ultraviolet radiation, but shows significantly less durability when exposed to salty environments.