Indução de calo a partir de eixo embrionário de coqueiro (Cocos nucifera L.)

Este estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de formação de calos a partir de tecidos originários do eixo embrionário de embriões zigóticos de coqueiro (Cocos nucifera L.) em diferentes concentrações de 2,4-D. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x5 (4 concentrações de 2,4-D x 5 segmentos do eixo embrionário). Os eixos embrionários foram excisados longitudinalmente dos embriões zigóticos e, em seguida, submetidos à assepsia com hipoclorito de sódio (0,2%) por dois minutos, lavados com água destilada estéril e imersos por dois minutos em solução de ácido cítrico estéril (100 mg.L-1). Os eixos embrionários foram então seccionados em cinco segmentos correspondentes às posições A, B, C, D e E, e transferidos para placas de Petri contendo meio de cultura Y3, suplementado com quatro concentrações de 2,4-D (10-4; 1,36x10-4; 3,62x10-4 e 4,52x10-4 M), sacarose (50 g.L-1), carvão ativado (2,5 g.L-1) e vitaminas de Morel e Wetmore, mantidos em ambiente escuro, em temperatura de 25 ± 2ºC. Após 15 dias de inoculação, os segmentos A e B apresentaram 97,5% de explantes com calos friáveis na concentração de 10-4 M de 2,4-D, e 92,5% e 80%, respectivamente, na concentração de 1,36x10-4 M. O segmento E, em ambas as concentrações, apresentou 60% de calogênese. Após 30 dias de inoculação, os segmentos A e B apresentaram 100% e 97,5% de calogênese na concentração de 10-4 M, e 90% e 80%, respectivamente, na concentração de 1,36x10-4 M. Em ambas as concentrações, o segmento E apresentou de 55 a 57,5% de formação de calos. As concentrações de 2,4-D que melhor induzem calogênese, são as de 10-4 e 1,36x10-4 M. Os segmentos A, B e E apresentaram maior competência para calogênese.

Adubação com NPK em coqueiro anão-verde (Cocos nucifera L.): atributos químicos do solo e nutrição da planta

Devido à falta de informações sobre adubação de coqueiro para o Estado de São Paulo, realizou-se um experimento de campo em Pereira Barreto (20º47'S; 51º01'W), visando a estudar os efeitos da aplicação de NPK em alguns atributos do solo e nutrição da planta, de set/2000 a fev/2004. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, no esquema fatorial fracionado 1/2(4³), com tratamentos constituídos pelas combinações de doses anuais de N (0; 120; 240 e 360 kg ha-1 de N), P (0; 100; 200 e 300 kg ha-1 de P2O5) e K (0; 120; 240 e 360 kg ha-1 de K2O). As doses de N, P e K foram aplicadas fracionadamente durante a estação das chuvas, empregando-se como fontes NH4NO3, superfosfato triplo e KCl, respectivamente. A aplicação de N em doses superiores a 240 kg ha-1 ano-1 causou excessiva acidificação do solo, sendo que 120 kg ha-1 ano-1 foi suficiente para manter o teor de N foliar na faixa de suficiência. A adubação com P e K nas doses mais elevadas resultou em perdas por lixiviação. A adubação com 120 kg ha-1 ano-1 de K2O foi suficiente para manter o teor de K do solo no mesmo nível da amostragem inicial e as plantas com teores de K foliar acima da faixa de suficiência. O P foliar manteve-se sempre acima da faixa de suficiência, independentemente da adubação fosfatada.

Adubação com NPK em coqueiro-anão-verde (Cocos nucifera L.) rendimento e qualidade de frutos

A produção de coco para extração de água no Estado de São Paulo está em expansão. Entretanto, faltam informações básicas sobre o manejo desta cultura. Desse modo, instalou-se um experimento de campo em Pereira Barreto (20º47'S; 51º01'W), visando ao estudo da resposta do coqueiro à adubação com NPK de set/2000 a fev/2004. Empregou-se o esquema fatorial fracionado 1/2 (4³), sendo os tratamentos formados pelas combinações de doses anuais de N (0; 120; 240 e 360 kg ha¹ de N), P (0; 100; 200 e 300 kg ha¹ de P2O5) e K (0; 120; 240 e 360 kg ha¹ de K2O). Como fontes de N, P e K, respectivamente, aplicaram-se NH4NO3, superfosfato triplo e KCl, fracionadamente, durante a época das chuvas. A aplicação de N causou diminuição no volume de água e massa média dos frutos e na quantidade de frutos por cacho; inversamente, a adubação potássica teve efeito positivo nestas características. Os teores de P e K da água de coco aumentaram com a aplicação de P e K, entretanto não houve efeito dos tratamentos nos resultados da avaliação sensorial. A aplicação de P não teve efeito significativo na produção de frutos.

Recomendação de adubação e calagem para coqueiro (Cocos nucifera L.) no Estado de São Paulo - 1ª. aproximação

O objetivo deste trabalho foi apresentar a 1ª. aproximação da recomendação de adubação e calagem para coqueiro no Estado de São Paulo, visando à produção de água. O cultivo de coqueiro nesta região é recente, carecendo de recomendações técnicas. Esta recomendação foi elaborada a partir de resultados experimentais obtidos em campo e de informações disponíveis na literatura. A recomendação de adubação segue os padrões do Boletim Técnico 100 do Instituto Agronômico (SP). Nas tabelas apresentadas, as doses de fertilizantes são obtidas com base nos teores de P e K disponíveis no solo, na idade das plantas durante a formação do coqueiral (até 5 anos) e, posteriormente (fase de produção), na produtividade esperada.

Marooned plants : vernacular naming practices in the Mascarene Islands

This article explores possible histories of plant exchanges and plant naming tied to the slave trade between East Africa, Madagascar and the Mascarene Islands. The subsequent 'marronnage' of slaves on these islands - their escape from captivity, sometimes to live in mountain hideouts - continues to inspire cultural references. Inspired by the use of the adjective 'marron/marronne' for a number of plants on Reunion Island, we compile evidence of plant exchanges and plant naming from ecological records, historical accounts and the use of descriptive, emotive or symbolic vernacular names as clues for deepening our knowledge of historical societies and environments. The evidence from the Mascarenes opens a window into the role of the African diaspora in plant introduction, diffusion, domestication and cultivation. We document that maroons relied on a variety of wild, escaped and cultivated plants for their subsistence. We also highlight the role of marronnage in the popular and literary imaginary, with the result that many plants are named 'marron/marrone' in a metaphorical sense. Finally, we identify a few plants that may have been transported, cultivated, or encouraged in one way or another by maroons. Along the way, we reflect on the pitfalls and opportunities of such interdisciplinary work.

Seroprevalence of Angiostrongylus cantonensis in wild rodents from the Canary Islands

Background: Angiostrongylus cantonensis is a lungworm of rats (Muridae) that is the causative agent of human cerebral angiostrongyliasis. The life cycle of A. cantonensis involves rats and mollusks as the definitive and intermediate hosts, respectively. This study was designed to increase the knowledge about the occurrence and distribution of A. cantonensis in its definitive host in the Canary Islands, using parasitological and serological analysis in different areas and age groups.Methodology/Principal Findings: Between 2009 and 2010, 54 black rats (Rattus rattus) from Tenerife were captured from six human-inhabited areas and sera samples were obtained. The lung nematodes were identified by morphological and molecular tools as A. cantonensis. The 31-kDa glycoprotein antigen was purified from A. cantonensis adult worms by electrophoresis and electroelution. Of the 54 tested rodents, 30 showed IgG antibodies against A. cantonensis 31-kDa antigen by ELISA. Therefore, the overall seroprevalence was 55.6% (95% CI: 42.4-68). Seroprevalent rodents were found in all the 6 areas. This 31-kDa antigen was not recognized by some sera of rats infected by other helminth species (but not A. cantonensis). Seroprevalence of IgG antibodies against A. cantonensis and prevalence based on the presence of adult worms showed significant correlation (R2 = 0.954, p,0.05). Conclusions/Significance: The present results could indicate a high prevalence of A. cantonensisin Tenerife and suggest the inclusion of two new zones in the distribution area of the parasite. The commonness and wide distribution of A. cantonensis in rats implies the presence of intermediate hosts, indicating that humans may be at risk of getting infected.

The measurement of ice velocity, mass balance and thinning-rate on Johnsons Glacier, Livingston Island, South Shetland Islands, Antarctica

A network of twenty stakes was set up on Johnsons Glacier in order to determine its dynamics. During the austral summers from 1994-95 to 1997-98, we estimated surface velocities, mass balances and ice thickness variations. Horizontal velocity increased dow nstream from 1 m a- 1 near the ice divides to 40 m a- 1 near the ice terminus. The accumulation zone showed low accumulation rates (maximum of 0,6 m a- 1 (ice)), whereas in the lower part of the glacier, ablation rates were 4,3 m a- 1 (ice). Over the 3-year study period, both in the accumulation and ablation zones, we detected a reduction in the ice surface level ranging from 2 to 10 m from the annual ve rt ical velocities and ice-thinning data, the mass balance was obtained and compared with the mass balance field values, resulting in similar estimates. Flux values were calculated using cross-section data and horizontal velocities, and compared with the results obtained by means of mass balance and ice thinning data using the continuity equation. The two methods gave similar results.

Mercurialis canariensis new for El Hierro Islands (Canary Islands).

Mercurialis canariensis Obbard & S. A. Harris is an endemic plant recently described from the Canary Islands (OBBARD et al., 2006b: 103). This taxon went undetected until recently, having been included within the variability of the Mercurialis annua sensu lato complex (HANSEN & SUNDING, 1993:170; STIERSTORFER & GAISBERG, 2006).

Atividade enzimática e paramêtros fisico-químicos de água de cocos colhidos em diferentes estádios de desenvolvimento e estação climática

Nos últimos anos, agricultores da região noroeste do Paraná vêm cultivando o coqueiro, visando à comercialização da água do fruto verde. Na literatura, ainda são poucos os relatos sobre as características da água de coco verde na região. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos físico-químicos e a atividade das enzimas peroxidase (POD) e polifenoloxidase (PPO) da água de coco, cv. Anão-Verde, de frutos colhidos em diferentes estádios de desenvolvimento e estações climáticas. Os frutos foram colhidos no município de Umuarama, Paraná, nas quatro estações climáticas e em cinco estádios de desenvolvimento. Foram realizadas avaliações da atividade da POD e PPO, turbidez, pH, acidez titulável (AT), compostos fenólicos e teores de minerais da água de coco. As atividades da PPO e da POD apresentaram os maiores valores no inverno, variando de 1,87 a 3,69 U mL-1 para PPO e 15,42 a 22,56 U mL-1 para POD. A turbidez variou de 10,14 a 15,16 NTU, sendo valor referente à água de coco colhido com sete meses e nove meses na primavera. A AT resultou em valores entre 0,057 e 0,113 g de ácido cítrico 100 mL-1. No inverno e na primavera, a água de coco apresentou os maiores valores de compostos fenólicos em relação às outras estações. O potássio foi o mineral presente em maior concentração em todas as amostras. Os parâmetros avaliados indicam que a água de coco produzida em Umuarama, Paraná, apresenta características bioquímicas e físico-químicas adequadas e semelhantes aos cocos produzidos em regiões tropicais.

3-D density structure and geological evolution of Stromboli volcano (Aeolian Islands, Italy) inferred from land-based and sea-surface gravity data

We present the first density model of Stromboli volcano (Aeolian Islands, Italy) obtained by simultaneously inverting land-based (543) and sea-surface (327) relative gravity data. Modern positioning technology, a 1 x 1 m digital elevation model, and a 15 x 15 m bathymetric model made it possible to obtain a detailed 3-D density model through an iteratively reweighted smoothness-constrained least-squares inversion that explained the land-based gravity data to 0.09 mGal and the sea-surface data to 5 mGal. Our inverse formulation avoids introducing any assumptions about density magnitudes. At 125 m depth from the land surface, the inferred mean density of the island is 2380 kg m(-3), with corresponding 2.5 and 97.5 percentiles of 2200 and 2530 kg m-3. This density range covers the rock densities of new and previously published samples of Paleostromboli I, Vancori, Neostromboli and San Bartolo lava flows. High-density anomalies in the central and southern part of the island can be related to two main degassing faults crossing the island (N41 and NM) that are interpreted as preferential regions of dyke intrusions. In addition, two low-density anomalies are found in the northeastern part and in the summit area of the island. These anomalies seem to be geographically related with past paroxysmal explosive phreato-magmatic events that have played important roles in the evolution of Stromboli Island by forming the Scari caldera and the Neostromboli crater, respectively. (C) 2014 Elsevier B.V. All rights reserved.

The odd couple: contrasting phylogeographic patterns in two sympatric sibling species of woodlouse-­‐hunter spiders in the Canary Islands

Comparative phylogeography seeks for commonalities in the spatial demographic history of sympatric organisms to characterize the mechanisms that shaped such patterns. The unveiling of incongruent phylogeographic patterns in co-occurring species, on the other hand, may hint to overlooked differences in their life histories or microhabitat preferences. The woodlouse-hunter spiders of the genus Dysdera have undergone a major diversi cation on the Canary Islands. The species pair Dysdera alegranzaensis and Dysdera nesiotes are endemic to the island of Lanzarote and nearby islets, where they co-occur at most of their known localities. The two species stand in sharp contrast to other sympatric endemic Dysdera in showing no evidence of somatic (non-genitalic) differentiation. Phylogenetic and population genetic analyses of mitochondrial cox1 sequences from an exhaustive sample of D. alegranzaensis and D. nesiotes specimens, and additional mitochondrial (16S, L1, nad1) and nuclear genes (28S, H3) were analysed to reveal their phylogeographic patterns and clarify their phylogenetic relationships. Relaxed molecular clock models using ve calibration points were further used to estimate divergence times between species and populations. Striking differences in phylogeography and population structure between the two species were observed. Dysdera nesiotes displayed a metapopulation-like structure, while D. alegranzaensis was characterized by a weaker geographical structure but greater genetic divergences among its main haplotype lineages, suggesting more complex population dynamics. Our study con rms that co-distributed sibling species may exhibit contrasting phylogeographic patterns in the absence of somatic differentiation. Further ecological studies, however, will be necessary to clarify whether the contrasting phylogeographies may hint at an overlooked niche partitioning between the two species. In addition, further comparisons with available phylogeographic data of other eastern Canarian Dysdera endemics con rm the key role of lava ows in structuring local populations in oceanic islands and identify localities that acted as refugia during volcanic eruptions

Approximate Bayesian Computation Reveals the Crucial Role of Oceanic Islands for the Assembly of Continental Biodiversity.

The perceived low levels of genetic diversity, poor interspecific competitive and defensive ability, and loss of dispersal capacities of insular lineages have driven the view that oceanic islands are evolutionary dead ends. Focusing on the Atlantic bryophyte flora distributed across the archipelagos of the Azores, Madeira, the Canary Islands, Western Europe, and northwestern Africa, we used an integrative approach with species distribution modeling and population genetic analyses based on approximate Bayesian computation to determine whether this view applies to organisms with inherent high dispersal capacities. Genetic diversity was found to be higher in island than in continental populations, contributing to mounting evidence that, contrary to theoretical expectations, island populations are not necessarily genetically depauperate. Patterns of genetic variation among island and continental populations consistently fitted those simulated under a scenario of de novo foundation of continental populations from insular ancestors better than those expected if islands would represent a sink or a refugium of continental biodiversity. We, suggest that the northeastern Atlantic archipelagos have played a key role as a stepping stone for transoceanic migrants. Our results challenge the traditional notion that oceanic islands are the end of the colonization road and illustrate the significant role of oceanic islands as reservoirs of novel biodiversity for the assembly of continental floras.

Mesozoic geology of Cape Shirreff, Livingston Island, South Shetland Islands, Antarctica.

Al Cap de Shirr e ff (Fig. 1) hi aflora una successió volcànica de com a mínim 450 m de potència, constituïda principalment per laves i, en menor proporció, bretxes vulcanoclàstiques (Fig. 2). Les laves són basalts olivínics subalcalins i andesites basàltiques, que generalment tenen un aspecte massiu. Tot i això, la successió volcànica localment forma una alternança decimètrica de nivells durs i tous, amb potències va r i a bles i presència local de discordances angulars i onlaps, que reflecteixen geometries deposicionals complexes. A la zona nord del Cap de Shirr e ff hi ha aflorament de bretxes vulcanoclàstiques d"aspecte massiu, que localment tenen intercalacions de laves...