806 resultados para Representações sociais


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O presente estudo busca identificar em que medida o pertencimento de classe social interfere nos sentidos e perspectivas do jovem brasileiro frente ao futebol espetculo, bem como compreender os mecanismos sociais que determinam a deciso de os sujeitos investirem na carreira profissional esportiva em detrimento da trajetria escolar longa. Comeamos com uma abordagem sociolgica, a anlise crtica dos processos de difuso, massificao e profissionalizao do futebol ocorridas no contexto da sociedade ps-industrial. Enfocamos a conflituosa mutao da modalidade, inicialmente elitizada com fins social-distintivos para esporte de massa ideal de ascenso social da classe popular , alm da dependncia com a mdia, das razes que levaram a caracterizar-se como produto da indstria cultural, culminando com a transformao do futebol em mercadoria submetida s leis e lgica da sociedade de consumo. Em seguida, entrelaamos as relaes de poder, aliana e concorrncia dos agentes sociais que participam do complexo campo das prticas esportivas com os canais com que o pblico jovem estabelece contato com o esporte espetculo. Neste aspecto, especial ateno foi dada mdia, difusora da ideologia de uma sociedade capitalista aberta, que refora a idia do esporte como via de ascenso social para indivduos de baixa renda, na mesma medida em que oculta em seu discurso as reais probabilidades de concretizao do sucesso esportivo. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas do municpio de So Bernardo do Campo (SP), uma da rede pblica estadual e outra da rede particular de ensino. Assim, constitumos dois grupos com alunos de distintas classes sociais, compostos por estudantes do 1 ano do Ensino Mdio, sexo masculino, com 15 anos de idade e praticantes de futebol nas aulas de Educao Fsica. Metodologicamente, fizemos uso da observao participante e de entrevistas como instrumentos para a coleta de dados. Conjugadas aos objetivos do estudo, estruturamos a anlise do material colhido em seis categorias, articulando questes sobre o prosseguimento nos estudos e o trabalho, as tendncias para a pratica esportiva profissional, as representações sociais em torno do futebol, os usos e costumes no tempo livre e as expectativas da pratica esportiva implicadas pela herana cultural familiar. Como referencial terico de anlise, utilizamos de Pierre Bourdieu os conceitos de campo, habitus, estratgia, capital econmico, social e, principalmente, capital cultural, partindo da hiptese de que o nvel cultural dos alunos e seus familiares interferem nos sentidos e formas de apropriao do esporte. Entre outras concluses, obtivemos como resultado a configurao de uma trajetria esportiva profissional voltada para os alunos de baixa classe social, em oposio trajetria escolar longa, estrategicamente adotada pelos alunos de classe social alta.(AU)

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O presente estudo busca identificar em que medida o pertencimento de classe social interfere nos sentidos e perspectivas do jovem brasileiro frente ao futebol espetculo, bem como compreender os mecanismos sociais que determinam a deciso de os sujeitos investirem na carreira profissional esportiva em detrimento da trajetria escolar longa. Comeamos com uma abordagem sociolgica, a anlise crtica dos processos de difuso, massificao e profissionalizao do futebol ocorridas no contexto da sociedade ps-industrial. Enfocamos a conflituosa mutao da modalidade, inicialmente elitizada com fins social-distintivos para esporte de massa ideal de ascenso social da classe popular , alm da dependncia com a mdia, das razes que levaram a caracterizar-se como produto da indstria cultural, culminando com a transformao do futebol em mercadoria submetida s leis e lgica da sociedade de consumo. Em seguida, entrelaamos as relaes de poder, aliana e concorrncia dos agentes sociais que participam do complexo campo das prticas esportivas com os canais com que o pblico jovem estabelece contato com o esporte espetculo. Neste aspecto, especial ateno foi dada mdia, difusora da ideologia de uma sociedade capitalista aberta, que refora a idia do esporte como via de ascenso social para indivduos de baixa renda, na mesma medida em que oculta em seu discurso as reais probabilidades de concretizao do sucesso esportivo. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas do municpio de So Bernardo do Campo (SP), uma da rede pblica estadual e outra da rede particular de ensino. Assim, constitumos dois grupos com alunos de distintas classes sociais, compostos por estudantes do 1 ano do Ensino Mdio, sexo masculino, com 15 anos de idade e praticantes de futebol nas aulas de Educao Fsica. Metodologicamente, fizemos uso da observao participante e de entrevistas como instrumentos para a coleta de dados. Conjugadas aos objetivos do estudo, estruturamos a anlise do material colhido em seis categorias, articulando questes sobre o prosseguimento nos estudos e o trabalho, as tendncias para a pratica esportiva profissional, as representações sociais em torno do futebol, os usos e costumes no tempo livre e as expectativas da pratica esportiva implicadas pela herana cultural familiar. Como referencial terico de anlise, utilizamos de Pierre Bourdieu os conceitos de campo, habitus, estratgia, capital econmico, social e, principalmente, capital cultural, partindo da hiptese de que o nvel cultural dos alunos e seus familiares interferem nos sentidos e formas de apropriao do esporte. Entre outras concluses, obtivemos como resultado a configurao de uma trajetria esportiva profissional voltada para os alunos de baixa classe social, em oposio trajetria escolar longa, estrategicamente adotada pelos alunos de classe social alta.(AU)

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Os movimentos de contestao social que tiveram lugar nos anos 60 trouxeram novas perspectivas para as mulheres, verificando-se crescente insero destas no mercado de trabalho. No entanto, a persistncia do trabalho domstico sob responsabilidade dominante das mulheres, mesmo nesse contexto em que os ndices de participao feminina no mercado de trabalho se elevam, tem chamado a ateno para os constrangimentos de ordem subjetiva e scio-cultural como elementos decisivos dentre os que cooperam para a manuteno desse quadro. Ou seja, a desigualdade persiste em face da persistncia de hierarquias de gnero que continuam a delimitar o lugar das mulheres e que encontram nas religies o seu lcus privilegiado de produo e reproduo. no contexto da economia simblica batista, em que as representações tradicionais do homem como cabea e da mulher como auxiliadora significam o homem como provedor e a mulher como esposa e me, responsvel pelos afazeres domsticos, que abordamos aqui a problemtica da diviso sexual do trabalho, enquanto e a partir da representao e prtica de sujeitos religiosos batistas paulistanos. Ao mesmo tempo em que o discurso religioso batista afirma e ratifica a diviso sexual do trabalho, est sujeito s solicitaes sociais por mudanas nas relaes de gnero, favorecendo a mobilizao de doutrinas religiosas igualitrias presentes entre os batistas. , portanto, numa perspectiva dinmica de tenses entre os avanos e permanncias nas prticas de gnero ao nvel da sociedade mais ampla, e que se colocam tanto a partir dos valores culturais desta, quanto a partir das condies materiais e estruturais encontradas a, e de tenses entre o processo de secularizao e compromisso tico que as representações e prticas de gnero entre os batistas pesquisados permanecem enquanto se transformam e avanam enquanto se mantm.

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Arreda homem que a vem mulher... , trata das representações de gnero nas manifestaes da Pombagira, entidade espiritual da religiosidade afro-brasileira. O trabalho faz uma leitura diferenciada sobre a figura da Pombagira trazendo-a para o campo social, mostrando sua construo e suas funes, desmistificando sua associao com o mal que supomos esteja relacionado com a sua funo de intermediadora das relaes amorosas, vinculadas ao poder via sexualidade, alm da sua manifestao como contestadora do papel feminino construdo. A pesquisa foi realizada por meio da observao dos rituais e entrevistas semi-estruturadas com sacerdotes, sacerdotisas e adeptos da religiosidade afro-brasileira em terreiros de Candombl e Umbanda na cidade de Porto Velho - Rondnia. Apresentamos no primeiro captulo algumas observaes sobre as suas imagens, funes e representações. No segundo captulo trazemos as construes da sua figura pelos cientistas sociais, religiosos, entrevistados e entrevistadas. O terceiro captulo foi dedicado s observaes sobre as representações da Pombagira, objetivo central do trabalho.AU)

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Nas sociedades ocidentais contemporneas, racionais e secularizadas, a religio freqentemente representada como externa razo‟ e de foro ntimo, idias estas implcitas na mxima religio no se discute‟. Ela estaria no campo oposto, portanto, daquele do mundo organizacional, sujeito racionalidade, objetividade do clculo e impessoalidade e do qual se abstrairiam o mundo privado da religio, das atividades domsticas e tudo o mais que se supe ser de carter pessoal e avesso ao clculo. A idia de que a igualdade entre os sexos j est consumada tambm faz parte do imaginrio contemporneo: a maior autonomia e presena das mulheres no espao pblico, particularmente o aumento da sua participao no mercado de trabalho, seriam evidncias de que a igualdade constitui uma batalha ganha. No entanto as representações de gnero continuam a configurar tal presena (ou ausncia) feminina no mercado de trabalho. Da mesma maneira, as idias religiosas e acerca das religies no so passveis de confinamento a tempos e espaos precisos, do culto, da meditao ou da prtica religiosa. Tanto as representações de gnero quanto aquelas acerca da religio e da diversidade religiosa interpenetram o espao pblico, o dia-a dia da vida e das relaes sociais, as relaes de gnero e de trabalho. Elas se inscrevem nas normas e prticas organizacionais, nas tcnicas de gesto e os/a prprios sujeitos trabalhadores/as tambm bricolam e transitam entre esses mundos na construo das suas competncias e na gesto da sua atividade profissional. A pergunta por aspectos e maneiras pelas quais representações de gnero, da religio e da diversidade religiosa, suas especificidades em determinado contexto social, se desdobram e entrecruzam em percepes e prticas no ambiente organizacional, e vice-versa, em que medida estas apontam para tenses e tendncias presentes na sociedade circundante, constitui-se no fio condutor da presente tese. Alm de pesquisa bibliogrfica a metodologia contempla pesquisa de campo em duas organizaes empresariais francesas no Brasil e na Frana.

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O presente estudo busca identificar em que medida o pertencimento de classe social interfere nos sentidos e perspectivas do jovem brasileiro frente ao futebol espetculo, bem como compreender os mecanismos sociais que determinam a deciso de os sujeitos investirem na carreira profissional esportiva em detrimento da trajetria escolar longa. Comeamos com uma abordagem sociolgica, a anlise crtica dos processos de difuso, massificao e profissionalizao do futebol ocorridas no contexto da sociedade ps-industrial. Enfocamos a conflituosa mutao da modalidade, inicialmente elitizada com fins social-distintivos para esporte de massa ideal de ascenso social da classe popular , alm da dependncia com a mdia, das razes que levaram a caracterizar-se como produto da indstria cultural, culminando com a transformao do futebol em mercadoria submetida s leis e lgica da sociedade de consumo. Em seguida, entrelaamos as relaes de poder, aliana e concorrncia dos agentes sociais que participam do complexo campo das prticas esportivas com os canais com que o pblico jovem estabelece contato com o esporte espetculo. Neste aspecto, especial ateno foi dada mdia, difusora da ideologia de uma sociedade capitalista aberta, que refora a idia do esporte como via de ascenso social para indivduos de baixa renda, na mesma medida em que oculta em seu discurso as reais probabilidades de concretizao do sucesso esportivo. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas do municpio de So Bernardo do Campo (SP), uma da rede pblica estadual e outra da rede particular de ensino. Assim, constitumos dois grupos com alunos de distintas classes sociais, compostos por estudantes do 1 ano do Ensino Mdio, sexo masculino, com 15 anos de idade e praticantes de futebol nas aulas de Educao Fsica. Metodologicamente, fizemos uso da observao participante e de entrevistas como instrumentos para a coleta de dados. Conjugadas aos objetivos do estudo, estruturamos a anlise do material colhido em seis categorias, articulando questes sobre o prosseguimento nos estudos e o trabalho, as tendncias para a pratica esportiva profissional, as representações sociais em torno do futebol, os usos e costumes no tempo livre e as expectativas da pratica esportiva implicadas pela herana cultural familiar. Como referencial terico de anlise, utilizamos de Pierre Bourdieu os conceitos de campo, habitus, estratgia, capital econmico, social e, principalmente, capital cultural, partindo da hiptese de que o nvel cultural dos alunos e seus familiares interferem nos sentidos e formas de apropriao do esporte. Entre outras concluses, obtivemos como resultado a configurao de uma trajetria esportiva profissional voltada para os alunos de baixa classe social, em oposio trajetria escolar longa, estrategicamente adotada pelos alunos de classe social alta.(AU)

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amplamente reconhecida a relevncia crescente da leitura no sculo XXI, enquanto requisito fundamental para um exerccio de cidadania responsvel e crtico. Por outro lado, tal como acontece com outros aspetos da vida social, a investigao reconhece a influncia exercida pelas representações sociais sobre a nossa compreenso do carter multifacetado das prticas de leitura. Tal peso assume particular relevo no que diz respeito aos estudantes do Ensino Superior, nomeadamente aos futuros profissionais da Educao, pela sua responsabilidade acrescida na formao de leitores autnomos e crticos, privilegiando a sua motivao para a leitura e o seu desempenho em compreenso na leitura. No entanto, em Portugal, poucos estudos focam as representações sobre a leitura destes estudantes e sua influncia em prticas educativas futuras. Nesse sentido, realizmos um estudo cujos objetivos de investigao foram: i) Identificar e caracterizar as representações de estudantes a frequentar um primeiro ciclo de estudos de Bolonha sobre: a sua motivao para a leitura; o seu desempenho em compreenso na leitura; os fatores que os influenciariam; as competncias em leitura do seu futuro pblico; estratgias didticas orientadas para a motivao para a leitura e o desenvolvimento da compreenso na leitura no seu futuro pblico; ii) determinar a influncia das representações sobre estes aspetos nas suas prticas futuras relacionadas com a motivao para a leitura e o desenvolvimento da compreenso na leitura; iii) conceber, implementar e avaliar um plano de formao em Didtica do Portugus, visando a promoo da competncia didtica dos estudantes, orientada para a motivao do seu futuro pblico para a leitura e o desenvolvimento da compreenso na leitura. Neste estudo, participaram 53 estudantes, inscritos na unidade curricular de Iniciao Leitura e Escrita, integrada no 3. ano do plano de estudos da Licenciatura em Educao Bsica da Escola Superior de Educao de Viseu, no 1. semestre do ano letivo de 2012/2013. Foram objeto de uma interveno didtica, integrada no mdulo programtico consagrado leitura, que durou quatro semanas. Face aos objetivos traados, optmos por uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodolgico o estudo de caso nico. Foram utilizados vrios instrumentos de recolha de dados: para os relativos s representações, usmos um questionrio, uma reflexo escrita individual e duas fichas de trabalho; para os relacionados com o desempenho, recorremos a um relatrio escrito de um trabalho prtico de planificao e fundamentao de atividades, com uma componente individual e outra realizada em grupo. Todos os dados recolhidos foram objeto de anlise de contedo, complementada por uma anlise estatstica descritiva (frequncias absolutas e relativas). O nosso estudo permitiu-nos concluir que as representações sobre a leitura destes estudantes podem ser encaradas como um constructo multifacetado e complexo, no qual assume centralidade o conhecimento, associado valorizao da leitura em contexto escolar, sendo relegada para segundo plano uma dimenso mais afetiva da leitura. Tais representações seriam influenciadas por mltiplos fatores. No que respeita motivao para a leitura, tais fatores incluiriam o gnero, o estatuto sociocultural, as prticas de literacia familiar e acadmica, os hbitos de leitura, o gosto pela leitura e preferncias de leitura. O desempenho em compreenso na leitura, de carter multidimensional, seria influenciado pelas estratgias que os estudantes mobilizariam durante a leitura, pela sua atitude de persistncia quando confrontados com dificuldades e pela facilidade com que leriam com fins informativos, acadmicos e recreativos. Conclumos igualmente que tais representações sobre a leitura se repercutiriam nas prticas educativas futuras dos estudantes relacionadas com a motivao para a leitura e com o desenvolvimento da compreenso na leitura. A interveno didtica realizada teria concorrido para os dotar de algumas competncias didticas relacionadas com o ensino explcito da compreenso na leitura e fazer evoluir as representações, contribuindo tambm para algumas alteraes ao seu perfil de leitor, em termos de motivao e de desempenho. Inferimos que tal evoluo se repercutiu no modo como encaravam as suas futuras prticas educativas, no que se referia competncia didtica para a motivao para a leitura e desenvolvimento de competncias em compreenso na leitura no seu futuro pblico. Da investigao realizada decorrem algumas sugestes pedaggicodidticas com vista a contribuir para o aprofundamento das representações sobre a leitura dos estudantes futuros profissionais da Educao e sua influncia em prticas educativas.

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amplamente reconhecida a relevncia crescente da leitura no sculo XXI, enquanto requisito fundamental para um exerccio de cidadania responsvel e crtico. Por outro lado, tal como acontece com outros aspetos da vida social, a investigao reconhece a influncia exercida pelas representações sociais sobre a nossa compreenso do carter multifacetado das prticas de leitura. Tal peso assume particular relevo no que diz respeito aos estudantes do Ensino Superior, nomeadamente aos futuros profissionais da Educao, pela sua responsabilidade acrescida na formao de leitores autnomos e crticos, privilegiando a sua motivao para a leitura e o seu desempenho em compreenso na leitura. No entanto, em Portugal, poucos estudos focam as representações sobre a leitura destes estudantes e sua influncia em prticas educativas futuras. Nesse sentido, realizmos um estudo cujos objetivos de investigao foram: i) Identificar e caracterizar as representações de estudantes a frequentar um primeiro ciclo de estudos de Bolonha sobre: a sua motivao para a leitura; o seu desempenho em compreenso na leitura; os fatores que os influenciariam; as competncias em leitura do seu futuro pblico; estratgias didticas orientadas para a motivao para a leitura e o desenvolvimento da compreenso na leitura no seu futuro pblico; ii) determinar a influncia das representações sobre estes aspetos nas suas prticas futuras relacionadas com a motivao para a leitura e o desenvolvimento da compreenso na leitura; iii) conceber, implementar e avaliar um plano de formao em Didtica do Portugus, visando a promoo da competncia didtica dos estudantes, orientada para a motivao do seu futuro pblico para a leitura e o desenvolvimento da compreenso na leitura. Neste estudo, participaram 53 estudantes, inscritos na unidade curricular de Iniciao Leitura e Escrita, integrada no 3. ano do plano de estudos da Licenciatura em Educao Bsica da Escola Superior de Educao de Viseu, no 1. semestre do ano letivo de 2012/2013. Foram objeto de uma interveno didtica, integrada no mdulo programtico consagrado leitura, que durou quatro semanas. Face aos objetivos traados, optmos por uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodolgico o estudo de caso nico. Foram utilizados vrios instrumentos de recolha de dados: para os relativos s representações, usmos um questionrio, uma reflexo escrita individual e duas fichas de trabalho; para os relacionados com o desempenho, recorremos a um relatrio escrito de um trabalho prtico de planificao e fundamentao de atividades, com uma componente individual e outra realizada em grupo. Todos os dados recolhidos foram objeto de anlise de contedo, complementada por uma anlise estatstica descritiva (frequncias absolutas e relativas). O nosso estudo permitiu-nos concluir que as representações sobre a leitura destes estudantes podem ser encaradas como um constructo multifacetado e complexo, no qual assume centralidade o conhecimento, associado valorizao da leitura em contexto escolar, sendo relegada para segundo plano uma dimenso mais afetiva da leitura. Tais representações seriam influenciadas por mltiplos fatores. No que respeita motivao para a leitura, tais fatores incluiriam o gnero, o estatuto sociocultural, as prticas de literacia familiar e acadmica, os hbitos de leitura, o gosto pela leitura e preferncias de leitura. O desempenho em compreenso na leitura, de carter multidimensional, seria influenciado pelas estratgias que os estudantes mobilizariam durante a leitura, pela sua atitude de persistncia quando confrontados com dificuldades e pela facilidade com que leriam com fins informativos, acadmicos e recreativos. Conclumos igualmente que tais representações sobre a leitura se repercutiriam nas prticas educativas futuras dos estudantes relacionadas com a motivao para a leitura e com o desenvolvimento da compreenso na leitura. A interveno didtica realizada teria concorrido para os dotar de algumas competncias didticas relacionadas com o ensino explcito da compreenso na leitura e fazer evoluir as representações, contribuindo tambm para algumas alteraes ao seu perfil de leitor, em termos de motivao e de desempenho. Inferimos que tal evoluo se repercutiu no modo como encaravam as suas futuras prticas educativas, no que se referia competncia didtica para a motivao para a leitura e desenvolvimento de competncias em compreenso na leitura no seu futuro pblico. Da investigao realizada decorrem algumas sugestes pedaggico-didticas com vista a contribuir para o aprofundamento das representações sobre a leitura dos estudantes futuros profissionais da Educao e sua influncia em prticas educativas

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A morte suscita-nos grande inquietao (e.g., Oliveira, 2008). Especialmente entre as crianas, perdidas na incompreenso, silncio e represso psicolgica por parte dos adultos. Nesta investigao averiguamos as representações sociais, da morte e da vida, entre crianas dos 8 aos 11 anos, escolarizadas de ambos os sexos. As meninas representam a morte pelo medo que suscita, e pela sua dimenso ritualista, enquanto que os meninos a percecionam sobretudo por sentimento de mal-estar e impotncia. Sobre a vida, os meninos evidenciam uma viso mais hedonista do que elas, que salientam a interao com o outro e as questes afetivo-emocionais. As representações das raparigas aproximam-se mais das dos sujeitos de 10-11 anos, enquanto que as dos rapazes se aproximam das dos participantes de 8-9 anos. Esperamos contribuir para o modo como as crianas representam a morte e, para uma educao para a morte e para a vida. ABSTRACT; Death rouses great uneasiness (e.g., Oliveira, 2008). Especially among children who are lost amid the incomprehension, silence and psychological repression of adults. This research examines social representations of life and death among school attending children of both sexes, between the ages of 8 and 11 years old. Girls represent death for both the fear it rouses and its ritualistic dimension, while boys mostly perceive it as a feeling of uneasiness and impotence. Regarding life, boys show a more hedonistic vision than girls, who give relevance to interacting with. others, and to affective and emotional issues. The representations of girls are closer to those of the 10-11-year-old subjects, while the representations of boys are closer to those of the 8-9-year-old participants. We hope to contribute to the way children represent death, and to an education on death and life.

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Pretendemos, com este estudo, analisar o modo como a escolarizao das crianas de etnia cigana e o seu desenvolvimento cognitivo so afetados, entre outros, pelo desfavorecimento sociocultural de que so alvo, justificar a resistncia destes alunos a todo o tipo de aprendizagens formais e apurar acerca das representações sociais que envolvem estas comunidades. A escolarizao desta minoria, cuja dificuldade diretamente proporcional ao grau de etnicidade do grupo em estudo, tem vindo a gerar uma crescente preocupao por parte dos vrios governos, do que resultou, recentemente, um pedido dos Estados-Membros, Unio Europeia, para que elaborasse um Plano Estratgico de Integrao das Comunidades Ciganas, onde a Educao um dos eixos de interveno. Sendo o professor um elemento primordial no processo de ensino-aprendizagem, cabe-lhe a ele e instituio onde presta funes, enquanto responsveis por garantir um ensino de equidade e qualidade, aberto multi e interculturalidade, recorrer s prticas pedaggicas e s medidas mais adequadas com vista estimulao das capacidades cognitivas destes alunos e efetiva incluso da diversidade na comunidade escolar. Dos resultados obtidos, as representações da classe docente, face a esta franja social, esto ainda muito marcadas pelo preconceito, pelo esteretipo e pela segregao, embora as responsabilidades sejam bilaterais. Como acontece com qualquer aluno, para que se atinja sucesso na escolarizao, torna-se premente uma maior sensibilizao das famlias para a utilidade das aprendizagens e uma consequente coresponsabilizao pelo percurso dos seus educandos. Surge ainda a questo da legitimidade de avaliar o perfil cognitivo destes alunos, to especficos do ponto de vista da sua identidade histrica e cultural, pelos mesmos parmetros dos alunos da sociedade maioritria. Paralelamente, extra escola, h todo um trabalho de concertao ao nvel da integrao social desta minoria que, quando bem conseguido, se refletir em termos educativos mas que exige a articulao e o esforo conjunto de vrias instncias, nem sempre dispostas a investir nestas comunidades.

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Este estudo caracteriza o extrativismo da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa bonpl), sua estrutura e comercializao e relaes sociais na Regio Sul do Amap. este processo experimenta rpidas transformaes a partir da metade da dcada de 1990, e, com essas mudanas diferentes representações sociais ao extrativismo so construdas, fato que no futuro implicar em novos arranjos envolvendo as agriculturas e a conservao ambiental. Para entender este processo e construir solues tecnolgicas para contribuir na manuteno dessa harmonia, a Embrapa Amap desenvolveu no perodo de 2008/2010, processos de inovaes tcnicas e sociais nesse sistema, usando a metodologia de pesquisa participativa, envolvendo 22 comunidades locais e 151 famlias da RESEX Rio Cajar, RDS Iratapuru e PAE Marac. Os resultados demonstram a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitao das cooperativas locais, para que de fato assuman as funes de comando e coordenao da modernizao dessas relaes, dentre outras, influenciando na harmonizao desse tipo de extrativismo com as agriculturas, contribuindo assim com a melhoria na qualidade de vida associada com a preservao ambiental de comunidades locais do Sul do Amap.

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O estudo teve como objetivo identificar e analisar as representações sociais sobre o Poder Legislativo e a atuao parlamentar construdas pelos adolescentes participantes do Programa Pr-Adolescente da Cmara dos Deputados, alm de avaliar o impacto da presena diria dos adolescentes na Cmara dos Deputados em sua formao poltica. Conhecer a realidade poltica desses adolescentes: suas opinies, sentimentos, frustraes e esperanas a respeito da Cmara dos Deputados o primeiro passo na busca pela implantao de aes de letramento poltico eficazes para esse pblico.

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O presente texto vem apresentar a pesquisa Autonomia Docente do conhecimento cientfico ao senso comum: uma representao social dos professores de Duque de Caxias, cujo objetivo investigar a autonomia, procurando caracterizar, descrever e comparar as representações sociais que os professores da rede municipal de Duque de Caxias constroem em relao autonomia docente a partir dos discursos oficiais e extra-oficiais. Teve como espaos de estudo escolas pblicas pertencentes ao municpio de Duque de Caxias - Rio de Janeiro. Pesquisou-se 200 professores da educao infantil ao segundo segmento do ensino fundamental da rede municipal de Duque de Caxias, separados em dois grupos: professores regentes de turma e professores que desempenham funes tcnico-pedaggica (orientadores educacionais, orientadores pedaggicos). Como tcnicas de coleta de dados foram utilizadas um teste de associao livre de palavras com todos os sujeitos e entrevista semi-estruturada com 10% da populao pesquisada, ou seja, 20 sujeitos. Para anlise de dados foram utilizados o software EVOC (para evocaes) e anlise de contedo (para as entrevistas). Como resultado encontrou-se a centralidade da representao social da autonomia docente nos elementos liberdade, compromisso e responsabilidade. Na comparao entre os dois subgrupos constatou-se que para ambos a representao social a mesma, pois os elementos centrais permanecem os mesmos j citados, significando que a autonomia no apenas uma conquista individual, mas tambm coletiva. Dos resultados apresentados pode-se concluir que para os sujeitos pesquisados a representao social da autonomia docente encerra uma forte dimenso valorativa, em que o professor considera tanto a liberdade, compreendida como condio indispensvel para a profisso, a responsabilidade e o compromisso social.

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Este trabalho apresenta as principais perspectivas estabelecidas a partir da utilizao do patrimnio herdado da atividade canavieira no desenvolvimento da atividade turstica, na regio norte do estado do Rio de Janeiro. Para isso, discutiremos os principais conceitos que permitem entender como reas consideradas rurais ou marcadas por uma histria vinculada a alguma atividade agrcola passam por um processo de transformao e so inseridas em uma nova fase. Essas transformaes so percebidas nos espaos chamados de rurais e aparecem hoje com uma nova perspectiva de utilizao, antes eram destinados exclusivamente s atividades agrcolas. Outro aspecto verificado que paisagens singulares acabam se constituindo em patrimnios culturais, na medida em que se tornam representações sociais. A paisagem ento acaba sendo relacionada memria e identidade local. Nos municpios estudados ela marcada pelas tradicionais plantaes de cana-de-acar, que ao longo de mais de um sculo influenciou a vida e o cotidiano daquela poro do espao fluminense, permitindo uma arquitetura e uma paisagem peculiar. Desta forma, nosso objetivo entender como a paisagem utilizada no desenvolvimento da atividade turstica como recurso a ser explorado, alm de tentarmos visualizar os principais agentes que promovem as iniciativas de (re)valorizao patrimonial e como o espao modificado com tal atividade.

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O sucesso recente das disciplinas neurocientficas tem provocado mudanas nas representações sociais acerca do que constituem sentimentos, emoes e aes humanas complexas. O campo da medicina mental talvez seja o que mais tenha sido afetado por estas disciplinas, desde as ltimas trs dcadas. Cada vez mais as categorias psicopatolgicas tm sido estudadas e descritas em termos neuropatolgicos. Como se opera na prtica quotidiana de um laboratrio de pesquisas a naturalizao de entidades nosogrficas complexas, tendo o crebro e as suas funes como objetos de estudo privilegiados? Que impacto isto poderia ter sobre a forma de se trat-las? Como isto poderia alterar a maneira de um paciente se autodescrever e agir no mundo? Estas questes gerais foram tratadas ao longo desta tese, que se apoiou sobre um trabalho de campo realizado em uma unidade de pesquisas parisiense, onde se desejava validar um mtodo de tratamento inovador para pacientes portadores de esquizofrenia: a remediao cognitiva. Este tipo de tcnica, originalmente concebida para tratar de pacientes com leses neurolgicas, migrou para o campo psiquitrico a partir de uma redefinio na forma de se conceber a categoria de esquizofrenia, promovida pelas neurocincias cognitivas: esta teria como cerne, no os clssicos sintomas positivos e negativos que a caracterizam clinicamente, mas um conjunto de dficits neurocognitivos, que incluem problemas de memorizao, de concentrao, de planejamento da ao, do raciocnio lgico, entre outros. Esta tese descreve o modo como estas concepes so geradas no interior de uma equipe francesa de pesquisa em psiquiatria, interessada em validar um novo mtodo de remediao cognitiva. Procurou-se descrever a vida social destes pesquisadores, os compromissos criados no processo de gerao de enunciados slidos, e as estratgias e dificuldades encontradas no percurso de naturalizao de uma categoria psiquitrica complexa, como a esquizofrenia. Descreveu-se igualmente as prticas de remediao cognitiva em ao e o modo como estas interagiriam com os pacientes de modo a modific-los em um certo sentido, segundo certos valores, bem como o contexto social que torna plausvel a adoo deste tipo de estratgia teraputica.