704 resultados para TRYPANOSOMA-BRUCEI


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O Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, apresenta elevado grau de variabilidade genética intra-específica, com possíveis implicações na forma clínica da doença, como o desenvolvimento de cardiopatia, do megaesôfago e do megacólon de forma isolada ou em associação. Este tropismo tecidual envolvido na patogênese da doença não está totalmente esclarecido. Assim, nesta revisão são abordados alguns aspectos referentes à diversidade genética dos parasitas isolados, às formas clínicas da doença de Chagas, ao processo de infecção do parasita na célula hospedeira e resposta imune. Outros aspectos também são enfocados, como os fatores imunossupressivos liberados pelo parasita que atuam na regulação das respostas imunes, a inibição da apoptose da célula hospedeira, assim como da patogênese do megaesôfago chagásico que pode estar relacionada à interação hospedeiro- parasita e sua associação com risco aumentado para o desenvolvimento do carcinoma epidermóide do esôfago. Porém, apesar dos avanços no entendimento desta doença, ainda não é possível estabelecer o verdadeiro perfil da variabilidade genética do parasita com a forma clínica da doença de Chagas.

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A doença de Chagas causada pelo T. cruzi é transmitida, principalmente, por insetos vetores e está distribuída na Argentina, no Chile, na Venezuela e no Brasil. O cão, além de ser um importante reservatório, também é vítima da doença e a única espécie capaz de desenvolver manifestações clínicas iguais a do homem. O presente trabalho teve como objetivo descrever as alterações clínicas encontradas em quatro cães infectados naturalmente pelo T. cruzi e alertar para a possibilidade de que a ocorrência dessa enfermidade em cães de Mato Grosso do Sul possa estar sendo subestimada. Os animais foram selecionados a partir de exames sorológicos de reação de imunofluorescência indireta (RIFI), ensaio imunossorvente ligado à enzima (ELISA) e immunoblotting com antígeno secretado e excretado da forma tripomastigota do T. cruzi (TESA-blot) e submetidos a xenodiagnóstico, exame físico, radiografia torácica, eletrocardiografia, ecocardiografia e bioquímica sérica. As alterações encontradas foram aumento de ventrículo direito, presença de arritmias do tipo bloqueio átrio ventricular, sinus arrest e bloqueio de ramo direito, além de disfunção sistólica e diastólica. Três animais apresentaram hiperproteinemia e as dosagens das enzimas CK e CK-MB revelaram valores indicativos de uma miocardite ativa. Esses são os primeiros casos descritos de cães com evidências consistentes de infecção natural pelo T. cruzi em Mato Grosso do Sul e ressalta-se o alerta aos médicos veterinários para a importância clínica e o papel dessa espécie como reservatório da doença.

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Comparamos os métodos de Imunofluorescência Indireta (IFI), Imunodifusão Radial Dupla e Aglutinação, para a pesquisa de anticorpos em soros, na tripanossomíase experimental por Trypanosoma evansi, em cobaias. Foram obtidas 20 amostras de soro correspondentes às 4 primeiras semanas de infecção. A IFI foi positiva em apenas 6 animais, com títulos variando de 1:4 a 1:16. Os títulos mais altos foram observados na 3ª semana pós-infecção. Anticorpos aglutinantes foram observados a partir da 1ª semana pós-infecção e, após a 2ª semana, todos os animais apresentaram reação de aglutinação positiva, com títulos variando de 1:8.000 a 1:250.000. O tratamento dos soros com 2-Mercapto-etanol inibiu a reação de aglutinação, sugerindo ser IgM a principal classe dos anticorpos presentes no soro dos animais infectados. Não se constatou a presença de anticorpos precipitantes durante todo o curso da infecção.

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Avaliamos o potencial do ensaio clássico de subinoculação, modificado pelo tratamento com ciclofosfamida dos animais receptores, na detecção de parasitemias ocultas em camundongos com in-fecção crônica pelo Trypanosoma cruzi. O ensaio, além de simples, mostrou ter uma alta sensibilidade; assim, utilizando-se parasitas da fase aguda, o tratamento com ciclofosfamida revelou parasitemias em 53,8% dos animais infectados com um tripanosoma da cepa y, e em 20% dos animais infectados com um tripanosoma da cepa CL. O tratamento com ciclofosfamida aumentou a sensibilidade do ensaio de subinoculação nas infecções pela cepa CL, e resultou em igual sensibilidade quando utilizada a cepa Y. Nos camundongos de fase crônica, obtidos a partir de diversos esquemas de imunoprofilaxia (BCG, soro de camundongo imune) ou quimioterapia, o ensaio revelou parasitemias ocultas em 99% dos animais. Auxiliados pelo método da subinoculação-ciclofosfamida estudamos no espaço de um ano a evolução das parasitemias ocultas em um grupo de camundongos infectados que sobreviveram à fase aguda pelo tratamento com Benzonidazol. O ensaio revelou parasitemias ocultas em 100% dos animais. Entretanto, padrões contínuos e discontinuos de positividade puderam ser detectados.

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Detecção de formas amastigotas do Trypanosoma cruziem enxerto renalA doença de Chagas é zoonose transmitida pelo Trypanosoma cruzi, o qual apresenta duas formas distintas no hospedeiro vertebrado, a tripomastigota circulante e a amastigota tecidual. Esta última parasita freqüentemente os tecidos musculares cardíaco, liso e estriado, e o tecido nervoso. Até o presente momento nunca foram detectados formas amastigotas em parênquima renal. O presente relato descreve, pela primeira vez, a detecção de formas amastigotas do T. cruzi em parênquima renal em receptor de enxerto de rim, com testes sorológicos negativos para a doença de Chagas e ausência de transfusões prévias, observado 1 mês após o transplante renal com doador cadáver proveniente de região endêmica. O paciente desenvolveu doença de Chagas aguda com detecção de formas tripomastigotas circulantes. Como a única forma de transmissão desta zoonose pelo enxerto é através de órgão parasitado com formas amastigotas, sugere-se fortemente que o rim transplantado foi o responsável pela transmissão da doença de Chagas, no presente caso. Esta é a via de infecção que deve ser levada em consideração em transplantes nas áreas endêmicas

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Small nuclear ribonucleoproteins (snRNPs)are involved in trans-splicing processing of pre-mRNA in Trypanosoma cruzi. To clone T. cruzi snRNPs we screened an epimastigote cDNA library with a purified antibody raised against the Sm-binding site of a yeast sequence. A clone was obtained containing a 507 bp-insert with an ORF of 399 bp and coding for a protein of 133 amino acids. Sequence analysis revealed high identity with the L27 ribosomal proteins from different species including: Canis familiaris, Homo sapiens, Schizosaccharomyces pombe and Saccharomyces cerevisiae. This protein has not been previously described in the literature and seems to be a new ribosomal protein in T. cruzi and was given the code TcrL27. To express this recombinant T. cruzi L27 ribosomal protein in E. coli, the insert was subcloned into the pET32a vector and a 26 kDa recombinant protein was purified. Immunoblotting studies demonstrated that this purified recombinant protein was recognized by the same anti-Sm serum used in the library screening as well as by chagasic and systemic lupus erythemathosus (SLE) sera. Our results suggest that the T. cruzi L27 ribosomal protein may be involved in autoimmunity of Chagas disease.

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The course of an experimental Trypanosoma evansi infection in coatis (Nasua nasua, carnivora, Procyonidae) was followed for 262 days. Hematological analysis of the infected coatis revealed a marked decline in hemoglobin, packed-cell volume, and total erythrocyte count. An intense anemia followed the first wave of parasitemia and persisted until the end of the experimental period. Biochemical analysis showed increased serum levels of alanine aminotransferase and aspartate aminotransferase and decreased albumin. The main histopathological features consisted of myocarditis with the presence of degenerate cardiac fibers and meningoencephalitis. This study has shown that coatis infected with T. evansi develop a chronic disease. (C) 2002 Elsevier B.V. B.V. All rights reserved.

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Calomys callosus a wild rodent, previously described as harboring Trypanosoma cruzi, has a low susceptibility to infection by this protozoan.Experiments were designed to evaluate the contribution of the immune response to the resistance to T. cruzi infection exhibited by C. callosus. Animals were submitted to injections of high (200 mg/kg body weight) and low (20 mg/kg body weight) doses of cyclophosphamide on days -1 or -1 and +5, and inoculated with 4 x 10(3) T. cruzi on day O. Parasitemia, mortality and antibody response as measured by direct agglutination of trypomastigotes were observed. Two hundred mg doses of cyclophosphamide resulted in higher parasitemia and mortality as well as in suppression of the antibody response. A single dose of 20 mg enhanced antibody levels on the 20th day after infection, while an additional dose did not further increase antibody production. Parasitemia levels were not depressed, but rather increased in both these groups as compared to untreated controls. Passive transfer of hyperimmune C. callosus anti-T. cruzi serum to cyclophosphamide immunosuppressed animals resulted in lower parasitemia and mortality rates. These results indicate that the immune response plays an important role in the resistance of C. callosus to T. cruzi.

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Dichloromethane extracts from twigs of Virola surinamensis (Myristicaceae) showed in vitro trypanosomicidal activity against trypomastigote form of Trypanosoma cruzi. The extract, fractionated by preparative circular chromatography and preparative high-performance liquid chromatography yielded two steroids, two lignans, five flavonoids, and one polyketide. Among the isolated compounds, the lignans presented the highest trypanosomicidal activity.

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To investigate functional changes in Trypanosoma cruzi parasites induced during their interaction with the vertebrate host, we compared the blood clearance profiles of blood forms isolated from infected normal mice (Reg-Tc) or from infected mice immunodepressed after treatment with cyclophosphamide (Cy-Tc). Parasite blood numbers were measured at various time intervals in animals injected intravenously (i.v.) with 1-2 x 10(6) T. cruzi of either isolate. In the absence of added immune sera (spontaneous clearance), Reg-Tc and Cy-Tc were cleared from blood at similar rates. However, when acute immune mouse serum (Ac-IMS) was injected i.v. 2 min after inoculation of parasites, a significant proportion of Cy-Tc only was cleared from the blood an hour later, whereas Reg-Tc were not, their clearance profile being identical to that observed in mice injected with normal mouse serum. Cy-Tc susceptibility to Ac-IMS was not the result of a toxic effect of cyclophosphamide over T. cruzi as parasites recovered from animals immunodepressed by irradiation before infection were cleared similarly by acute serum. Contrary to Ac-IMS, chronic immune mouse serum induced similar rates of disappearance of Reg-Tc and Cy-Tc from blood. Our results suggest the occurrence of T. cruzi selection or modification during the acute phase, which leads to an increased parasite resistance to the clearance properties of acute-phase antibodies.