862 resultados para Cavalo - Histologia


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OBJETIVO: Avaliar a medida do segmento uterino inferior pela ultrassonografia transvaginal em um grupo de mulheres não grávidas e descrever os achados morfológicos na cicatriz daquelas submetidas à cesárea. MÉTODOS: Estudo retrospectivo para o qual foram avaliadas 155 imagens de ultrassonografias transvaginais obtidas de mulheres no menacme, não grávidas. Os exames foram realizados entre janeiro de 2008 e novembro de 2011. Foram selecionados três grupos: mulheres que nunca ficaram grávidas (Grupo Controle I), mulheres com partos vaginais anteriores (Grupo Controle II) e mulheres com cesárea prévia (Grupo de Estudo). Foram excluídas as mulheres com útero em retroflexão, usuárias de dispositivo intrauterino, gestantes e mulheres com menos de um ano do último evento obstétrico. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística com o programa Statistica®, versão 8.0. Para a comparação dos grupos em relação às variáveis quantitativas foram utilizados os testes ANOVA e LSD. Para a comparação entre a espessura do istmo anterior e posterior utilizou-se o teste t de Student. Para a associação entre variáveis quantitativas estimou-se o coeficiente de correlação de Spearman. Valores p<0,05 indicaram significância estatística. RESULTADOS: Houve diferença significativa entre as espessuras do istmo anterior e posterior do útero apenas no grupo de mulheres com cesárea anterior. Na comparação dos grupos dois a dois, não houve diferença significativa entre a espessura do istmo posterior e anterior nos Grupos Controle, mas essa diferença foi significativa quando comparado o Grupo de Estudo com cada Grupo Controle. No Grupo de Estudo, não foi encontrada correlação entre a espessura do istmo anterior e o número de cesáreas ou ao tempo decorrido desde o último parto. A presença de lesão em cunha foi observada na cicatriz de cesárea em 30,6% das mulheres do Grupo de Estudo, das quais 93% apresentavam queixa de sangramento pós-menstrual. CONCLUSÃO: A avaliação da relação entre a espessura da parede anterior e parede posterior do segmento inferior uterino pela ultrassonografia transvaginal é um método adequado para a avaliação em mulheres com cesáreas prévias.

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OBJETIVO: Identificar a etiologia da hidropisia fetal não imune em gestantes diagnosticadas e encaminhadas para acompanhamento pré-natal. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com análise dos casos de hidropisia fetal não imune que foram acompanhados entre março de 1992 e dezembro de 2011. Os casos tiveram confirmação diagnóstica pela presença de edema de subcutâneo fetal (≥5 mm) com derrame em pelo menos uma cavidade serosa por meio da ultrassonografia obstétrica, e a investigação etiológica foi realizada com pesquisa citogenética (cariótipo), infecciosa (sífilis, parvovírus B19, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, adenovírus e herpes simples), hematológica e metabólica (erros inatos), além de com ecocardiografia fetal. Foram excluídas as gestações gemelares. A análise estatística foi efetuada pelo teste do χ² para aderência (software R 2.11.1). RESULTADOS: Foram incluídas 116 pacientes com hidropisia fetal não imune, sendo que 91 casos (78,5%) tiveram a etiologia elucidada e 25 casos (21,5%) foram classificados como causa idiopática. A etiologia cromossômica foi a que apresentou maior número de casos, totalizando 26 (22,4%), seguida da etiologia linfática com 15 casos (12,9%, sendo 11 casos de higroma cístico), da etiologia cardiovascular e da infecciosa com 14 casos cada (12,1%). Os demais casos tiveram etiologia torácica em 6,9% (oito casos), síndromes malformativas em 4,3% (cinco casos), tumores extratorácicos em 3,4% (quatro casos), metabólica em 1,7% (dois casos), hematológica, gastrintestinal e geniturinária em 0,9% cada (um caso cada). No período pós-natal, foram seguidos 104 casos por até 40 dias de vida, 12 casos tiveram morte fetal intrauterina. A sobrevida desses 104 recém-nascidos foi de 23,1% (24 sobreviveram). CONCLUSÃO: a etiologia da hidropisia diagnosticada na gestação deve tentar ser esclarecida, uma vez que está associada a um amplo espectro de doenças. É especialmente importante para determinar se uma condição potencialmente tratável está presente e para identificar doenças com risco de recorrência em futuras gestações para aconselhamento pré-concepcional adequado.

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OBJETIVO: Avaliar os efeitos da eletroestimulação (ES) do assoalho pélvico na uretra de ratas. MÉTODOS: Quarenta ratas adultas foram distribuídas, randomicamente, em quatro grupos com dez animais cada: Ctrl - sem intervenção; Sham - não foi submetido a ES, recebeu um eletrodo dentro da vagina; Exp6 - submetido a seis sessões de ES do assoalho pélvico; e Exp12 - submetido a 12 sessões de ES do assoalho pélvico. Ao final do experimento, todos os animais foram anestesiados, e o terço médio da uretra foi retirado, fixado em líquido de Bouin e processado para estudo histomorfométrico. Alguns cortes foram corados pela hematoxilina e eosina, para descrição morfológica e morfométrica, e outros, pelo picrosirius red, para avaliação do colágeno total. As espessuras da camada muscular e do epitélio foram obtidas, nos 4 quadrantes da uretra, pela realização de 20 medições em cada animal. O número de vasos sanguíneos presentes na lâmina própria foi obtido nos quatro quadrantes, em uma área de 10³ mm² por quadrante, sendo as imagens obtidas pelo programa de análise de imagens AxioVision® REL 4.3 (Carl Zeiss). A proporção de colágeno e de fibras musculares foi obtida de duas imagens por quadrante, de cada lâmina da uretra corada pelo picrosirius red, com auxílio do programa Imagelab®. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de comparações múltiplas de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: A morfometria do colágeno, número de vasos sanguíneos e espessura do epitélio não mostraram alterações significantes. No entanto, a espessura do tecido muscular periuretral mostrou aumento significante no grupo Exp12 em relação aos outros grupos (Exp12*>Exp6==Ctrl==Sham; *p<0,05). CONCLUSÃO: A eletroestimulação funcional prolongada do assoalho pélvico induziu aumento na espessura da camada muscular periuretral em ratas.

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OBJETIVO: Avaliar a relação entre a classificação histológica em pacientes operadas de endometriose e a qualidade de vida.MÉTODOS: Estudo observacional transversal, com avaliação de 32 biópsias de intestino, peritônio e ligamento uterossacro em 40 mulheres portadoras de endometriose profunda. Para a análise da qualidade de vida (QV) foi aplicado o questionário SF-36 antes da cirurgia e após 6 e 12 meses. As biópsias foram classificadas histologicamente em estromal puro (EP), glandular diferenciada (GD), indiferenciada (GI) e mista (GM), sendo que ficaram na amostra apenas o GI e GM, relacionadas aos oito domínios do SF-36.RESULTADOS: Observamos a seguinte distribuição de acordo com o tipo histológico: no peritônio 63% GI e 22% GM; no intestino 19% GI e 24% G e no uterossacro 41% GI e 35% GM. Quanto à QV e à classificação histológica, a evolução dos casos com implante no intestino mostrou que apenas o tipo GM apresentou melhora de 0 a 6 meses no aspecto social e no aspecto emocional. Ainda entre esses casos, o GI mostrou que os domínios estado geral da saúde (p=0,01) e aspecto social (p=0,04) têm relação significativa com a melhora da QV de 0 a 6 meses e uma tendência à melhora do estado geral da saúde de 0 a 12 meses. Quanto à dor (p=0,06) e ao aspecto emocional (p=0,05), observamos tendência à melhora na QV de 0 a 6 meses e na capacidade vital (p=0,1) de 0 a 6 e de 0 a 12 meses. No que se refere ao aspecto emocional, foi observado que entre as pacientes com tipo histológico GI, diferente do GM, não houve evolução favorável de 0 a 6 meses. No uterossacro não observamos relações significativas entre tipo histológico e QV.CONCLUSÃO: A melhora da QV em mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico laparoscópico de endometriose profunda apresenta associação com grau de diferenciação histológica. Apenas as pacientes com endometriose classificada como indiferenciada e com lesões no peritônio mostraram melhora da QV após a cirurgia.

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OBJETIVO: Avaliar a influência de Lactobacillus rhamnosusna expressão dos fatores de virulência de Candida albicans in vitro.MÉTODOS: Uma suspensão de L. rhamnosusfoi inicialmente cultivada em ágar MRS. No dia seguinte, foi adicionado ágar Sabouraud dextrose sobre o crescimento dos lactobacilos e C. albicansfoi cultivada, por 24, 48 e 72 horas. As cepas de Candidaforam então isoladas para investigação da capacidade de formação de biofilme, por meio do cultivo em placas de 96 poços e leitufra das densidades ópticas e contagem de unidades formadoras de colônia por mL (UFC/mL). Também se investigou a capacidade de formação de tubo germinativo, após incubação em soro de cavalo e contagem em 200 células. Os resultados foram comparados aos observados nas cepas de Candidacultivadas na ausência de L. rhamnosus, utilizando o teste tde Student para análise estatística.RESULTADOS: Observou-se uma redução significativa no crescimento de C. albicans na presença de lactobacilos após 24, 48 ou 72 horas. Também foi observada redução significativa na formação de tubo germinativo após a interação por 48 ou 72 horas. Quanto à formação de biofilme, não foi observada diferença significante entre as cepas de Candidacultivadas na presença ou na ausência de lactobacilos.CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que L. rhamnosusé capaz de influenciar significativamente o crescimento e a expressão de fatores de virulência de C. albicans in vitro, podendo interferir na patogenicidade desses micro-organismos.

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Sete ovelhas receberam as folhas de Ateleia glazioviana em doses predeterminadas. Um outro ovino serviu de controle. As quantidades totais (g/kg/peso corporal) de planta consumidas pelos ovinos foram 75 por 60 dias (Ovino 6), 125 por 25 dias (Ovino 4), 130 por 13 dias (Ovino 7), 150 por 60 dias (Ovino 5), 180 por 18 dias (Ovino 3), 330 por 33 dias (Ovino 2) e 375 por 25 dias (Ovino 1). Seis ovinos receberam folhas verdes e o Ovino 7 recebeu folhas dessecadas. Cinco ovinos (Ovinos 1-4 e 7) desenvolveram sinais clínicos 8 a 16 dias após a primeira administração da planta. A evolução do quadro clínico foi de 6 a 50 dias e os sinais clínicos incluíram apatia, perda do apetite, taquicardia e taquipnéia. Os ovinos afetados apresentavam relutância em mover-se, cabeça baixa, instabilidade dos membros pélvicos e andar cambaleante. Alguns dos ovinos afetados apoiavam o corpo contra a parede da baia. Os Ovinos 1, 3 e 4 morreram espontaneamente; movimentos de pedalagem precederam a morte. Os Ovinos 2 e 7 foram submetidos à eutanásia com sinais clínicos avançados da toxicose. Os Ovinos 5 e 6 não adoeceram e foram sacrificados junto com o controle 103 dias após a primeira administração da planta. Todos os ovinos foram necropsiados e vários órgãos, incluindo coração e encéfalo, foram avaliados histologicamente. Além disso, fragmentos de miocárdio dos Ovinos 3 e 4 foram avaliados por microscopia eletrônica de transmissão. A fim de se obter mais controles para a avaliação das lesões do miocárdio, coletaram-se os corações de seis ovinos abatidos para consumo em um abatedouro que sabidamente recebe ovinos originários de uma região livre de A. glazioviana. Esses corações foram processados para histologia e examinados da mesma maneira que os outros oito. Todos os ovinos tratados (que receberam a planta) apresentaram lesões macroscópicas. Havia áreas firmes, irregulares, branco-amareladas no miocárdio de todos os ovinos tratados. Essas áreas pálidas eram mais bem vistas na superfície de corte do coração. Hidrotórax e/ou hidropericárdio foram observados em cinco animais (Ovinos 1-4 e 7). O fígado dos Ovinos 1 e 7 tinha aspecto de noz-moscada. O Ovino 7 apresentava ascite. Os principais achados histopatológicos nos ovinos tratados foram alterações degenerativas/necróticas no miocárdio. As alterações iniciais consistiam de tumefação aguda das fibras cardíacas, associada a núcleos com formas bizarras. Essa alteração aparentemente progredia até o desaparecimento do sarcoplasma, resultando num tubo sarcolemal vazio e colapsado envolto por tecido conjuntivo intersticial e fibrose. Necrose franca (hialina e flocular) associada à infiltração mononuclear e fagocitose de fragmentos de fibras foi também observada. Graus variáveis de degeneração esponjosa foram observados na substância branca do encéfalo dos Ovinos 1, 3, 4 e 7. Tumefação de mitocôndrias e perda da densidade da matriz das mitocôndrias foram as alterações ultra-estruturais mais precoces. Em lesões avançadas os cardiomiócitos apresentavam vacúolos no sarcoplasma, ruptura do sarcolema e necrose com aparecimento de macrófagos e fibroblastos associados a aumento de colágeno.

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Coelhos, cobaias, ratos e camundongos foram utilizados com a finalidade de reproduzir a forma cardíaca da intoxicação por Ateleia glazioviana. Quatro animais de cada espécie receberam por 4 meses a planta, secada à sombra, na concentração de 10% na ração, fornecida na forma de pelets. Os pelets foram preparados misturando 700 g de ração comercial, 200 g de amido de milho, 1000 ml de água destilada e 100 g de planta seca e, posteriormente, secados em estufa a 100ºC, durante 16 a 20 horas. Quatro animais de cada espécie serviram como testemunhas, recebendo a ração preparada da mesma forma, porém com a utilização de azevém (Lolium multiflorum) em lugar de A. glazioviana. Era fornecida água à vontade e, para os coelhos e cobaias, também aveia (Avena sativa) verde diariamente. Esses animais não apresentaram nenhuma alteração clínica, e foram pesados semanalmente nas últimas 5 semanas do período experimental, não apresentando diferença significativa no ganho de peso. À necropsia não foram observadas alterações macroscópicas e pelo exame histológico também não foram detectadas lesões significativas no coração e em outros órgãos. Para testar a atividade abortiva de A. glazioviana, ração contendo 10% de planta seca, preparada da mesma forma que no experimento anterior, foi administrada a 11 outros ratos, fêmeas, prenhes, nos dois últimos terços da gestação. Um grupo controle de 11 fêmeas recebeu a ração com azevém a 10%, durante o mesmo período. Esses animais tiveram filhotes normais e no prazo correto. Para determinar a possível perda de toxidez da planta durante a preparação dos pelets, A. glazioviana foi aquecida por 16 a 20 horas a 100ºC e, posteriormente, administrada a um ovino em 26 doses diárias de 2,65 g/kg de planta seca. Durante o período experimental, a ovelha apresentou batimentos cardíacos mais fortes, taquicardia e arritmia cardíacas, depois bradicardia e, no período final, apatia acentuada. Foi sacrificada 7 dias após a última administração da planta. Esse animal apresentava gestação de 2,5 a 3 meses e o feto não apresentava sinais de autólise. As alterações macroscópicas mais evidentes à necropsia foram ascite, hidrotórax, áreas esbranquiçadas no músculo cardíaco e fígado de coloração clara. Na histologia do coração foram observadas degeneração e necrose de fibras cardíacas e proliferação de tecido conjuntivo fibroso. O fígado apresentava congestão e degeneração de hepatócitos nas áreas centrolo-bulares. Os resultados indicam que esses animais de laboratório não foram susceptíveis à ação cardiotóxica de A. glazioviana, por via oral, e sugerem a possibilidade de que o princípio ativo da planta, que é resistente ao calor, seja semelhante ao princípio ativo das plantas do sul da África que causam fibrose cardíaca.

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Descreve-se um surto de distrofia muscular nutricional em ovinos no semi-árido Nordestino. Foram afetados animais de 3-4 meses de idade, da raça Dorper, pesando 30-40 kg. Os animais eram alimentados, à vontade, com leite, ração balanceada, capim Tifton e sal mineral. Dos 70 animais Dorper, 6 adoeceram e morreram em um período de 48 horas. Apresentaram temperatura, entre 40 e 41ºC, incoordenação com posterior paralisia e decúbito, depressão, prostração e diminuição dos reflexos pupilar e de ameaça, flacidez da língua e mandíbula, salivação, edema submandibular, dispnéia e aumento da freqüência cardíaca. A morte ocorreu após curso clínico de 6- 12 horas. Na necropsia de 3 animais, os músculos esqueléticos estavam de coloração pálida, o fígado estava aumentado de volume e de coloração amarelada, os gânglios parotídeos, submandibulares, retrofaríngeos, prescapulares e mediastínicos estavam aumentados de volume e avermelhados e os pulmões apresentavam áreas vermelhas. Na histologia havia necrose segmentar de todos os músculos examinados e congestão dos gânglios linfáticos e pulmão. Posteriormente mais três animais adoeceram, sendo tratado com oxitetraciclina e complexo vitamínico A,D e E. Desses 3 animais, 2 morreram e um sobreviveu. Na mesma fazenda havia e não adoeceram 20 ovinos da raça Santa Inês, da mesma idade que os animais afetados, que recebiam a mesma alimentação exceto o leite, e 900 ovinos de outras idades. A superalimentação em animais com rápido crescimento e o estresse causado pela restrição de água durantes 2 dias, para aumentar o consumo de leite, parecem ter sido fatores predisponentes para a ocorrência da doença. É possível, também, que algum dos minerais suplementados tenha antagonizado o Se presente na alimentação.

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Descreve-se um surto de intoxicação aguda por fluorsilicato de sódio em seis bovinos e a reprodução experimental da intoxicação, através da administração de fluorsilicato de sódio a dois animais. O quadro clínico era caracterizado por tremores musculares em todo o corpo, salivação intensa, gemidos e inquietação, com morte rápida. Na intoxicação experimental foi observado também decúbito lateral, com respiração dificultosa, contração tônica e episódios de pedalagem. As lesões macroscópicas principais foram observadas no rúmen e abomaso, consistindo em mucosa difusamente vermelha, com edema de parede e ulceração. Na histologia havia necrose acentuada de segmentos da mucosa ruminal e abomasal, associada a infiltrado de polimorfonucleares na submucosa e muscular. Além de lesões gástricas os bovinos apresentavam necrose portal hepática, degeneração e necrose tubular renal e necrose de folículos linfóides. O fluorsilicato de sódio produziu sinais clínicos com 300mg/kg e morte com 400mg/kg.

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O trabalho teve como objetivo geral fazer um estudo comparativo da histologia endometrial e das concentrações plasmáticas de progesterona (P4) em éguas, repetidoras ou não de cio. A hipótese do presente estudo é que existe correlação entre o histórico de infertilidade, os achados histopatológicos e a concentração de P4 destes animais. Para tanto, foram utilizadas 36 éguas, em idade reprodutiva (3-23 anos), das raças Mangalarga Marchador e Campolina. Utilizaram-se éguas não repetidoras (n=11) como grupo controle, sendo 4 éguas doadoras e 7 receptoras; e repetidoras de cio (n=25), 15 doadoras e 10 receptoras. Tal classificação foi realizada de acordo com o histórico reprodutivo destes animais. Amostras de endométrio foram coletadas para a realização de avaliação histopatológica e amostras de sangue para a mensuração das concentrações plasmáticas de progesterona. Os fragmentos de tecido endometrial obtidos pela biópsia foram fixados no Fixador de Bouin. Posteriormente os fragmentos foram processados e incluídos em parafina. Os cortes foram corados por Hematoxilina-Eosina (HE) para exame histopatológico. As concentrações plasmáticas de P4 foram mensuradas pelo método de enzima-imunoensaio (ELISA). Não foi observada correlação entre as concentrações de P4 e a subfertilidade, sendo estas variáveis tratadas como independentes. Houve uma correlação positiva entre a idade e a subfertilidade (p<0.05), assim, quanto mais velha a égua, maior a subfertilidade. Foi observada uma correlação entre a categoria da biópsia e a subfertilidade (p<0.05), ou seja, quanto mais alterações histológicas, maiores as chances da égua ser subfértil. Contudo, nem todas as éguas classificadas na Categoria I e II levaram a gestação a termo e nem todas da Categoria III tiveram falhas na reprodução, pois, deve-se considerar que outros fatores podem influenciar na manutenção da gestação. A biópsia endometrial demonstrou ser uma técnica fácil, segura, barata e com um desconforto mínimo para o animal. Sugere-se que esta técnica, juntamente com outros dados, constitui uma importante ferramenta para a avaliação da fertilidade da égua.

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Noventa e seis cães com lesões macroscópicas sugestivas de parvovirose canina foram necropsiados no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período de março de 2005 a novembro de 2006. Tecidos destes caninos foram analisados através de histologia e imuno-histoquímica. Aumento das placas de Peyer do intestino delgado e hiperemia da mucosa e serosa intestinal foram os achados macroscópicos mais observados. Microscopicamente, foi visualizada enterite necrótica em 77% dos cães. Em 17,7% as alterações histológicas do intestino delgado ficaram prejudicadas pela autólise, dificultando a interpretação. O teste de imuno-histoquímica em cortes de intestino delgado, linfonodo mesentérico, timo, baço, tonsila, língua e medula óssea de todos os 96 casos, foi positivo em 91,6% (88/96) dos casos. O intestino delgado demonstrou o melhor resultado, obtendo-se marcações em 77% (74/96) dos casos. A análise final do exame paramétrico de Fisher demonstrou uma fraca associação entre autólise intestinal e resultado positivo da imuno-histoquímica onde as chances de um intestino delgado autolisado histologicamente apresentar resultado positivo na imuno-histoquímica é 0,33 vezes menor (OR=0,33; 95%IC: 0,10-1,17) quando comparada a um intestino delgado não autolisado.

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A pele não é histologicamente igual nas diferentes espécies animais. Muito do que se sabe sobre a morfologia da pele humana não pode ser aplicado para cães e gatos. Dessa forma, o conhecimento dos aspectos histológicos básicos da pele nas diferentes espécies se faz necessário para todo profissional da área da patologia veterinária. Além disso, o reconhecimento das principais semelhanças e diferenças estruturais da pele em diferentes regiões do corpo desses animais é fundamental para o exercício da dermatopatologia. Este artigo revisa os principais aspectos da anatomia microscópica da pele de cães e gatos, a fim de auxiliar aqueles patologistas veterinários que estão iniciando no campo da dermatopatologia, pois somente com o reconhecimento das características peculiares desse órgão será possível compreender o método de diagnóstico através de padrões de lesão.

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Descrevem-se três surtos de intoxicação por vagens de Prosopis juliflora no Sertão e Agreste de Pernambuco, na região semi-árida, em animais pastejando áreas invadidas pela planta ou que ingeriram as vagens como alimento concentrado. Em duas fazendas nas que a doença ocorria esporadicamente foram observados casos individuais. Em outra, o surto afetou um rebanho de 1206 bovinos, dos quais adoeceram 112 (9,28%) e morreram 84 (6,96%), enquanto os demais 28 (2,32%) recuperaram-se e ganharam peso após a retirada das vagens da alimentação. Clinicamente observou-se, principalmente, perda de peso progressiva, atrofia da musculatura da face e masseter, mandíbula pendulosa, protrusão de língua, dificuldade de apreensão e mastigação dos alimentos, torção da cabeça para mastigar ou ruminar, salivação excessiva, disfagia e hipotonia lingual. Nos exames laboratoriais constatou-se anemia e hipoproteinemia. Na necropsia havia caquexia e diminuição de volume e coloração acinzentada dos músculos masseteres. Na histologia observou-se degeneração de neurônios do núcleo motor do trigêmeo, degeneração Walleriana do nervo trigêmeo e atrofia muscular por denervação do músculo masseter com substituição por tecido fibroso. Recomendam-se medidas para a profilaxia da intoxicação e discute-se a necessidade de desenvolver pesquisas para determinar a viabilidade econômica e sustentabilidade da utilização da algaroba como alimento animal ou humano e para produção de carvão, lenha ou madeira.

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Nesta pesquisa foram obtidos dados histológicos e morfométricos comparativos sobre os testículos de gatos, pós-orquiectomia, divididos em dois grupos: Grupo 1, gatos com até 1 ano de idade e Grupo 2, animais acima de 1 ano. Verificou-se que: (1) aos 4 meses de idade os túbulos seminíferos apresentaram-se pouco desenvolvidos e com ausência de luz, epitélio seminífero baixo, células de Sertoli indiferenciadas e tecido intersticial escasso; (2) aos 5 meses os túbulos seminíferos começaram a se diferenciar com aumento do diâmetro e luz tubulares e as demais estruturas permaneceram semelhantes à observação anterior; (3) aos 6-7 meses ocorreu o início da espermatogênese e espermiogênese; as células de Leydig apareceram maiores, poliédricas com citoplasma vacuolizado e núcleo claro, e tecido intersticial esparso com poucos vasos sangüíneos; (4) os animais com 1 ano de idade apresentaram morfologia testicular igual à do animal adulto, com túbulos seminíferos de maior diâmetro, epitélio germinativo alto e luz tubular pequena, as células de Leydig aparecendo poliédricas, com dimensões variadas, citoplasma vacuolizado, núcleo claro e nucléolo evidente, e espaço intertubular seminífero variado com vasos sanguíneos, predominantemente evidentes; (5) no Grupo 1 o diâmetro médio dos túbulos seminíferos foi de 160,58µm e no Grupo 2 foi de 185,94µm, sendo os valores médios significantes entre si; (6) a altura média do epitélio seminífero foi de 49,51µm para o Grupo 1 e de 63,29µm para o Grupo 2, estaticamente significantes; (7) os maiores valores mensurados foram obtidos para os gatos do Grupo 2, por serem gatos adultos e portanto com os órgãos reprodutores funcionais.

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São descritos cinco casos de enterite granulomatosa associada a larvas de ciatostomíneos em eqüinos provenientes de três propriedades rurais do Rio Grande do Sul. Os casos ocorreram entre janeiro de 1999 e dezembro de 2007. A evolução clínica nos dois casos cujo seguimento clínico foi acompanhado foi de 10 e 14 dias. Os sinais clínicos apresentados por três eqüinos foram semelhantes e consistiam de diarréia (3/3), emagrecimento (2/3), pirexia (1/3), taquicardia (1/3) e taquipnéia (1/3). Os achados macroscópicos incluíram espessamento da parede do cólon maior e ceco por edema e ocorrência de numerosos pontos marrom-escuros com 1-4mm, levemente salientes, disseminados pela mucosa. A incisão desses pontos revelou pequenas larvas de nematódeos marrom-avermelhadas de 1-2mm. Numerosos parasitas, compatíveis morfologicamente com pequenos estrôngilos, foram observados na luz intestinal ou aderidos à mucosa do cólon maior e ceco. Histologicamente, na mucosa e submucosa do cólon maior e ceco, foram observados múltiplos granulomas constituídos por moderado ou acentuado infiltrado inflamatório, composto por macrófagos, macrófagos epitelióides e eosinófilos circundados por linfócitos e plasmócitos. No centro desses granulomas, observaram-se cortes transversais de parasitas com morfologia compatível com ciatostomíneos. Adicionalmente, havia edema e infiltrado inflamatório linfo-histioplasmocitário e eosinofílico, leve ou moderado na submucosa e mucosa do cólon maior e ceco; necrose e proliferação linfo-histiocítária em folículos linfóides na submucosa e hiperplasia de células caliciformes na mucosa. O diagnóstico de enterite granulomatosa associada a ciatostomíneos foi realizado com base nos achados epidemiológicos, clínicos e macroscópicos e confirmado pela histologia.