999 resultados para RECUPERAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA, tremores
Resumo:
OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho é avaliar retrospectivamente as características e o resultado do tratamento de 15 casos de corpo estranho de natureza têxtil retido na cavidade abdominal após diferentes tipos de operações. MÉTODO: Analisamos retrospectivamente os dados demográficos de 15 pacientes com diagnóstico de gossipiboma tratados no Hospital Universitário Gaffrée-Guinle no período de janeiro de 1987 a janeiro de 2007. RESULTADOS: Onze pacientes (73%) eram mulheres e quatro eram homens (27%), com mediana da idade de 50 anos. As operações prévias foram de natureza ginecológica (40%), gastrointestinal (27%), urológica (13%), obstétrica (13%) e oncológica (7%). Dois deles haviam sido submetidos a tratamento cirúrgico de urgência. O intervalo de tempo entre a operação primária e o diagnóstico definitivo variou de uma semana a 50 meses, com mediana de oito meses. A queixa preponderante foi dor associada ou não a tumoração abdominal e obstrução intestinal. O problema foi confirmado pela tomografia computadorizada em 12 oportunidades. Todos os pacientes tiveram o corpo estranho removido. As taxas de morbidade e mortalidade pós-operatórias foram respectivamente 26,6% e 0%. CONCLUSÕES: Houve predomínio de mulheres e o tipo de operação que mais contribuiu foi a de natureza ginecológica. A hipótese de gossipiboma deve ser aventada sempre que há operação prévia e queixas incompatíveis com a evolução usual. A tomografia computadorizada foi importante para corroborar o diagnóstico. A identificação de fatores de risco para retenção de corpo estranho só foi possível num pequeno número de casos de nossa amostragem. Apesar da elevada taxa de morbidade pós-operatória, a evolução foi satisfatória e sem mortalidade. A prevenção somente será efetiva se adotadas regras rígidas de controle com observância rigorosa das mesmas, aliadas ao treinamento apropriado de toda a equipe cirúrgica.
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Os autores apresentam uma nova técnica de hepatectomia através de agulhas paralelas de radiofreqüência bipolar. Abordando o impacto trans-operatório, assim como a evolução pós-operatória dos pacientes.
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OBJETIVO: Investigar se a adoção de um protocolo de restrição hídrica intravenosa em colecistectomia aberta diminui a permanência hospitalar. MÉTODO: Estudo prospectivo envolvendo pacientes submetidas a colecistectomia aberta após a adoção de um protocolo multimodal (projeto ACERTO). Pacientes com intercorrencias intra- ou pós-operatórias foram excluídas. Todas as pacientes receberam uma solução de carboidratos 2h antes da operação. Foram coletadas as seguintes variáveis: peso, altura, estado nutricional, volume total de fluidos intravenosos (VTFI) e volume prescrito em ml/kg de peso por dia. RESULTADOS: 64 pacientes (11 M e 53 F; idade mediana = 43 [18-65] anos) completaram o estudo. A re-alimentação pós-operatória ocorreu no mesmo dia da operação (62,5%) ou no dia seguinte (37,5%). Não foram registradas complicações infecciosas ou óbitos. O tempo mediano de internação pós-operatória foi de 1 (1-4) dia. Observou-se correlação entre o VTFI (r=0,44; p<0.001) e volume de fluídos / kg peso /dia (r=-0,29; p=0,03) e o tempo de internação pós-operatória. Alta no 1º PO foi possível em 73,3% dos casos quando a prescrição foi de até 20mL/Kg/dia e em 41,2% quando o volume prescrito foi maior (p<0.001; Odds Ratio=3,92; IC95% 1,36-11,32). CONCLUSÃO: A restrição de fluidos intravenosos em colecistectomia aberta determina alta mais precoce.
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OBJETIVO: Avaliar os fatores prognósticos em pacientes com tumores de cavidade oral e orofaringe, após o tratamento cirúrgico inicial, submetidos à cirurgia de resgate. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 276 pacientes inicial-mente submetidos ao tratamento cirúrgico associado ou não à radioterapia pós-operatória. Foram excluídos 28 casos por presença de metástase à distância, tumores primários simultâneos e tratamento oncológico prévio. RESULTADOS: O seguimento médio foi de 35,3 meses, sendo que 127 pacientes apresentaram recidiva loco-regional e 76 destes foram à cirurgia de resgate. Em 65% casos, os resgates foram em cavidade oral e com predomínio nas recidivas locais exclusivas. Os pacientes com estádio clínico precoce (I e II) tiveram maior indicação de resgate na recidiva loco-regional, assim como as recidivas loco-regionais em estádios clínicos precoces (I e II). A análise multivariada mostrou como fator independente o prognóstico clínico, o sítio anatômico e o estádio clínico da recidiva loco-regional. CONCLUSÃO: O sítio anatômico e o estádio clínico da recidiva loco-regional são os fatores independentes de prognóstico clínico.
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OBJETIVO: Apresentar os resultados do tratamento cirúrgico em pacientes portadores de hemangioma hepático. MÉTODO: Foram estudados 20 pacientes portadores de hemangioma hepático cavernoso, operados entre fevereiro de 1991 e fevereiro de 2005. A idade dos pacientes variou de 16 a 72 anos (média de 42 anos) com predomínio do sexo feminino (80%), sendo que 85% deles eram sintomáticos. Todos os pacientes foram submetidos à ultrassonografia abdominal (US) e à tomografia computadorizada contrastada (TC). Utilizou-se incisão abdominal subcostal bilateral associada à incisão mediana. RESULTADOS: Durante o período de seguimento clínico não se constataram recidiva de sintomas ou de hemangioma. A morbidade pós-operatória representada por infecção da ferida cirúrgica foi observada em um (5%) paciente, insuficiência hepática leve em 40% e moderada em 15% que apresentaram evolução clínica satisfatória com o tratamento clínico instituido; em um (5%) verificou-se a ocorrência de bilioma que necessitou drenagem por punção abdominal. A maioria dos pacientes retornou as atividades habituais até o 3º. mês de pós-operatório. Não ocorreram óbitos nesta série de pacientes. CONCLUSÃO: A ressecção cirúrgica do hemangioma hepático, gigante ou sintomático, é opção de tratamento segura e eficaz, sendo que a extensão da ressecção varia de acordo com a localização e tamanho.
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OBJETIVO: Os autores apresentam um estudo observacional, transversal, comparando a anastomose manual com a anastomose mecânica para reconstrução do trânsito digestivo em Y de Roux em pacientes submetidos à gastrectomia total para câncer gástrico. MÉTODOS: O estudo foi realizado no Hospital Governador Israel Pinheiro, no período de janeiro de 1997 a março de 2002. Um total de 40 pacientes neste período foram submetidos à gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux. O Grupo I formado por 16 pacientes foi submetido à anastomose mecânica e o grupo II por 24 pacientes foi submetido à anastomose manual. Os dois grupos foram comparados quanto à incidência de complicações pós-operatórias, necessidade de re-operação, alta hospitalar e mortalidade per e pós-operatória. RESULTADOS: Quanto às complicações relacionadas à anastomose, fístula e abscesso intra-abdominal, elas ocorreram em nove pacientes do grupo com anastomose manual e em nenhum paciente no grupo com anastomose mecânica. (p= 0,006). A morbidade e a permanência hospitalar pós-operatória foram maiores no grupo submetido à sutura manual. Houve um óbito em cada grupo e 37% dos pacientes em cada grupo não apresentaram quaisquer tipos de complicações. CONCLUSÃO: Considerando a fístula e o abscesso intra-abdominal juntamente como complicações da anastomose esôfago-jejunal, os resultados deste estudo sugerem uma maior viabilidade da sutura mecânica.
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OBJETIVO: Estudar aspectos da cicatrização na anastomose colônica com adesivo de fibrina em ratos normais e diabéticos. MÉTODO: Foram utilizados 160 ratos Wistar (Rattus novergicus albinus), machos, com peso variando de 250 a 300g, sendo que oitenta destes animais eram não diabéticos e os outros oitenta animais apresentavam diabetes mellitus induzido pela aloxana, Os animais foram submetidos a procedimento operatório padronizado que consistiu em colectomia parcial esquerda e anastomose primária por sutura manual ou com adesivo de fibrina. Foram reavaliados no quarto ou sétimo dia de pós-operatório quando se observou a presença de coleção líquida ou purulenta na tela subcutânea; integridade da sutura; presença de aderências; presença de deiscência; resistência da anastomose (pressão máxima de insuflação) em mmHg, e a concentração tecidual de hidroxiprolina. RESULTADOS: Em relação à presença de deiscência de anastomose e mortalidade ocorreram piores resultados nos animais diabéticos no quarto e sétimo dias de observação em comparação ao controle. Nos grupos e subgrupos estudados os resultados com o uso do adesivo de fibrina não foram melhores que os da sutura manual. Em relação à concentração tecidual de hidroxiprolina não houve diferença significativa entre os grupos. CONCLUSÃO: O diabetes mellitus induzido pela aloxana impede a reparação normal da anastomose colônica em ratos e o uso adesivo de fibrina na anastomose colônica em ratos normais e diabéticos não trouxe benefícios na evolução pós-operatória.
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OBJETIVO: Avaliar as indicações, sobrevida e fatores prognósticos da esofagogastrectomia com linfadenectomia em dois campos no câncer do esôfago torácico. MÉTODOS: Foram avaliados 111 pacientes retrospectivamente no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2001 sendo 83 homens e 29 mulheres. A idade média dos pacientes foi 55,1 anos (variando entre 35-79). A linfadenectomia em dois campos foi parcial (Standard) em 34 pacientes(30,6%) e ampliada em 77(69,4%). RESULTADOS: A média de linfonodos dissecados foi de 22,6(variando entre 4 e 50). A doença R0 ocorreu em 53 pacientes(47,7%) a doença residual microscópica (R1) em 57 (52,3%) e a doença residual R2 em um paciente(0,9%). A recidiva ocorreu em 32 pacientes (28,8%) sendo em sete (6,3%) cervical, 17 (15,3%) locorregional e 19 (17,1%) sistêmica. A morbidade e mortalidade pós-operatória foram de 31,5% e 9% respectivamente, sem diferença significativa em relação á extensão da linfadenectomia mediastinal. A sobrevida global dos 111 pacientes em cinco anos foi de 48,4%, sem diferença significativa na sobrevida em relação á extensão da linfadenectomia, porém, houve aumento significativo na sobrevida livre de doença a favor dos paciente submetidos a linfadenectomia mediastinal ampliada(p=0,01). A ausência de doença residual (R0), comprometimento linfonodal (pN0) e o número de linfonodos comprometidos inferior a quatro, indicaram bom prognóstico. CONCLUSÃO: A esofagogastrectomia com linfadenectomia em dois campos apresentou um impacto positivo na taxa de sobrevida em cinco anos nos pacientes com câncer do esôfago torácico, particularmente em relação aos pacientes com ECIII. A linfadenectomia mediastinal ampliada aumentou significativamente a sobrevida livre de doença.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida e a presença de compensação pós-operatória de pacientes submetidos a simpatectomia torácica. MÉTODOS: Foram avaliados 50 pacientes consecutivos submetidos a tratamento cirúrgico para hiperidrose palmar. Avaliou-se: o motivo principal que levou o paciente a procurar atendimento médico, a realização prévia de tratamento clínico para hiperidrose, incidência e localização corporal de hiperidrose compensatória e sua relação com a personalidade do indivíduo e o grau de satisfação do paciente com o tratamento. RESULTADOS: Entre todos os entrevistados, 27 (54%) relataram que o incômodo pessoal com o suor excessivo, os levou a procurar atendimento médico; 23 (46%) tiveram prejuízo na relação social; 22 (44%) tiveram dificuldade relativa ao ambiente escolar, enquanto 20 (40%) relataram que o incômodo causado pela hiperidrose nas atividades relacionadas ao trabalho levou-o a procurar atendimento médico. 21 (42%) foram considerados tímidos pelas pessoas de seu convívio. 33 (66%) começaram a manifestar a doença na infância (até os 12 anos); 15 (30%) na adolescência e apenas um (2%) na fase adulta. O calor foi responsável pela crise de suor em 17 (34%) pacientes e a ansiedade esteve presente em 19 (38%). Irritação gerava crise de suor em 31 (62%). Hiperidrose compensatória ocorreu em 39 (78%) pacientes, sendo que três (6%) tiveram compensação plantar e 28 (56%) no dorso e oito (16%) simultaneamente no dorso e plantar, 46 (92%) consideram que a qualidade de vida após a operação "melhorou". CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico da hiperidrose melhora a qualidade de vida, porém a hiperidrose compensatória ocorre em quase todos os pacientes.
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OBJETIVO: Relatar nossa experiência em cirurgia laparoscópica de cólon e analisar os resultados comparando-os à literatura. MÉTODOS: Analisamos retrospectivamente entre novembro de 1995 e outubro de 2006, 120 pacientes submetidos à ressecções laparoscópicas de cólon. A indicação cirúrgica incluiu 65 pacientes com neoplasia, 50 com doença diverticular dos cólons, três com constipação intestinal crônica intensa, um com Doença de Crohn e um com tuberculose intestinal. Todos os pacientes foram operados eletivamente e analisados quanto ao resultado cirúrgico e suas complicações, número de conversões, reoperações, morbi-mortalidade e tempo de internação hospitalar. RESULTADOS: As complicações intra-operatórias totalizaram 4% (5/120) dos casos. A taxa de conversão foi de 9% (11/120). Reoperação foi necessária em 6% (7/120) dos pacientes. A deiscência de anastomose ocorreu em 6,5% dos casos (8/120) e a mortalidade geral foi de 2,5% (3/120). O tempo médio de internação foi de 8,2 dias. CONCLUSÃO: A colectomia laparoscópica apresenta taxas aceitáveis de complicação e conversão para cirurgia aberta. Além das vantagens da laparoscopia em diminuir a dor pós-operatória e melhorar o resultado estético, destacam-se o retorno precoce da função intestinal e um número menor de infecções de sítio operatório.
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OBJETIVO: Apresentar uma nova abordagem cirúrgica para realização de colecistectomia videolaparoscópica. MÉTODO: Em outubro de 2008 realizamos a primeira colecistectomia videocirúrgica por acesso transumbilical único, em humano, com a utilização do equipamento denominado SITRACC® - Single Trocar Access. A operação foi realizada em paciente do sexo feminino e constituiu dos passos clássicos da colecistectomia videolaparoscópica, com a utilização de instrumental flexível especial. RESULTADOS: O tempo operatório foi de 64 minutos, não sendo necessária a introdução de trocárteres adicionais. A evolução pós-operatória ocorreu de maneira satisfatória, sem nenhuma intercorrência. CONCLUSÃO: A colecistectomia por acesso umbilical único, com uso do SITRACC, mostro-se plenamente viável em humanos. Com o avançar tecnológico do instrumental, novas cirurgias poderão ser realizadas por esse método.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados pós-operatórios de um protocolo multimodal de cuidados peri-operatórios sem preparo mecânico de cólon (protocolo ACERTO) em pacientes submetidos a operações colorretais. METODOS: Foram avaliados prospectivamente 53 pacientes (37M e 16F; 57 [18-82] anos) submetidos à diversas operações colorretais com pelo menos uma anastomose divididos em dois grupos. O primeiro grupo (n=25) foi operado entre Janeiro de 2004 e Julho de 2005 com protocolo convencional incluindo preparo mecânico de cólon. O segundo grupo (n=28) foi operado entre agosto de 2005 e junho de 2008, após a implantação do protocolo ACERTO e sem preparo de cólon. Comparou-se estatisticamente a incidência de complicações, a duração da hospitalização e a mortalidade em ambos os grupos. RESULTADOS: Dois (3,8%) pacientes faleceram no pós-operatório, um em cada grupo. Pacientes do grupo ACERTO tiveram jejum pré-operatório abreviado, receberam menos fluido intravenoso e re-alimentaram mais cedo que o grupo convencional (p<0.05). Não houve diferença na morbidade pós-operatória (36% vs. 28,6%; p=0,56) com incidência de fístula anastomótica semelhante (12 vs. 10,7%; p=1,00). O número de complicações por paciente foi menor no grupo ACERTO (p=0.01). O tempo de internação do grupo ACERTO, operado sem preparo de cólon foi abreviado em 4,5 dias (12 [4-43] dias vs 7,5 [3-47] dias, p = 0,04). CONCLUSÃO: As rotinas do protocolo ACERTO são seguras e melhoram resultados em cirurgia colorretal por diminuir gravidade de complicações e o tempo de internação.
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O autor apresenta, detalhadamente, a técnica de ressecção anterior ultrabaixa e interesfinctérica com anastomose coloanal por videolaparoscopia para tratamento do câncer do reto distal. São descritos os principais passos da operação: 1 - Posição do Paciente; 2 - Posicionamento do Equipamento e Equipe; 3 - Posicionamento dos Trocartes e Exploração da Cavidade Abdominal; 4 - Exposição do Campo Operatório; 5 - Ligadura dos Vasos Mesentéricos Inferiores pelo acesso medial; 6 - Mobilização do Ângulo Esplênico e do Colon Sigmóide; 7 - Excisão total do mesorreto, preservação dos nervos pélvicos e mobilização do reto pela técnica de Rullier; 8- Secção do reto distal e anastomose coloanal;9-Ressecção interesfinctérica (RI) e anastomose coloanal com coloplastia transversa, bolsa colónica em J ou anastomose latero-terminal. A utilização desta técnica, apesar de ser um procedimento complexo, mostrou-se viável e segura, pois apresentou baixo índice de complicação pós-operatória e mortalidade.
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OBJETIVO: Descreve-se a técnica de um novo um modelo de pseudoartrose em Rattus norvegicus albinus livre de espécies patogênicas (SPF). MÉTODOS: Os animais foram aleatoriamente distribuídos em dois Grupos: Grupo 1 - Controle (n =6), Grupo 2 - Experimental (n =6). No grupo Controle realizou-se um acesso ao fêmur, seguido da síntese por planos do músculo e da pele. O grupo Experimental foi submetido à osteotomia do fêmur aduzida da confecção de um retalho pediculado de fáscia lata para interposição entre os segmentos resultantes da fratura induzida cirurgicamente. Prosseguiu-se com o alinhamento e aproximação dos segmentos ósseos, mediante uso de fios de náilon introduzidos em orifícios efetuados na extremidade proximal e distal. RESULTADOS: Estudos radiológico e anatomopatológico evidenciaram a ausência de consolidação óssea com persistência de tecido fibro-osteóide decorridos 120 dias de evolução pós-operatória. CONCLUSÃO: O modelo experimental é adequado para a formação de pseudoartrose em ratos.
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OBJETIVO: Quantificar as fístulas após cirurgia de câncer da cavidade oral e identificar fatores de risco. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, interessando pacientes submetidos à cirurgia. Seguimento pós-operatório mínimo de dois anos. Variáveis estudadas: sexo, comorbidades, tabagismo, etilismo, risco anestésico e pulmonar, estadiamento clínico, linfadenectomia cervical, tratamento radioterápico, acidentes cirúrgicos, infecção ou deiscência de ferida operatória, seroma ou hematoma de sítio cirúrgico, infecção respiratória no pós-operatório, tipo de cirurgia e reconstrução realizadas. RESULTADOS: Estudados 159 pacientes. Ocorreu fístula orocutânea em 30,3% (48 pacientes). Pacientes T3 tiveram fístula em 16% dos casos, T4 em 40,3% e naqueles estádio T1 ou T2, 26,6% e 1,8% respectivamente (p=0,0138). Os casos N+ evoluíram com fístula em 22.9% (N2c com 42,8%, p=0,0136), os com radioterapia pré-operatória em 63,6% (p=0,0346). Aqueles com infecção de sítio cirúrgico em 47,3% (p=0,0146) e aqueles com deiscência de ferida operatória em 53,7% (p=0,0030). O índice de fístula foi de 60% nos retalhos regionais mucocutâneos, de 39,2% nos miocutâneos e de 12,5% com retalho microcirúrgico (p=0,0286). CONCLUSÃO: O índice de fístulas foi de 30,3%. Foram estatisticamente significativos para ocorrência de fístulas: estádio T, linfadenectomia cervical bilateral, radioterapia pré ou pós-operatória, infecção e deiscência de ferida operatória, e o uso de retalhos para reconstrução.