992 resultados para Dor articular
Resumo:
OBJETIVO: comparar a dor referida pelas pacientes submetidas à histeroscopia pela técnica convencional com gás carbônico (CO2) e a vaginohisteroscopia com soro fisiológico (SF 0,9%). MÉTODOS: estudo prospectivo de coorte, realizado em um serviço de histeroscopia ambulatorial. Foram incluídas 117 pacientes com indicação para realizarem o exame, alocadas aleatoriamente em dois grupos. Todas responderam a um questionário epidemiológico e quantificaram a dor esperada antes do exame e sentida após seu término em uma escala verbal de dor de 0 a 10. Para a técnica convencional, foram utilizados espéculo, tração do colo, inserção de ótica de 30º e camisa diagnóstica com diâmetro total 5 mm. A cavidade foi distendida com CO2 sob pressão de 100 mmHg controlada por histeroinsuflador e a biópsia realizada com cureta de Novak. A vaginoscopia foi realizada sem toque, por distensão da vagina com líquido, visualização direta do colo e introdução de ótica com duas camisas de fluxo contínuo com canal acessório de perfil ovalado, totalizando também 5 mm de diâmetro para o conjunto. Foi utilizado SF 0,9% como meio de distensão e a pressão, definida como a necessária para adequada visualização do canal e da cavidade com pressurizador pneumático externo. A biópsia foi realizada de forma dirigida com pinça endoscópica. Foram calculados média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e frequência para as qualitativas. O teste t de Student foi utilizado para comparar médias e o teste do qui-quadrado ou exato de Fischer (quando n<5), para análise categórica usando o SPSS 15.0. O estudo foi desenhado para 95% de poder do teste com significância se p<0,05. RESULTADOS: os grupos foram similares quanto a: idade, paridade, cirurgia uterina prévia, estado menopausal e necessidade de biópsia. No grupo vaginoscopia, comparado ao da técnica convencional, houve menor dificuldade técnica (5,1 versus 17,2%, p=0,03), maior taxa de exames considerados satisfatórios (98,3 versus 89,7%, p=0,04) e menor índice de dor (4,8 versus 6,1; p=0,01), com diferença mais evidente em comparação a pacientes que nunca haviam tido um parto normal prévio (4,9 versus 7,1; p=0,0001). Ao estratificar a escala de dor em leve (0-4), moderada (5-7) ou intensa (8-10) a técnica por vaginoscopia foi associada à redução de 52% na frequência da dor intensa (p=0,005). CONCLUSÕES: A vaginohisteroscopia mostrou-se um procedimento menos doloroso do que a técnica com espéculo e CO2 independentemente de idade, menopausa ou paridade, com resultados mais satisfatórios e menor dificuldade técnica.
Resumo:
OBJETIVOS: comparar a qualidade de vida (QV) de mulheres com e sem dor pélvica crônica (DPC) e investigar os fatores associados à QV de mulheres com DPC. MÉTODOS: conduziu-se estudo de corte transversal, incluindo 30 mulheres com DPC e 20 sem DPC. Foram avaliadas características sociodemográficas e clínicas. A QV foi investigada pelo questionário SF-36, que apresenta oito domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Esses domínios podem ser resumidos em dois sumários: sumário do componente físico (SCF) e sumário do componente mental (SCM). A intensidade da dor foi pesquisada, aplicando-se a escala visual analógica. Utilizou-se análise de regressão linear para comparação dos escores de QV entre mulheres com e sem DPC e para identificação dos fatores associados à QV de mulheres com DPC. RESULTADOS: a média de idade das mulheres com e sem DPC foi de 35,2±7,5 e de 36±9,3 anos (p=0,77), respectivamente. Mulheres com DPC apresentaram menor renda familiar mensal (p=0,04) e maior prevalência de dismenorreia (87 versus 40%; p<0,01) e depressão (30 versus 5%; p=0,04) quando comparadas àquelas sem DPC. Na análise ajustada por potenciais variáveis confundidoras, mulheres com DPC apresentaram menores escores de QV nos domínios dor (p<0,01) e aspectos sociais (p<0,01). Depressão associou-se negativamente ao domínio aspectos emocionais (p=0,05) e ao SCM (p=0,03), enquanto intensidade da dor relacionou-se negativamente ao domínio dor (p<0,01) da QV de mulheres com DPC. CONCLUSÕES: mulheres com DPC apresentaram pior QV quando comparadas a mulheres sem DPC. Depressão e intensidade da dor relacionaram-se negativamente à QV de mulheres com DPC. Dessa forma, a avaliação e o tratamento de sintomas depressivos e da dor devem estar entre as prioridades que objetivem melhorar a QV de mulheres com DPC.
Resumo:
OBJETIVO: Investigar a presença de sintomas depressivos em mulheres com dor pélvica crônica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal descritivo, no qual foram incluídas mulheres com diagnóstico de dor pélvica crônica, com idade maior ou igual a 18 anos, sem gravidez no último ano e sem câncer. A amostra foi definida com base no cálculo de amostragem representativa que estimou o quantitativo de 50 mulheres, que estavam em seguimento no ambulatório de Ginecologia, tendo sido encaminhadas pela rede básica do Sistema Único de Saúde. A coleta dos dados ocorreu no período de outubro de 2009 a maio de 2010. Foram analisadas características sociodemográficas, econômicas e clínicas. A intensidade da dor foi avaliada pela escala analógica visual. Os sintomas depressivos foram investigados pelo Inventário de Depressão de Beck.Para análise estatística, foram utilizadas medidas de posição (média, mediana), dispersão (desvio padrão) e teste do χ2. O nível de significância estatística adotado foi de p≤0,05. RESULTADOS: A média de idade das participantes foi de 41,6±9,4 anos. Predominaram mulheres com nível médio de escolaridade, cor parda, religião católica, que viviam com o companheiro fixo. A maioria (98%) estava economicamente ativa, tendo como ocupação serviços domésticos. Quanto à percepção subjetiva da dor, evidenciou-se que 52% afirmaram dor intensa e 48%, moderada. A maioria das mulheres (52%) convivia com a dor há menos de cinco anos, e 30%, há mais de 11 anos. O escore médio do BDI foi de 17,4 (±9,4). Foi observado que 58% das mulheres tiveram sintomas depressivos de grau leve, moderado e grave avaliados pelo BDI. Os sintomas depressivos de frequências mais elevadas foram fatigabilidade, perda da libido, irritabilidade, dificuldade de trabalhar, preocupações somáticas, choro, insatisfação, tristeza e insônia. CONCLUSÃO: Os sintomas depressivos foram frequentes nessas mulheres com dor pélvica crônica.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a recuperação funcional de 37 cães com diagnóstico de doença do disco intervertebral (DDIV) toracolombar, sem percepção da dor profunda superior a 48 horas e não submetidos ao tratamento cirúrgico. Os dados identificados foram: raça, idade, sexo, localização da lesão, perda da percepção da dor profunda, duração dos sinais clínicos, recuperação funcional, retorno da percepção da dor profunda, recidivas, eutanásias ou morte. Foi observada recuperação funcional em 11 cães (55%), sendo seis deles entre 30 e 60 dias após o início dos sinais clínicos. Dos onze cães que tiveram recuperação funcional satisfatória, dois (18%) não tiveram retorno da percepção à dor profunda. Pode-se concluir que cães com diagnóstico de DDIV sem percepção à dor profunda superior a 48 horas e não submetidos ao tratamento cirúrgico podem apresentar recuperação funcional satisfatória e são necessários, no mínimo, 30 dias do início dos sinais clínicos para estabelecer um prognóstico quanto ao retorno dos movimentos voluntários.
Resumo:
O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a recuperação funcional de cães paraplégicos sem percepção à dor profunda (PDP) com doença do disco intervertebral (DDIV) toracolombar submetidos à hemilaminectomia dorsolateral. Foram incluídos somente cães com DDIV entre os segmentos da medula espinhal T3 e L3, que estavam paraplégicos sem PDP submetidos à cirurgia descompressiva. Foi observada recuperação funcional satisfatória em 73,3% dos cães (n=11), sendo um, aos cinco dias, sete entre 15 e 30 dias e três acima de 30 dias do procedimento cirúrgico. A duração da perda da PDP antes da cirurgia em cinco cães recuperados foi entre 12 e 48 horas e, em seis cães, acima de 48 horas. Cães paraplégicos sem PDP em decorrência da DDIV toracolombar podem apresentar recuperação funcional satisfatória quando submetidos ao tratamento cirúrgico mesmo sem percepção a dor profunda com tempo superior a 48 horas. Futuras pesquisas serão necessárias para avaliar a eficiência do tratamento cirúrgico, principalmente para aqueles que perderam a PDP acima de 48 horas.
Resumo:
We evaluated the mechanical behavior of the repaired surfaces of defective articular cartilage in the intercondylar region of the rat femur after a hydrogel graft implant. The results were compared to those for the adjacent normal articular cartilage and for control surfaces where the defects remained empty. Hydrogel synthesized by blending poly(2-hydroxyethyl methacrylate) and poly(methyl methacrylate-co-acrylic acid) was implanted in male Wistar rats. The animals were divided into five groups with postoperative follow-up periods of 3, 5, 8, 12 and 16 weeks. Indentation tests were performed on the neoformed surfaces in the knee joint (with or without a hydrogel implant) and on adjacent articular cartilage in order to assess the mechanical properties of the newly formed surface. Kruskal-Wallis analysis indicated that the mechanical behavior of the neoformed surfaces was significantly different from that of normal cartilage. Histological analysis of the repaired defects showed that the hydrogel implant filled the defect with no signs of inflammation as it was well anchored to the surrounding tissues, resulting in a newly formed articular surface. In the case of empty control defects, osseous tissue grew inside the defects and fibrous tissue formed on the articular surface of the defects. The repaired surface of the hydrogel implant was more compliant than normal articular cartilage throughout the 16 weeks following the operation, whereas the fibrous tissue that formed postoperatively over the empty defect was stiffer than normal articular cartilage after 5 weeks. This stiffness started to decrease 16 weeks after the operation, probably due to tissue degeneration. Thus, from the biomechanical and histological point of view, the hydrogel implant improved the articular surface repair.
Resumo:
The expression of components present in the cartilaginous extracellular matrix is related to development, gender, and genotype, as well as to the biomechanical properties of each type of cartilage. In the present study, we analyzed small proteoglycans and glycosaminoglycans present in different cartilages of the chicken wing after extraction with guanidine hydrochloride or papain. Quantitative analysis of glycosaminoglycans showed a larger amount in humeral cartilage (around 200 mg/g tissue) than in articular cartilage of the radius and ulna, with 138 and 80 mg/g tissue, respectively. Non-collagenous proteins isolated were predominantly from cartilage in the proximal regions of the humerus and radius. D4 fractions obtained by ultracentrifugation were separated by DEAE-Sephacel and Octyl-Sepharose chromatography and analyzed by SDS-PAGE. Two bands of 57 and 70-90 kDa were observed for all samples treated with ß-mercaptoethanol. Immunoblotting of these proteins was positive for the small proteoglycans fibromodulin and decorin, respectively. Apparently, the 57-kDa protein is present in macromolecular complexes of 160 and 200 kDa. Chondroitin sulfate was detected in all regions. HPLC analysis of the products formed by chondroitinase AC and ABC digestion mainly revealed ß-D-glucuronic acid and N-acetyl ß-D-galactosamine residues. The 4-sulfation/6-sulfation ratio was close to 3, except for the proximal cartilage of the radius (2.5). These results suggest functional differences between the scapula-humerus, humerus-ulna, and humerus-radius joints of the chicken wing. This study contributes to the understanding of the physiology of cartilage and joints of birds under different types of mechanical stress.
Resumo:
The objective of the present research was to evaluate the usefulness of anti-cyclic citrullinated peptide (anti-CCP) antibodies and the IgM rheumatoid factor (IgM RF) test for the differential diagnosis of leprosy with articular involvement and rheumatoid arthritis (RA). Anti-CCP antibodies and IgM RF were measured in the sera of 158 leprosy patients (76 with and 82 without articular involvement), 69 RA patients and 89 healthy controls. Leprosy diagnosis was performed according to Ridley and Jopling classification criteria and clinical and demographic characteristics of leprosy patients were collected by a standard questionnaire. Leprosy patients with any concomitant rheumatic disease were excluded. Serum samples were obtained from all participants and frozen at _20°C. Measurement of anti-CCP antibodies and IgM RF were performed by ELISA, using a commercial second-generation kit, and the latex agglutination test, respectively. Anti-CCP antibodies and IgM RF were detected in low frequencies (2.6 and 1.3%, respectively) in leprosy patients and were not associated with articular involvement. Among healthy individuals both anti-CCP antibodies and IgM RF were each detected in 3.4% of the subjects. In contrast, in the RA group, anti-CCP antibodies were present in 81.2% and IgM RF in 62.3%. In the present study, both anti-CCP antibodies and IgM RF showed good positive predictive value for RA, helping to discriminate between RA and leprosy patients with articular involvement. However, anti-CCP antibodies were more specific for RA diagnosis in the population under study.
Resumo:
Tissue engineering encapsulated cells such as chondrocytes in the carrier matrix have been widely used to repair cartilage defects. However, chondrocyte phenotype is easily lost when chondrocytes are expanded in vitro by a process defined as “dedifferentiation”. To ensure successful therapy, an effective pro-chondrogenic agent is necessary to overcome the obstacle of limited cell numbers in the restoration process, and dedifferentiation is a prerequisite. Gallic acid (GA) has been used in the treatment of arthritis, but its biocompatibility is inferior to that of other compounds. In this study, we modified GA by incorporating sulfamonomethoxine sodium and synthesized a sulfonamido-based gallate, JJYMD-C, and evaluated its effect on chondrocyte metabolism. Our results showed that JJYMD-C could effectively increase the levels of the collagen II, Sox9, and aggrecan genes, promote chondrocyte growth, and enhance secretion and synthesis of cartilage extracellular matrix. On the other hand, expression of the collagen I gene was effectively down-regulated, demonstrating inhibition of chondrocyte dedifferentiation by JJYMD-C. Hypertrophy, as a characteristic of chondrocyte ossification, was undetectable in the JJYMD-C groups. We used JJYMD-C at doses of 0.125, 0.25, and 0.5 µg/mL, and the strongest response was observed with 0.25 µg/mL. This study provides a basis for further studies on a novel agent in the treatment of articular cartilage defects.
Resumo:
We aimed to investigate the effects of an anti-tumor necrosis factor-α antibody (ATNF) on cartilage and subchondral bone in a rat model of osteoarthritis. Twenty-four rats were randomly divided into three groups: sham-operated group (n=8); anterior cruciate ligament transection (ACLT)+normal saline (NS) group (n=8); and ACLT+ATNF group (n=8). The rats in the ACLT+ATNF group received subcutaneous injections of ATNF (20 μg/kg) for 12 weeks, while those in the ACLT+NS group received NS at the same dose for 12 weeks. All rats were euthanized at 12 weeks after surgery and specimens from the affected knees were harvested. Hematoxylin and eosin staining, Masson's trichrome staining, and Mankin score assessment were carried out to evaluate the cartilage status and cartilage matrix degradation. Matrix metalloproteinase (MMP)-13 immunohistochemistry was performed to assess the cartilage molecular metabolism. Bone histomorphometry was used to observe the subchondral trabecular microstructure. Compared with the rats in the ACLT+NS group, histological and Mankin score analyses showed that ATNF treatment reduced the severity of the cartilage lesions and led to a lower Mankin score. Immunohistochemical and histomorphometric analyses revealed that ATNF treatment reduced the ACLT-induced destruction of the subchondral trabecular microstructure, and decreased MMP-13 expression. ATNF treatment may delay degradation of the extracellular matrix via a decrease in MMP-13 expression. ATNF treatment probably protects articular cartilage by improving the structure of the subchondral bone and reducing the degradation of the cartilage matrix.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A dor é um sintoma comum em pacientes com doença renal policística autossômica dominante (DRPAD), acometendo em torno de 60% dos casos. OBJETIVO: Traduzir para o português, realizar a adaptação cultural e aplicar um questionário específico de dor, desenvolvido e já validado para população americana com DRPAD. PACIENTES E MÉTODO: Realizada por uma equipe multidisciplinar a partir da versão original traduzida, a adaptação cultural implicou em poucas alterações como substituição de palavras por sinônimos ou supressão de termos não comumente utilizados em nossa cultura. Foram feitas modificações em 12 das 46 questões propostas, visando melhor compreensão pelos pacientes. Houve equivalência entre esta adaptação e a posterior retrotradução. RESULTADOS: A forma final do questionário, aplicada em 97 pacientes com DRPAD (64F/33M, 35 ± 12 anos) acompanhados no Ambulatório de Rins Policísticos da Universidade Federal de São Paulo, mostrou que 65 (67%) apresentavam dores isoladas ou associadas em várias localizações, mais frequentemente lombar (77%), seguida de abdominal (66%), cefaleia (15%) e torácica (4%). O questionário revelou que depois do antecedente familiar, a dor foi o segundo fator a contribuir para o diagnóstico de DRPAD nesta população (55% e 22% dos casos, respectivamente). DISCUSSÃO: Dados clínicos e laboratoriais dos prontuários médicos mostraram que pacientes com dor apresentavam volume renal e tamanho do maior cisto significantemente maiores do que os sem dor. CONCLUSÕES: Concluimos que a utilização de um questionário de dor especifico para população com DRPAD propiciou melhor caracterização deste sintoma, assim como sua relação com as complicações associadas que ocorrem comumente nesta população.