784 resultados para FROTIS VAGINAL
Resumo:
A presente pesquisa sobre o gozo na clínica com mulheres devastadas teve como foco o lugar ocupado pelo gozo em seu aspecto mortífero, de excesso e falta de medida, que se manifesta no âmbito das parcerias amorosas. Partindo das experiências relatadas por algumas analisandas, que as descrevem como "sair do corpo", "ficar louca", "descontrolada" ou "fora de si", e das formulações psicanalíticas a respeito do gozo feminino, buscou-se discutir a questão a partir dos referenciais propostos por Freud e Lacan no que diz respeito à constituição da feminilidade e do feminino, tais como a catástrofe e a devastação na ligação com a mãe e com o parceiro, a forma erotomaníaca de amar, além das duas formas de gozo nas mulheres. Entre os temas abordados nesta dissertação destacam-se as operações da castração e do Complexo de Édipo, juntamente com o seu elemento central, o falo, que permitem trazer à discussão algumas consequências para as mulheres, sobretudo as posições implicadas, a saber: o falo e a mascarada. O conceito de gozo é examinado através de três ser mascarada articulações principais. Primeiramente, a tentativa de Freud, que parece a mais antiga na psicanálise, de circunscrever um gozo propriamente feminino, ligado à satisfação da pulsão pela via da zona vaginal; em segundo lugar, o pensamento de Lacan em Diretrizes para um congresso sobre a sexualidade feminina (1958), em que ele recupera a questão freudiana do congresso sobre a sexualidade feminina gozo feminino, e posteriormente no Seminário 7:a ética da psicanálise (1959-1960), desenvolvido durante o período de preparação para o referido congresso, no qual Lacan eleva o gozo ao estatuto de conceito. Como desdobramento, encontram-se algumas articulações clínicas acerca do gozo devastador nos relacionamentos amorosos, tomando como referência a personagem da Erwartung, op. 17 , de Arnold Schoenberg e as mulheres que encontramos no dia a dia da clínica.
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A presente pesquisa aborda a temática da assistência ao parto hospitalar na Região Médio-Paraíba, considerando a política pública de humanização do parto e nascimento A medicalização do parto e nascimento vem ocorrendo em todo o mundo. Mesmo em países desenvolvidos, a grande maioria dos partos vaginais e de baixo risco ainda é conduzida com práticas intervencionistas sem evidências científicas de sua eficácia. Em contraposição a este modelo assistencial implantou-se a política de humanização do parto e nascimento. A enfermeira obstétrica tem sido elemento importante para a consolidação do uso de práticas consideradas humanizadas na assistência ao parto de baixo risco em ambiente hospitalar. O objeto deste estudo foi o emprego de tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem em partos acompanhados por enfermeiras obstétricas na Associação de Proteção a Maternidade e à Infância de Resende/RJ (APMIR). Os objetivos foram: identificar as tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica (TNICE) usualmente empregadas por enfermeiras obstétricas no cuidado a parturientes; discutir o emprego dessas TNICE por enfermeiras obstétricas no cuidado a parturientes sob a perspectiva da humanização do parto e nascimento; caracterizar o processo de implementação das TNICE na assistência ao parto na maternidade. Trata-se de pesquisa descritiva, quantitativa desenvolvida em uma maternidade filantrópica da região sul-fluminense que pertence ao Médio-Paraíba, na qual enfermeiras obstétricas estão incluídas na equipe de acompanhamento do parto. Foram analisados os registros correspondentes aos partos acompanhados por enfermeiras obstétricas compreendendo o período de Novembro de 2012 à Julho de 2013. Houve registro de 84 partos neste período. Os dados foram obtidos através de Livro de Registros de Parto do serviço. Os registros foram feitos em formulário próprio implantado a partir da pesquisa. O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Barra Mansa, tendo sido aprovado segundo parecer número 347.254 de 30/07/2013. Os dados foram analisados por procedimentos estatísticos descritivos. Os resultados apontaram que a atuação da enfermeira obstétrica no cuidado à mulher em trabalho de parto caracteriza-se por medidas que promovem a autonomia da mulher no cenário onde ela é protagonista marcando assim a forte presença dessas profissionais neste cenário onde a existência de práticas intervencionistas é significante e muito presente. O estudo concluiu que o cuidado de enfermagem obstétrica pautado sobre as tecnologias não invasivas de cuidado favorece uma assistência humanizada ao parto. Acredita-se que para um cuidado no transcorrer fisiológico do parto é necessário estabelecer uma relação de intimidade, de interação e de empatia com cada mulher dentro do seu contexto, dando a ela encorajamento para tomar posse daquilo que compete somente a ela.
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O objetivo deste trabalho é estudar a incidência, a estrutura dos apêndices testiculares (AT) em pacientes com criptorquia, comparando a sua incidência com as anomalias epididimárias e a patência do processo vaginal. Estudamos 55 pacientes (72 testículos) portadores de criptorquia e 8 testículos como controle (6 hidroceles e 2 torções). Analisamos as relações entre o testículo e o epidídimo, a patência do processo vaginal e a incidência e histologia dos ATs. Fibras musculares lisas (SMC), tecido conectivo (CT) e fibras do sistema elástico (ESF) foram estudados por métodos imuno-histoquímicos. Dos 72 testículos com criptorquia 20 (27.77%) apresentavam anomalias epididimárias, 41(56.9%) tinham processo vaginal patente e 44 (61.1%) tinham apêndices testiculares. Dos 44 testículos portadores de criptorquia com apêndices, 30 (68.18%) apresentavam o processo vaginal patente e 11 (25%) apresentavam anomalias epididimárias. O epitélio não apresentou alteração aparente nos apêndices de pacientes com criptorquia e no grupo controle. Análise estereológica documentou a prevalência de ESF (média de 1.48%); prevalência de vasos (média de 10,11%) e uma diminuição (p=0.14) da SMC nos AT de pacientes com criptorquia (média = 4.93%). O colágeno III prevaleceu nos AT de pacientes com criptorquia. Não houve alteração na incidência de anomalias anatômicas associadas aos testículos portadores de AT. Os apêndices testiculares apresentaram uma alteração estrutural significativa nos pacientes com criptorquia, o que indica que os AT apresentam uma remodelação estrutural significativa nos pacientes com criptorquia.
Resumo:
246 p.
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A menopausa, fenômeno fisiológico que ocorre em todas as mulheres, em média, aos 51 anos, é acompanhada em cerca de 80% dos casos de sintomas como fogachos, secura vaginal, irritabilidade e insônia, que interferem na qualidade de vida e na produtividade socioeconômica das mulheres, além de predispô-las a doenças crônico-degenerativas, como arteriosclerose, obesidade e distúrbios cardiovasculares. A terapia de reposição hormonal à base de estrógenos, que visa reduzir os incômodos da menopausa, está associada ao aumento do risco de câncer de mama e do endométrio, como foi demonstrado em estudos científicos. Considerando que as mulheres orientais, consumidoras de soja, apresentam doenças crônico-degenerativas e câncer em taxas inferiores às dos países ocidentais, as isoflavonas da soja têm sido testadas em estudos clínicos e experimentais, porém com obtenção de dados até contraditórios. O presente estudo investigou o efeito da administração crônica de isoflavonas de soja no útero, mamas e tecidos adiposo e ósseo de ratas ovariectomizadas. Quarenta ratas Wistar adultas foram distribuídas em quatro grupos experimentais: a) ovariectomizadas: grupo ISO, recebendo isoflavonas de soja (100mg/kg/dia/v.o.); b) ovariectomizadas: grupo BE, recebendo benzoato de estradiol (10g/kg/dia/s.c.); c) ovariectomizadas: grupo OVX, recebendo salina (0,1ml/100g/dia/v.o.); d) controles: grupo FO, recebendo salina (0,1ml/100g/dia/v.o.). Antes e durante os 90 dias de tratamento, foram analisados os esfregaços vaginais, para acompanhamento do ciclo estral, determinação do peso corporal e do consumo de ração semanal. Após esse período, os animais foram anestesiados e o sangue coletado para análise de estradiol e progesterona séricos, por radioimunoensaio; e lipidograma e glicose, por espectrofotometria. Posteriormente, os animais foram sacrificados e necropsiados, coletando-se o útero, mamas, gordura intra-abdominal e fêmur para macroscopia e pesagem. Os tecidos selecionados para o estudo foram corados em HE, analisados por microscopia óptica e histomorfometria, visando investigar alterações do crescimento celular (software V.S NIH Image-J; imagens digitais-optronicos CCD). No grupo tratado com isoflavonas, o peso corporal diminuiu em relação OVX, no qual ocorreu aumento de peso em comparação aos animais falso-operados. O exame macroscópico revelou que o útero diminuiu de peso nas ratas do grupo ISO, semelhante às do OVX. Além disso, a histopatologia das glândulas endometriais não mostrou alterações entre os grupos ISO e OVX. Contudo, o grupo BE apresentou proliferação glandular, pseudoestratificação epitelial, frequentes mitoses típicas, metaplasia escamosa, infiltrado eosinofílico e hidrométrio. A concentração de estradiol no grupo ISO foi semelhante à do OVX. Porém, no grupo BE, o estradiol e o peso uterino apresentaram-se aumentados em relação ao OVX. Não foram observadas diferenças na histomorfometria mamária entre os grupos. Houve redução no peso do tecido adiposo abdominal no grupo ISO, comparado com o OVX, sem identificação de alterações morfológicas significativas, apenas hipotrofia celular, confirmada pela histomorfometria. Apesar de não ter havido diferenças na concentração de glicose, colesterol total e triglicerídeos, entre os grupos, o colesterol-HDL apresentou aumento no grupo ISO. Não houve diferença na densitometria do fêmur entre os grupos avaliados. Esses resultados indicam que o tratamento crônico com isoflavonas de soja, na dose testada, não induz mudanças significativas no útero, mamas e tecidos adiposo e ósseo, sugerindo segurança no tratamento, sem risco para o desenvolvimento de câncer.
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O câncer do colo do útero corresponde a cerca de 15% de todos os tipos de câncer em mulheres, no mundo. No Brasil, em 2002, o câncer de colo do útero foi responsável por 7,1% de todas as mortes por câncer em mulheres, ocupando a quarta posição entre os demais. Para o mesmo ano, a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero ajustada por idade, pela população padrão mundial, foi de 5,03/100.000. Já as taxas de incidência ajustadas por idade variaram entre 14,3 por 100.000 mulheres em Salvador e 50,7 por 100.000 mulheres no Distrito Federal, para o período compreendido entre 1991 e 2001. O câncer do colo do útero inicia-se a partir de uma lesão pré-invasiva, curável em até 100% dos casos, que geralmente progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, quando não impossível. A abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento por meio do exame preventivo de Papanicolaou. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados à não realização do exame de Papanicolaou em mulheres de 25 a 59 anos nos três anos anteriores à pesquisa, nos municípios de Fortaleza e Rio de Janeiro. Para cada localidade foi utilizado o delineamento transversal, de base populacional com amostragem por conglomerados com dois estágios de seleção e auto-ponderada. Os dados foram analisados por regressão de Poisson obedecendo a um modelo hierárquico previamente determinado. O percentual de mulheres não submetidas ao exame de Papanicolaou nos três anos anteriores à pesquisa, em Fortaleza e no Rio de Janeiro, foi de 19,1% (IC95%: 16,1-22,1) e 16,5% (IC95%: 14,1-18,9), respectivamente. Mulheres de baixa escolaridade, de menor renda per capita, de maior idade, não casadas, não submetidas a mamografia, ao exame clínico das mamas, aos exames de glicemia e colesterolemia foram as que apresentaram as maiores de razões de prevalências para a não realização do exame de Papanicolaou, em ambas as localidades. As fumantes foram menos submetidas ao exame em relação às demais mulheres, sendo essa diferença estatisticamente significativa somente no Rio de Janeiro. Finalmente, as informações aqui apresentadas apontam para a necessidade de intervenção em um grupo específico de mulheres. Deve-se priorizar atividades de educação para o diagnóstico precoce e rastreamento em mulheres sintomáticas e assintomáticas, respectivamente, além da garantia de acesso aos métodos de diagnóstico e tratamento adequados.
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Estudo cujo objeto foi o emprego de tecnologias não-invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica (TNICEO) por enfermeiras obstétricas durante o acompanhamento do trabalho de parto e parto, e suas repercussões sobre a vitalidade do recém-nascido. A tese é: a disponibilização de TNICEO pelas enfermeiras obstétricas na atenção ao trabalho de parto, parto e nascimento está associada a recém-natos com índice de Apgar (IA) >8, quando comparado com o índice de Apgar de recém-nascidos cujas mães não puderam optar pelo uso destas tecnologias. Objetivou: a) descrever as características obstétricas das mulheres e de seu trabalho de parto e parto acompanhados por enfermeiras obstétricas; b) descrever as TNICEO disponibilizadas pelas enfermeiras obstétricas no cuidado à parturiente; c) medir e comparar a associação entre o IA de primeiro e quinto minutos de vida dos recém-nascidos cujas mães fizeram uso das TNICEO com: o IA do primeiro e quinto minutos de vida dos recém-nascidos cujas mães foram submetidas ao tratamento tradicional (intervenções); o IA do primeiro e quinto minutos de vida dos recém-nascidos cujas mães utilizaram tanto TNICEO e assistência tradicional (AT); o IA do primeiro e quinto minutos de vida dos recém-nascidos cujas mães e não foram submetidas a nenhum tipo de assistência (TNICEO ou AT) durante o trabalho de parto. Tratou-se de estudo observacional descritivo, transversal, retrospectivo. Realizado em Hospital Maternidade Municipal localizado na zona norte do Município do Rio de Janeiro. A amostra foi 6.790 parturientes, que tiveram parto vaginal acompanhado por enfermeiras obstétricas, entre setembro/2004 e dezembro/2011. A fonte de informações foi o Livro de Registros de Partos (LRP) da maternidade. Os resultados evidenciaram que: 91,9% utilizaram um ou mais recurso relacionado às TNICEO e 60,2% foram submetidas a uma ou mais intervenção da AT. Quanto ao IA no 1 e no 5 minuto de vida, com relação às variáveis relacionadas aos tipos de assistência que utilizaram, constatou-se que os neonatos cujas mães durante o trabalho de parto e parto utilizaram algum tipo de TNICEO apresentaram percentuais mais elevados de IA > 8, tanto no 1 minuto (93,4%) como no 5 minuto de vida (99,0%). Em contrapartida os neonatos cujas mães foram submetidas a algum procedimento relacionado à AT apresentaram os menores percentuais de IA (82,8%) no 1 minuto e (94,7%) no 5 minuto de vida. Confirmando a tese proposta, conclui-se que a razão de chance do IA ser > 8 no primeiro minuto de vida é aumentada (OR 4,564; IC95%: 1,887 11,038; p valor 0,0008) a favor do grupo de mulheres que utilizaram apenas as TNICEO durante TP e/ou P, comparado ao grupo de mulheres submetidas às intervenções da AT. Referente ao quinto minuto de vida, a razão de chance de um recém-nascido cuja mãe que teve seu TP e/ou P acompanhados pelas enfermeiras obstétricas e utilizaram as somente as TNICEO na assistência foi maior (OR = 4,927; IC95% 2,349 10,334 ; p valor 0,00020), quando comparado com o grupo de parturientes da AT.
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A menopausa e a hipertensão podem alterar o remodelamento cardiovascular, porém pouco se sabe sobre sua associação no remodelamento ventricular esquerdo e na aorta. As ratas foram separadas em quatro grupos com seis animais cada: grupo Sham, OVX (ratas ooforectomizadas), 2K1C (ratas com dois rins, um clipe), e grupo 2K1C+OVX com período experimental de 11 semanas. O ventrículo esquerdo (VE) e a aorta torácica foram removidos e analisados (microscopia de luz, imuno-histoquímica e estereologia). A citologia vaginal mostrou que os animais dos grupos Sham e 2K1C ciclaram normalmente, entretanto, os animais dos grupos OVX e OVK+2K1C permaneceram na fase do diestro ou proestro. Comparado ao grupo Sham, a pressão arterial aumentou 12% no grupo OVX e 35% maior nos grupos 2K1C e OVX+2K1C. A relação massa do VE/comprimento da tíbia e a área seccional média de cardiomiócitos aumentaram em todos os grupos com exceção do grupo Sham. A vascularização intramiocárdica foi reduzida cerca de 30% em relação ao grupo Sham, não havendo diferença significativa entre os grupos OVX, 2K1C e OVX+2K1C. O tecido conjuntivo cardíaco teve um aumento superior a 45% nos grupos 2K1C e OVX+2K1C comparados ao grupo Sham, sem diferença entre o os animais do grupo Sham e OVX. O número de núcleos de cardiomiócitos do VE foi gradualmente menor nos grupos OVX, 2K1C e OVX+2K1C, sem diferença entre os dois últimos grupos. Imuno-histoquímica positiva para receptor AT1 da Ang II nas células musculares lisas da túnica média da aorta foi observado em todos os grupos. Estes resultados indicam que a ooforectomia e a hipertensão renovascular agem aumentando a pressão arterial independentemente, com conseqüente remodelamento cardíaco adverso, com estímulo maior da hipertensão renovascular que da menopausa induzida cirurgicamente.
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A menopausa e a hipertensão podem alterar o remodelamento cardiovascular, porém pouco se sabe sobre sua associação no remodelamento ventricular esquerdo e na aorta. As ratas foram separadas em quatro grupos com seis animais cada: grupo Sham, OVX (ratas ooforectomizadas), 2K1C (ratas com dois rins, um clipe), e grupo 2K1C+OVX com período experimental de 11 semanas. O ventrículo esquerdo (VE) e a aorta torácica foram removidos e analisados (microscopia de luz, imuno-histoquímica e estereologia). A citologia vaginal mostrou que os animais dos grupos Sham e 2K1C ciclaram normalmente, entretanto, os animais dos grupos OVX e OVK+2K1C permaneceram na fase do diestro ou proestro. Comparado ao grupo Sham, a pressão arterial aumentou 12% no grupo OVX e 35% maior nos grupos 2K1C e OVX+2K1C. A relação massa do VE/comprimento da tíbia e a área seccional média de cardiomiócitos aumentaram em todos os grupos com exceção do grupo Sham. A vascularização intramiocárdica foi reduzida cerca de 30% em relação ao grupo Sham, não havendo diferença significativa entre os grupos OVX, 2K1C e OVX+2K1C. O tecido conjuntivo cardíaco teve um aumento superior a 45% nos grupos 2K1C e OVX+2K1C comparados ao grupo Sham, sem diferença entre o os animais do grupo Sham e OVX. O número de núcleos de cardiomiócitos do VE foi gradualmente menor nos grupos OVX, 2K1C e OVX+2K1C, sem diferença entre os dois últimos grupos. Imuno-histoquímica positiva para receptor AT1 da Ang II nas células musculares lisas da túnica média da aorta foi observado em todos os grupos. Estes resultados indicam que a ooforectomia e a hipertensão renovascular agem aumentando a pressão arterial independentemente, com conseqüente remodelamento cardíaco adverso, com estímulo maior da hipertensão renovascular que da menopausa induzida cirurgicamente.
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A estratégia saúde da família foi o modelo de escolha utilizado para a reorganização da atenção básica brasileira. No município do Rio de Janeiro sua implantação tem início em 1995 em passos lentos. A partir do ano de 2009, inicia-se um processo de implantação e expansão da ESF e a área de planejamento 5.3 é escolhida como área prioritária para essa expansão. Acredita-se que a expansão da ESF, o aumento da cobertura da população atendida e o aumento do acesso aos serviços de saúde, implicarão na melhoria da saúde da população e consequentemente impactarão positivamente nos indicadores de saúde. Este trabalho busca analisar os impactos da expansão da ESF em indicadores de saúde, na AP 5.3 do município do Rio de Janeiro, no período de 2009 a 2012. Tendo como objetivos específicos (1) descrever a expansão da cobertura da ESF entre os anos de 2009 e 2012 na AP 5.3; (2) analisar a evolução dos indicadores de saúde nesse mesmo período; (3) correlacionar os indicadores de saúde com o aumento de cobertura do saúde da família; e (4) comparar os dados encontrados na AP 5.3 com os do município do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais. Os indicadores de saúde selecionados para análise deste estudo foram escolhidos considerando elementos de estrutura e desempenho da ESF, assim como o estado de saúde da população, nas situações em que seria possível estabelecer relações entre ações da ESF e modificações no perfil de saúde. Os resultados encontrados em relação à evolução da expansão da cobertura da ESF na AP 5.3 evidenciou um aumentou que passou de 41% em agosto de 2010 para 98%, em junho de 2012, tendo atingido a meta de 100% em setembro de 2013. A produção ambulatorial, nessa região, aumentou em 130%. O percentual de nascidos vivos que realizaram 7 consultas pré-natais e mais, entre os anos de 2009 e 2012, aumentou em 3%. O percentual de nascidos vivos por partos cesáreos na AP 5.3 vem aumentando ao longo do período analisado. No entanto, nessa região mais de 50% dos partos realizados ainda são vaginais. O coeficiente de mortalidade infantil na AP 5.3, sofreu um decréscimo de 6,84%, no período de 2009 a 2012. Já o coeficiente de mortalidade neonatal, no mesmo período, apresentou um aumento de 16%. Enquanto o coeficiente de mortalidade pós-neonatal, nessa região, apresentou, do período de 2009 até o ano de 2012, uma redução de 33%. Os resultados encontrados neste estudo sugerem a contribuição positiva do programa na evolução de muitos dos indicadores de saúde da população. Todavia, algumas ações e serviços carecem de melhorias para garantir uma assistência integral e de maior qualidade aos usuários. Mais do que a ampliação do acesso, com aumento da cobertura é necessário garantir a qualidade da assistência.
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Sodium rutin sulfate (SRS) is a sulfated rutin modified from the natural flavonol glycoside rutin. Here, we investigated its in vitro anti-HIV and -HSV activities and its cytotoxic profile. Fifty percent inhibitory concentration (IC50) values of SRS against HIV-1 X4 virus IIIB, HIV-1 R5 isolates Ada-M and Ba-L were 2.3 +/- 0.2, 4.5 +/- 2.0 and 8.5 +/- 3.8 mu M with a selectivity index (SI) of 563, 575 and 329, respectively. Its IC50 against primary R5 HIV-1 isolate from Yunnan province in China was 13.1 +/- 5.5 mu M, with a Sl of 197. In contrast, unsulfated rutin had no activity against any of the HIV-1 isolates tested. Further study indicated that SRS blocked viral entry and virus-cell fusion likely through interacting with the HIV- I envelope glycoprotein. SRS also demonstrated some activity against human herpes simplex virus (HSV) with an IC50 of 88.3 +/- 0.1 mu M and a Sl of 30. The 50% cytotoxicity concentration (CC50) of SRS was >3.0 mM, as determined in human genital ME 180, HeLa and primary human foreskin fibroblast cells. Minimum inhibitory concentration of SRS for vaginal lactobacilli was >3.0 mM. These results collectively indicate that SRS represents a novel candidate for anti-HIV-1/HSV microbicide development. (C) 2007 Elsevier B.V. All rights reserved.
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树突状细胞(dendritic cells, DC)作为机体天然免疫和获得性免疫反应的桥梁和枢纽,发挥着重要的启动和调控作用。随着体外诱导方法的建立和生物学技术的进步,有关DC 的基础生物学研究得到了快速的发展,在诱导方法、个体发生及基因表达和调控等方面,涌现出很多新的、未解的关键问题。同时,随着对粘膜免疫机理研究的深入,DC 在粘膜生态环境中的功能和影响,渐已成为免疫学研究前沿领域中的热点和要点。在本研究中,为了确定DC 体外分化成熟的最短时程,同时为了研究DC 分化成熟相关的基因表达调控,我们建立了快速的DC 体外诱导方法,分析了体外快速诱导 DC 的mi/mRNA 表达谱。此外,在原始分离的女性生殖道共生乳酸杆菌的基础上,以THP-1作为DC 前体细胞的细胞系模型,开展了女性生殖道共生乳酸杆菌刺激活化 THP-1 的研究,希望能够为乳酸杆菌作为生殖道粘膜免疫疫苗的应用提供理论基础。首先,采用外周血单个核细胞(peripheral blood mononuclear cells, PBMC)来源的CD14+细胞为DC 前体,经过GM-CSF 和IL-4 的刺激,1-6 天后得到未成熟DC (immature dendritic cells, iDC),并经成熟因子(TNF-α, IL-1β, IL-6 与PGE2)诱导 1-2 天后,获得成熟DC(mature dendritic cells, mDC)。经过比较和分析,明确了完全分化和成熟各2 天,即“2+2”,为DC 诱导分化的最佳和最短时程,从而证实和建立了DC 体外快速诱导的体系和方法。该方法获得的iDC 与mDC,具有与传统的“6+2” 方法获得的DC 相同的形态与表型,而且,利用该方法获得的DC 总数高于“1+1”, “1+2”与“6+2”的方法,为DC 的生物学研究提供了基础数据。我们进而采用芯片技术,对体外快速分化成熟的DC 进行了mi/mRNA 表达谱分析,确定了DC 不同分化发育阶段特征性的mi/mRNA 表达差异。结果发现,与CD14+ 单核细胞即DC 前体相比,iDC 与mDC 之间具有更加相近的mi/mRNA 表达方式。 miRNA 表达谱分析则表明,不同的miRNA 表达与DC 的不同分化和发育阶段相关。而且,位于同一基因簇内的miRNA,呈现协同表达的情况。特别值得注意的是,本研究发现了在DC 的某些发育阶段特异表达的miRNA,它们在DC 发育过程中的功能,还未得到诠释,它们在DC 某些分化阶段的特异表达,提示了DC 各分化阶段的相关性与特异性。结合mRNA 表达谱分析,我们发现miRNA 的表达与其目的基因的表达在mRNA 水平呈现负相关的特性。同时,免疫相关mRNA 与miRNA 在DC 体外不同发育阶段的表达亦呈现差异,其中,miRNA(如hsa-miR-181a, hsa-miR-223, hsa-miR-155, hsa-miR-146, hsa-miR-106a 与hsa-miR-20a 等)与mRNA(如ALM1 等)参与了特定的与免疫相关的GO(Gene Ontology)与通路(Pathway),提示这些miRNA 与mRNA 可能通过不同的方式调节控制着DC 的体外诱导过程。在有关粘膜生态环境中DC 的分化、成熟及其功能影响的研究中,我们首先通过各种乳酸杆菌鉴定方法的综合应用,确定了6 种原始分离的女性生殖道主要共生乳酸杆菌:发酵乳酸杆菌(L.Fermentum)、约氏乳酸杆菌(L.Johnsonni)、卷曲乳酸杆菌(L.Crispatus)、革氏乳酸杆菌(L.Gasseri)、詹氏乳酸杆菌(L.Jensenii)与德氏乳酸杆菌(L.Delbrueckii )。其中,德氏乳酸杆菌(L.Delbrueckii)和发酵乳酸杆菌(L.Fermentum)具有较高的产H2O2 的能力。在此基础上,我们在与THP-1 的共同培养体系中,将乳酸杆菌对DC 前体的作用和影响进行了比较和研究。结果发现,L.Crispatus 在分离的各原始菌株中,具有最强的刺激THP-1 活化的能力,而且,在相同刺激比例下,L.Crispatus 活菌具有比死菌更强的免疫刺激能力,表现为明显上调THP-1 细胞表面标志CD40、CD80、CD86、 CD1a、CCR6 与CD324 的表达水平,同时可诱导活化THP-1 上调表达Th1 型细胞因子。通过FITC-Dextran 吞噬实验,我们发现,经过L.Crispatus 刺激的THP-1 细胞,其吞噬外来抗原的能力明显下降,但尚未检测到经过活化的THP-1 细胞刺激T 细胞增殖的能力。通过流式细胞术分析的方法,我们检测了TLR1、TLR2、TLR4 与TLR6 在不同的刺激分化阶段的表达水平,结果表明,THP-1 主要通过TLR2 与TLR6 识别女性生殖道L.Crispatus。综上所述,本研究首先通过对DC 体外分化成熟的最短时程的分析,确立了快速诱导DC 的最佳方法,进而利用芯片技术,研究了快速诱导DC 的mi/mRNA 表达谱,揭示了DC 体外分化发育过程中可能的调控途径,为进一步研究DC 的基础生物学提供了恰当的模型和具有指向性的线索。同时,通过与DC 前体THP-1 的共同培养体系,证实了生殖道共生乳酸杆菌的免疫调节作用,为以乳酸杆菌为载体的生殖道粘膜免疫疫苗的研究和应用提供了实验依据
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The gonadal steroids, in particular estradiol, exert an important action during perinatal period in the regulation of sexual dimorphism and neuronal plasticity, and in the growth and development of nervous system. Exposure of the developing female to estrogens during perinatal period may have long-lasting effects that are now regarded as “programming” the female neuroendocrine axis to malfunction in adulthood. The purpose of this study was to describe the effect of a single administration of a low dose (10 μg) of β-estradiol 3-benzoate (EB) to female rats on the day of birth on brain and plasma concentrations of the neuroactive steroid allopregnanolone, general behaviours and behavioral sensitivity to benzodiazepines. Neonatal administration of EB induces a dramatic reduction in the cerebrocortical and plasma levels of allopregnanolone and progesterone that were apparent in both juvenile (21 days) and adult (60 days). In contrast, this treatment did not affect 17β-estradiol levels. Female rats treated with β-estradiol 3-benzoate showed a delay in vaginal opening, aciclicity characterized by prolonged estrus, and ovarian failure. Given that allopregnanolone elicits anxiolytic, antidepressive, anticonvulsant, sedative-hypnotic effects and facilitates social behaviour, we assessed whether this treatment might modify different emotional, cognitive and social behaviours. This treatment did not affect locomotor activity, anxiety- and mood-related behaviours, seizures sensitivity and spatial memory. In contrast, neonatal β-estradiol 3-benzoate-treated rats showed a dominant, but not aggressive, behaviour and an increase in body investigation, especially anogenital investigation, characteristic of male appetitive behaviour. On the contrary, neonatal administration of β-estradiol 3-benzoate to female rats increases sensitivity to the anxiolytic, sedative, and amnesic effects of diazepam in adulthood. These results indicate that the marked and persistent reduction in the cerebrocortical and peripheral concentration of the neuroactive steroid allopregnanolone induced by neonatal treatment with β-estradiol 3-benzoate does not change baseline behaviours in adult rats. On the contrary, the low levels of allopregnanolone seems to be associated to changes in the behavioural sensitivity to the positive allosteric modulator of the GABAA receptor, diazepam. These effects of estradiol suggest that it plays a major role in pharmacological regulation both of GABAergic transmission and of the abundance of endogenous modulators of such transmission during development of the central nervous system.
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Background: With cesarean section rates increasing worldwide, clarity regarding negative effects is essential. This study aimed to investigate the rate of subsequent stillbirth, miscarriage, and ectopic pregnancy following primary cesarean section, controlling for confounding by indication. Methods and Findings: We performed a population-based cohort study using Danish national registry data linking various registers. The cohort included primiparous women with a live birth between January 1, 1982, and December 31, 2010 (n = 832,996), with follow-up until the next event (stillbirth, miscarriage, or ectopic pregnancy) or censoring by live birth, death, emigration, or study end. Cox regression models for all types of cesarean sections, sub-group analyses by type of cesarean, and competing risks analyses for the causes of stillbirth were performed. An increased rate of stillbirth (hazard ratio [HR] 1.14, 95% CI 1.01, 1.28) was found in women with primary cesarean section compared to spontaneous vaginal delivery, giving a theoretical absolute risk increase (ARI) of 0.03% for stillbirth, and a number needed to harm (NNH) of 3,333 women. Analyses by type of cesarean section showed similarly increased rates for emergency (HR 1.15, 95% CI 1.01, 1.31) and elective cesarean (HR 1.11, 95% CI 0.91, 1.35), although not statistically significant in the latter case. An increased rate of ectopic pregnancy was found among women with primary cesarean overall (HR 1.09, 95% CI 1.04, 1.15) and by type (emergency cesarean, HR 1.09, 95% CI 1.03, 1.15, and elective cesarean, HR 1.12, 95% CI 1.03, 1.21), yielding an ARI of 0.1% and a NNH of 1,000 women for ectopic pregnancy. No increased rate of miscarriage was found among women with primary cesarean, with maternally requested cesarean section associated with a decreased rate of miscarriage (HR 0.72, 95% CI 0.60, 0.85). Limitations include incomplete data on maternal body mass index, maternal smoking, fertility treatment, causes of stillbirth, and maternally requested cesarean section, as well as lack of data on antepartum/intrapartum stillbirth and gestational age for stillbirth and miscarriage. Conclusions: This study found that cesarean section is associated with a small increased rate of subsequent stillbirth and ectopic pregnancy. Underlying medical conditions, however, and confounding by indication for the primary cesarean delivery account for at least part of this increased rate. These findings will assist women and health-care providers to reach more informed decisions regarding mode of delivery.
Resumo:
Background: When clinically indicated, common obstetric interventions can greatly improve maternal and neonatal outcomes. However, variation in intervention rates suggests that obstetric practice may not be solely driven by case criteria. Methods: Differences in obstetric intervention rates by private and public status in Ireland were examined using nationally representative hospital discharge data. A retrospective cohort study was performed on childbirth hospitalisations occurring between 2005 and 2010. Multivariate logistic regression analysis with correction for the relative risk was conducted to determine the risk of obstetric intervention (caesarean delivery, operative vaginal delivery, induction of labour or episiotomy) by private or public status while adjusting for obstetric risk factors. Results: 403,642 childbirth hospitalisations were reviewed; approximately one-third of maternities (30.2%) were booked privately. After controlling for relevant obstetric risk factors, women with private coverage were more likely to have an elective caesarean delivery (RR: 1.48; 95% CI: 1.45-1.51), an emergency caesarean delivery (RR: 1.13; 95% CI: 1.12-1.16) and an operative vaginal delivery (RR: 1.25; 95% CI: 1.22-1.27). Compared to women with public coverage who had a vaginal delivery, women with private coverage were 40% more likely to have an episiotomy (RR: 1.40; 95% CI: 1.38-1.43). Conclusions: Irrespective of obstetric risk factors, women who opted for private maternity care were significantly more likely to have an obstetric intervention. To better understand both clinical and non-clinical dynamics, future studies of examining health care coverage status and obstetric intervention would ideally apply mixed-method techniques.