1000 resultados para Deficientes Emprego Legislação Brasil
Resumo:
A transnacionalização de empresas vem ocorrendo no Brasil há mais de quarenta anos, sendo que a partir dos anos 90 nota-se um esforço estatal de atração do capital estrangeiro para a economia nacional. Uma das repercussões que a transnacionalização tem para uma empresa é a necessidade de expatriar empregados que cuidem da instalação e, posteriormente, da administração da filial. A partir do mesmo perÃodo histórico nota-se o surgimento de normas especÃficas que disciplinam a concessão de vistos especificamente para estrangeiros que venham ao Brasil exercer cargos de gestão nestas empresas. Ao mesmo tempo, a legislação sobre imigração tem como princÃpio a proteção da mão-de-obra nacional, permitindo apenas o ingresso de mão-de-obra estrangeira quando esta for qualificada e inexistente (ou escassa) no Brasil. O presente trabalho se presta a investigar como ocorre a conciliação entre estas duas coisas aparentemente opostas, em favor do desenvolvimento nacional.
Resumo:
A pesquisa tem por objetivo explicar o processo polÃtico que resultou na configuração institucional do setor federal de transportes consubstanciado na Lei 10.233, de 2001, que reestruturou os transportes aquaviário e terrestre, criou duas agências reguladoras autônomas vinculadas ao Ministério dos Transportes e um conselho para propor polÃticas nacionais de integração dos diferentes modos de transporte, além do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Utilizando-se a abordagem teórica do institucionalismo histórico da Ciência PolÃtica contemporânea e o método de comparação controlada com um caso contrastante, a saber, a reestruturação institucional do setor de telecomunicações, a análise mostra como a sequência do processo de reforma e a atuação do mecanismo de policy feedback delinearam um tipo de mudança institucional no setor de transportes caracterizado pela introdução de novas regras e organizações sobre as existentes, diferentemente da mudança no setor de telecomunicações, no qual foram removidas as antigas regras e organizações, substituindo-as por novas.
Resumo:
Acompanhando a gradual melhoria dos indicadores socioeconômicos no Brasil, um maior contingente de brasileiros vem conquistando nÃveis mais elevados de qualificação educacional e preparo técnico. Dados do Sistema Econômico Latino Americano e do Caribe (SELA, 2009; 2010) para o perÃodo 2000-2008 apontam um aumento de 28% no número de brasileiros com 13 anos ou mais de escolaridade formal, enquanto a população total do paÃs se expandiu em 10,7%. Isto sugere que, na média, os brasileiros estão se tornando mais capacitados para enfrentar os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e com escala global. Por outro lado, polÃticas migratórias internacionais de paÃses desenvolvidos têm, ao mesmo tempo, incentivado a imigração de profissionais qualificados provenientes de diversas partes do globo. Nesse quadro, um crescente número de brasileiros com nÃvel educacional superior à média nacional, tem buscado novas oportunidades profissionais ou acadêmicas nesses paÃses. Ainda com base nos dados do SELA (2009 e 2010), no ano 2000, 154,5 mil brasileiros qualificados residiam em algum dos paÃses da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), enquanto em 2008 eles somavam 227,6 mil, traduzindo uma média de ingressos de brasileiros com formação qualificada, nos paÃses da OCDE, da ordem de 9,1 mil por ano. Verificamos também que, em média, 3,9 mil brasileiros qualificados são autorizados a trabalhar por ano nos Estados Unidos com o visto temporário H-1B. Em contrapartida, dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, entre 2006 e 2009, uma média anual de 4,9 mil norte-americanos (com ou sem qualificação) foram autorizados a trabalhar no Brasil. Levando em conta que, do total, 59% tem formação superior, podemos admitir que, em média, cerca de 2,9 mil norte-americanos qualificados são autorizados a trabalhar no paÃs, anualmente. No Brasil a questão migratória – especialmente no que se refere ao segmento de profissionais qualificados – tem se traduzido em polÃticas públicas de forma apenas discreta. Com efeito, atualmente, a gestão das migrações internacionais encontra-se numa etapa ainda inicial no Brasil e o debate sobre o tema está a merecer maior aprofundamento em nosso paÃs. O presente trabalho pretende trazer contribuições para este debate, situando o contexto histórico das migrações internacionais, analisando as polÃticas migratórias dos Estados Unidos – especialmente quanto aos mecanismos de atração de migrantes qualificados – e discutindo polÃtica e gestão das migrações no contexto brasileiro. Pretendeu-se, assim, reunir elementos que possam ser úteis para a elaboração e o aperfeiçoamento de polÃticas públicas na área das migrações internacionais, com ênfase nas potencialidades do segmento dos migrantes de alta qualificação – segmento este que pode assumir importância estratégica para o desenvolvimento econômico e social do paÃs.
Resumo:
A entrada da mulher no mercado de trabalho gerou uma série de mudanças nas organizações, entretanto, a carreira da mulher executiva ainda apresenta disparidades em relação à carreira dos seus colegas homens. Essa disparidade pode decorrer da incongruência entre o papel social da mulher e o papel esperado de um lÃder. No entanto, este fenômeno parece está passando por mudanças, dado o empowerment das mulheres tanto no cenário corporativo como polÃtico. Neste sentido, surge a problemática desta pesquisa: qual o real comportamento da mulher ao assumir papeis de liderança? O quadro teórico que cerca esta pesquisa envolve a teoria do papel social (EAGLY, 1987), que postula que cada indivÃduo tem um papel socialmente aceito, no qual se inclui o papel de lÃder, formado através de protótipos de como deve ou deveria se comportar, e também papeis gênero, no qual são definidos os comportamentos socialmente aceitos para homens e para mulheres. Nesta direção, para fazer a comparação dos papeis socialmente esperados de ambos os sexos e os papeis requeridos ao lÃder é utilizada a teoria de congruência de papeis (EAGLY e KARAU, 2002). Dado este quadro teórico, para atender ao objetivo desta pesquisa, são realizados quatro estudos que utilizam metodologias qualitativas, experimentais e quantitativas. No primeiro estudo, são testadas as relações entre sexo do lÃder e as dimensões agênticas e comunais do protótipo de liderança por meio de análise de conteúdo de descrições de mulheres e homens lÃderes. Já no segundo estudo, é testada, por meio de um experimento, a congruência da avaliação de lÃderes masculino e feminino com o comportamento agêntico e comunal. No terceiro estudo, são examinados quatro perfis de liderança e como estes estão associados entre si a partir de dados coletados por meio de questionários estruturados. São analisadas as caracterÃsticas do lÃder em geral e do lÃder eficaz com as caracterÃsticas do lÃder masculino e da lÃder feminina. Estas análises também são realizadas considerando o perfil sexual do respondente (BEM, 1974). Por fim, no quarto estudo são analisadas entrevistas em profundidade a fim de identificar como ocorrem e quais as causas destes acontecimentos supracitados. Os resultados demonstraram que ao assumir um papel de liderança, a mulher tende a assumir caracterÃsticas agênticas do protótipo de liderança (como força, masculinidade e tirania), ou seja, tende a masculinizar-se para ser aceita pelas outras pessoas. Os resultados revelam também poucas diferenças entre os lÃderes homens e mulheres, o que corrobora a primeira conclusão. Por outro lado, as caracterÃsticas comunais do lÃder (como sensibilidade) revelam-se como as mais crÃticas para a aceitação do lÃder pelos seus subordinados, mas não para a sua eficácia. Dessa forma, este trabalho busca contribuir para compreender melhor o fenômeno da liderança feminina, lançando luz sobre as eventuais incongruências entre os papeis sociais e gerenciais da mulher na sociedade brasileira contemporânea.
Resumo:
o estudo pretende contribuir para a análise da realidade brasileira, através do caso do Estado do EspÃrito Santo, no perÃodo compreendido entre 1946 a 1980, tentando demonstrar a dependência financeira dos governos estaduais refletida na perda de receitas próprias e da necessária autonomia para a sua utilização. Numa visão retrospect.iva observa-se uma excessiva tendência à centralização manifestada pelo federalismo brasileiro, principalmente, depois da Reforma Tribut.ária de 1967, que estabeleceu um rigoroso controle da União sobre as receitas tributárias e sobre a ação dos Estados- membros, reduzindo sua autonomia em matéria de legislação tributária. A centralização financeira e polÃtica fez com que os go- . , . vernos estaduais perdessem 8S prerrogativasanteriorrnente adquiridas e tivessem limitada sua autonomia em;matéria de politica fiscal. Tentou-se compensar a acentuada redução das receitas tributárias estaduais lnstituindo- se o mecanismo das transferências que, a despeito de suas funç5es redIstributi vas, impõe uma série de exig§ncias e determinações para a sua aplicação. A partir dessa constataç50 passa-se a analisar a polÃtica fiscal no Estado do EspÃrito Santo observando-se as administrações estaduais nesse perÃodo. Cheg~-se à conclusão de que as sucessivas crises financeiras ocorridas limitaram a formulação de uma polÃtica fiscal estadual. Com isso, constat3-se que os estados passaram a ser rneros agentes administrativos reproduzindo as decis5es maiores formuladas pelo governo federal. Em linhas gerais, tentou-se comprovar a dependência fi--
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A pesquisa tem o objetivo de compreender as caracterÃsticas e objetivos do atual modelo legal das licitações públicas no Brasil. Para isso, propõe a análise do percurso e do contexto das reformas legislativas federais realizadas sobre o tema. A pesquisa identifica que até a edição da Lei nº 8.666/93 o instituto das licitações públicas foi marcado por um processo de crescente legalização voltado, de um lado, à ampliação do dever de licitar e, do outro, à unificação do regime das licitações a que os entes da administração pública da União, dos Estados e dos MunicÃpios estão sujeitos. Também constatou haver uma tendência, cujo ápice se atingiu com a edição da Lei nº 8.666/93, voltada à restrição da discricionariedade do administrador público para decidir, concretamente, a melhor forma de licitar. Verificou, ainda, que o processo de legalização das licitações resultante na Lei nº 8.666/93 foi capturado por grupos de interesses especÃficos – as médias empreiteiras emergentes – que foram capazes de influir em seu favor na modelagem das normas jurÃdicas. Por fim, demonstrou que o fato de a legislação geral sobre licitações públicas ter sido construÃda sobre um modelo legal excessivamente normatizado, rÃgido e procedimentalizado foi responsável, direta e indiretamente, pela fragmentação do sistema de licitações e contratos e pelo surgimento de um movimento de fuga da Lei nº 8.666/93.
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Este estudo teve como objetivo verificar qual foi o processo de adaptação ao mercado de trabalho dos egressos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso , especificamente das turmas que concluÃram o curso no decorrer do ano de 1983 (CAPITULO I). Na revisão de literatura, foi apresentada uma v isão retrospectiva da evolução do ensino da Contabilidade no Brasil e dos principais problemas que o afetam e foi também desenvolvida o Plano de Referência da Pesquisa (CAPITULO 11). A seguir, apresentamos a metodologia utilizada, justificando as razões de seu emprego neste tipo de estudo (CAPITULO III) . Os dados foram obtidos através de questionários estruturados com perguntas abertas e fechadas, objetivando facilitar a sua organização . Deste modo, foi possÃvel descrever as caracterÃsticas de cada caso estudado (CAP!TULO IV) . Os resultados obtidos possibilitaram uma análise das caracterÃsticas do ensino da Contabilidade na Universidade Federal de Mato Grosso do perfil do egresso do Curso de Ciências Contábeis da UFMT e de seu processo de adaptação ao mercado de trabalho (CAPITULO V). Finalmente, é apresentado um sumário do trabalho, cujos resultados nos permitiram chegar a importantes conclusões e, ainda, formular recomendações e sugestões para futuras pesquisas (CAPITULO VI).
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Exploramos neste trabalho o desenvolvimento e a ascensão da função de polÃcia polÃtica da capital federal do Brasil, aqui compreendida como um mecanismo de proteção e manutenção do poder do Estado. Tomando por base as décadas de 1920 e 1930, procuramos investigar duas hipóteses. Primeiro, que nessa primeira década, o exercÃcio de polÃcia polÃtica, a cargo da 4ª. Delegacia Auxiliar, pode ser tomado como o inÃcio do aperfeiçoamento da função. Segundo que o decênio seguinte, ao ser marcado em seus primeiros anos por um processo de democratização das instituições brasileiras - que culmina com promulgação da Carta Constitucional de 1934, nos instiga à indagação sobre a necessidade do Estado contar oficialmente, a partir de 1933, com um órgão para o exercÃcio exclusivo da função de polÃcia polÃtica. A análise contempla, a partir da legislação sobre reorganização dos serviços policiais e da repressão social e polÃtica, bem como acerca dos documentos produzidos pela polÃcia polÃtica, a relação entre o desenvolvimento desses órgãos e os eventos sociais e polÃticos no contexto nacional e internacional. Os pressupostos que nortearam o desenvolvimento dos órgãos de polÃcia polÃtica nas décadas enfocadas, sugerem que a relação de exclusividade entre os mesmos e os regimes autoritários deve ser problematizada, ainda que, ao longo da história, grande parte dos governos de matriz autoritária ou totalitária tenha desenvolvido órgãos de polÃcia polÃtica que exerceram um papel proeminente na estrutura de segurança do Estado. Longe, contudo, de esgotar a discussão, buscamos oferecer elementos adicionais para o entendimento sobre a necessidade de o Estado manter uma polÃcia voltada à produção de informações visando ao acompanhamento de certos eventos sociais e polÃticos.
Resumo:
Neste trabalho, procura- se analisar e explicar as possÃveis influências de determinados fatores sócio-econômicos e culturais, ligados a técnicos em agropecuária e a agricultores, sobre a predisposição ocupacional dos técnicos e sobre a demanda e absorção dessa mão-de-obra técnica pelos agricultores.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi explorar a relação existente entre a literatura sobre técnicas de amostragem em auditoria e as técnicas efetivamente utilizadas pelos serviços de auditoria interna das empresas no Brasil. Procurou-se analisar quais os principais problemas encontrados na utilização dessas técnicas, além de verificar se havia diferença quanto ao uso de técnicas de amostragem mais sofisticadas pelas empresas de origem nacional privada, estatais e estrangeiras. (CapÃtulo I) A revisão de literatura buscou reunir e sumarizar algumas das diversas técnicas de amostragem, que as auditorias internas das empresas têm à disposição. (CapÃtulo II) A seguir, evidenciou-se a metodologia utilizada na pesquisa e a respectiva razão de seu emprego. (CapÃtulo Ill) A descrição dos casos, realizada através da aplicação do questionário em nove empresas, está reunida neste capÃtulo onde cada caso é descrito individualmente. (CapÃtulo IV) Os resultados obtidos foram analisados de acordo com cada item do questionário e possibilitaram uma análise abrangente das técnicas de amostragem utilizadas pelos serviços de auditoria interna das empresas no Brasil. (CapÃtulo V) Finalmente, são apresentados o sumário e as conclusões da pesquisa à luz dos fundamentos teóricos, formulando-se recomendações e sugestões para novas pesquisas. (CapÃtulo VI)
Resumo:
o objetivo desta pesquisa foi explorar a relação existente entre a literatura sobre as técnicas de auditoria analÃtica e as técnicas efetivamente utilizadas pelas empresas de auditoria independente com sede ou escritório no Brasil. Buscou-se analisar quais os principais problemas encontrados na utilização dessas técnicas, além de verificar se havia diferença quanto ao uso de técnicas de auditoria analÃtica mais sofisticadas, pelo fato de serem essas empresas de origem nacional e/ ou estrangeira (capÃtulo 1). Na revisão de literatura, procurou-se resumir e sumariar a evolução das técnicas de auditoria analÃtica em face do crescimento, em tamanho e complexidade, da empresa moderna, e sofisticação dos sistemas contábeis e dos controles internos respectivos, de modo a evidenciar as vantagens de sua utilização por parte das empresas de auditoria independente (capÃtulo 2). A seguir, evidenciou-se a metodologia utilizada na_ pesquisa e a respectiva , razão de seu emprego, desenvolvendo-se um plano de referência sobre as técnicas de auditoria analÃtica para ser testada neste trabalho (capÃtulo 3). A descrição dos casos, realizada através da aplicação do questionário em oito empresas, está reunida neste capÃtulo, onde cada caso é descrito individualmente (capÃtulo 4). Os resultados obtidos foram analisados de acordo com cada item do questionário e possibilitaram uma análise abrangente das técnicas de auditoria analÃtica utilizadas pelas firmas de auditoria independente no Brasil (capÃtulo 5). Finalmente, são apresentados o resumo e as conclusões da pesquisa à luz dos fundamentos teóricos, apresentando-se recomendações e sugestões para novas pesquisas (capÃtulo 6).
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O objetivo desta pesquisa f oi estudar o atual estágio dos programas de controle de qualidade utilizados, segundo declarações dos entrevistados, por seis empresas de auditoria independentes, com sede ou filial na cidade do Rio de Janeiro, à luz de um referencial teórico previamente definido, de modo a avaliar a qualidade dos serviços prestados por estas empresas, bem como identificar as possÃveis diferenças existentes entre os programas utilizados (CapÃtulo 1). Na revisão da literatura, procurou-se apresentar os programas de controle de qualidade utilizados, teoricamente, por empresas de auditoria em outros paÃses, principalmente nos E.U.A., de modo a definir um quadro de referencial teórico. Apresentou-se, também, algumas consideraç5es a respeito da fiscalização do exercÃcio profissional contábil no Brasil (Capitulo II). A seguir, apresentou-se a metodologia aplicada à pesquisa, justificando-se as razões para seu emprego (CapÃtulo III). As respostas obtidas durante a realização entrevistas, foram apresentadas através de quadro (I à IV) e notas. As respostas obtidas possibilitaram uma descrição das caracterÃsticas gerais das empresas, dos padrões de controle de qualidade utilizados pelas empresas, e das considerações finais sobre empresas (CapÃtulo IV). As respostas viabilizaram analisar as seis empresas de auditoria pesquisadas, principalmente quanto aos seus padrões de Controle de Qualidade. Esta análise teve como base o quadro de referência teórico definido no capÃtulo II (CapÃtulo V). Finalmente, foi apresentado um sumário da pesquisa, as conclusões alcançadas, as recomendações deitas à s partes envolvidas no processo de auditoria, e, por último, as sugestões para novas pesquisas (CapÃtulo VI).
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A polÃtica de defesa da concorrência tem evoluÃdo como resposta ao processo histórico de concentração econômica e nas estruturas de mercado que ocorre no capitalismo. No Brasil, a evolução da polÃtica antitruste seguiu o aprofundamento das relações capitalistas e, também, o avanço da construção da democracia. O Ministério Público, em sua atual feição, também é fruto da construção da democracia no Brasil, cabendo-lhe o zelo pelo patrimônio público (no qual se insere o mercado interno do paÃs), pela ordem econômica e pela livre concorrência. A presente dissertação trata da análise da polÃtica de defesa da concorrência no que concerne a sua história, à sua atual situação e à ação do Ministério Público Federal no zelo por sua aplicação. Assim, esse trabalho busca o entendimento do fenômeno histórico de concentração econômica no capitalismo, a compreensão da percepção teórica das principais escolas das Ciências Econômicas a respeito da concentração econômica e da defesa da concorrência, o estudo da evolução histórica e da situação atual da polÃtica de defesa da concorrência nos principais centros capitalistas mundiais (Estados Unidos, União Européia e Japão) e no Brasil no que concerne à legislação e à s agências antitruste; a análise das possibilidades de ação judicial e extrajudicial do Ministério Público Federal para a defesa da concorrência dentro de suas atribuições constitucionais e legais, a análise da atuação efetiva do Ministério Público Federal na defesa da concorrência, consubstanciada em estudos de caso. Concluiu-se nesse estudo que a polÃtica brasileira de defesa da concorrência caracteriza-se pelo caráter instrumental, aproximando-se da européia, mas também adota conceitos oriundos da doutrina norte-americana. A polÃtica de defesa da concorrência pode se vincular à implantação de polÃticas públicas voltadas à consecução de objetivos eleitos pela sociedade – indo além da coibição à s formas deletérias de concentração e à s práticas colusivas e cartelizantes e do incentivo à competitividade, à eficiência e à inovação. O Ministério Público Federal dispõe de amplos poderes de ação para a consecução de sua missão de zelar pela livre concorrência, o que é feito de forma efetiva.
Resumo:
Os impactos da adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRSs) tem sido objeto de debates nos meios profissionais e acadêmicos, entretanto, pouco tem sido pesquisado sobre as repercussões da adoção dos IFRSs na atividade pericial criminal. Portanto, o objetivo deste estudo é captar e analisar a percepção dos Peritos Criminais Federais sobre os impactos da adoção dos IFRSs na atividade de perÃcia criminal oficial realizada em fraudes contábeis. Lastreou-se numa abordagem quantitativa e qualitativa utilizada para verificar associações entre as percepções, recorrendo-se ao teste Qui-quadrado de Pearson e a análise de conteúdo, respectivamente. Os resultados evidenciaram que a maior parte dos respondentes concorda parcial ou totalmente que a adoção dos IFRSs facilitará o trabalho de perÃcia criminal federal, encontrando associação estatÃstica com a percepção de que fraudes cometidas sem engenharia financeira são mais fáceis de comprovar e com a percepção que um maior espaço para julgamentos técnicos tem impacto positivo na atividade de perÃcia criminal. Outros benefÃcios apontados foram o aumento da comparabilidade, a diminuição da complexidade e a valorização profissional. Entretanto, constatou-se como riscos a possibilidade de aumento nas contestações técnicas aos laudos periciais, o risco de viés e a necessidade de qualificação, porém sem associação estatÃstica com a percepção de que os IFRSs facilitarão ou não o trabalho pericial. Não foram identificadas diferenças estatÃsticas de percepção em função do nÃvel de conhecimento dos preceitos sobre os IFRSs e dos conhecimentos teóricos e práticos dos pesquisados. O estudo apresenta limitações que dizem respeito principalmente à generalização dos resultados, uma vez que a abordagem pretendida foi qualitativa e quantitativa e o número de questionários respondidos não possibilitou realizar testes estatÃsticos com maior robustez.