24 resultados para tribalism


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A presente tese propõe uma interpretação exegética da profecia de Jr 30-31 na perspectiva social. Jr 30-31 forma uma unidade literária no livro de Jeremias, composta por subunidades que podem ser designadas de perícopes. Grande parte das expectativas salvíficas deste trecho literário devem ser atribuídas à literatura originária do livro, e provém das articulações sociais engendradas por Jeremias no fim do século 7 e início do século 6 a.C. em prol dos empobrecidos da antiga sociedade palestina Israel/Norte e de Judá/Sul. Os primeiros ditos salvíficos de Jr 30-31 surgiram na época de Josias (Jr 30,10-11.18-21; 31,2-5). Nessa época, originaram-se as expectativas de salvação dirigidas para as populações israelitas do Norte. Outro intenso surgimento das expectativas salvíficas aconteceu nos anos imediatamente posteriores à queda de Judá, em 587 a.C., quando Jeremias novamente direcionou uma palavra de esperança aos pobres do Israel/Norte, e incluiu também em sua mensagem aqueles que permaneceram na terra de Judá/Sul depois do saque babilônico. Nesse cenário podem ser localizadas as seguintes perícopes: 30,3.5-7.12-17; 31,15.16-20.21-22.27-28.31-34. A presente tese supõe que, de modo geral, Jr 30-31 seja uma reconfirmação da desmilitarização e da desurbanização de Jerusalém ocorridas naquele período, já que esse novo cenário político e econômico favoreceu os desprestigiados da Palestina. O tribalismo é o moto das expectativas salvíficas da literatura jeremiana original. No engendramento de uma nova sociedade, retribalizada, livre do jugo monárquico e dos imperialismos, Jr 30-31 defendem a posse da terra aos camponeses que sofreram espoliações do império assírio e dos reis judaítas. Com a queda do Estado de Judá, os empobrecidos poderiam retomar suas vidas e possuir a terra como meio de produção e subsistência. A relação entre as palavras de salvação e o tribalismo também pode ser notado em outros trechos do livro de Jeremias. A estruturação verbal proponente de destruição e reconstrução de 31,28 pode ser encontrada em Jr 1,10; 18,7.9; 24,6; 42,10 e 45,4. As promessas de salvação contidas em Jr 1,10, 31,27-28 e 42,10 anunciam a continuidade da vida na terra de Judá depois da catástrofe de 587 a.C. Essa ideia também pode ser percebida em Jr 23,5-6, 30,8-9. Em Jr 24,6, por sua vez, lê-se uma promessa para os exilados de Judá, que viviam na Babilônia sob o sistema tribal. Em Jr 3,6-13.19-25; 4,1-2, as expectativas salvíficas de Jeremias apresentam o caminho para a reorganização social através da conversão para Javé.

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O espaço social subjacente à unidade literária de Êxodo 20,22-23,19 pressupõe uma sociedade agrária. Aparentemente é monótona, marcada por inúmeros conflitos sociais. O contexto social é de empobrecimento das famílias clânico-tribais israelitas. A nova economia se organiza em torno do santuário. Na pesquisa, há bastante consenso quanto à origem desta unidade literária conhecida como Livro da Aliança. É literatura jurídica de caráter religioso. Uma prescrição jurídica não precede as condições da realidade a que vai se referir, mas prescreve sobre as condições e situações já existentes. Na pesquisa clássica atual, encontram-se duas grandes correntes sobre a origem e a época desta literatura. Uma defende que o Livro da Aliança remonta à época pré-estatal, passagem do tribalismo para a monarquia; a outra argumenta que o Livro da Aliança, enquanto corpus codificado de leis, é um produto tardio , possivelmente surgido no final do século VIII ou início do século VII a.C. O Livro da Aliança é a base literária da presente pesquisa. Quanto à origem e à época do Livro da Aliança, sigo a corrente que defende ser o texto da época final do período tribal, anterior à monarquia. Esta época foi marcada por grandes mudanças econômicas: passagem de uma economia solidária de subsistência para uma economia de concentração do produto. A tese consiste em analisar a violência contra as mulheres, estruturada no discurso jurídico do Livro da Aliança. Busca-se desvendar os mecanismos que justificam e naturalizam as práticas de violência. O destaque é a violência contra as mulheres escravas, contra as filhas e, de modo especial, enfatizo as violências contra as mulheres feiticeiras. Evidencio três categorias de escravas prescritas no texto: as escravas domésticas, que sofrem violências físicas, podendo chegar até à morte debaixo do castigo da vara; as escravas temporárias, que têm seus olhos destruídos e os seus dentes quebrados; e as filhas que são vendidas como escravas. Sua sexualidade é transformada em mercadoria. Há filhas que são seduzidas, violadas e submetidas como mulher ao seu estuprador. O único grupo social descrito a partir da sua função pública são as feiticeiras. As violências são institucionais e sexistas. O patriarcado é o princípio organizador da sociedade. A característica do Livro da Aliança é marcadamente androcêntrica.(AU)

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A presente dissertação faz um resumo histórico-teológico das relações de Israel com nações estrangeiras. Estuda a origem deste povo, em seus aspectos antropológico-culturais na época do tribalismo e compara com a situação no período Babilônico e Persa. Compreendendo as diferentes posturas da nação em relação à presença de estrangeiros no meio do povo de Deus, investiga a origem do nacionalismo exclusivista a partir do livro do Dt, confrontando com as narrativas de Ed 9 e 10 e Ne 13 na questão dos casamentos mistos. Por fim traz propostas de inclusão da literatura pós-exílica na qual crianças e mulheres estrangeiras fazem ouvir sua voz de protesto.(AU)

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Êxodo 23,1-9 se insere no universo jurídico do antigo Israel não como lei a maneira das formulações em estilo casuístico e apodítico, mas como instrução ética. A estrutura, sintaxe e estilo desse texto revelam que não estamos diante de leis, mas de parênese. Sendo assim, a pergunta pelo seu lugar vivencial, data e conteúdos é significativa. Também o é a pergunta pelos processos sociais que viabilizaram os conflitos indicados indiretamente entre homens livres proprietários de terra e fora do estado de empobrecimento e homens livres donos de terra, mas a caminho de perdê-la por conta das dívidas in natura adquiridas. Para verificarmos a plausibilidade sociológica de Êxodo 23,1-9, verificamos, através da história social, que tipo de sociedade era Israel no tempo do tribalismo e depois na monarquia, e as consequências sociais que cada um desses sistemas promoveu na sociedade israelita. Com isso, pretendemos conhecer o pano de fundo histórico-sociológico que tece o nosso texto.(AU)

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Recent developments, particularly globalization and advances in technology, have affected our production and perception of language, as reflected in two conflicting forces, globalism and tribalism. The role of English as an international lingua franca is dicussed, and conclusions are drawn for the varying activities of translation today and for the rapidly changing job profile of the translator.

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This article argues that The Toughest Indian in the World (2000) by Native-American author Sherman Alexie combines elements of his tribal (oral) tradition with others coming from the Western (literary) short-story form. Like other Native writers — such as Momaday, Silko or Vizenor — , Alexie is seen to bring into his short fiction characteristics of his people’s oral storytelling that make it much more dialogical and participatory. Among the author’s narrative techniques reminiscent of the oral tradition, aggregative repetitions of patterned thoughts and strategically-placed indeterminacies play a major role in encouraging his readers to engage in intellectual and emotional exchanges with the stories. Assisted by the ideas of theorists such as Ong (1988), Evers and Toelken (2001), and Teuton (2008), this article shows how Alexie’s short fiction is enriched and revitalized by the incorporation of oral elements. The essay also claims that new methods of analysis and assessment may be needed for this type of bicultural artistic forms. Despite the differences between the two modes of communication, Alexie succeeds in blending features and techniques from both traditions, thus creating a new hybrid short-story form that suitably conveys the trying experiences faced by his characters.

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Despite rapid globalisation, boom in multinational business and increasing interest in international human resource management (IHRM) generally, research on developing countries in the Middle-East is limited. A three year PhD research project seeks to begin to fill this gap by studying the effect of Jordanian culture on the transfer of western recruitment and selection (R&S) frameworks into Jordan. This paper opens up an investigation into a cultural concept at the heart of management and human resource management (HRM) in Jordan: ‘wasta’. Wasta is a concept that springs from tribalism; favouritism based on family and tribal relations. For multinational organisations this presents a challenge in balancing the western idea of fairness, equal opportunities and diversity and the local system based on favouritism. We argue that the perceived benefits of wasta cannot match the moral case for a merit based model.

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Social capital has emerged as a concept of great interest and potential to help understand and explain how social structures and networks impact political, social and business practices at the collective and individual levels. The basic premise is: investment in social relations will yield expected returns. Extant research has largely focused on the West; our knowledge of how social capital plays out in the Middle East is limited. We marry social capital with ‘wasta’, the strong family and tribal based connections secured in networks in the Arab world, and investigate HR managers’ perceptions of wasta in employment selection in Jordan. Often use of wasta in employment selection is related to favouritism and nepotism and the many negative outcomes of not adhering to merit-based selection. Through in-depth interview data we reveal a more nuanced and multifaceted view of wasta in employment selection. When examined through the social capital lens six distinct themes emerge: (i) wasta as an enabler to get jobs, (ii) wasta as social ties/ solidarity, (iii) wasta as a method to transfer/ attain information, (iv) wasta as a guide in decision-making, (v) wasta as an exchange, and (vi) wasta as pressure. Our findings confirm that at times wasta grants individuals unfair access to employment that is beyond their qualifications, skills, knowledge and/ or abilities. However, organisational context is relevant. In banking, not all roles are open to wasta. Where the possible negative impact on the organisation poses too great a risk HR managers feel able to resist even strong wasta. Context also emerges as being of key importance with regards to the background and business model of an organisation. Family businesses tend to operate wasta more frequently and extensively using tribal connections, religious networks and geographical area based networks as a key source in hiring. Despite globalisation and international nature of banking, wasta and tribalism feature strongly in daily business conduct in Jordan. Our paper illuminates the positive effects of wasta, e.g.as a method to transfer information, together with discussion on the dangers of ‘cloning’, a (lack of diversity), and the dangers of an incompetent workforce .

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Con el inicio del periodo Post-Guerra Fría el Sistema Internacional comienza a experimentar un incremento en el fortalecimiento de su componente social; la Sociedad de Estados alcanza un mayor nivel de homogenización, el estado, unidad predominante de esta, comienzan atravesar una serie de transformaciones que obedecerán a una serie de cambios y continuidades respecto al periodo anterior. Desde la perspectiva del Realismo Subalterno de las Relaciones Internacionales se destacan el proceso de construcción de estado e inserción al sistema como las variables que determinan el sentimiento de inseguridad experimentado por las elites estatales del Tercer Mundo; procesos que en el contexto de un nuevo y turbulento periodo en el sistema, tomara algunas características particulares que darán un sentido especifico al sentimiento de inseguridad y las acciones a través de las cuales las elites buscan disminuirlo. La dimensión externa del sentimiento de inseguridad, el nuevo papel que toma la resistencia popular como factor determinante del sentimiento de inseguridad y de la cooperación, así como del conflicto, entre los miembros de la Sociedad Internacional, la inserción como promotor de estrategias de construcción de Estado, son alguno de los temas puntuales, que desde la perspectiva subalterna, parecen salir a flote tras el análisis del sistema en lo que se ha considerado como el periodo Post-Guerra Fría. En este sentido Yemen, se muestra como un caso adecuado no solo para poner a prueba las postulados de la teoría subalterna, veinte años después de su obra más prominente (The third world security Predicament), escrita por M. Ayoob, sino como un caso pertinente que permite acercarse más a la comprensión del papel del Tercer Mundo al interior de la Sociedad Internacional de Estados.