314 resultados para FLUMINENSE MESOREGION


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Muitos parques têm sido implantados em diferentes cidades sob o discurso da qualidade ambiental e da qualidade de vida, expressando-se como monumentos que glorificam a natureza, proporcionam lazer à população e espaços “ambientalmente saudáveis” e protegidos, à cidade. Apresentam-se como ícones importantes da capacidade de gestão municipal, conferindo visibilidade a gestores e contribuindo na difusão da imagem da cidade. No entanto, como se demonstra neste trabalho, que privilegiou entrevistas, levantamentos bibliográficos e aerofotográficos, pesquisas de campo etc., os parques, implantados em áreas específicas na cidade, sob interesse do capital imobiliário, reorientam a produção do espaço, interferem no preço da terra e contribuem para a segregação socioespacial. A análise do processo de criação e implantação do Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, na cidade de Ribeirão Preto, Brasil, demonstrou que o parque representa um tipo de equipamento urbano, projetado e executado no plano político e econômico, voltado ao discurso da estética urbana e da conservação/preservação da natureza. Um equipamento urbano que altera a dinâmica de produção, reprodução do espaço e de valorização do lugar, como constatado em Ribeirão Preto, onde manobras políticas permitiram implantar o parque em área de antiga pedreira sob custeio público, contribuindo decisivamente na imediata valorização do seu entorno.

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Este trabalho tem o objetivo de construir a idéia de “lugar do espetáculo” a partir de sua verificação no caso da Lapa, na área central da cidade do Rio de Janeiro. Pretendemos transformar esta noção em um conceito tributário do processo gerado pela “Sociedade do Espetáculo”, que utiliza os fatores subjetivos que transformam o local em lugar para gerar uma ampliação de lucros. Alguns projetos de “revitalização” de áreas urbanas tradicionais, como a Lapa, transformam-se, predominantemente, em uma montagem de “cenários típicos” para atrair o turismo. A idéia do “espetáculo” é aquela produzida pelos Situacionistas nos anos 1950. Os objetivos específicos são: fazer uma análise comparativa da Lapa do período (1910 - 1940) áureo da boemia e da Lapa atual (a partir de 1990) e provarmos que o bairro, atualmente, é predominantemente um “lugar do espetáculo”, além de demonstrar a importância do lugar para a compreensão da organização das cidades.O levantamento bibliográfico terá continuidade. Realizaremos entrevistas com frequentadores e moradores, além de observações participativas. Não estabeleceremos uma delimitação da área da Lapa baseada em critérios administrativos. Seguiremos os textos pretéritos e as impressões do que acontece hoje. Os limites vividos e as forças de representação serão predominantes nesta pesquisa.

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Esse artigo é parte da pesquisa que pretende analisar a importância da ferrovia para a circulação na região Norte Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa, ainda não concluída, está baseada nos preceitos da Geografia Histórica (ver SILVA, 2008). Com isso é necessário analisar o processo maior de implantação ferroviária no Estado do Rio de Janeiro desde o início da implantação ferroviária, em 1854, da primeira ferrovia brasileira, a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. A partir daí surge a Ferrovia Dom Pedro II, uma das mais importantes do país e depois a Estrada de Ferro Cantagalo. São então implantadas diversas ferrovias, sempre atendendo à interesses regionais capitaneados por lideranças locais. Assim é que a ferrovia chega em Campos dos Goytacazes em 1875. Outra importante ferrovia do estado foi a Estrada de Ferro Leopoldina, que foi incorporando várias pequenas linhas férreas, até a transformação desta ferrovia em outra empresa a “The Leopoldina Railway Company”, que começa a funcionar em 1898, substituindo o caos reinante na companhia anterior. O conhecimento do período inicial de configuração de uma rede ferroviária no Norte Fluminense passa a ser de fundamental importância devido à importância da Companhia Leopoldina para a região Norte Fluminense em períodos posteriores.

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As modificações sócio-espaciais em cidades médias e os impactos urbanos proporcionados a partir da implantação de Grandes Projetos Urbanos – GPU´s são o eixo de discussão deste artigo. Para análise, apresenta-se o estudo de caso da cidade de Juiz de Fora – Minas Gerais – onde as principais intervenções urbanas, caracterizada pela maneira de planejar da era globalizada, pautados na gestão competitiva, nos projetos grandiosos e nas representações de ações estruturantes. Em análise preliminar, percebe-se que este modelo vêm exacerbando diferenças sócio-espaciais, estabelecendo relações de segregação, favorecendo a perda de identidade local (de moradores localizados próximos aos empreendimentos) e gerando supervalorização imobiliária. Na análise deste trabalho, destaca-se a região centro-sul da cidade que, representada principalmente pelos bairros Dom Bosco e Cascatinha, transparecem conflitos sócio-espaciais estabelecidos entre áreas com padrões sócio-econômicos distintos e que este fato, vem sendo agravado pela instalação de alguns empreendimentos imobiliários na região. Para melhor compreensão desta dinâmica, torna-se relevante traçar todo o histórico de ocupação dos bairros em questão, investigar atores envolvidos no processo e as características e funções que estes GPU´s desempenham, para assim, entender a produção do espaço que se desencadeia na cidade.

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Uma importante propriedade dos Organossolos, e de outros solos com alto teor de C orgânico para predizer o potencial de uso e riscos de degradação, é o grau de subsidência (perda de massa e volume). Nos Organossolos ocorrem diferentes riscos de subsidência, resultantes de seus atributos, em especial da natureza da matéria orgânica e do ambiente de deposição. Este estudo foi realizado com dados de 19 perfis de solos de diferentes regiões do Brasil. Foram adotados os procedimentos da SBCS para descrição e coleta dos perfis, e os métodos analíticos da Embrapa Solos para caracterização dos solos. A análise dos componentes principais foi utilizada para agrupar os perfis com o auxílio de atributos morfológicos, físicos, químicos e do ambiente de ocorrência e mostrou-se adequada no agrupamento dos solos estudados com base em seus atributos, comparando-se com a sua taxonomia. Neste artigo foram usados os métodos multicritério ordinais de Borda, Condorcet e Copeland para ordenar, segundo o risco de subsidência, os perfis de Organossolos estudados. Os resultados mostram correlação entre os métodos (exceto Condorcet, que não foi capaz de ordenar as alternativas) e o resíduo mínimo, parâmetro usual para avaliar subsidência. Isso indica eficácia para ordenar/classificar os perfis de solos estudados quanto ao risco de subsidência. Os métodos quantitativos utilizados neste trabalho mostraram-se promissores como ferramentas em estudos na Ciência do Solo.

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Iniciativas recentes apontam o surgimento de cartografias com denominações como “novas cartografias sociais”, “cartografias participativas”, “cartografias da ação”, entre outras. Paralelamente, as tecnologias de representação espacial vêm se multiplicando e tornando mais capazes e difundidas, num processo que reúne distintos tipos de usuários e produtores de tecnologia (p. ex, profissionais cartógrafos, geógrafos, e grandes empresas como a Google). Tudo isso dialoga com renovados debates sobre as representações espaciais que acreditamos tensionar a cartografia a partir de três eixos de debate: uso dos mapas como instrumentos em jogos de poder; possibilidades e limites da representação cartográfica (sobretudo, diante da complexidade de jogos políticos); e a denúncia da linguagem ou formação discursiva da cartografia como uma forma de saber-poder em disputa (uma arena). Operamos com a idéia de que estes processos constituem um campo dialógico complexo e múltiplo, que propomos chamar “ativismos cartográficos”. Este campo, marcado por uma reflexividade entre seus constituintes e normas próprias em aberta definição/negociação, para nós tem quatro vetores centrais de emanação de práticas que vêm crescendo e se fortalecendo: 1) o debate acadêmico sobre as representações espaciais; 2) o uso de cartografias como instrumentos de luta; 3) o uso de cartografias como tecnologias sociais de gestão pelo Estado; 4) Cartografias como sistemas de informações, “meio” de comunicação e representação cujo controle é objeto de disputa

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O estabelecimento de Unidades de conservação é hoje um recurso usual quando se busca a proteção de ambientes naturais tidos como possuidores de grandes valores ecológicos. Esta, porém, não é uma prática recente. Tratando-se de América Latina, o primeiro parque nacional foi criado no México, em 1894. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo compreender as formas históricas de manejo de unidades de conservação no contexto latino americano, percebendo, através da análise de suas diferentes tipologias a evolução da concepção de natureza. O manejo também permite delinear as diferentes formas do homem perceber e se relacionar com a natureza, seja este relacionamento de forma direta ou indireta. “[...] o planeta e a comunidade humana se confundem num todo único. A presença do homem é um fato em toda a face da Terra, e a ocupação que não se materializa é, todavia, politicamente existente.” (SANTOS, 2008, p. 99). Sendo assim, as distintas formas de “ocupação política” mediatizada pelo contexto das unidades de conservação são também um foco deste trabalho. Para tanto, lança-se mão das noções de preservacionismo e conservacionismo bem como daquelas relacionadas à relação homem natureza (num contexto de áreas protegidas), focando no manejo como a principal destas.

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Neste trabalho faz-se a divulgação do potencial de carvões e resíduos orgânicos parcialmente carbonizados visando obter materiais que mimetizam a matéria orgânica do solo das Terras Pretas de Índio da Amazônia, e que sirvam como condicionadores de solo e seqüestrem carbono de forma recalcitrante e reativa. Pesquisas desenvolvidas por grupos brasileiros e estrangeiros têm contribuído para o entendimento do surgimento e utilização das Terras Pretas de Índio da Amazônia. Aqui são divulgados resultados de estudos químicos no sentido do desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico e de inovação no aproveitamento de subprodutos orgânicos, principalmente de indústrias de biocombustíveis, carvão vegetal metalúrgico e outros, buscando imitar a excelente performance da chamada Terras Pretas de Índio da Amazônia.

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Nosso propósito é discutir o conceito teórico de território à luz do paradigma de complexidade, tal qual desenvolvido por autores como Edgar Morin, Ilya Prigogine, Isabelle Stengers, Humberto Maturana, Michel Serres, Cornelius Castoriadis, Henri Atlan, Francisco Varela, entre outros. Para tanto, enfocaremos a natureza sistêmica do território, bem como a necessidade de incorporação de novos aportes do que poderíamos denominar de pensamento científico novo-paradigmático.Acerca da complexidade, nosso intuito consiste em clarificar e aplicar alguns princípios básicos, com destaque para o princípio-guia sistêmico ou organizacional, sem obscurecer os demais tais como: o  hologramático, o do ciclo retroativo, o do ciclo recorrente, o da auto-ecoorganização e o princípio da restauração ou reintrodução do conhecido em todo o conhecimento, conforme sistematizado por Morin (2003), ao comentar a necessidade de um pensamento complexo. Igualmente, destacaremos  a necessidade de se reconhecerem as oscilações, as bifurcações, a multiplicidade de futuros e de realizações que inscrevem criativamente a instabilidade na cultura teórica do conceito de território, no dizer de Prigogine, ver o mundo como uma superposição de flutuações. Por fim, ressaltaremos o papel dos sujeitos – os “visíveis” e  os “invisibilizados”, numa aproximação da geografia,com a moral e a ética.. Do ponto de vista teórico-metodológico, portanto, discutiremos o conceito de território tendo em vista: a) a complexidade; b) a instabilidade; e c) a intersubjetividade inerentes à abordagem sistêmica contemporânea. Com isso, nossa proposta atinge seu objetivo principal: incrementar o avanço do debate teórico sobre território na direção  da  autonomia, ou seja, no sentido da gestão democrática do território e do reconhecimento do outro como legítimo.

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O debate atual a respeito da distribuição dos recursos oriundos da exploração petrolífera entre os entes que compõem a federação no Brasil tem trazido à baila a problemática do destino que tem sido dado a esses recursos pelos municípios. Pretende-se analisar essa questão centrando-se na relação entre royalties do petróleo e políticas públicas de fomento agrícola tomando como objeto de análise o município de Quissamã no interior do estado do Rio de Janeiro, uma das maiores rendas per capitas do país em função dos royalties. O artigo objetiva analisar a aplicação desses recursos no setor agrícola à luz do paradigma da doença holandesa. Grosso modo, advoga esse paradigma que a riqueza oriunda dos recursos naturais traria consigo uma série de problemas de mau uso dos recursos públicos e ineficiência político- administrativa. A metodologia utilizada consistiu na avaliação da legislação e documentos oficiais dos programas agrícolas; visita de campo e entrevistas semi-estruturadas com atores envolvidas no processo, bem como a estruturação de dados quantitativos relativos à produção, produtividade e arrecadação do município.  O artigo lança luz sobre a importante questão da aplicação de recursos advindos dos royalties do petróleo na sua relação com as políticas públicas para a agricultura.

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Most strawberry genotypes grown commercially in Brazil originate from breeding programs in the United States, and are therefore not adapted to the various soil and climatic conditions found in Brazil. Thus, quantifying the magnitude of genotype x environment (GE) interactions serves as a primary means for increasing average Brazilian strawberry yields, and helps provide specific recommendations for farmers on which genotypes meet high yield and phenotypic stability thresholds. The aim of this study was to use AMMI (additive main effects and multiplicative interaction) and GGE biplot (genotype main effects + genotype x environment interaction) analyses to identify high-yield, stable strawberry genotypes grown at three locations in Espírito Santo for two agricultural years. We evaluated seven strawberry genotypes (Dover, Camino Real, Ventana, Camarosa, Seascape, Diamante, and Aromas) at three locations (Domingos Martins, Iúna, and Muniz Freire) in agricultural years 2006 and 2007, totaling six study environments. Joint analysis of variance was calculated using yield data (t/ha), and AMMI and GGE biplot analysis was conducted following the detection of a significant genotypes x agricultural years x locations (G x A x L) interaction. During the two agricultural years, evaluated locations were allocated to different regions on biplot graphics using both methods, indicating distinctions among them. Based on the results obtained from the two methods used in this study to investigate the G x A x L interaction, we recommend growing the Camarosa genotype for production at the three locations assessed due to the high frequency of favorable alleles, which were expressed in all localities evaluated regardless of the agricultural year.

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A variabilidade espacial de atributos físicos, químicos, biológicos ou pedogenéticos é citada como responsável por padrões encontrados na distribuição do C e nutrientes do solo. Numa toposseqüência típica da Baixada Fluminense (Planossolo Háplico - PL, Argissolo Amarelo - AA e Argissolos Vermelho-Amarelos - AV1 e AV2), buscou-se avaliar a influência da paisagem na distribuição de atributos químicos e no uso da água e o crescimento do Eucalyptus urophylla. Amostras de solo foram coletadas ao acaso em três locais da toposseqüência, para caracterização da sua fertilidade, enquanto outras foram retiradas de trincheiras nas profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm, para avaliação do estoque de C. A circunferência à altura do peito (CAP) e a altura (ALT) e análise isotópica do ?13C de tecido foliar de plantas em cada terço da paisagem foram também avaliadas como parâmetros de crescimento e de eficiência do uso da água. Embora a fertilidade do solo tenha se relacionado com o material parental local, o crescimento do eucalipto parece estar mais relacionado com a dinâmica de água na paisagem que com a maioria dos atributos químicos do solo, pois os maiores valores de CAP e ALT foram encontrados nos terços médio e inferior da toposseqüência, menos férteis. Os valores de ?13C de amostras foliares de eucaliptos dos terços superior e inferior fortalecem essa hipótese. Os estoques de C dos solos (4,75 kg m-2 para o PL, 4,63 kg m-2 para o AA, 2,93 kg m-2 para o AV2 e 2,60 kg m-2 para o AV1) se relacionaram com as diferenças na densidade do solo, conseqüência da própria mineralogia. Dessa forma, conclui-se que o relevo tem forte influência sobre os atributos químicos do solo, embora haja evidências de o crescimento do eucalipto se relacionar com a disponibilidade de água no solo.

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A presente pesquisa concluída teve como intuito principal analisar o maior acidente da história da Refinaria Duque de Caxias (REDUC). A pesquisa constou das seguintes etapas: revisão bibliográfica, levantamento de fontes, entrevistas, saídas a campo, análise das fontes e redação. Os jornais consultados foram: O Fluminense, O Globo, Jornal do Brasil e Nossa Baixada. Foram consultados discursos de deputados federais e senadores que abordaram o referido acidente. As entrevistas foram realizadas com historiadores caxienses e ex-funcionários da REDUC. No dia 30 de março de 1972, ocorreram três explosões em três tanques de gás liquefeito de petróleo (GLP); a primeira e mais forte, por volta das 0h50m; a segunda às 1h30m; e, a terceira, aproximadamente, às 2h30m. No dia 01 de abril de 1972, 48 funcionários estavam internados, sendo 36 os feridos da REDUC e 14 empregados da FABOR (Fábrica de Borracha Sintética). No dia 11/04/1972 o número de vítimas fatais alcançou 38 trabalhadores; e 35 trabalhadores continuavam hospitalizados, sendo dois deles em estado grave. Observamos que, nessa época a preocupação da Refinaria e da própria Petrobrás, com a segurança do Parque Industrial e dos funcionários deixava a desejar.

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Todas as cidades nos contam histórias cabendo ao pesquisador fazer as perguntas corretas na busca da “sua história”. A imagem das cidades países não-desenvolvidos, com destaque para situados nas latitudes tropicais, é dita como insalubre. Este trabalho parte de uma perspectiva que privilegia a compreensão do conceito de higiene não apenas enquanto símbolo do progresso e da modernidade, mas enquanto um elemento civilizatório. Um elemento civilizatório necessário ao estabelecimento de um patamar de subordinação cultural e base para a legitimação de práticas necessárias para a criação de condições gerais para o desenvolvimento do capitalismo, em que entram em confronto a produção de conhecimento, que endeusa um certo saber técnico, e o saber fazer local. Parte-se de um contexto cultural, no qual o europeu é o “civilizador”, o agente da civilização, logo da saúde e, ao mesmo tempo, o difusor de doenças, consequentemente agente causador da insalubridade das cidades tropicais por ele colonizadas/criadas, onde emerge a idéia da “cidade saudável”. Busca-se, portanto, perceber como as alterações econômicas, culturais e ambientais, entre outra, advindas dos processos “civilizatórios” promovidos pelos europeus nas áreas tropicais propiciaram transformações das/nas cidades de forma que estas passam a ser estigmatizadas como insalubres, quando no mais das vezes esta insalubridade era decorrente do próprio processo de intervenção européia sobre condições que tinham seu ponto de equilíbrio em outro contexto. Uma questão relevante é a diz respeito a própria produção do conceito de higiene/saúde nas cidades européias.

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As relações entre populações humanas e Unidades de Conservação no bioma Mata Atlântica são, muitas vezes, marcadas por conflitos que envolvem as diferentes percepções que as mesmas possuem sobre essas áreas. Entender como se manifestam tais relações constitui-se num desafio para a preservação da biodiversidade in situ nos seus ecossistemas remanescentes. No âmbito do Sistema de Unidades de Conservação brasileiro a realização desse trabalho em uma Área de Proteção Ambiental (APA) justifica-se por esta categoria ser menos restritiva quanto ao uso da terra, o que possibilita uma maior ação do uso social sobre fragmentos florestais. A APA escolhida para o estudo de caso deve-se ao seu papel ecológico de conexão espacial no contexto da figura do Mosaico de UCs do Central Fluminense - RJ. Este trabalho objetiva entender como as práticas sociais mediadas pelas percepções ambientais dessas populações, estabelecidas em diferentes paisagens geográficas (rural, urbana e rururbana), matrizes de fragmentos florestais remanescentes, podem interferir no processo de sucessão ecológica dos mesmos. A partir de entrevistas de populações em quatro matrizes diferentes. Apreendem-se padrões de percepções de diferentes atores e suas possíveis resultantes para cenários de conflitos sociais nessa mediação de preservação da sucessão ecológica dos fragmentos florestais.