999 resultados para Doenças parasitárias Epidemiologia - Teses
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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Ps-graduao em Bases Gerais da Cirurgia - FMB
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A infeco genital pelo Papilomavrus humano (HPV) a principal causa para o desenvolvimento de leses precursoras e processos neoplsicos na crvice uterina. O cncer cervical representa a segunda maior causa de bito por cncer em mulheres brasileiras, constituindo-se em uma das principais causas de morbimortalidade feminina na regio Norte do Brasil. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiolgicos da infeco genital pelo Papilomavrus humano (HPV) em mulheres de populao urbana e rural oriundas de duas regies distintas da Amaznia Oriental Brasileira. Para tanto foi conduzido um estudo Transversal analtico com 444 mulheres de 13 a 74 anos que se submeteram ao exame preventivo do cncer do colo uterino, sendo 233 urbanas oriundas de uma unidade bsica de sade da cidade de Belm do Par e 211 rurais provenientes das margens direita e esquerda do lago da U.H.T de Tucuru - PA, no perodo de janeiro de 2008 a maro de 2010. Amostras da crvice uterina foram coletadas para a realizao da colpocitologia convencional e para a deteco do DNA do HPV atravs da reao em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotdeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulrio clnico e epidemiolgico. Para anlise das associaes epidemiolgicas entre os fatores de risco e a infeco pelo HPV dividiu-se a amostra em trs faixas etrias, sendo obtidas a Razo de Chances de Prevalncia (ORp) com IC95%, com sua significncia verificada por meio do teste do qui-quadrado ou exato de Fsher, alm do emprego final do modelo de regresso logstica multivariado. Entre as 444 mulheres analisadas, a prevalncia geral de infeco genital pelo HPV foi de 14,6%, variando entre 15,0% para a amostra urbana e 14,2% para a rural. A faixa etria mais acometida foi a de 13 a 25 anos (17,9%), tanto na amostra urbana (19,0%) quanto rural (17,2%). O DNA do HPV foi detectado em 13,6% das mulheres com citologia normal e em 41,6% daquelas com citologia alterada, sendo este resultado mais significativo para a poro urbana do estudo com idades compreendidas entre 26 a 44 anos. Anormalidades colpocitolgicas, incio precoce da atividade sexual, situao conjugal, nmero de parceiros sexuais novos e antigos, o uso pregresso de anticoncepcionais orais e preservativos, histria de DST e de sintomas genitais, alm de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados infeco genital pelo HPV de maneira diferenciada nas trs faixas etrias analisadas entre amostras urbana e rural da Amaznia Oriental Brasileira.
Epidemiologia da tuberculose em crianas menores de 15 anos atendidas nas unidades municipais de sade
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A tuberculose nas crianas , por definio, um indicador de transmisso recente e assim serve de sinal de alerta. O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos epidemiolgicos da tuberculose na infncia. Atravs de um protocolo de pesquisa foram coletados dados de pronturios de 80 crianas, de ambos os sexos, portadoras de tuberculose com idade de 0 a 15 anos, retrospectivamente relativo aos anos de 1998 a 2002, atendidas em 18 Unidades Municipais de Sade, no municpio de Belm. Verificou-se que a idade de 10 a <15 anos foi mais acometida pela doena, no apresentando diferena significativa entre os sexos. Na avaliao antropomtrica 17,15% das crianas apresentaram dficit de peso em graus variados para o ndice P/I. A sintomatologia clssica da tuberculose apresentou-se mais freqente conjuntamente com a forma clnica pulmonar em 77,50 % das crianas. A pesquisa de BAAR e a radiografia foram os exames de maior importncia no diagnstico da tuberculose, 76,25 % das crianas apresentaram cicatriz vacinal e as precrias condies socioeconmicas so fatores determinantes no processo infeccioso. A aplicao rigorosa dos meios de interveno disponveis associados a melhoria das condies scio-econmicas so importantes. Assim, evita-se que qualquer falha no controle da tuberculose atinja imediatamente a gerao mais jovem.
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Ps-graduao em Medicina Veterinria - FCAV
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OBJETIVO: Descrever mtodos e resultados iniciais do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas no Transmissveis por Inqurito Telefnico VIGITEL implantado no Brasil em 2006. MTODOS: O VIGITEL estudou amostras probabilsticas da populao com 18 ou mais anos de idade residente em domiclios conectados rede de telefonia fixa de cada uma das capitais dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal (54.369 indivduos no total, sendo pelo menos 2.000 por cidade). A amostragem foi realizada a partir de cadastros eletrnicos completos das linhas residenciais fixas de cada cidade, envolvendo sorteio de linhas (domiclios) e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado. O questionrio aplicado investigou caractersticas demogrficas e socioeconmicas, padro de alimentao e de atividade fsica, consumo de cigarros e de bebidas alcolicas, e peso e altura recordados, entre outros quesitos. Estimativas sobre a freqncia de fatores de risco selecionados, estratificadas por sexo e acompanhadas de Intervalo de Confiana de 95%, foram calculadas para a populao adulta de cada cidade empregando-se fatores de ponderao que igualam a composio sociodemogrfica da amostra em cada cidade quela observada no Censo Demogrfico de 2000. Estimativas para o conjunto das cidades empregam fator de ponderao adicional que leva em conta a populao de adultos de cada cidade. RESULTADOS: Os cinco fatores de risco selecionados (tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcolicas, excesso de peso, consumo de carnes com excesso de gordura e sedentarismo) tenderam a ser mais freqentes em homens do que em mulheres. Dentre os fatores de proteo, o consumo regular de frutas e hortalias foi mais freqente em mulheres do que em homens, observando-se situao inversa no caso da atividade fsica de lazer. Diferenas substanciais na freqncia dos fatores de risco e proteo foram observadas entre as cidades, com padres de distribuio regional diferenciados por fator. DISCUSSO: O desempenho do sistema, avaliado a partir da qualidade dos cadastros telefnicos e de taxas de resposta e de recusas, mostrou-se adequado e, de modo geral, superior ao encontrado em sistemas equivalentes existentes em pases desenvolvidos. O custo do sistema de R$ 31,15 por entrevista realizada, foi a metade do custo observado no sistema americano de vigilncia de fatores de risco para doenças crnicas por inqurito telefnico e um quinto do custo estimado em inqurito domiciliar tradicional realizado recentemente no Brasil.
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No Brasil, estima-se que os rotavrus causem 3.352.053 episdios de diarreia, 655.853 ambulatoriais, 92.453 hospitalizaes e 850 mortes envolvendo crianas menores de 5 anos de idade. Os rotavrus pertencem famlia Reoviridae, gnero Rotavirus. A partcula viral constituda por trs camadas proteicas concntricas e pelo genoma viral reunindo 11 segmentos de RNA com dupla fita. Reconhecem-se 23 gentipos G e 31 gentipos P. Dentre os gentipos G detectados at o momento, o G2 atua como um dos mais importantes, estando geralmente associado ao gentipo P[4]. Nos ltimos trs anos se tem observado em larga escala global a reemergncia do gentipo G2, sendo um dos mais detectados nos anos que sucederam a implantao da vacina contra rotavrus, particularmente no Brasil. Este estudo teve como objetivo a caracterizao molecular de amostras do tipo G2 obtidas de crianas participantes de estudos em gastroenterites virais na regio amaznica, Brasil, no perodo de 1992 a 2008. Foram selecionadas 53 amostras positivas para rotavrus gentipo G2 que foram sequenciadas para VP7 e 38 para VP4. Inicialmente, as amostras foram genotipadas por RT-PCR e seus produtos purificados, quantificados e sequenciados. As amostras tambm foram testadas quanto ao perfil de migrao dos segmentos de RNA. As sequncias obtidas dos genes VP4 e VP7 foram alinhadas e editadas no programa Bioedit (v.6.05) e comparadas a outras sequncias de RV registradas no banco de genes utilizando o programa BLAST. A rvore filogentica foi feita utilizando o programa Mega 2.1. Do total de 53 amostras sequenciadas para o gene VP7, a anlise filogentica revelou a existncia de duas linhagens (II e III) e trs sublinhagens (IIa, IIc, IId) que circularam em perodos diferentes na populao. Amostras das sub-linhagem IIa e IIc apresentaram mutao na posio no aminocido da posio 96 (Asp/ Asn) . Essa modificao pode resultar em uma alterao conformacional dos eptopos reconhecidos por anticorpos neutralizantes. As linhagens de G2 que circularam em Belm foram idnticas quelas de outros Estados da regio amaznica envolvidos no estudo. O gene VP[4] foi sequenciado na regio da VP8*, sendo 36 pertencentes do gentipo P[4] e 3 ao P[6]. No gentipo P[4] foi identificada a circulao de duas linhagens, P[4]-4 ocorrendo nos anos de 1998-2000, e P[4]-5 que circulou nos perodos de 1993-1994 e 2006-2008. Nossos resultados reforam dados de ocorrncia continental que evidenciam a reemergncia do gentipo G2 com a variante gnica IIc, a qual se estabeleceu na populao em associao com o gentipo P[4]-5. A grande homologia entre as cepas de G2 que circularam entre os diferentes estados envolvidos no estudo sugere que as mutaes registradas ultrapassaram barreiras geogrficas e temporais.
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Ps-graduao em Medicina Veterinria - FCAV
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A infeco genital pelo Papilomavrus humano (HPV) considerada uma das doenças sexualmente transmissveis (DSTs) mais comum, representando um importante problema na Sade Pblica, alm de estar diretamente relacionado promoo do cncer de colo uterino. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiolgicos da infeco genital pelo HPV em dois grupos distintos: mulheres de populao geral e mulheres encarceradas. Para tanto foi conduzido um estudo transversal analtico com 423 mulheres a partir dos 18 anos que se submeteram ao exame preventivo do cncer do colo uterino, sendo 233 mulheres da populao geral oriundas de uma unidade bsica de sade da cidade de Belm do Par e 190 provenientes do Centro de Reeducao Feminino em Ananindeua no mesmo Estado, no perodo de janeiro de 2008 a maro de 2010. Amostras da crvice uterina foram coletadas para a realizao da colpocitologia convencional e para a deteco do DNA do HPV atravs da reao em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotdeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulrio clnico e epidemiolgico. Entre as 423 mulheres analisadas, a prevalncia geral de infeco genital pelo HPV foi de 13,0% com variao entre 15,0% para a amostra geral e 10,5% para a carcerria. A faixa etria mais acometida foi a de 13 a 25 anos (19%) na amostra geral; e em mulheres com 45 anos ou mais (21,1%), nas carcerrias. Anormalidades Colpocitolgicas, situao conjugal, nmero de parceiros sexuais novos, o uso de anticoncepcionais orais, histria de DST e de sintomas genitais, alm de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados infeco genital pelo HPV de maneira diferenciada entre amostras da populao geral e carcerria.
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A doena de Chagas aguda (DCA) endmica na Amaznia Brasileira sendo a via oral a principal forma de transmisso com surtos familiares ou multifamiliares. Esta via independe da colonizao de triatomneos no domiclio e a ocorrncia regular com mdia de 100 casos/ano e 5% de bitos. Apresenta distribuio espao-temporal bem definida, colocando a enfermidade como emergncia de importncia em sade pblica nos estados do Par, Amap e Amazonas. A presena de mamferos e triatomneos silvestres, infectados naturalmente com o c e habitando distintos ectopos terrestres e arbreos, mantm um intenso ciclo enzotico em toda a Amaznia. Perfis moleculares de linhagens de T. cruzi na regio esto associados a hospedeiros mamferos (incluindo o homem), triatomneos, ectopos e manifestaes clnicas. Foram estudados quatro surtos de DCA ocorridos nos Municpios de Barcarena, Belm e Cachoeira do Arari no Estado do Par e em Santana, no Estado do Amap e abordados os aspectos epidemiolgicos (parasitolgico e sorolgico manifestaes clnicas, reservatrios e triatomneos silvestres associados aos surtos). Foi investigado tambm em So Lus, Estado do Maranho, o ciclo domiciliar e silvestre do T. cruzi, porm sem a ocorrncia de casos de DCA. O estudo incluiu tambm a genotipagem molecular de T. cruzi pelo gene de mini-exon dos isolados (homem, mamferos e triatomneos silvestres) associados aos diferentes ciclos de transmisso. O diagnstico parasitolgico foi confirmado em 63 pacientes com a seguinte sensibilidade nos testes aplicados: 41,3% (26/63) pela gota espessa; 58,7% (37/63) no QBC; 79,4% (50/63) no xenodiagnstico e 61,9% (39/63) na hemocultura. A sorologia de 2648 pessoas por hemaglutinao indireta (HAI) foi de 3,05% (81/2648) e imunofluorescncia indireta IFI apresentaram respectivamente resultados de e 2,49% (66/2648) para IgG e 2,37 (63/2648) para IgM. Os resultados em So Lus foram todos negativos. Foram capturados 24 mamferos, 13 Didelphis marsupialis, 1 Marmosa cinerea, 5 Philander opossum, 3 Metachirus nudicaudatus, 1 Oryzomys macconnelli, 1 Oecomys bicolor e 433 R. rattus. A taxa de infeco para T. cruzi foi de 7,14% (29/404). Um total de 3279 triatomneos foi capturado sendo: Triatoma rubrofasciata (n=3008), com taxa de infeco (TI) de 30.46%, (39/128), Rhodnius robustus (n=137), com TI de 76% (79/104), R. pictipes (n=94), TI de 56,9% (49/86%), E. mucronatus (n=6) e P. geniculatus (n=12) com TI de 50% e as demais espcies sem infeco R. neglectus (n=5) e P. lignarius (n=6). As palmeiras foram os principais ectopos dos triatomneos silvestres. O urucurizeiro (S. martiana) apresentava infestao de 47,41% (101/213) dos triatomneos; o inajazeiro (Maximiliana regia) 35,21% (75/213); o babaueiro (Orbgnya. speciosa) 5,16% (11/213); o dendezeiro (Eleas melanoccoca) 1,87% (4/213) e a bacabeira (Oenocarpus bacaba) 10,32% (22/213). Para a genotipagem foram obtidos 46 isolados de tripanossomas de origem humana, 31 isolamentos de mamferos silvestres e 74 amostras de triatomneos. Todos os isolados foram caracterizados como da linhagem TcI de T. cruzi. Todos os casos humanos no Par foram caracterizados como positivos por exame parasitolgico. Nem todos os casos de Santana, Amap, apresentaram casos parasitolgicos positivos, pela demora do diagnstico, mesmo assim estes foram definidos como DCA. Exames como xenodiagnstico, hemocultura e o QBC foram mais sensveis do que a gota espessa. A sorologia por HAI e IFI (IgG e IgM) tiveram excelente sensibilidade para detectar os casos agudos em tempos distintos de infeco. O achado de mamferos (D. marsupilais) e triatomneos silvestres (R. pictipes e P. geniculatus) infectados com considerveis taxas de infeco para T. cruzi no entorno das residncias dos pacientes sustentam a importncia destes hospedeiros associados transmisso da DCA. Apesar de na Amaznia circularem vrios gentipos de T. cruzi nos diferentes hospedeiros, neste trabalho foi identificada somente a linhagem TCI de T. cruzi, a mais predominante na Regio. Em So Lus, Maranho, embora sem registro de casos de DCA apresenta um ciclo domiciliar associados ao rato domstico e o triatomneo da espcie T. rubrofasciata, e um ciclo silvestre mantido por didelfdeos. Nos dois ciclos circulam a linhagem TCI de T. cruzi. Estudos com marcadores de maior resoluo com isolados de T. cruzi regionais podem ajudar a esclarecer os ciclos de transmisso, as rotas de contaminao e os hospedeiros envolvidos em casos de DCA na Amaznia.
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Amebase a infeco no homem causada pelo protozorio Entamoeba histolytica, apresentam quadros sem manifestaes clnicas at graves de elevada morbimortalidade e sendo responsvel por milhes de casos de disenteria e abscessos hepticos a cada ano. Os dados epidemiolgicos da amebase no Brasil esto sendo reavaliados desde que a Entamoeba histolytica (patognica) foi considerada espcie distinta da Entamoeba dispar (no patognica). Neste estudo, realizou- se o diagnstico da amebase por meio de mtodos parasitolgicos, pesquisa de antgenos e mtodo molecular em amostras fecais de pacientes residentes no municpio de Juruti, Par, Brasil. Foram analisadas 188 amostras, com positividade em 28 (14,89 %) no mtodo imunolgico, que foi considerado como padro ouro. A infeco por E. histolytica foi maior no grupo etrio acima de 14 anos (8,51%) que no grupo de 0-14 anos (6,38%), porm sem significncia estatstica (p > 0,05). Houve discordncia nos resultados dos mtodos ELISA e coproscpico em 41 amostras (21,81%), com maior nmero de positivos no teste imunoenzimtico. O diagnstico pelo mtodo de PCR apresentou positividade de 5,88% (3/51), resultado inferior ao observado na microscopia (7,84% - 4/51) e teste de ELISA (11,76% - 6/51). Assim, nossos resultados sugerem que a amebase intestinal um problema de sade pblica no municpio de Juruti.
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A leishmaniose tegumentar (LT) encontra-se em expanso no Estado do Par, Brasil. Juruti um dos 143 municpios desse Estado e atualmente cenrio de grandes transformaes ambientais devido minerao de bauxita, o que poder influenciar o padro de transmisso. Objetivo: Este estudo buscou elucidar aspectos epidemiolgicos relevantes para o controle da LT em Juruti. Materiais e Mtodos: A frequncia de LT e o perfil dos pacientes no hospital municipal "Francisco Barros" foram determinados de janeiro a dezembro/2007. Espcies de flebotomneos silvestres existentes no entorno de uma rea de prospeco da bauxita foram tambm descritas, durante levantamento entomolgico em janeiro/2008 (armadilha Shannon/18h s 20h/2 noites). Em 21 indivduos, portadores de leso cutnea suspeita de LT, bipsias de pele foram realizadas entre fevereiro e junho de 2007. Neste grupo procedeu-se ao diagnstico parasitolgico (esfregao corado e cultura), molecular e teste intradrmico de Montenegro. Utilizaram-se sondas de DNA ribossomal (PCR-SSUrDNA) gnero especficas (S4, S12; S17, S18) e de G6PD, para distinguir o subgnero Viannia (ISVC, ISVA: ISVC, ISVG) e a espcie L. (V.) braziliensis (ISVC, ISVA; ISVC, ISVB). Resultados: No ano de 2007 foram confirmados 42 casos novos de LT, com mdia mensal inferior a quatro (3,5 0,8), maior frequncia em julho (11) e menor em junho e novembro (0). A maioria dos pacientes foi de homens (41/42, 98%) com menos de 20 anos (<10 anos: 30%; 10-20: 57%; 20-40: 12%). A maioria tambm residia em localidades rurais (33/42, 79%), incluindo reas impactadas pela minerao (19/42, 45%), e exercia atividades de risco (28/42, 67%). Doze eram funcionrios de empresas (29%). A anlise molecular das 21 amostras identificou 12 resultados positivos para o gnero Leishmania (57%), sendo 11 (52%) parasitologicamente confirmados. A PCRG6PD identificou 75% das amostras como sendo L. (V.) braziliensis. As demais (3/12, 25%) no hibridizaram com os oligonucleotdeos da PCR-G6PD e, por isso, os produtos da reao de nested-PCR SSUrDNA foram clonados e sequenciados, confirmando que se tratavam de Leishmania (Viannia) sp. Apenas 9/12 (75%) casos confirmados pelos mtodos parasitolgico e/ou olecular tiveram reaes de hipersensibilidade tardia em resposta ao antgeno de Montenegro, cujos dimetros variaram de 7 a 40mm (16,3 3,2). Capturaram-se 105 flebotomneos de 13 espcies nas seguintes frequncias: 1- Lutzomyia (Ps.) geniculata (23, 22%), 2- Lutzomyia (Ps.) paraensis (21, 20%), 3- Lutzomyia (Ps.) complexa (18, 17%), 4-Lutzomyia (Ps.) davisi (10, 10%), 5- Lutzomyia (N.) flaviscutellata (13, 13%) e outras oito espcies (20, 18%). Discusso: Espcies de Leishmania do subgnero Viannia, sobretudo L. (V.) braziliensis predominam em Juruti, o que compatvel com o extenso dimetro das reaes cutneas observadas ao antgeno de Montenegro e com os relatos comuns de persistncia e recidiva, apesar do tratamento especfico. Entre os flebotomneos antropfilos destacam-se L. (Ps.) complexa (17%) e L. (Ps.) flaviscutellata (13%) por serem vetores de L. (V.) braziliensis e L. (L.) amazonensis respectivamente, associadas s formas severas da LT humana. Concluso: Medidas de controle em Juruti devem priorizar a reduo da morbidade, diagnstico precoce, busca ativa de LT humana, vigilncia entomolgica e de microambientes no entorno da rea de impacto de minerao.
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Uma das principais caractersticas do Vrus da imunodeficincia humana (HIV) sua grande diversidade gentica. O presente trabalho tem como objetivo descrever a epidemiologia molecular do HIV-1 circulante na cidade Macap, Amap, assim como os fatores associados aquisio da infeco e correlacionar estes com os subtipos virais encontrados e as informaes epidemiolgicas da populao examinada. Amostras de sangue de 48 indivduos portadores do HIV foram colhidas no Servio de Assistncia Especializada (SAE) da cidade de Macap, no perodo de junho de 2003 a junho de 2004. Aps a extrao do DNA, foi realizada a amplificao de 297 pb da protease (gene pro) por meio da tcnica de Nested PCR, sendo seqenciadas, posteriormente, para a determinao dos subtipos virais. Foram identificados os subtipos B (93,7%) e F (6,3%) na cidade de Macap, que so os mais prevalentes no Brasil, no tendo sido observada associao entre os subtipos do HV-1 circulantes nesta cidade e a preferncia sexual. No entanto, uma parcela significativa da populao examinada possui um baixo grau de escolaridade, caracterstica esta que reflete a maior parcela populao infectada pelo HIV no Brasil.
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No gnero Staphylococcus, o S. aureus com resistncia oxacilina sem duvida alguma o patgeno de maior importncia, quando associado s infeces hospitalares, sendo responsvel por elevadas taxas morbidade e mortalidade. Este estudo descreve a epidemiologia e perfil de sensibilidade de linhagens de S. aureus procedentes de hospitais pblicos de Macap-Amap. Todos os isolados usados neste trabalho foram novamente reisolados atravs de mtodos convencionais da microbiologia e sistemas automatizados. As amostras com resistncia oxacilina foram todas submetidas ao teste screening com a cefoxitina 30 mcg. O tratamento estatstico dos dados revelou que houve predominncia de S. aureus no sexo masculino (62,8%), sendo a mdia de idade dos pacientes de 20 anos, entretanto, a maior ocorrncia foi na faixa etria de 0 a 10 anos, o hospital de maior prevalncia foi o Hospital da Criana e do Adolescente (54,7%). A prevalncia das amostras isoladas nos hospitais foi de 3,8%. Do total de amostras isolada (n=105), 25 (23,8%) foram resistentes oxacilina. Essas amostras apresentaram resistncia cruzada Gentamicina (80%); Sulfazotrim (72%), Tetraciclina (64%), Eritromicina (60%), Clindamicina (44%), Norfloxacino (44%) e Quinupristina/Dalfopristina (32%). A vancomicina apresentou 100% de sensibilidade. Apesar dos diversos estudos realizados no Brasil e no mundo mostrarem altos ndices de resistncia do S. aureus oxacilina, nesta pesquisa os nveis de resistncia da bactria nos hospitais pblicos de Macap ainda podem ser considerados baixos. Contudo, os resultados revelam a necessidade de vigilncia sistemtica, visando o controle e preveno da disseminao de linhagens resistentes deste patgeno associado com infeco hospitalar.