885 resultados para PREGNANT-WOMEN


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A Organização Mundial da Saúde estima que existam aproximadamente 250 milhões de mulheres tabagistas no mundo. Em países em desenvolvimento, a prevalência do tabagismo pode variar de 11 a 35% em mulheres grávidas, constituindo um problema de saúde pública. Nicotina, um agonista colinérgico considerado o mais importante componente ativo da fumaça do cigarro, é capaz de causar déficits em um cérebro em desenvolvimento, no entanto, muitos estudos investigam estes efeitos durante a gestação de roedores, que corresponde aos dois primeiros trimestres de gestação em humanos. O presente estudo, foi focado nos efeitos da nicotina sobre o sistema colinérgico cerebral durante o equivalente ao terceiro trimestre de gestação em humanos. Ratas lactantes foram expostas a nicotina (NIC, 6 mg/Kg/dia) ou a salina (SAL) via mini-bombas osmóticas (s.c.) a partir do 2 dia ate o 16 dia pós-natal (PN). Filhotes NIC e SAL foram sacrificados durante a exposição, em PN15, e após a retirada em três momentos diferentes, PN21, PN30 e em PN90. Quatro biomarcadores foram considerados. Para avaliação dos efeitos sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChRs), nós utilizamos [3H]citisina, que é um ligante seletivo para α4β2. Nos também medimos o marcador [3H]hemicholinium-3 (CH-3) de alta afinidade para o transportador pré-sináptico de colina, e a atividade das enzimas colina acetiltransferase (ChAT) e acetilcolinesterase (AChE) no córtex cerebral (CX), mesencéfalo (MB) e hipocampo (HP) na prole. O grupo NIC apresentou supra-regulação de nAChRs em todas as regiões durante a exposição, este efeito foi revertido pouco tempo após a retirada. Interessantemente, uma significante infra-regulação de nAChRs foi observada após um longo tempo da retirada somente em CX. A exposição à nicotina reduziu a marcação para HC-3 durante a exposição em todas as regiões e foi revertida em PN21. Já em PN30, o grupo NIC apresentou uma diminuição do HC-3. Em contraste, em PN90, foi observado um aumento de HC-3. Não foram observados efeitos para atividade da ChAT e da AChE em CX. No que diz respeito ao MB, o grupo NIC apresentou um aumento de atividade para ambas as enzimas, ChAT e AChE, em PN30. Para a mesma idade, nos observamos um decréscimo desta atividade somente em HP. E, após um longo tempo de retirada, somente HP apresentou um aumento na atividade da ChAT. Estes dados sugerem que a exposição à nicotina em ratos durante o equivalente ao terceiro trimestre de gestação em humanos promove alterações no sistema colinérgico dos filhotes. Somado a isto, nossos resultados indicam que os efeitos prejudiciais são observáveis mesmo muito tempo após a exposição ter sido interrompida.

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O número de mulheres jovens infectadas pelo HIV-1 vem crescendo desde o início da epidemia da aids, principalmente nos países em desenvolvimento, onde a frequência de gravidez é elevada. O desenvolvimento de estratégias para evitar a transmissão vertical tem aumentado o número de recém-nascidos não infectados nascidos de gestantes portadora do vírus. O objetivo da presente tese foi avaliar, in vivo e in vitro, o perfil de citocinas de neonatos não infectados, porém nascidos de mulheres infectadas pelo HIV-1. Os resultados demonstraram elevados níveis de citocinas pró-inflamatórias relacionadas ao fenótipo Th17, associadas à baixa produção de IL-10, tanto nos plasmas quanto nos sobrenadantes das culturas de células T ativadas obtidas do sangue do cordão umbilical de neonatos nascidos de gestantes infectadas pelo HIV-1 com cargas virais plasmáticas(PVL) detectáveis. De modo interessante, um perfil similar pró-inflamatório foi observado em amostras de sangue periférico de suas respectivas mães. Por outro lado, níveis elevados de IL-10, associados à reduzida produção de citocinas inflamatórias, foram dosados no sangue e nos sobrenadantes das culturas de células T ativadas de gestantes que controlavam a PVL, assim como de seus neonatos. Com relação à caracterização fenotípica das células T maternas produtoras de IL-10, a análise por citometria de fluxo demonstrou que essa citocina é majoritariamente produzida por células T CD4+Foxp3-. Curiosamente, a replicação viral in vitro do HIV-1 foi inferior nas culturas das gestantes infectadas pelo HIV-1 e foi relacionada aos efeitos inibitórios da IL-10 sobre a produção de TNF-α. Por fim, os neonatos não infectados expostosin utero à terapia antirretroviral (ART) apresentaram um menor peso ao nascer, e este achado foi inversamente correlacionado com os níveis periféricos maternos de TNF-α. Em conclusão, nossos achados sugerem que gestantes que conseguem controlar a PVL, e o incremento na produção de IL-10 materna possam favorecer a expansão das células Tr-1, as quais podem auxiliar em reduzir o risco de transmissão vertical do HIV-1 por reduzir a taxa de replicação viral. Por outro lado, outros resultados também apresentados aqui, apesar de preliminares, revelaram efeitos adversos da replicação viral e da ART em gestantes infectadas pelo HIV-1 no desenvolvimento funcional das células T de neonatos não infectados. Esses dados podem ajudar a explicar por que algumas dessas crianças apresentam elevado risco à morbidade e mortalidade devido a um estado basal de hipersensibilidade patológica.

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A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), é uma das mais destrutivas epidemias do mundo, e a infecção pelo HIV em mulheres jovens vem aumentando rapidamente nos dias atuais. Esse fato tem um impacto importante na transmissão vertical do vírus. Apesar da grande maioria dos casos de aids pediátrica em todo mundo resultar da transmissão vertical, aproximadamente dois terços das crianças expostas ao HIV durante a vida fetal não são infectadas pelo vírus. Muitos trabalhos sugerem que durante a gestação doenças infecciosas maternas podem ter consequências complexas para o desenvolvimento do feto, e poucos trabalhos têm explorado o impacto da exposição ao HIV sobre a responsividade imunológica de crianças não infectadas a diferentes estímulos, particularmente na era das drogas antirretrovirais. Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar eventos imunes em neonatos não-infectados expostos ao HIV-1 nascidos de gestantes que controlam (G1) ou não (G2) a carga viral plasmática, usando neonatos não expostos como controle. Para tanto, sangue do cordão umbilical de cada neonato foi coletado, plasma e células mononucleares foram separados e a linfoproliferação e o perfil de citocinas foram avaliados. Os resultados demonstraram que a linfoproliferação in vitro induzido por ativadores policlonais foi maior nos neonatos do G2. Entretanto, nenhuma cultura de célula respondeu a um conjunto de peptídeos sintéticos do envelope do HIV-1. A dosagem de citocinas no plasma e nos sobrenadantes das culturas ativadas policlonalmente demonstrou que, enquanto a IL-4 e IL-10 foram as citocinas dominantes produzidas nos grupos G1 e controle, a secreção de IFN-γ, IL-1, Il-6, IL-17 e TNF-α foi significativamente superior nos neonatos G2. Níveis sistêmicos de IL-10 observados dentre os neonatos G1 foram maiores naqueles nascidos de mães tratadas com drogas inibidoras da transcriptase reversa do vírus. Por outro lado, níveis superiores de citocinas inflamatórias foram observados dentre estes nascidos de gestantes tratadas com terapia antirretroviral de alta eficácia. Em resumo, nossos resultados indicam uma responsividade imune alterada em neonatos expostos in utero ao HIV-1 e reforça o papel do tratamento materno anti-viral com drogas menos potentes em atenuar tais distúrbios.

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Este estudo buscou contribuições da psicologia do desenvolvimento, pela perspectiva da psicologia evolucionista e sociocultural, para compreender a construção da maternidade contemporânea com uso do Facebook como suporte online. No último século ocorreram muitas transformações no papel social da mulher, o mercado de trabalho a incorporou, o nível de escolaridade aumentou, a taxa de natalidade caiu. Entretanto, a diminuição no número de filhos não reduziu o trabalho materno. Em contextos urbanos de grandes cidades, as famílias estendidas são menos frequentes. Em contraste, o uso de redes sociais, tipo Facebook, aumenta. O percentual de brasileiras (30-39 anos) que utiliza a internet supera 50%. Hipotetizou-se que redes sociais online podem complementar o apoio demandado pelas mães. Desse modo, entendendo que mulheres precisam de apoio para cuidar das crianças e que o mundo atual está interconectado através da internet, buscou-se abordar a maternidade contemporânea em sociedade urbana e a internet no contexto do suporte online à parentalidade. Foram feitos dois estudos com amostra de um grupo de suporte online para gestantes/mães no Facebook: 1) Análise de postagens coletadas (30 meses), objetivando compreender discurso materno e principais temas abordados; 2) Investigação da percepção sobre rede de apoio geral e online, como o apoio online pode ser conseguido, o que interessa às mães neste tipo de apoio e perfil sociodemográfico. O Estudo 1, analisou conteúdo de 2.510 postagens apontando dois grupos de categorias: psicológicas (45%) e não-psicológicas (55%). No primeiro, o discurso enquadra-se na teoria da constelação da maternidade de Daniel Stern: 1) vida crescimento (50%); 2) relacionar-se primário (8%); 3) matriz de apoio (40%); 4) reorganização da identidade (2%). O segundo indicou quatro categorias: 5) negócios/divulgação (54%); 6) desenvolvimento gestacional/parto (9%); 7) pós-parto (5%); 8) indicações/pedidos práticos (32%). O Estudo 2 apontou que as participantes têm idade média de 31,86 anos, 88,6% possui graduação completa, a maioria mora com companheiro, exerce atividade profissional remunerada e tem renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos (48%). Os principais interesses estão nos temas relacionados à saúde e cuidados com bebê. A maioria indica que lê as postagens com mais frequência do que expõem suas dúvidas. Grande parte percebe o grupo online como uma ajuda importante no exercício da sua maternidade. A escala de apoio social (presencial) apresenta escores maiores do que a escala de apoio social online com diferença em todas as dimensões. A escala de apoio social online aponta que as dimensões apoio informacional e emocional apresentam escores maiores, revelando que a troca de informações e o encorajamento em momentos difíceis da vida parecem ser os mais relevantes, apontando, principalmente, que há diferença significativa entre a dimensão emocional e as demais dimensões da escala. Resumindo, o grupo de suporte online se mostrou uma importante ferramenta para compartilhar informações entre mulheres que estão passando pelo mesmo momento do ciclo vital, e o suporte online um instrumento relevante ao suporte à parentalidade, prestando-se a um serviço que não poderia ser imaginado décadas atrás. Novos estudos poderão aprofundar e ampliar os resultados desta investigação

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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma desordem neurocomportamental caracterizada por graus variados de desatenção, atividade motora excessiva e impulsividade. Sua etiologia não é completamente conhecida, porém, um grande número de evidências sugere que, além de fatores de risco genéticos, a exposição gestacional ao etanol e a altas doses de cafeína contribuem para a manifestação deste transtorno. O etanol, presente na composição de bebidas alcoólicas, e a cafeína, presente na composição de diversas bebidas (refrigerantes, chás, café, e energéticos), alimentos derivados do cacau e medicamentos estão entre as substâncias neuroativas mais consumidas no mundo. Apesar das evidências epidemiológicas do uso combinado de cafeína e etanol por gestantes, as interações entre estas substâncias têm recebido pouca atenção em estudos experimentais. Este fato é particularmente importante visto que alguns estudos apontam que cafeína é capaz de ampliar alguns aspectos importantes da ação de outras substâncias com potencial neurotóxico. Nesse estudo avaliamos os efeitos da co-exposição à cafeína e ao etanol durante o desenvolvimento na atividade locomotora em camundongos adolescentes. Para tanto, camundongos Suíços foram expostos do primeiro dia gestacional até o vigésimo primeiro dia pós-natal (PN21), a solução de cafeína 0,1g/L (Grupo CAF1, 10 ninhadas), a solução de cafeína 0,3g/L (Grupo CAF3, 10 ninhadas) ou tiveram acesso à água potável (Grupo CAF0, 10 ninhadas). Em dias alternados de PN2 a PN8, os animais de cada ninhada receberam uma injeção intraperitoneal de 0,25 l/g de etanol (grupo ETOH25), 0,5 l/g de etanol (grupo ETOH50) ou de solução salina (grupo ETOH0). Em PN30, a atividade locomotora foi avaliada por 15 minutos no teste de Campo Aberto. A análise dos níveis de etanol sérico, realizada em uma amostra independente de animais em PN8, indicou que, para as duas doses de etanol, a alcoolemia dos animais do grupo CAF3 foi significativamente maior do que as dos grupos CAF0 e CAF1, que não diferiram entre si. No teste de campo aberto, apenas os animais expostos ao etanol apresentaram aumento da atividade locomotora. Tanto o grupo ETOH25 quanto o grupo ETOH50 tiveram a atividade maior que o grupo ETOH0. A exposição à cafeína, por si só, não afetou a atividade locomotora dos animais nem potencializou os efeitos do etanol. No grupo CAF3, a atividade locomotora não foi afetada pela exposição ao etanol. Nossos dados confirmam o papel da exposição precoce ao etanol na manifestação da hiperatividade locomotora. Além disso, a exposição à cafeína durante o desenvolvimento pode exercer um papel protetor para a manifestação da hiperatividade locomotora induzida pela exposição precoce ao etanol.

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A partir da constatação do aumento do uso de crack por gestantes no âmbito da assistência materno-infantil, esta dissertação propõe problematizar a decisão de separar mãe usuária de droga e seu filho, efetuada no campo jurídico. Apresentamos dois fragmentos de histórias colhidas no dispositivo de conversação no laboratório do CIEN. O estudo foi iniciado pelo exame das posições de filiação reservadas à criança, no discurso analítico, reconhecidas como objeto fálico e como objeto condensador de gozo. A pesquisa interroga ainda se a solução freudiana pela via da maternidade, como uma saída fálica, responde à questão do desejo na mulher. Ao percorrer a elaboração de Lacan sobre o gozo feminino e as fórmulas da sexuação, verificamos aquilo que vigora para as mães-no-crack, localizado mais além do Édipo, na vertente da devastação. Ao examinar o que está implicado no uso de drogas pelos sujeitos, verifica-se que o recurso ao crack denuncia a degradação do Nome-do-pai e apresenta um modo de gozo autoerótico que exclui a dimensão do Outro, do inconsciente e do desejo; configurando-se como um modo de resposta fora do sintoma, que se aproxima da noção devastação. O lugar que a criança pode encontrar junto à mãe usuária de drogas necessita ser respondida no caso a caso, respeitando o mandamento ético caro ao saber da psicanálise

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Esta tese discute o impacto do Diagnóstico de Malformação fetal na experiência das gestantes usuárias do SUS na Bahia, destacando as noções de dia-gnosis e pro-gnosis desenvolvidas por Gross e Shuval (2008) de forma associada à medicina do risco no encontro médico-paciente. Destaca o discurso biomédico na formatação diagnóstica, as diferentes percepções de risco e o forte engajamento das usuárias frente às tecnologias pré-natais e intervenções cirúrgicas neonatais, caucionado na esperança de que o avanço da ciência seja capaz de reverter ou abrandar a condição do seu feto/bebê. È diante da responsabilização da mulher por não ter produzido um feto/bebê saudável, mas um feto/bebê malformado, que se observa a prevalência de normas culturais e de gênero que conferem à maternidade um lugar de autossacrificio, de dedicação e criação dos filhos, como também status social O espaço pré-natal é marcado pela ausência de discussão a respeito do prognóstico de tais condições, com a consequente busca pelas gestantes do conhecimento por meio da internet, da opinião do marido e da crença religiosa que servem de alicerce para lidar com a antecipação da deficiência. As gestantes acreditam ser este um desígnio de Deus, uma espécie de provação e uma prova de amor incondicional ao futuro filho com deficiência (que poderá ou não sobreviver). A maioria das gestantes, 20 entrevistadas, prefere, contudo, ter um filho com deficiência do que sofrer sua perda. Em outra vertente, a tese analisa a forma como se organiza o sistema de saúde quanto à detecção de uma malformação congênita, apontando a precariedade da rede de atenção básica quanto à qualificação dos profissionais e o devido encaminhamento referente ao serviço especializado. A tecnologia de visualização o ultrassom obstétrico é a primordial ferramenta para detecção de alguma alteração fetal, porém somente ocorre o esclarecimento do diagnóstico de malformação fetal no serviço público de referência em medicina fetal em Salvador, Bahia. Destaca-se a falta de uma política pública do Ministério da Saúde que norteie o desenvolvimento da medicina fetal no Brasil, haja vista os diferentes impactos diante das tecnologias de inovação em saúde que geram vulnerabilidades e desigualdades sociais. Enfatiza-se a necessidade de uma revisão quanto à regulamentação do uso do ultrassom obstétrico que impeça o uso abusivo ou sua omissão diante dos crescentes casos de anomalias congênitas.

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Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa para obtenção do grau de Licenciado em Medicina Dentária

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O selénio (Se) é um micronutriente essencial para o crescimento, desenvolvimento e normal metabolismo dos animais, incluindo o ser humano. É parte integrante de um conjunto de proteínas, as selenoproteínas, com ação antioxidante (protegendo as membranas celulares contra danos dos radicais livres), envolvidas no metabolismo das hormonas da tiróide, na regulação do crescimento e viabilidade celular, nas funções do sistema imune e na reprodução. É introduzido na dieta alimentar (principalmente nas formas de selenometionina e selenocisteína) através das plantas, e de produtos que delas derivam, que assimilam os compostos de selénio presentes no solo. Uma vez que a quantidade de selénio existente nos solos é muito variável, o teor nos alimentos vai depender da sua origem geográfica e, por consequência, a ingestão de selénio varia entre regiões e países. Baixos níveis de selénio estão associados a um declínio na função imune e problemas cognitivos. A deficiência de Se pode também ocasionar problemas musculares e cardiomiopatia. Concentrações reduzidas foram observadas em indíviduos com crises epiléticas e também em casos de pré-eclampsia. A deficiência de selénio pode também desenvolver-se durante a nutrição parenteral. Atualmente, a Dose Diária Recomendada (DDR) é de 55 μg/dia para homens e mulheres adultos e saudáveis. No entanto, existem evidências clínicas de que a ingestão em doses superiores (200-300 μg/dia) pode ter um papel benéfico na prevenção de alguns tipos de cancro e doenças cardiovasculares, na melhoria da resposta imunológica, como neuroprotetor e na fertilidade. O Se desempenha um papel importante na fertilidade masculina, sendo necessário na biossíntese da testosterona e na formação e normal desenvolvimento dos espermatozóides. Em mulheres grávidas o Se, ajuda a prevenir complicações antes e durante o parto e promove o normal desenvolvimento do feto. Como antioxidante o selénio vai combater os danos provocados pelos radicais livres, impedindo que estes exerçam o seu papel prejudicial no organismo. Sendo o sistema imunológico muito suscetível aos danos provocados pelo stress oxidativo, o Se vai exercer efeitos benéficos combatendo os danos por ele causados. Relativamente à capacidade viral, não é possível saber com exatidão qual a quantidade de Se necessária ou concentração ideal no plasma para evitar a ocorrência e desenvolvimento de infeções virais. No entanto, sabe-se que tem um efeito benéfico em pacientes HIV positivos e em indivíduos infetados com o vírus da hepatite (B ou C) contra a progressão para o neoplasia de fígado. Em teoria, a nível cardiovascular, este elemento pode exercer um efeito protetor, embora alguns estudos epidemiológicos não tenham mostrado uma associação clara entre o risco cardiovascular e os níveis selénio. A nível cerebral o Se vai atuar como neuroprotetor, prevenindo o aparecimento de patologias como demência e doença de Alzheimer. Apesar destes indicadores, a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, regista uma deficiente ingestão de selénio por parte da população. A suplementação poderá constituir uma opção para garantir os níveis nutricionais recomendados e/ou ser utilizada com o objetivo de prevenir algumas doenças e o envelhecimento. No entanto o selénio pode também ser tóxico se ingerido em excesso, estando a dose máxima admissível fixada em 400 μg/dia. A intoxicação por selénio é chamada selenose e os sintomas comuns incluem: hálito a alho, distúrbios gastrointestinais, perda de cabelo, descamação das unhas, danos neurológicos e fadiga. Assim, atualmente acredita-se que enquanto indivíduos com baixo nível de Se podem obter benefícios da suplementação, esta pode ser prejudicial aqueles com valores normais ou elevados.

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Venous thromboembolism (VTE) remains the leading cause of maternal mortality. Reports identified further research is required in obese and women post caesarean section (CS). Risk factors for VTE during pregnancy are periodically absent indicating the need for a simple and effective screening tool for pregnancy. Perturbation of the uteroplacental haemostasis has been implicated in placenta mediated pregnancy complications. This thesis had 4 main aims: 1) To investigate anticoagulant effects following a fixed thromboprophylaxis dose in healthy women post elective CS. 2) To evaluate the calibrated automated thrombogram (CAT) assay as a potential predictive tool for thrombosis in pregnancy. 3) To compare the anticoagulant effects of fixed versus weight adjusted thromboprophylaxis dose in morbidly obese pregnant women. 4) To investigate the LMWH effects on human haemostatic gene and antigen expression in placentae and plasma from the uteroplacental , maternal and fetal circulation. Tissue factor pathway inhibitor (TFPI), thrombin antithrombin (TAT), CAT and anti-Xa levels were analysed. Real-time PCR and ELISA were used to quantify mRNA and protein expression of TFPI and TF in placental tissue. In women post CS, anti-Xa levels do not reflect the full anticoagulant effects of LMWH. LMWH thromboprophylaxis in this healthy cohort of patients appears to have a sustained effect in reducing excess thrombin production post elective CS. The results of this study suggest that predicting VTE in pregnant women using CAT assay is not possible at present time. The prothrombotic state in pregnant morbidly obese women was substantially attenuated by weight adjusted but not at fixed LMWH doses. LMWH may be effective in reducing in- vivo thrombin production in the uteroplacental circulation of thrombophilic women. All these results collectively suggest that at appropriate dosage, LMWH is effective in attenuating excess thrombin generation, in low risk pregnant women post caesarean section or moderate to high risk pregnant women who are morbidly obese or tested positive for thrombophilia. The results of the studies provided data to inform evidence-based practice to improve the outcome for pregnant women at risk of thrombosis.

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Vitamin D deficiency during pregnancy, lactation, and early infancy has been widely reported. Current understanding of vitamin D metabolism during pregnancy and lactation is incomplete, and to date, experimental data to support vitamin D requirements for these life stages are scarce. There is a shortage of nationally representative data and appropriate reference ranges for serum 25-hydroxyvitamin D (25OHD) during pregnancy, lactation and infancy, including in umbilical cord blood. This thesis described concentrations of total 25OHD and individual metabolites including 25OHD3, 25OHD2, and 3-epi-25OHD3 at 15 weeks’ gestation in a large seasonally balanced pregnancy cohort study (n 1768), carried out in Cork, Ireland (52oN). The prevalence of low 25OHD concentrations in pregnant women was higher than published reports in other Caucasian women, and was highest among non-users of vitamin D-containing supplements during winter. A longitudinal pregnancy study was included which suggested gestational stages had an impact on the total serum 25OHD concentration. This thesis incorporated a randomized controlled trial carried out among 100 women across 3 intervention groups using 20 μg/day of vitamin D3 with or without 500 mg calcium, or placebo, over 12-weeks of lactation to investigate the vitamin D requirement for lactating mothers and the vitamin D content of human milk. A daily intake of 25 μg/day was suggested to meet the requirement of lactating women to maintain a 25OHD levels above 50 nmol/L in 97.5% of the population at 52oN all year around. However, vitamin D content in human milk did not increase in response to supplementation. Serum 25OHD concentration has been used as a predictor of a number of health outcomes. This thesis reported large differences in serum 25OHD concentrations using different methods in 86 umbilical cord samples. The need for international standardization of serum 25OHD measurements was re-emphasized in this thesis.

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Background: On-going surveillance of behaviours during pregnancy is an important but overlooked population health activity that is particularly lacking in Ireland. Few, if any, nationally representative estimates of most maternal behaviours and experiences are available. While on-going surveillance of maternal behaviours has not been a priority thus far in European countries including Ireland, on-going surveillance was identified as a key priority in the United States (US) during the 1980’s when the Pregnancy Risk Assessment Monitoring System (PRAMS), was established. Today, PRAMS is the only surveillance programme of maternal behaviours and experiences world-wide. Although on-going prevalence estimates are required in Ireland, studies which examine the offspring health effects of maternal behaviours are also required, since various questions regarding maternal exposures and their offspring health effects remain unanswered. Gestational alcohol consumption is one such important maternal exposure which is common in pregnancy, though its offspring health effects are unclear, particularly at lower or moderate levels. Thus, guidelines internationally have not reached consensus on safe alcohol recommendations for pregnant women. The aims of this thesis are to implement the PRAMS in Ireland (PRAMS Ireland), to describe the prevalence of health behaviours around the time of pregnancy in Ireland and to examine the effect of health behaviours on pregnancy and child outcomes (specifically the relationship between alcohol use during pregnancy and infant and child growth). Structure: In Chapter 1, a brief background and rationale for the work, as well as the thesis aims and objective is provided. A detailed description of the design and implementation of PRAMS Ireland is described in Chapter 2. Chapter 3 and Chapter 4 describe the methodological results of the implementation of the PRAMS Ireland pilot study and PRAMS Ireland main study. In Chapter 5, a comparison of alcohol prevalence in two Irish studies (PRAMS Ireland and Growing up in Ireland (GUI)) and one multi-centre prospective cohort study, Screening for Pregnancy Endpoints (SCOPE) Study is detailed. Chapter 6 describes findings on adherence to National Clinical Guidelines on health behaviours and nutrition around the time of pregnancy in PRAMS Ireland. Findings on exposure to alcohol use in pregnancy and infant growth outcomes are described in Chapter 7 and Chapter 8. The results of analysis conducted to examine the impact of gestational alcohol use on offspring growth trajectories to age ten are described in Chapter 9. Finally, a discussion of the findings, strengths and limitations of the thesis, direction for future research, policy, practice and public health implications are discussed in Chapter 10.Results: Implementation of PRAMS: PRAMS may be an effective system for the surveillance of health behaviours around the time of pregnancy in the Irish context. PRAMS Ireland had high response rates (67% and 61% response rates in the pilot and main study respectively), high item completion rates and valid prevalence estimates for many health behaviours. Examining prevalence of health behaviours: We found high levels of alcohol consumption before and during pregnancy, poor adherence to healthy diets and high levels of smoking before and during pregnancy among women in Ireland. Socially disadvantaged women had higher rates of deleterious health behaviours before pregnancy, although women with the most deleterious behaviour profiles before pregnancy appeared to experience the greatest gain in protective health behaviours during pregnancy. The impact of alcohol use on infant and offspring growth: We found that low and moderate levels of alcohol use did not impact on birth outcomes or offspring growth whereas heavy alcohol consumption resulted in reduced birth length and birth weight; however, this finding was not consistently observed across all studies. Selection, reporting and confounding biases which are common in observational research could be masking harmful effects. Conclusion: PRAMS is a valid and feasible method of surveillance of health behaviours around the time of pregnancy in Ireland. A surveillance program of maternal behaviours and experiences is immediately warranted due to high levels of deleterious health behaviours around the time of pregnancy in Ireland. Although our results do not indicate any evidence of harm, given the quality of evidence available, abstinence and advice of abstinence from alcohol may be the most prudent choice for patients and healthcare professionals respectively. Further studies of the effects of gestational alcohol use are required; particularly those which can reduce selection bias, reporting bias and confounding.

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Prenatal well-being can have significant effects on the mother and developing foetus. Positive psychological interventions, including gratitude and mindfulness, consistently demonstrate benefits for well-being in diverse populations. No research has been conducted on gratitude during pregnancy; the few studies of prenatal mindfulness interventions have demonstrated well-being benefits. The current study examined the effects of gratitude and mindfulness interventions on prenatal maternal well-being, cortisol and birth outcomes. Five studies were conducted. Study 1 was a systematic review of mindfulness intervention effects on cortisol; this highlighted potential benefits of mindfulness but the need for rigorous protocols in future research. In Study 2 a gratitude and a mindfulness intervention were developed and evaluated; findings indicate usefulness of two 3 week interventions. Study 3 examined the effects of these interventions in a randomised controlled trial (RCT) of non-pregnant women, before examining a pregnant group. No significant intervention effects were found in this study, potentially due to insufficient power and poor protocol adherence. Changes in expected directions were observed for most outcomes and the potential utility of a combined gratitude and mindfulness intervention was noted. In Study 4 a gratitude during pregnancy (GDP) scale was developed and the reliability of an existing mindfulness measure (MAAS) was examined in a pregnant group. Both scales were found to be suitable and reliable measures in pregnancy. Study 5 incorporated the findings of the previous four studies to examine of the effect of a combined mindfulness and gratitude intervention with a group of pregnant women. Forty-six participants took part in a 5-week RCT that examined intervention effects on prenatal gratitude, mindfulness, happiness, satisfaction with life, social support, prenatal stress, depression and sleep. Findings indicated that the intervention improved sleep quality and that effects for prenatal distress were approaching significance. Issues of attrition and non-compliance to study protocols were problematic and are discussed. In summary, the current thesis highlights the need for robust measurement, and intervention and cortisol sampling protocols in future research, particularly with pregnant groups. Findings also demonstrate tentative benefits of a gratitude and mindfulness intervention during pregnancy.

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Cryptococcosis is a global invasive mycosis associated with significant morbidity and mortality. These guidelines for its management have been built on the previous Infectious Diseases Society of America guidelines from 2000 and include new sections. There is a discussion of the management of cryptococcal meningoencephalitis in 3 risk groups: (1) human immunodeficiency virus (HIV)-infected individuals, (2) organ transplant recipients, and (3) non-HIV-infected and nontransplant hosts. There are specific recommendations for other unique risk populations, such as children, pregnant women, persons in resource-limited environments, and those with Cryptococcus gattii infection. Recommendations for management also include other sites of infection, including strategies for pulmonary cryptococcosis. Emphasis has been placed on potential complications in management of cryptococcal infection, including increased intracranial pressure, immune reconstitution inflammatory syndrome (IRIS), drug resistance, and cryptococcomas. Three key management principles have been articulated: (1) induction therapy for meningoencephalitis using fungicidal regimens, such as a polyene and flucytosine, followed by suppressive regimens using fluconazole; (2) importance of early recognition and treatment of increased intracranial pressure and/or IRIS; and (3) the use of lipid formulations of amphotericin B regimens in patients with renal impairment. Cryptococcosis remains a challenging management issue, with little new drug development or recent definitive studies. However, if the diagnosis is made early, if clinicians adhere to the basic principles of these guidelines, and if the underlying disease is controlled, then cryptococcosis can be managed successfully in the vast majority of patients.

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Insecticide-treated nets (ITNs) are one of the most important and cost-effective tools for malaria control. Maximizing individual and community benefit from ITNs requires high population-based coverage. Several mechanisms are used to distribute ITNs, including health facility-based targeted distribution to high-risk groups; community-based mass distribution; social marketing with or without private sector subsidies; and integrating ITN delivery with other public health interventions. The objective of this analysis is to describe bednet coverage in a district in western Kenya where the primary mechanism for distribution is to pregnant women and infants who attend antenatal and immunization clinics. We use data from a population-based census to examine the extent of, and factors correlated with, ownership of bednets. We use both multivariable logistic regression and spatial techniques to explore the relationship between household bednet ownership and sociodemographic and geographic variables. We show that only 21% of households own any bednets, far lower than the national average, and that ownership is not significantly higher amongst pregnant women attending antenatal clinic. We also show that coverage is spatially heterogeneous with less than 2% of the population residing in zones with adequate coverage to experience indirect effects of ITN protection.