998 resultados para FABACEAE
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ABSTRACTThe conclusion of the dam project located in Alqueva, in Southern Portugal, has resulted in a significant increase of new irrigated areas, since 2006. This has meant that, in recent years, there have been progressive flora changes in farming systems traditionally implemented in the Alentejo region. The present work has analyzed the weed flora in an early stage of these changes, and the impact of environmental factors on the distribution of natural vegetation under Mediterranean climate conditions in the influence area of Alqueva. In 2007, 105 floristic surveys were carried out in autumn-winter crop plots or other soil use, and 264 species were identified. Families with higher expression were: Asteraceae, Poaceae, and Fabaceae. Only three species have been identified in more than half of farms, Avena sterilis, Phalaris minor and Lolium rigidum and they were part of the 15 species that revealed high and very high infestation degrees. Soil texture and extractable phosphorus have been determined as active ecological factors, according to the method of ecological profiles and Mutual Information. Therefore, these factores were those with the greatest influence on the species distribution. L.rigidum distribution showed to be associated with medium soil texture and A.sterilis distribution also showed to be associated with medium and fine soil texture soils, without showing ecological preference by extractable phosphorus. The distribution of P.minorwas not related to the soil texture but showed preference for soils with medium phosphorus content.
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ABSTRACT This study aimed to understand the influence of sowing depth and the amount of sugarcane straw on the emergence of weed species Luffa aegyptiaca Miller (Cucurbitaceae); Mucuna aterrima Piper & Tracy (Fabaceae - Leguminosae) and Ricinus communis (Euphorbiaceae). A completely randomized design with a 5 x 4 x 3 factorial layout with four replications was used, at five sowing depths (0, 2, 4, 8 and 10 cm), four different amounts of sugarcane straw (0, 5, 10 and 15 t ha-1) and three different evaluation periods (7, 14 and 21 days after sowing). After sowing, different amounts of sugarcane straw (0, 5, 10 and 15 t ha-1) were deposited on soil. Seedling emergence was analyzed at 7, 14 and 21 days after sowing, counting the number of seedlings that had emerged. At the end of the trial, weed height (cm), leaf area (cm2) and shoot dry mass (g) were measured. In relation to emergence ability, studied species presented different responses according to sowing depth and to the amount of sugarcane straw deposited on the soil. For the L.aegyptiacaand M.aterrima, no significant difference was observed in the interaction between depth and sugarcane straw, showing the adaptation of these species to no-burn sugarcane system. For R.communis, seeds placed at 0 cm of sugar cane straw depth were observed to favor the emergence of seedlings.
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ABSTRACT The seed (nutlet) morphology of four Onobrychis Miller (Fabaceae: subfamily Papilionoideae, Section Hymenobrychis DC.) taxa from Turkey, including three endemic taxa, was examined using scanning electron microscopy. Onobrychis tournefortii, O. galegifolia, O. cappadocica, O. albiflora. The seed examined exhibited variation in size, shape, colour, and surface sculpturing. Seed size ranged between 4.0-5.2 mm length and 2.0-3.6 mm width. Observed shapes included; ellipticus anguste asymmtricus reniformis, Ovatus anguste asymmetricus reniformis and ellipticus reniformis. Seed surface sculpturing revealed two distinct types: reticulate and rugulate. Species of Onobrychisare generally similar and confused with those of Hedysarumduring the identification process. Seed surface micromorphology can suggest taxonomical diagnostic characters for distinguishing species. Many of these characteristics are diagnostic at both the generic and specific levels.
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The use of the Roundup Ready(r) technology and the cultivation of a second crop influence the floristic composition of weed communities in Brazilian Central-West region cropping systems. This study has aimed to diagnose the dominant weed species in southwestern Goiás in areas of genetically-modified and conventional soybeans, using phytosociological and floristic surveys. Weed sampling was obtained by collecting all the plants present within a 0.5 m hollow frame, randomly thrown 20 times in each of thirty-five agricultural areas in the 2012/2013 harvest. Field survey was carried out in three periods: before desiccation for soybean sowing, before postemergence herbicide in soybean first application and before postemergence herbicide application in late harvest. A total of 525 m2 was inventoried and 3,219 weeds were collected, which included 79 species, 58 genera and 28 families. Families Poaceae, Asteraceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Amaranthaceae, were the most representative in the survey. Species Cenchrus echinatus, Glycine max, Chamaesyce hirta, Commelina benghalensis, and Alternanthera tenella stood out in importance. The RR+millet soybean treatment had the highest number of species (44), while the conventional soybean + sorghum treatment had the lowest number of species (18). The highest number of species was recorded in first sampling period. Treatments conventional soybean + maize and conventional soybean + millet showed higher similarity (70%), while treatments RR soybean + millet and conventional soybean + sorghum showed the least (51%). Species of difficult control were recorded in all cultivation systems analyzed.
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Foi caracterizada a composição florística da vegetação de carrasco do sul do planalto da Ibiapaba em Novo Oriente, Ceará (5°28 - 5°43S e 40°52 - 40º55W ; 750-850 m de altitude), ocorrendo em Areias Quartzosas profundas. Foram coletadas 184 espécies, incluindo ervas, cipós, subarbustos, arbustos e árvores, distribuídas em 52 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Caesalpiniaceae (17), Fabaceae (16), Euphorbiaceae (15), Myrtaceae (11), Bignoniaceae (10) e Mimosaceae (9). De 102 espécies arbustivas e arbóreas da área estudada, 24 ocorreram em áreas de caatingas e cerrados, 29 em cerrados, 17 em caatinga, uma espécie em mata e 31 foram exclusivas do carrasco. Não foi possível definir se o carrasco é um cerradão degradado ou um tipo próprio de vegetação, sendo necessária para isso a realização de levantamentos em outras áreas similares.
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Foi realizado um levantamento fitossociológico em dois fragmentos de floresta higrófila (mata de brejo) no município de Campinas, SP. Em cada fragmento foram alocadas 10 parcelas contíguas de 10 m x 10 m e amostrados todos os indivíduos com PAP (perímetro à altura do peito) ³ 10 cm. Os dados dos dois fragmentos foram agrupados e analisados em conjunto. Ao todo foram amostrados 955 indivíduos de 55 espécies, 44 gêneros e 29 famílias. Foi observada baixa diversidade em espécies (H = 2,80 nats/indivíduo). As espécies de maior IVI, em ordem decrescente, foram Calophyllum brasiliensis (Clusiaceae), Protium almecega (Burseraceae), Styrax pohlii (Styracaceae), Syagrus romanzoffiana (Arecaceae), Talauma ovata (Magnoliaceae), Geonoma brevispatha (Arecaceae), Trichilia pallida (Meliaceae), Inga luschnathiana (Mimosaceae), Guarea macrophylla (Meliaceae) e Tapirira guianensis (Anacardiaceae), representadas por grande número de indivíduos. As famílias mais ricas em espécies foram Myrtaceae (9 espécies), Lauraceae (6), Meliaceae (5), Euphorbiaceae (4) e Fabaceae (3). Essas matas são restritas a áreas de solo permanentemente encharcado e revelam um padrão florestal característico, com peculiaridades florísticas, estruturais e fisionômicas que as diferenciam das demais unidades florestais do estado de São Paulo.
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O presente trabalho trata do estudo florístico da vegetação arbórea que ocorre ao longo de um trecho das margens do rio da Fazenda, localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Picinguaba, no litoral norte do estado de São Paulo, município de Ubatuba (44°48' W e 23°22' S). Para a realização do levantamento, foram alocadas 40 parcelas de 10 m x 10 m, ao longo de um trecho do rio, sendo amostrados todos indivíduos com perímetro à altura do peito maior ou igual a 20 cm (DAP = 6,36 cm). Os 673 indivíduos amostrados distribuíram-se entre 120 espécies, 83 gêneros e 37 famílias. Myrtaceae foi a família de maior riqueza, com 28 espécies, seguida por Fabaceae (11), Rubiaceae e Lauraceae (8 cada uma). Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Chrysophyllum flexuosum Mart. (Sapotaceae), Coussarea nodosa Müll. Arg. (Rubiaceae) e Sloanea guianensis Benth. (Elaeocarpaceae) foram as populações com maior número de indivíduos. O índice de diversidade de Shannon encontrado foi H' = 4,07 nats/indivíduo, mostrando a grande diversidade da vegetação na área de estudo. As informações obtidas neste trabalho ressaltam a alta complexidade da Floresta Pluvial Tropical da Encosta Atlântica ao longo de sua extensão e fornecem dados para estudos comparativos com outros trechos de Mata Atlântica ou mesmo com outras formações florestais.
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Objetivando caracterizar os eixos embrionários de sementes de espécies de Fabaceae e fornecer subsídios para trabalhos de sistemática e filogenia desta família, foram estudados aspectos morfológicos e anatômicos dos embriões, especialmente dos eixos embrionários, de 15 espécies arbóreas nativas, buscando correlações entre sua estrutura e a afinidade entre os diferentes gêneros e destes nas tribos. Observaram-se cotilédones foliáceos nas espécies de Caesalpinioideae, carnosos nas Faboideae e dos dois tipos nas Mimosoideae. Os eixos embrionários variaram de curtos a longos, sendo sempre retos nas espécies de Caesalpinioideae e Mimosoideae; nas Faboideae, encontraram-se eixos embrionários curvos ou inclinados. A plúmula variou de indiferenciada a diferenciada, o primeiro tipo ocorrendo em espécies sem epicótilo e o último disposto sobre epicótilo alongado. Anatomicamente, a protoderme se mostrou indiferenciada na maioria das espécies, podendo ocorrer tricomas em diferenciação (Caesalpinia leiostachya, Centrolobium tomentosum e Anadenanthera macrocarpa), papilas (Platypodium elegans) e tricomas tectores e glandulares diferenciados (Inga urugüensis). O procâmbio se manteve indiferenciado. O meristema fundamental mostrou acúmulo de amido em todas as espécies, ocorrendo drusas em Peltophorum dubium e cristais poliédricos isolados em Inga urugüensis e em Lonchocarpus muehlbergianus. Esta última espécie apresentou, ainda, estruturas secretoras na região do nó cotiledonar.
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O presente estudo foi desenvolvido em três trechos de floresta semidecídua, que no passado tiveram usos diferenciados, localizados na Estação Ecológica do Tripuí (EET), Ouro Preto (MG), objetivando verificar as variações qualitativas e equantitativas das espécies arbóreas. As áreas 1 (A1) e 2 (A2) representam os trechos mais preservados da floresta, não havendo relatos de perturbação, como fogo ou retirada de madeira, nos últimos 30 anos. A área 3 (A3) representa o trecho sucessional mais jovem da floresta, onde houve uma antiga plantação de chá preto, abandonada há 40 anos. Foram demarcadas, em cada trecho, três parcelas de 10 x 30 m, onde foram amostrados todos os indivíduos vivos com perímetro a altura do peito (PAP) 3 5 cm. Os solos na EET foram considerados estruturalmente jovens e de baixa fertilidade. Encontrou-se um total de 68 espécies, pertencentes a 42 gêneros, representando 25 famílias. As famílias mais representativas em número de espécies foram Myrtaceae (13), Lauraceae (9), Fabaceae (5), Flacourtiaceae (5) e Rubiaceae (5). Nos trechos de floresta A1 e A2, a distribuição em classes de PAP e de altura foram significativamente diferentes da verificada no trecho A3. O índice de Shannon foi maior em A1 (3,15), seguido de A3 (3,00) e de A2 (2,36). Observou-se uma baixa similaridade florística, pelo índice de Sorensen, entre os três trechos estudados. As diferenças florísticas e estruturais encontradas devem-se, principalmente, às diferentes intensidades de pressão antrópica a que os trechos foram submetidos no passado.
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Dados morfológicos referentes às fases juvenis das plantas são tão importantes quanto escassos na literatura. Neste trabalho, foram estudadas as plântulas e plantas jovens de Erythrina speciosa (Phaseoleae), Holocalyx balansae e Sophora tomentosa (Sophoreae), Swartzia langsdorffii (Swartzieae), Lonchocarpus muehlbergianus e Platycyamus regnellii (Tephrosieae), como parte de um amplo projeto com leguminosas arbóreas, que objetivou descrever a morfologia das fases juvenis, com vistas à identificação das espécies, fornecendo subsídios para trabalhos taxonômicos, filogenéticos e ecológicos. Erythrina speciosa apresentou plântula epígeo-carnosa, formando somente dois eofilos. As espécies de Sophoreae e Swartzieae formaram plântulas hipógeas, sendo constituídos de cinco a sete eofilos em Holocalyx balansae, de seis a 15 em Sophora tomentosa e de sete a 10 em Swartzia langsdorffii. Em Tephrosieae, Lonchocarpus muehlbergianus produziu plântula hipógea e constituiu de oito a 10 eofilos e Platycyamus regnellii formou plântulas epígeo-carnosas e apenas dois eofilos. As plântulas e plantas jovens de Erythrina speciosa e de Platycyamus regnellii são similares, sendo distinguidas somente pela presença de espinhos e nectários extra-florais na primeira. Com relação à filotaxia, as espécies de Sophoreae e Swartzieae apresentaram somente nós alternos, enquanto que, em Phaseoleae e Tephrosieae, a filotaxia do primeiro nó eofilar foi oposta, passando a alterna nos nós subsequentes. Foram encontrados nódulos radiculares em todas as espécies, exceto em Holocalyx balansae e em Platycyamus regnellii.
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A composição específica de florestas estacionais no Rio Grande do Sul é fortemente influenciada por dois contingentes florísticos diferentes, um coincidente com as florestas atlânticas do leste e outro com as florestas paranaense-uruguaias do oeste. Um levantamento fitossociológico de uma floresta central sul-rio-grandense foi realizado para detectar a estrutura comunitária do componente arbóreo e a participação local dos diferentes contingentes florísticos. Todas as árvores com DAP > ou = 5 cm foram registradas em uma área de 1 ha, subdividida em 100 unidades amostrais de 10 x 10 m. As espécies amostradas foram classificadas como amplas ou restritas, segundo suas distribuições geográficas, considerando as afinidades florísticas leste ou oeste. A densidade total por hectare foi de 1855 indivíduos, pertencentes a 23 famílias, 46 gêneros e 55 espécies. As famílias com maior riqueza específica foram Fabaceae e Myrtaceae. As espécies mais importantes foram Gymnanthes concolor Spreng., Euterpe edulis Mart., Sorocea bonplandii (Baill.) Burger, Lanj. & Boer, Pachystroma longifolium (Nees) I.M. Johnst. e Trichilia claussenii C.DC., acumulando 55,2% do total do valor de importância. A diversidade específica (H') foi estimada em 2,244 (nats). As espécies do oeste formam um contingente mais diversificado, geralmente ocorrendo como árvores do dossel ou emergentes. As espécies do leste constituem um contingente bem menos diversificado, porém com uma alta participação quantitativa como árvores de porte médio do sub-bosque. Aspectos gerais da composição e da estrutura sugerem a importância de árvores do dossel de florestas estacionais interiores como formadoras de ambientes favoráveis para diversas árvores do sub-bosque de florestas pluviais costeiras.
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Foram estudadas quatro comunidades vegetais de veredas no Municipio de Uberlândia, MG, durante dois anos com o objetivo de conhecer sua composição florística. As veredas foram percorridas por meio de trilhas estabelecidas, ao acaso, passando pela borda (local de solo mais seco), meio (solo medianamente úmido) e fundo (solo saturado com água). A freqüência de visitas à cada vereda foi mensal e o material botânico coletado foi incluído no Herbarium Uberlandense (HUFU). A identificação das espécies foi feita utilizando-se chaves analíticas, consultas a especialistas de várias famílias e/ou comparação com exsicatas devidamente identificadas e depositadas nos herbários HUFU, IBGE e UB. No levantamento florístico foram registradas 526 espécies, 250 gêneros e 89 famílias. As cinco famílias com maior número de espécies foram Poaceae (64), Asteraceae (63), Cyperaceae (54), Melastomataceae (27) e Fabaceae (23). Na zona de borda da vereda foram amostradas 361 espécies sendo 168 exclusivas deste ambiente. Um total de 300 espécies ocorreu na zona de meio, sendo 75 exclusivas. Na zona de fundo ocorreu a menor riqueza específica, compreendendo um total de 136 espécies com 52 exclusivas desta área. A grande riqueza florística encontrada nas veredas amostradas deve-se, possivelmente, às diferenças edáficas, especialmente aquelas relacionadas com a umidade.
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A biologia reprodutiva de Senna sylvestris foi estudada na Estação Ecológica do Panga (EEP), Uberlândia-MG e no distrito de Macaúbas, Patrocínio-MG. S. sylvestris é um arbusto com altura máxima de 5m e período de floração entre Janeiro e Abril. As flores são hermafroditas, zigomorfas, com corola de cor amarelo intenso, dispostas em inflorescências do tipo panícula. O estigma é do tipo úmido não papiloso e crateriforme, possuindo pêlos ao seu redor. As anteras são poricidas e o androceu é heterântero, com três estaminódios, quatro estames menores na porção superior da flor, dois estames maiores na porção inferior e entre eles um estame central com antera mais delgada. S. sylvestris é auto-estéril e não agamospérmica, com auto-esterilidade envolvendo fenômenos de ação tardia. Tubos polínicos de autopolinizações e polinizações cruzadas crescem e penetram os óvulos, mas frutos e sementes só se desenvolvem após polinizações cruzadas com anteras grandes. Os estames menores e o central de antera mais delgada, produzem pólen inviável. Estes estames servem apenas como pontos de fixação durante as visitas das abelhas. O pólen das anteras pequenas pode formar tubos polínicos, mas nenhum fruto resultou das polinizações com este tipo de pólen. Os principais visitantes e polinizadores são abelhas grandes Xylocopa brasilianorum, Oxaea flavescens, Bombus morio e espécies do gênero Centris que coletam pólen por vibração das anteras. Foram observadas diferenças na riqueza de espécies de abelhas entre as áreas e entre os anos de estudo. Menor número de polinizadores em Macaúbas pode ser explicado pelo maior grau de perturbação da vegetação. Entretanto diferenças na riqueza e no número de polinizadores não parecem explicar a produção natural de frutos, que foi baixa nas espécies estudadas.
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A cobertura florestal no Rio Grande do Sul encontra-se fortemente reduzida e fragmentada e, na Serra do Sudeste, particularmente, muito pouco se sabe sobre a estrutura de suas florestas. A localização de um remanescente de floresta primária nas encostas orientais permitiu a realização de um levantamento fitossociológico com o objetivo de descrever a estrutura do componente arbóreo e estabelecer relações com outras florestas estacionais. Foram amostradas todas as árvores com DAP > 5 cm em uma área de 1 ha, subdividida em 100 parcelas de 10 × 10 m. Foram registrados 2.236 indivíduos, pertencentes a 69 espécies, 55 gêneros e 34 famílias. As famílias que sobressaíram em riqueza foram Myrtaceae, Lauraceae e Euphorbiaceae. A pequena contribuição de Fabaceae nas florestas na Serra do Sudeste contrasta com sua importância em outras florestas estacionais no Rio Grande do Sul e no Brasil. Dentre as espécies com os maiores valores de importância, destacaram-se Gymnanthes concolor Spreng., Esenbeckia grandiflora Mart. e Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al., pela elevada densidade, Sloanea monosperma Vell. e Ilex paraguariensis A.St-Hil., pela elevada área basal, e com valores intermediários nesses parâmetros Myrsine umbellata Mart., Miconia rigidiuscula Cogn. e Calyptranthes grandifolia O.Berg. A diversidade específica (H') foi estimada em 3,204 (nats) (J' = 0,757), um dos mais altos valores já registrados para as florestas estacionais no Rio Grande do Sul e no mesmo contexto de diversidade encontrado para a formação em outras regiões no Brasil.
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Foi realizada a descrição da comunidade arbórea da floresta estacional localizada na Estação Ecológica do Tapacurá, município de São Lourenço da Mata, Pernambuco, com objetivo de avaliar suas relações com outras florestas da região. A área de estudo (8º03'04''-8º03'53'S e 35º09'55''- 35º10'48''W) apresenta cotas altitudinais variando entre 100 a 140 m e precipitação média de 1.300 mm. ano-1 Foram amostrados todos os indivíduos vivos ou mortos, ainda de pé, com DAP > 5 cm, presentes em 50 parcelas (10 × 20 m) e selecionados sete levantamentos quantitativos com objetivo de comparar as florestas da região. Foram amostradas 88 espécies/morfoespécies, incluindo três táxons não identificados. A maioria das espécies apresenta folhas simples (68,2%) e mesófilas (76,1%). A densidade total, área basal total, altura e diâmetro médios e máximos foram 1.145 ind. ha¹; 23,9 m².ha-1; 10,73 m (± 4,67); 32 m; 13,14 cm (± 6,98) e 77,35 cm, respectivamente. No estrato mais baixo (abaixo de 8 m), destacaram-se Gustavia augusta (Lecythidaceae), Actinostemon verticillatus (Euphorbiaceae) e Psychotria capitata (Rubiaceae). No estrato médio (17 a 20 m), destacou-se Chamaecrista ensiformis (Fabaceae) e, no estrato superior (acima de 26 m), Pterocarpus rohrii (Fabaceae) e Tabebuia serratifolia (Bignoniaceae). Considerando os aspectos fisionômicos e estruturais, bem como os resultados das análises multivariadas, pode-se concluir que a área de estudo apresenta maior semelhança com as florestas ombrófilas de terras baixas do que com as estacionais montanas.