336 resultados para bananeira
Resumo:
Com o objetivo de estudar a ocorrência de nematoides fitoparasitos em frutíferas cultivadas na região noroeste do Paraná, realizou-se um levantamento, envolvendo 124 amostras de solo e raízes coletadas de 19 espécies de frutíferas, em 15 municípios, no período de dezembro/2007 a fevereiro/2009. As amostras foram submetidas a extrações e avaliadas sob microscópio óptico. Foram constatados nove diferentes gêneros de nematoides. Em citros, a espécie mais frequente e abundante foi Tylenchulus semipenetrans, sendo também recuperados das amostras os gêneros Meloidogyne, Pratylenchus, Helicotylenchus, Xiphinema, Trichodorus, Mesocriconema e Dolichodorus. Nas demais frutíferas, os gêneros observados foram Meloidogyne, Pratylenchus, Helicotylenchus e Hemicycliophora. A maior abundância de Pratylenchus brachyurus ocorreu em abacaxizeiro, Meloidogyne incognita em figueira e caquizeiro, e Helicotylenchus dihystera e H. multicinctus em bananeira. Os principais gêneros de fitonematoides foram constatados em aproximadamente 50% das amostras, podendo representar risco para fruteiras da região se não manejados adequadamente.
Resumo:
A banana é uma das frutas tropicais mais consumidas no mundo, respondendo por, aproximadamente, 10% do comércio mundial de frutas. O mal-do-panamá, causado por Fusariumoxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith), é uma das principais doenças da bananeira. Os marcadores moleculares RAPD têm sido extremamente úteis para estudos de identificação taxonômica, análise de variabilidade da virulência em fungos fitopatogênicos, caracterização de raças e variabilidade inter e intraespecifica de populações de diferentes regiões. O objetivo do trabalho foi avaliar a variabilidade genética de 36 culturas monospóricas de isolados de F. oxysporum f. sp. cubense por meio de marcadores moleculares do tipo RAPD. Foram selecionados 13 primers RAPD, e a análise de dados foi realizada utilizando-se do coeficiente de similaridade de Nei e Li. A partir da amplificação dos primers, foram obtidas 178 bandas, sendo que 167 (93,82%) apresentaram polimorfismo entre, pelo menos, dois isolados e apenas 11 (6,18%) apresentaram monomorfismo, demonstrando alta variabilidade entre os isolados. As distâncias genéticas variaram de 5,7 a 54,6%, sendo a distância média de 30,2%, e a distância média relativa, de 55,3%. De acordo com a análise de agrupamento (UPGMA), não foram observadas correlações entre os isolados estudados. Os resultados sugerem alta variabilidade genética entre os isolados avaliados, não ocorrendo agrupamento de acordo com a origem geográfica de coleta.
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A bananicultura brasileira passou por transformação a partir do início do século passado, com o início das exportações do litoral paulista para o mercado platino e europeu. Ações da Secretaria da Agricultura de São Paulo permitiram uma mudança do simples semi-extrativismo para uma bananicultura com uso de técnicas agronômicas de manejo cultural, adubação e fitossanidade. A partir da década de 50, o Instituto Agronômico e o Instituto Biológico de São Paulo intensificaram as pesquisas com o cultivo da bananeira. Na década de 70, com a criação da Sociedade Brasileira de Fruticultura e do Sistema Embrapa de Pesquisa, os progressos alcançados pelo Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura, pelas empresas estaduais e institutos de pesquisa agropecuária de todo o País e pelas universidades, permitiram a prática de uma bananicultura mais evoluída. Além disso, a assistência técnica oficial e privada, empreendimentos privados e a criação de projetos de irrigação no semiárido brasileiro permitiram a ampliação da área de cultivo da bananeira em bases tecnológicas mais evoluídas. Nas duas últimas décadas, floresceram as organizações de bananicultores que, através de seus técnicos, promovem a melhoria tecnológica do cultivo. Neste trabalho, são apresentados dados estatísticos e descritas técnicas de cultivo atualmente disponíveis para a bananicultura brasileira, destacando-se a criação e a seleção de novos genótipos, técnicas de produção de mudas, práticas culturais de manejo em pré e pós-colheita, controle de pragas e doenças, e sistemas alternativos de cultivo.
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O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o desenvolvimento e o rendimento de cultivares de bananeira no sudoeste de Goiás e adequar os níveis de adubação combinada de N e K. O experimento foi conduzido em Latossolo Vermelho distrófico, no município de Rio Verde, Goiás. Os tratamentos consistiram em cinco doses crescentes e combinadas de N e K (N0/K0 - 0 kg ha-1 ano-1 de N e 0 kg ha-1 ano-1 de K; N1/K1 - 150 kg ha-1 ano-1 de N e 200 kg ha-1 ano-1 de K ; N2/K2 - 300 kg ha-1 ano-1 de N e 450 kg ha-1 ano-1 de K; N3/K3 - 450 kg ha-1 ano-1 de N e 600 kg ha-1 ano-1 de K; N4/K4 - 600 kg ha-1 ano-1 de N e 800 kg ha-1 ano-1 de K), aplicadas em duas cultivares de banana, Thap Maeo e a Prata-Anã. As avaliações realizadas nas bananeiras foram: altura das plantas, diâmetro do pseudocaule e número de folhas aos 150 dias após plantio (DAT) e na época do florescimento. As plantas foram avaliadas no florescimento e na colheita das bananeiras, observando os seguintes componentes de produção: intervalo em dias entre o plantio e o florescimento, número de folhas na colheita, número de pencas por cacho e frutos na segunda penca, comprimento do engaço e dos frutos na segunda penca, diâmetro do engaço e dos frutos na segunda penca e peso do cacho, engaço e dos frutos na segunda penca. Amostras foliares das bananeira foram realizadas no seu florescimento e foram analisadas para obter os teores de macro e micronutrientes. Com os dados dos componentes de produção, calcularam-se o índice de durabilidade das folhas e a taxa de crescimento absoluto do pseudocaule das bananeiras. Os resultados foram submetidos a ANOVA e regressão, e a comparação de médias foi feita pelo teste de Tukey. Os atributos de desenvolvimento, a produção e os teores de macronutrientes e micronutrientes nas folhas da Thap Maeo e Prata-Anã foram influenciados pelas diferentes doses combinadas de N e K. O menor intervalo de dias entre o florescimento foi encontrado com as doses de 300 kg ha-1 de N e 450 kg ha-1 de K na Thap Maeo. Não houve melhor combinação das doses de N e K para os parâmetros de desenvolvimento, produção e teores foliares na Prata-Anã.
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Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os componentes de produção e o ciclo de bananeiras tratadas com paclobutrazol (PBZ). Foram testadas cinco doses de PBZ (0,0; 0,5; 1,0; 1,5; e 2,0 g planta-1), aplicadas sobre o solo em torno das bananeiras 'Prata-Anã' e 'FHIA-01', aos quatro meses após o plantio. Os dados foram obtidos durante o primeiro ciclo, e os cachos foram colhidos quando os primeiros frutos apresentaram a cor da casca amarela. O ciclo médio foi de 507 dias, não diferindo em função de doses e cultivares. O PBZ reduziu o porte das plantas das duas cultivares. O aumento das doses de PBZ aumentou o número de folhas ativas na época da emissão da inflorescência da 'Prata-Anã', mas os efeitos sobre o cacho foram prejudiciais, com redução do número, do comprimento comercial e do diâmetro dos frutos, o que provocou redução na massa dos cachos e na produtividade. Na cultivar FHIA-01, o PBZ conferiu redução do porte das plantas e melhor sustentação do cacho, não influenciando na produtividade da cultura. A dose mais indicada de PBZ na bananeira 'FHIA 01' está em torno de 1,0 g planta-1. Para a 'Prata-Anã', não se recomenda o uso de PBZ.
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Metamasius spp. não é citado como praga da bananeira. Entretanto, o manejo cultural adotado nos bananais pode interferir na ocorrência desses insetos. Este trabalho foi realizado com o objetivo de registrar a ocorrência de Metamasius hemipterus L.. em bananal orgânico cv. Terra e seus danos em uma área experimental e de produção no município de Presidente Tancredo Neves, Bahia. Relata-se a ocorrência de M. hemipterus como praga da bananeira cv. Terra. Alerta-se para a necessidade de monitoramento do inseto principalmente em sistemas de produção orgânica.
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Existe grande número de cultivares de bananeira no Brasil, porém quando se consideram aspectos como preferência dos consumidores, produtividade, tolerância às pragas e doenças, porte adequado e resistência à seca e ao frio, restam poucas com potencial agronômico para serem usadas comercialmente. Objetivando avaliar o desenvolvimento vegetativo de genótipos de bananeiras nas condições edafoclimáticas do Vale do Ribeira (Brasil), foram testados os seguintes materiais, separados em dois grupos genômicos: AAAA (Bucaneiro, FHIA 02 e FHIA 17); e AAAB, sendo este subdividido de acordo com a genitora utilizada no melhoramento: Prata (BRS Garantida, FHIA 18, BRS FHIA Maravilha, BRS Platina e PA94-01); Pacovan (BRS Japira, BRS Pacovan Ken, PV79-34, PV94-01 e BRS Vitória); e Yangambi n.2 (BRS Tropical, BRS Princesa e YB42-03). As cultivares Grande Naine (AAA), Pacovan (AAB), Prata-anã (AAB) e Yangambi ou Caipira (AAA) apresentam desenvolvimento e produção semelhantes aos genótipos avaliados, portanto foram utilizadas como padrão comparativo. Durante dois ciclos, foram avaliadas as seguintes características de desenvolvimento: altura, diâmetro do pseudocaule, número de folhas ativas (florescimento e colheita), intervalo entre plantio e florescimento, e entre plantio e colheita (dias). Calcularam-se os intervalos de confiança (média ± erro-padrão) nos diferentes grupos e tipos de banana. Diante dos resultados obtidos conclui-se que os genótipos do grupo AAAB e genitora 'Pacovan' não são adequados para o cultivo na região devido ao porte alto das plantas, e os genótipos de bananeiras que possuem potencial de cultivo na região do Vale do Ribeira são: grupo AAAA (FHIA 02 e FHIA 17); grupo AAAB: genitora 'Prata' (FHIA 18, BRS Garantida e PA94-01) e genitora 'Yangambi n.2' (BRS Tropical, BRS Princesa e Yangambi).
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A bananeira pode ter sua produção prejudicada se cultivada em solos com restrições físicas. O objetivo deste trabalho foi verificar se os atributos físicos de solos rasos comprometem as raízes das plantas de bananeira. O estudo foi realizado na Chapada do Apodi (CE), onde foram comparados solos com duas profundidades efetivas: raso (profundidade aproximada de 0,57 m, mais arenoso) e profundo (profundidade aproximada de 1,16 m, mais argiloso) e seis profundidades de coleta de solo e de raízes (0-10;10-20;20-30; 30-40; 40-50 e 50-60 cm). Nas amostras de solo, foram determinados os seguintes atributos físicos: curva de retenção de água, densidade do solo, porosidade, granulometria e densidade de partículas. A resistência do solo à penetração (RP) foi avaliada no campo, utilizando-se de penetrômetro de impacto, com cinco repetições até 60 cm de profundidade. Para o estudo de raízes, as amostras foram coletadas com sonda e, por meio da análise de imagens de raízes lavadas, foram determinados: comprimento, área e volume total, e classes de diâmetro. O solo mais profundo e argiloso apresentou maior microporosidade e porosidade total, o que contribuiu para maior retenção de água. Valores de densidade do solo e de partículas foram maiores em duas camadas do solo raso, bem como a RP que atingiu o valor de 5,1 MPa. O desenvolvimento das raízes das bananeiras foi favorecido no solo profundo, no qual foram encontradas raízes mais espessas (2,2 a 6,6 mm) e mais finas (0,68 a 0,79 mm), contribuindo com a sustentação das plantas e com a absorção de água e nutrientes.
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As cultivares de bananeira mais plantadas no Brasil são suscetíveis às principais doenças da cultura, estando em curso a busca por variedades resistentes que possam substituí-las com boa aceitação dos produtores e consumidores. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características físicas, químicas e sensoriais de frutos da bananeira 'Prata-Anã' e seu híbrido 'BRS Platina', armazenados a 15 ºC e a 25 ºC, ao longo do amadurecimento. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2 (genótipos) x 2 (temperaturas) x 4 (estádios de maturação). Os frutos foram avaliados sensorialmente e quanto à coloração da casca, diâmetro, comprimento, resistência ao despencamento, firmeza, massa com e sem casca, espessura da casca, relação polpa/casca, sólidos solúveis, pH, acidez titulável, açúcares totais, açúcares redutores e amido. A 'BRS Platina' apresenta frutos com maior diâmetro, comprimento e massa, acidez semelhante e menor doçura em comparação à 'Prata-Anã'. O armazenamento a 15 ºC confere maior firmeza e resistência ao despencamento aos frutos de 'Prata-Anã' e 'BRS Platina', em comparação com o armazenamento a 25 ºC. Os frutos de 'BRS Platina' apresentam índice de aceitação satisfatório, porém inferior ao obtido para os de 'Prata-Anã'.
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RESUMOO norte de Minas Gerais é grande produtor de banana ‘Prata-Anã’ irrigada, cultura altamente suscetível ao Mal-do-Panamá. O uso de genótipos resistentes é uma alternativa, mas os frutos devem apresentar características pós-colheita o mais próximo possível da ‘Prata-Anã’, para melhor aceitação pelos consumidores. O objetivo do trabalho foi caracterizar frutos em pós-colheita, identificar a preferência e a intenção de compra de diferentes genótipos de bananeira tipo Prata. Os genótipos Prata-Anã, BRS Platina e Fhia-18. foram caracterizados no ponto de colheita (verdes) e maduros (estádio seis de maturação), por avaliações químicas, físicas e sensoriais. Quando verde, ‘BRS Platina’ apresentou maior massa fresca e tamanho que ‘Fhia-18’ e ‘Prata-Anã’. ‘Fhia-18.’ teve a tonalidade verde da casca mais intensa que a dos demais genótipos. Madura, ‘BRS Platina’ foi mais firme, mas com a mesma resistência ao despencamento que ‘Fhia-18’ e superior à ‘Prata-Anã’. ‘Fhia-18’ apresentou cor da casca com amarelo mais clara e tão brilhante quanto da ‘Prata-Anã’, mas ‘BRS Platina’ teve a tonalidade de amarelo mais intensa. Bananas ‘Fhia-18’ foram mais ácidas, ‘BRS Platina’, com menor acidez titulável, e ‘Prata-Anã’, o maior teor de sólidos solúveis. Os genótipos Prata-Anã e BRS Platina tiveram maior preferência e intenção de compra pelos consumidores, sendo as bananas ‘Prata-Anã’ em dedos e ‘BRS Platina’ e ‘Fhia-18’ em dedos, buquê e penca, as mais preferidas. Entretanto, a maioria compraria bananas ‘Prata-Anã’ em buquê e ‘BRS Platina’ e ‘Fhia-18’ em penca. Enquanto verdes, os genótipos foram semelhantes à ‘Prata-Anã’, e maiores diferenças químicas e físicas ocorreram quando maduros.
Resumo:
As características patogênicas, fisiológicas e morfológicas de oito isolados de Pseudocercospora musae foram estudadas objetivando sua diferenciação. Para determinação da patogenicidade, os isolados foram inoculados em folhas de bananeira (Musa spp.) através de dois métodos: com e sem ferimento. Em ambos os casos, foram utilizados discos de micélio (4 mm de diâmetro), retirados de colônias jovens de cada um dos isolados. Maior eficiência na reprodução dos sintomas foi observada no método por ferimento, onde todos os isolados mostraram-se patogênicos, enquanto no sem ferimento, somente os isolados P-2 e P-4 apresentaram habilidade para penetrar e colonizar o tecido hospedeiro. Para a caracterização fisiológica, foi estudado o comportamento dos isolados em seis meios de cultura (BDA, V-8, leite de côco, Czapek, maltose-peptona e aveia) e três níveis de pH (4,5; 5,5 e 6,5), durante o período de incubação de sete dias, a temperatura de 25 °C e em condições de alternância luminosa. Leite de coco, BDA e aveia induziram maior crescimento micelial, enquanto que BDA, maltose-peptona, V-8 e Czapek, maior produção de conídios. Os isolados de P. musae cresceram melhor em pH 4,5 e a esporulação foi favorecida em pH 6,5, destacando-se o isolado P-1 em relação aos demais. As características culturais dos isolados mostraram pequena variação quanto a topografia, coloração e pigmentação da colônia, de acordo com o substrato e pH empregados. A caracterização morfológica revelou variação não significativa no tamanho e na relação comprimento/largura dos isolados de P. musae.
Resumo:
Determinou-se o período de sobrevivência de conídios de Mycosphaerella fijiensis sobre diversos materiais como: madeira, plástico, tecido de algodão, papelão, pneu, ferro (carcaça de automóvel), folhas e frutos de bananeira (Musa sp.), materiais possíveis de transportar e disseminar o patógeno a longas distâncias. Concomitantemente, avaliou-se a sobrevivência de M. fijiensis associada a folhas de bananeira com mais de 50% da área foliar lesionada. Os materiais foram infestados com conídios de M. fijiensis, em locais predeterminados, produzidos em meio de BDA. Os materiais, as folhas e os frutos infestados e as folhas com sintomas da doença, foram mantidos em sala com condicionador de ar (17,8 - 20,1 ºC e 40 - 50% U.R.), em sala com temperatura ambiente (23,6 - 29,8 ºC e 55 - 75% U.R.) e também em um galpão em condições de campo (22,2 - 30,9 ºC e 60 - 92% U.R.). As avaliações foram feitas imediatamente após a infestação e com um, três, cinco, sete, dez, 13, 18, 23, 30 e 60 dias, removendo-se os conídios e semeando-os em placas de Petri contendo ágar-água, mantidas em incubadora a 25 ºC ± 2 ºC, no escuro. Após 24 h, avaliou-se, sob microscópio ótico, a germinação dos conídios. O comportamento da sobrevivência dos conídios nos diferentes materiais e associados nas folhas doentes, foi semelhante nos três ambientes testados. Os conídios de M. fijiensis permaneceram viáveis até a última avaliação (60 dias) em folhas de bananeira e tecido de algodão; até 30 dias em papelão, madeira, plástico e pneu; até 18 dias em frutos e até dez dias em ferro.
Resumo:
Os conídios de Mycosphaerella fijiensis agente causal da Sigatoka-negra da bananeira (Musa spp.) podem ser disseminados a longas distâncias, aderidos em diversos materiais, como tecidos e caixas. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo selecionar desinfestantes eficientes para inibir a germinação de conídios do patógeno. Foram testados benomil, amônia quaternária, digluconato de chlorhexidina, formaldeído, óleo essencial de pimenta longa (OEPL), Ecolife-40, thiabendazole e hipoclorito de sódio, nas concentrações de 1, 5, 10, 25, 50 e 100 mg/l. Os conídios do isolado LPM 472 foram produzidos em BDA. Para os testes transferiu-se 1 ml de uma suspensão de 10(5) conídios/ml de M. fijiensis para cada tubo de ensaio com 1ml de desinfestante na sua respectiva concentração. Após 30 h de incubação à temperatura ambiente, com o auxílio de um microscópio óptico, quantificou-se a viabilidade de 100 conídios, computando-se apenas os germinados. A amônia quaternária, o benomil, o Ecolife-40 e o thiabendazole a 100 mg/l inibiram totalmente a germinação. Esses mesmos produtos, aplicados em frutos colhidos em área com a doença, apresentaram a mesma eficiência, via imersão ou pulverização, nas concentrações de 100 e 200 mg/l.
Resumo:
O mal-do-Panamá, causado por Fusarium oxysporum f. sp. cubense, é um fator limitante à cultura da bananeira (Musa spp.). A medida de controle mais eficiente para essa doença é o cultivo de variedades resistentes. A resistência induzida constitui alternativa a ser avaliada nesse patossistema. Avaliou-se o efeito indutor de resistência de acibenzolar-S-metil (ASM) e ácido DL-b-amino-n-butírico (BABA) sobre germinação e crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. cubense in vitro nas dosagens 0; 0,050; 0,100; 0,150; 0,200; 0,250 e 0,500 mg.ml-1 e 0; 0,525; 1,050; 1,575; 2,100; 2,625 e 3,150 mg.ml-1, respectivamente, utilizando-se F. oxysporum f. sp. cubense na concentração 1 x 10³ conídios.ml-1. Os ASM e BABA foram pulverizados nas dosagens 0; 0,050; 0,100; 0,150; 0,200; 0,250 mg.ml-1 e 0; 0,525; 1,050; 1,575; 2,100; 2,625 mg.ml-1, respectivamente, sobre bananeiras 'Maçã' e 'Grande Naine' micropropagadas, mantidas em casa de vegetação. As raízes foram inoculadas por imersão em suspensão de F. oxysporum f. sp. cubense 1 x 10³ conídios.ml-1, quatro, seis e oito semanas após indução. Avaliou-se a severidade da doença 20 dias após inoculação através de escala de notas. O BABA, 2,100 mg.ml-1, propiciou 35,29% de redução na severidade de doença em banana 'Maçã', aplicado quatro semanas antes da inoculação com F. oxysporum f. sp. cubense. O ASM, 0,500 mg.ml-1, inibiu a germinação de conídios in vitro. O BABA, nas dosagens testadas, não interferiu no crescimento micelial. Em 'Grande Naine', BABA, 0,525 mg.ml-1, reduziu a severidade da doença em 21,55% independente da época de inoculação. Não se constatou efeito do ASM sobre a severidade do mal-do-Panamá.
Resumo:
Um protocolo de PCR multiplex foi estabelecido para a detecção do Banana streak virus (BSV) e do Cucumber mosaic virus (CMV) em bananeiras micropropagadas. Estes vírus são responsáveis por perdas na produção de bananas em todo o mundo. Alguns trabalhos descrevem a integração do BSV no genoma B da bananeira. Contudo, a existência de bananeiras híbridas livres do BSV tem sido demonstrada. Ademais, determinadas estirpes do CMV não são transmitidas mecanicamente sob condições de laboratório, nem tampouco detectadas por testes sorológicos. Como conseqüência, a indexação de matrizes para cultura de tecido algumas vezes se mostra ineficiente. A metodologia apresentada neste trabalho sobrepõe esta dificuldade, pois se baseia na detecção do ácido nucléico viral presente em amostras foliares de bananeira. Na reação, foram usados os oligonucleotídeos BADNA 1A e BADNA 4, para a detecção do BSV, e "CMV senso" e "CMV antisenso" para a detecção do CMV. Após a eletroforese foi verificada a presença de dois fragmentos de DNA amplificados simultaneamente, um dos quais com 597 pb correspondente ao BSV e o outro, com 488 pb, correspondente ao CMV. Este resultado indica que o PCR multiplex pode ser utilizado como uma ferramenta adicional na indexação do BSV e do CMV em bananeiras propagadas por cultura de tecido.